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quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Outro chute no ar... o efeito dos hormônios sexuais é particular a cada comportamento e não de maneira generalizada como pensamos..

Primeiro veio o pré-conhecimento: O testosterona (apenas) afeta o comportamento, especialmente o masculino.

Depois veio o quase-conhecimento (pretensões pedantes de minha parte): O testosterona se divide em ativo e circulante e portanto, sim, é claro que afeta o comportamento, mas especialmente o testosterona ativo.

Agora continuo com a subdivisão dos efeitos dos hormônios sexuais, e em específico do testosterona, no comportamento, e em especial no homem..

Em cada tipo de comportamentos nós vamos ter diferentes níveis de ação/ intensidade dos hormônios sexuais e não da maneira individualmente generalizada que temos entendido. Claro que se consiste em mais um dos meus baitas chutes lógico-intuitivos, ao observar que as pessoas, e em especial os homens, tendem a apresentar diversidades individuais de intensidade comportamental, em que, para cada comportamento haverá um potencial de intensidade. É muito provável que teremos os tipos mais homogêneos e também os tipos mais heterogêneos, e a regra, pelo que parece, será justamente esta variedade bem mais diversa de intensidades comportamentais mediadas pelos hormônios sexuais do que a abordagem generalizada de agora. Isso quer dizer que, valores generalizados de testosterona, total e ativo, ou de qualquer outro hormônio, é possível que não refletirão perfeitamente as correlações comportamentais 'esperadas'.

Eu sou um exemplo, ou possível exemplo, levando-se que se consiste em um chute de minha parte, quanto a este provável ''descasamento'' generalizado de correlações, visto que exibo valores que estão relativamente abaixo da média de testosterona total (  346 ng/dl ) e consideravelmente mais baixos em testosterona ativo (8,7 ng/dl), de acordo com o último teste que fiz, pressupondo-se que deveria me comportar tal como ''manda o figurino'', isto é, alguém, do sexo masculino, com valores baixos de testosterona, especialmente de testosterona ativo, deveria ser mais sociável, passivo/conformista, menos agressivo e mesmo com menor libido sexual. Eu não sou sociável, não em relação ao contexto medíocre de se pensar e de se comportar que é predominante, não sou passivo/conformista e apresento elevada libido sexual. Não sou agressivo, do tipo que sai distribuindo socos de graça, mas tampouco sou um típico pacifista, bonzinho demais, pois tenho o meu lado ''lobo'', ainda que não o tenha testado em toda sua possibilidade, bom sinal pra mim, por enquanto, pois tenho tido mais sorte do que imagino. Eu sou, qualquer coisa, de acordo com o comportamento do meu par de interação, em relação à minha pessoa. Ainda que tal abordagem proporcional não seja perfeita, ao menos se consiste em uma ênfase que tento aperfeiçoar, algo complicado em uma realidade imperfeita e mesmo não-perfeccionista por natureza.

Eu tenho baixos valores de testosterona ativo, que alguns dizem ser o mais importante para moldar o comportamento masculino, este que é, estereotipicamente falando, caracterizado por: maior agressividade, maior dominância social e maior coragem.

Em alguns aspectos do meu comportamento os baixos valores de testosterona ativo que apresentei, que apresento, segundo o teste que fiz, parecem cair ''como uma luva'' pois de fato eu estou bem ''feminino'' neles, e apenas ''lembrando'' que as mulheres tem muito menos testosterona que os homens. 

Qual é o meu conhecimento em influências hormonais no comportamento**

É este que estão vendo, bem superficial e portanto é evidente que posso estar cometendo uma série de pecados para quem de fato tem um catatau bem cristalizado deste ramo particular da ciência. 

Como eu sempre gosto de salientar, eu quase sempre parto de observações ''pessoais'', no entanto, tentando neutralizar meus preconceitos cognitivos, especialmente os que podem estar mais equivocados, na tentativa de prover a melhor análise possível. 

Homens tem mais testosterona que as mulheres ou melhor dizendo, o testosterona praticamente define as fronteiras biológicas dos sexos. Homens com mais testosterona dificilmente serão mais passivos ou obedientes, ou mais emocionais, ou mais agradáveis, tal como as mulheres costumam ser. Pelo que parece, como é o costume, nos extremos deste espectro de comportamento mediado por esse hormônio, nós vamos ter uma maior homogeneidade correlativa de comportamentos, enquanto que no meio, nós vamos ter uma maior variedade. Estamos falando, eu acho, em proporções, em que quanto maiores os valores de testosterona, especialmente o ativo, isto é, aquele que está disponível, e em uso, tal como o potencial de explosão de um vulcão, em relação à quantidade de lava ''solta'' disponível pra ser lançada pra fora, na atmosfera, maior será a proporção de comportamentos estereotipicamente masculinos, que pelo que parece, e como parece, tende a resultar em homens menos emocionalmente inteligentes ou insensíveis, e mais agressivos e socialmente dominantes. É claro que é possível de encontrarmos outros tipos de perfis masculinos. Eu duvido que encontraremos tipos muito caracteristicamente femininos nos extremos de maior testosterona ativo e o mesmo, porém o oposto, no caso dos extremos de menor testosterona ativo, isto é, se o espectro é uma gradação então baixo testosterona ativo não resultará em comportamentos tipicamente masculinos, ou ao menos uma predominância, enquanto que altos valores de testosterona ativo tampouco resultará em comportamentos mais afeminados em homens. 

No entanto olhando para o comportamento masculino médio, parece-me que não existe a necessidade de valores muito altos de testosterona para resultar em insensibilidade ou tendência de secura emocional, ainda que ao compararmos o típico homem com o tipo mais agressivo, potencialmente violento ou criminoso, veremos claramente que o testosterona (ativo, pressuponho, dentre outros hormônios, inclusive o feminino) ou ao menos a associação com comportamentos ''tipicamente' masculinos que costumamos fazer, aumentará de sobremaneira.

Portanto, porque somos/expressamos uma miríade de comportamentos, então o testosterona é possível que mediará cada um deles de maneiras mais assimétricas e portanto mais pontuais, do que as generalizações associativas que tendemos a fazer.

Eu posso ter alta reação hormonal/emocional de natureza ''masculina', mais agressiva, dominante, em relação a certa situação e ter uma explosão hormonal muito menos intensa para outros eventos, mostrando ''claramente'' que estamos assimétricos em como que respondemos hormonalmente às muitas e diversas intempéries de nossas vidas, a curto e a longo prazo, e portanto a maneira generalizada de se associar este hormônio, em específico, e os nossos comportamentos, a meu ver, precisa ser revista. Como sempre precisamos nos aproximar do ''objeto'' de estudo para melhor entendê-lo.

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