Mistura de altos níveis de savantismo: obsessão intelectual ou cognitiva... com altos níveis de perceptividade e curiosidade: grande plasticidade cognitiva ou intelectual.
Em outras palavras, uma espécie de mistura de extremos cognitivos: capacidade de alternar estados de hiper-conectividade local (savant) e hiper-conectividade global (flexibilidade ideacional/criatividade)... baseado no que tenho lido dos textos de Christopher Badcock, um dos autores da teoria dos ''Genes impressos'' (se eu não estiver enganado porque não vou procurar, rs)
A maioria dos savants, tem alguma deficiência mental OU não é super-criativo, ainda que possa ser acima da média em potencial criativo.
A maioria dos pensadores muito flexíveis costumam ou podem apresentar baixa hiper-conectividade local (resultando em interesses obsessivos e detalhismo lógico) tendo como resultado a dificuldade de discernir criatividade de originalidade sub a ilógica.
Gênios e outros tipos parecidos, no entanto, apresentariam essas duas realidades neurofisiológicas, isto é, tem interesses ''obsessivos'' e são bastante precisos em seus escrutínios particulares, tal como os savants, e no entanto ainda apresentam altos níveis de flexibilidade ideacional ou capacidade de produzir associações remotas porém lógicas, relacionadas justamente com as suas áreas de interesse. Aquilo que está faltando ao savant ''puro'' (com ou sem deficiência mental) e aos pensadores ''puramente'' flexíveis, está presente nos gênios criativos. Como parece ser, quase sempre, a excepcionalidade comportamental humana ao invés de caracterizar-se por uma falta, se manifesta com base em completudes, no caso por exemplo do sábio e do gênio, em que no primeiro nós temos uma espécie de completude psicológica ou emocional/afetiva, e no segundo nós temos uma completude intelectual ou cognitiva também me faz pensar novamente na minha (ou ''minha'') ideia de que os animais não-humanos demonstrem uma maior natureza savant em relação às suas cognições, cabendo ao ser humano o posto de ''menos-savant'' de todas as espécies, justamente por não exibir super-especialidades que praticamente abarcam o seu modo de vida ou estratégia ''evolutiva'' (conservativa), e como compensação, por apresentar uma natureza perceptiva (sensorialmente perceptiva) muito mais equilibrada, holística (menos instintiva ou impulsivo-existencial) do que em relação a grande maioria, se não à totalidade das espécies não-humanas.
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