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sábado, 6 de fevereiro de 2016

O rei está nu. Excelente comparação e analogia entre esquerdistas e direitistas (da não-série: " acho que já falei sobre isso")



Na estória "A nova roupa do rei ou do imperador", o monarca é presenteado com uma "roupa" nova. Só que o alfaiate astuto não confeccionou nenhuma roupa, pois não passa de num blefe genial para enganar a todos do reino. A sua jogada mestra se consiste em alertar às pessoas que apenas os mais inteligentes que conseguirão ver a nova roupa. Uma maneira muito esperta de prevenir a (quase) todos de nunca admitir em público que não podem vê-la, porque ela não existe. A partir daí a tão comum estupidez humana corre solta e (quase) todos passam a se convencer que de fato a nova roupa é belíssima, tem certa cor e textura, só que jamais admitem que não estão vendo a dita cuja que os acusaria de "terem" "menor inteligência". 

Então num certo dia o rei decide mostrar aos seus súditos a sua nova roupa, que apenas os mais inteligentes podem ver. Ele e o alfaiate astuto não esperavam que uma criança pobre e inocente estivesse no salão (ou na rua) para presenciar a cena bizarra do monarca desfilando com roupas de baixo, como se fossem vestimentas mágicas que apenas os mais inteligentes podem ver


Eles também não esperavam que esta criança fosse do tipo aforada, que diz aquilo que lhe vem a cabeça, sem filtrar. O menino não apenas presenciou esta  situação patética como também ousou apontar o seu dedo indicador pequenino, do alto de sua infância sincera, em direção ao rei e de gritar espantado:

 " O rei está nu!!"

Muitas das pessoas que estavam lá, já duvidavam quanto a existencia  daquela roupa mágica, outros é provável que já soubessem mas (também) decidiram se manter calados, enquanto que não duvido que muitos realmente estivessem acreditando que fosse verdade. 




Obs.: Nunca li este livro, conheço superficialmente a sua estória como perceberam e portanto posso ter cometido algum erro de percurso, mas a sua tese central é essa mesmo. O que mais importa é a analogia que vou fazer agora. 





A nova IDEOLOGIA  do rei ou imperador??

A ilusão da mentira 

Milhões de pessoas em todo mundo visitam anualmente a exposições de "arte" moderna. Milhões delas convencem-se que certo "trabalho" é arte e de alta qualidade, especialmente quando são informados de que a "obra" é de um "mestre" do ofício, um "gênio" midiaticamente celebrado.

Se a arte é a expressão máxima da beleza em todas as suas facetas então deve  ser sempre principiada pela QUALIDADE. Não existe a restrita necessidade de se produzir telas de pinturas realistas ou para qualquer outra dimensão artística desde que estejam providas de qualidade. E é justamente neste ponto que a dita "arte moderna" parece estar completamente equivocada. Minto, porque ao menos na astúcia de se enganar milhões de pessoas, haverá alguma qualidade, mas com que intuito?? 

A ideologia esquerdista convence a muitas pessoas de que tudo o que diz não está apenas correto mas também que "apenas os mais inteligentes" podem ver ou entender

A ilusão da realidade compartilhada em relação a verdade da realidade percebida ou consciência estética e sincera, se torna ainda mais saliente quando acompanhamos os muitos devaneios da esquerda (mas também da direita) sobre aquilo que determinam enquanto "verdade". 

Assim como acontece com a nova roupa do rei, a esquerda ideológica, principalmente (e toda a parte "metafísica" ou "religiosa" da direita e parte considerável do seu setor lógico-pragmático), se consiste num sistema cultural de blefe em que porções nada tímidas de "inteligentes" se convencem que boa parte da "arte moderna" é arte, que as pessoas são todas iguais, são as desigualdades ambientais que as fazem ser "temporariamente" desiguais, dentre muitos outros postulados negativamente dogmáticos e estupidos que se tornaram a ''realidade' imposta.

E novamente as diferenças entre aqueles que estão diametralmente distintos, muito similar a minha analogia entre direita e esquerda por meio do filme "Um bonde chamado desejo" e os seus protagonistas, Stanley e Blanche (e ainda faltou dedicar uma análise a personagem-chave que equilibra a relação conturbada entre os dois antagonistas, a irmã de Blanche, Stella). 

O garotinho, o povo, sem papas na língua, masculino, objetivo, direto, literal e na maioria das vezes seco ou bruto. O típico conservador logicamente pragmático. Alguns lhes chamam de ''viris''. Eu só posso ve-los, em média, como estúpidos, os eternos escravos de suas elites igualmente encardidas.

E a situação bizarra que foi devidamente construída pela astúcia do alfaiate do rei (esquerdismo ou gramscianismo), expressando o apreço sofisticado por pseudo-metafísicas, pseudo-abstrações ou pensamento mágico. A igreja pode ser tre tre chic assim como as universidades. 

Não existe roupa nova do rei assim como também não existe verdade em relação a boa parte dos sistemas de crenças metafisicas tomadas pela plebe de pedantes intelectuais enquanto  verdades cristalinas.




Em termos hiper-reais esta se consiste numa máxima verdadeira, somos todos vidas, e portanto, somos todos iguais, nesta hiper-perspectiva..... mas parece muito claro que o (ab)uso desta narrativa filosófica extrema não tem como finalidade a evolução conjunta humana e sua moralidade (a evolução por si mesma), mas justamente no seu oposto.

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