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quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016
Filósofo genuíno: O hiper exogamico cultural x o homem comum
Sabedoria é o extremo oposto da endogamia
Meu filho, meu sangue,
Minha moralidade, meu egoísmo,
Tu és minha continuidade pessoal,
Tu és meu brio, minha extensão,
Eu me transfiro em ti, aposto a sua alegria na minha, foi deus quem quis, será meu espelho de genes e pensares,
Sábio eu não sou,
Eu não me interesso pela verdade objetiva, sou pura sujeição, obedeço sem perguntar, está tudo certo pra mim, eu não me preocupo se tem cachorros na rua, debaixo de chuva ou frio, eu sou um bruto escravo, não choro nem sinto, sou sereno com todas as minhas certezas, que não são minhas, que dureza, entendeste, sou frívolo mas sem frescuras,
Não gosto de profundidade, tudo é raso, eu canto a minha segurança, minha conformidade, aponto com medo e ódio para quem tem vida, minhas unhas sujas, minha mente muda e imunda, eu não tenho voz interior,
A verdade é só uma, minha conveniência, e de minha família, eu clamo por qualidade, eu falo sobre inteligência, sabedoria, criatividade, bondade e moralidade, mas eu não sei do que estou falando, eu não tenho compromisso com o gênio, sou como um lagarto que não se interessa pelo sofrimento de minha presa, ou como a uma formiga que não liga de comer a própria amiga, levo pouca consciência comigo, deixo a vida me levar, e levo a mediocridade com ela.
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