Os Qidiotas acreditam que
QI = inteligência
Logo eles literalizam excessivamente as curvas de sino e acham que basta pontuar alto a muito alto em testes cognitivos que já será totalmente inteligente, em relação a qualquer outro pobre mortal, que não alcançar o olimpo da ''inteligência artificial''. Eu já comentei que nem mesmo a maioria dos grandes gênios da humanidade ainda poderiam ser considerados como ''os mais inteligentes'' OU ''totalmente inteligentes''. Por exemplo, Isaac Newton, o seu gênio na física, a sua estupidez na filosofia, enquanto um cristão fervoroso, e na inteligência emocional, ao tratar os outros de maneira ríspida e jamais ter mantido relações amorosas. E percebam que muitas vezes, nosso lado estúpido pode conspirar a favor com o nosso lado mais esperto, algo que tende a resultar na criatividade, diferenciado-a da suposta purificação pedante e equivocada de estupidez que a maioria dos inteligentes (cognitivamente inteligentes) tendem a buscar, guiados tolamente por uma mescla indigesta de ''sinalizações sociais de maior inteligência'' (se passando como, forçar maior autenticidade intelectual... aparentar maior inteligência aos olhos foscos do ''senso comum'' e jogando o ''bom senso'' a escanteio) com [alguns] fatos dispersos e em especial quando mesclam fatos e factoides, à moda humana de se produzir cultura, ideologia ou religião (incompletude), então na maioria das vezes temos por exemplo, a internalização de um factoide, mas salpicado com fatos, tal como um remendo de ideias, algumas certas ou factuais, outras erradas ou factoides, unidas umas às outras.
Os testes cognitivos e seu sistema de mensuração foram inventados recentemente, isto é, de acordo com a linha do tempo da história humana. Tal como não existiam cristãos antes do suposto aparecimento de Jesus Cristo, o mesmo acontece com os Qidiotas, em relação ao QI, mas com agravantes, porque afinal de contas, se eles precisam DESTA validação para se acharem/se sentirem totalmente superiores aos outros, reles mortais, no caso de pontuarem alto, então como é que faziam antes, ANTES DE QI* Quando não haviam testes cognitivos como prêmio instantâneo de ''inteligência''**
Eu sempre gosto de comparar a ginástica artística com os testes cognitivos por muitas razões. Ambos apresentam sistemas de mensuração/pontuação de duas entidades muito complexas, com várias perspectivas relevantes e importantes para que possam ser analiticamente entendidas/completadas; ambos os sistemas de mensuração/pontuação tem evoluído muito de acordo com o entendimento da inteligência/evolução do esporte, tendo ocorrido vários processos de ''atualização'' dos mesmos; ambos os sistemas de mensuração/pontuação são apenas parcialmente precisos em suas capacidades de quantificar e organizar os seus respectivos objetos de essencial atenção... sim, quantificar a qualidade, porque a mensuração ou pontuação se consiste basicamente nisso, na quantificação e organização hierárquica DA qualidade/conceito ou da expressão. Toda quantificação é dependente da qualidade que visa mensurar, apalpar. Os testes cognitivos apalpam ''o tamanho'' da inteligência, como eu já falei em textos anteriores, inclusive um bem recente, com a imagem do Titanic como exemplificação visual elucidativa. Mas não mensuram os outros traços psico-cognitivos que são tão OU mais importantes [criatividade, racionalidade, aspectos emocionais..) do que aqueles que são mensurados. E não ''mensuram'' a qualidade, diretamente falando, talvez por serem incompletos, porque se concentram consideravelmente nos componentes cognitivos e desprezem quase que totalmente os componentes psicológicos.
Será que algum louco à paisana poderia criar um teste cognitivo das rosas** Será que a beleza é quantificável*
Percebam que beleza e inteligência são dois valores intercambiáveis porque são factuais, potencialmente diversos tanto a intra quanto a inter-perspectiva, potencialmente ideais e relevantes.
Eu já devo ter comentado sobre isso. Será que poderíamos inventar um ''teste de beleza''* Apenas em relação à aparência estética já seria um desafio comparar/''mensurar'' e hierarquizar rigidamente qual mulher ou homem que seriam os mais belos. Mesmo quando temos tipos ou níveis mais distintos de beleza estética, ainda não é instantaneamente perceptível ou fácil hierarquizá-los de maneira rígida, tal como os testes cognitivos tentam fazer com a inteligência. De fato, a beleza também é subjetiva, e a inteligência também. E também são objetivas ou ideais em que alguns traços, mais particulares, serão mais naturalmente objetivos, do que outros.
Por exemplo, barriga ''por fazer'' versus abdômen definido = espectro ou traço espectral mais objetivo ou idealmente perceptível.
Exemplo de traço mais subjetivo = tipo de face masculina,
face de homem, bela porém menos masculina (menor testosterona)
face de homem, bela porém mais robusta/masculina (maior testosterona).
O mesmo parece ou pode acontecer com a inteligência em que alguns de seus traços serão mais idealmente possíveis ou objetivos e outros serão mais subjetivos.
O sistema de mensuração/pontuação da ginástica artística
- não define/caracteriza/possibilita o entendimento do esporte, em termos qualitativos e conceituais, mas simbolicamente quantitativo/associativamente quantitativo,
- [ainda] não ''mensura'' os seus aspectos qualitativos com destreza
tal como nos testes cognitivos, o sistema de pontuação da ginástica artística despreza os aspectos estéticos e valoriza os aspectos técnicos (antes, ''perfeição'', hoje em dia, pendendo mais para a dificuldade).
E ambos apresentam ainda outra similaridade, esta que também está presente em outros esportes que se assemelham à ginástica: é complicado estabelecer um único vencedor, especialmente quando a competição é ao mesmo tempo intensa e diversamente qualitativa/subjetiva. Novamente, aquilo que já questionei: quem será o vencedor ou a vencedora. A ''rotina'' de exercícios mais perfeita, a mais difícil, a mais artística/esteticamente agradável, a mais harmoniosa/rotina que foi bem construída*
Quem será o vencedor ou a vencedora, ou no plural, na ''ginástica da inteligência''*
O mais racional* O mais inteligente em matemática* O polímata* O gênio artístico* O mais inteligente em aspectos verbais*
Voltando um pouco e para finalizar em relação à proposta inicial deste texto: as pessoas verdadeiramente inteligentes, independente pra quê, mas em especial em relação à razão, não precisam de testes cognitivos e pontuações para validarem as suas capacidades e não precisam de outrem para que possam comparar por si mesmas as suas próprias inteligências com as dos outros.
Do mesmo modo que os cristãos o fazem, tolamente, para ''comprovarem'' a verdade, com base em internalização forte da superfície da crença cristã.
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