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quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

O narciso de ser o centro das atenções



Uma explicação filosófica para a homossexualidade masculina

A pornografia é uma caricatura do sexo no mundo real. Ainda assim pode nos revelar muitos fatos curiosos em relação a mente (sexual) humana.

Uma questão que sempre me chamou a atenção nos filmes, heterossexuais, bissexuais e homossexuais, foi a dinâmica da relação entre os envolvidos, no caso os atores pornôs e o papel de destaque da ou para a mulher, especialmente em filmes heterossexuais, que tem um público tradicionalmente masculino. Apesar desta ênfase proposital nos filmes heterossexuais, a mulher também tem um papel central justamente por ser aquela que "recebe" a penetração. A mulher é por razões lógicas o centro das atenções nas relações sexuais típicas. 

Algo sempre parecia estar faltando pra mim nos filmes heterossexuais e eu percebi que sempre foi o "deslocamento", mediante a minha perspectiva, da ênfase em direção a mulher nas cenas de sexo explícito. Além da óbvia manobra de mercado ao enfatizar a nudez e a dinâmica sexual com o corpo feminino, direcionado principalmente ao público masculino, da própria natureza sexual e biológica da mulher enquanto figura central no ato sexual e na sobrevivência da espécie, eu percebi que  o meu entusiasmo fraco em relação a esses vídeos, não se dava apenas porque não eram apropriados para o meu gosto mais querido, mas também por causa do meu narcisismo, vendo-me enquanto um homem heterossexual (que eu não sou) e forçando uma simulação em relação às cenas dos filmes, me sentia deslocado ao ver a grande ênfase em relação ao corpo feminino e a dinâmica masculina em cima dele. Nem era um desejo de ver sexo entre homens, talvez e muito provável também de ver os corpos masculinos, mas também a frustração de ver o homem como secundário no ato sexual. 

Nas relações homossexuais o passivo concebe o papel central feminino, de "penetrado", tornando-se o centro das atenções, para as câmeras ou para a dinâmica na qual está envolvido. 

O mundo reprodutivo tem como estrela principal a mulher. Os homens se matam muitas vezes para "salvar as suas honras" e também para manter o seu mercado de acasalamento ou conquistar novos. Não é que a mulher seja a grande culpada por guerras dentre outras idiotices. Elas não incentivam os homens a se matarem, até porque apresentam pouquíssimo poder de decisão, com casos individuais raros. Sao os homens que do alto de suas condições estupidas veem-se na labuta de disputar por aquelas que receberão o seu sémen e replicarão a sua herança mais vital. 

Como a homossexualidade masculina está fortemente relacionada ao narcisismo então é de se esperar que tamanha necessidade de se sobrepor ou de se destacar especialmente nas relações carnais e amorosas, assim como também nas interpessoais, possa ter algum papel para o engajamento neste tipo de comportamento. Não é que todo homossexual deseja ser literalmente como uma mulher ainda que muitos o façam, mas é que quase todo homossexual, especialmente o passivo, deseja estar no mesmo lugar que é preterido a mulher, dentro da dinâmica sócio-sexual, de ser o centro das atenções.

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