Eu sou vida,
O universo a me chamar,
Eu sou o próprio universo,
A comunicar consigo,
A sentir-se, tocando pele à pele,
Eu sou uma bolha de matéria escura,
Solta pelo véu da estrela azul,
Eu sou uma constelação que chora e ri,
Que se surpreende,
Entre o mar de forças, acima de meus sonhos,
E a terra abaixo, que puxa os meus pés e o corpo risonho,
Eu, universo,
Respiro, vivo
Eu tento me entender ,
Eu-verso, como uma frase curta,
Uma poesia abortada,
Ou prematura,
Eu-poesia,
Quando a vida toda passa,
Eu sou a resposta,
Da pergunta que nunca foi dita,
Eu sou a existência olhando pra si mesma,
e gritando: maldita!!
A olhar para o próprio reflexo,
E a sentir um leve desespero,
A ter sentimentos íngremes, convexos,
O ambiente curioso sobre o ambiente,
A cascata de eventos deixou o silêncio,
O criado quer saber quem o criou,
Não quer mais agir antes de saber o porquê,
O universo se expande,
E a vida consciente, é a primeira força oposta,
Em seu despertar, sente como ao próprio criador,
Desafia a própria existência,
Apontando o dedo rijo,
Bem no nariz do espelho,
Em seu reflexo-universo,
Em seu cantinho de anseio,
E você, apenas um eu-verso,
Di-verso, a borbulhar sua única razão,
Sua única verdade,
Sua única realidade,
A única que conhece,
A única que lhe deixará,
A única que nutre vício,
O seu vício de respirar,
Olá, meu nome é universo,
Mas podem me chamar de eu-verso...
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