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quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Eu estou mais para o espectro psicótico ou autista**




Fonte: https://cdn.psychologytoday.com/sites/default/files/styles/article-inline-half/public/field_blog_entry_images/Slide4_3.jpg?itok=1Qc2JJxQ

Desviar o olhar em relação aos outros/Olhar com frequência e intensidade

Neste primeiro componente eu estou relativamente dividido entre ''observar as pessoas com grande frequência e interesse'' e de ''desviar o olhar ou não encarar diretamente''. Eu desvio o meu olhar para as pessoas com as quais eu não ''vou com a cara'', literalmente falando, ou que já tenha tido más experiências, mas isso é uma tendência comum. No entanto, no meu caso, este tipo de ''desvio de olhar'' tende a se dar de maneira mais emocionalmente significativa e próximo de um estado mais intenso, similar à expressão caracteristicamente autista, ainda que pelo que tenho percebido eu consigo controlar. 

Veredito final: a meio caminho ''entre'' autismo e psicoses, mas mais direcionado para o espectro psicótico, isto é, olho mais do que desvio o olhar. 

Insensibilidade para vozes/ hiper-sensibilidade para vozes à alucinações


No segundo componente eu estou consideravelmente direcionado para o espectro psicótico pois de fato eu tendo a dar grande importância às vozes, especialmente as humanas, eu já tive leves porém evidentes alucinações OU confusões auditivas, é o que parece, mas eu não tenho como comprovar se de fato eu escutei errado (''alucinação'') ou se escutei certo, nesses episódios que já vivenciei. Aquilo que já falei sobre a ambiguidade interpessoal... de prestar grande atenção à vozes (especialmente risos e cochichos) e de não saber perfeitamente se: foram direcionados pra si e se são deboches, comentários maldosos ou impressões. 

Escusado será dizer que, pessoas ''comuns'' tendem a alvejar muito menos aqueles que são mais parecidos com elas do que com ''ex-cêntricos''

Portanto, a ideia de que a maioria das alucinações paranoicas desta natureza se consistam exatamente em alucinações irracionais, pode não estar plenamente correta, especialmente se for concluído esta proposta de dinâmica inter-pessoal, em que as pessoas comuns tendam, ou desproporcionalmente falando, tanto a se protegerem quanto a atacarem ''dissidentes naturais'' e que conjugado com maior sensibilidade tende a resultar naquilo que tenho chamado de ''paranoia racional'', quando existem razões válidas para se tornar mais vigilante, e muitas vezes ao ponto da total desconfiança em relação aos ''outros'', ainda que generalizações não sejam totalmente recomendadas, é claro.


Déficits em intencionalidade/hiper-intencionalidade erotomania/paranoia


No terceiro componente comparativo me encontro novamente consideravelmente direcionado para o espectro psicótico e até faz sentido se disse o mesmo em relação à hiper-sensibilidade para vozes. Mas novamente, de fato isso se manifesta em mim de modo controlado ou controlável, ao invés de tomar-me de assalto e de fazer-me refém de ideações bizarras. Parece que os tipos a caminho do espectro psicótico tendem a ser muito curiosos e objetivos em relação à essas pendengas pessoais ou mentalistas e no entanto dão com ''os burros n'água'' quando percebem o quão natural e/ou propositalmente ambígua, confusa e contraditória se encontram.

 Novamente a minha ideia de baixa tolerância em relação à ambiguidades interpessoais, que são basicamente a principal matéria prima do modo humano de socializar/inter-personalizar.


Déficits de atenção-compartilhada/ilusões conspiratórias


Pelo que entendi, este componente basicamente se expressa quando duas pessoas estão conversando e prestam atenção mútua. Autistas tendem a se desconcentrarem OU a não acharem interessante aquilos que os outros tem a dizer/estão dizendo pra eles, porque como tendem a se concentrarem por tempo quase integral aos seus interesses específicos então costumam prestar menos atenção em especial quando o assunto não estiver relacionado aos seus interesses. 

Neste quarto componente eu me encontro fortemente relacionado com o espectro autista por dedicar de modo impulsivo aos meus interesses específicos e por muitas vezes achar aquilo que os outros me dizem ou comunicam desinteressante, sem conseguir acompanhá-los, claro que, em especial, àquilo que não me é de interesse, momentâneo (estou pensando em outras coisas) ou absoluto (definitivamente não me é de interesse). 

No entanto eu também me encontro fortemente atrelado às ilusões (ou não) conspiratórias, que parecem se consistir em complementos lógicos dos três primeiros componentes, mas em especial dos dois últimos. Claro que o nível de conspiração, real, parcialmente real ou exagerada, que possa vir a desenvolver, não tem perpassado o bom senso ou razoabilidade, isto é, de ter adquirido feições explicitamente bizarras e portanto potencialmente descontroladas, delas tomarem o centro de minhas atenções, do meu auto-comando. Portanto, encontrar-me-ei dividido entre os dois espectros ou talvez mescladamente enviesado em ambos os extremos. 

Vale ressaltar que muitas dessas características foram construídas com base em valores subjetivos a objetivos, porque de fato elas existem, se expressam,  mas por causa das próprias fraquezas implícitas (a explícitas) dos profissionais de saúde mental, isto é, conduzidos por seus preconceitos cognitivos possivelmente irracionais, aquilo que parece ser atípico a patológico [pra eles], pode ser na verdade, bem, a verdade, ou que possa ser perfeitamente explicado ou entendido sob um prisma racional, o próprio exemplo da tendência autista de não se interessar pelo que os outros tem a lhes dizer, e que no caso, primeiro, pode se diferenciar neles especialmente por ser um tipo de atitude mais frequente, segundo, por causa da tendência autista de se interessar por assuntos incomuns e portanto tendo como consequência poucas pessoas com as quais eles possam compartilhar os seus interesses, aumentando a possibilidade ou frequência desta situação de desinteresse natural por aquilo que os outros dizem ou compartilham com eles se manifestar.

Déficits na teoria da mente/ideação mágica--ilusões de referência

Neste quinto componente comparativo eu percebo em mim uma tendência para ilusões de referência e até as tenho colocado aqui no blogue em alguns textos, por exemplo, ''a perseguição do número 24'' em relação à minha pessoa, ou a sensação, que já tive, que todos estavam me olhando, em um certo dia, quando não estou esperando que olhem pra mim, e quando eu espero ansioso que isso aconteça o contrário se dá, isto é, quase ninguém está olhando/olha pra mim. Podem ser ilusões de referência, ou não. No caso do número 24, é bastante frequente que quando eu vou ver as horas, sem qualquer intencionalidade ou expectativa, o número 24 se apresente completo, ou de alguma forma, condensado com outros números, e eu não faço absolutamente nada para percebê-lo, nada. Tal como quando você consegue, de sorte, jogar uma bolinha de papel na lixeira, de longe, sem ter pensado, sem ter planejado ou direcionado a mira. Sorte ou coincidência** Sim, mas talvez não seja apenas sorte. Percebam que muitos se não a maioria dos animais não-humanos tendem a ser extremamente precisos, cometendo poucos erros ao longo de suas vidas em suas capacidades instintivamente herdadas. Pode ser que quando agimos de maneira puramente intuitiva, associada a uma ação de natureza sinestésica, consigamos emular a precisão dos outros animais em suas habilidades, mesmo que tal feito não se repita imediatamente depois.

 Também percebo que quando eu ando nas ruas respirando pela boca, possivelmente por causa de alguma mudança em meu rosto, as pessoas me percebem mais e até mesmo com admiração, do que quando ando nas ruas, respirando pelo nariz. Ilusões de minha mente** Duvido. Coisas estranhas acontecem na profundeza de nossas existências e geralmente passam batidas pela maioria das pessoas, isto é, em relação à nossa linguagem corporal ou não-verbal.

Na wikipedia um exemplo que vi sobre ''ilusões de referência'' (as pessoas estão falando de você) é basicamente a ''paranoia'', uma manifestação específica e típica deste estado mental. Portanto estou achando um certo exagero de subdivisões no quadro acima, mas enfim, continuando...

Definitivamente eu não acredito que tenha deficiências em teoria da mente, na verdade, parece ser o oposto, visto que tendo a ser, tortuosamente ainda que constante, atentamente empático, buscando sempre atenuar possíveis trovões de conflitos para com os meus pares de interação e claro que, a recíproca não é verdadeira, ou tal milagre tende a ser raro, como todos os milagres são, sem falar de minhas explosões ou desabafos, quando já não consigo mais engolir tantas contradições internas das outras pessoas, nomeadamente das mais próximas, geralmente meus parentes, mas também nas redes sociais. Como eu tendo a pensar no melhor, por ser muito idealista, e pedantemente falando, precisamente idealista, então tendo a fazê-lo com base em grande confiança e compreensão factual.

Tal como praticamente todo mundo eu parto em interação com o meu meio (ab)usando de meus valores morais e como eu tenho a ingrata capacidade de desenvolver sistemas morais perfeccionistas (só pra sofrer um pouco mais em meio à balbúrdia humana) então parto do princípio que, no fundo dos corações de cada um de nós, a idealidade é desejada, porém incompreendida e mesmo ativamente combatida, para que o ego possa ser salvo e doentiamente nutrido.

Todos nós temos para mais ou para menos déficits na teoria da mente e os autistas, em média, só estão um pouquinho piores que ''nós''. A verdadeira teoria da mente, ou seria melhor, o seu estado mais perfeccionista, autêntico, se daria por meio da empatia total, que eu já expliquei em textos anteriores, quando não apenas nos colocamos no lugar dos outros, como nós mesmos, que seria a empatia parcial e muito comum, mas também em suas próprias peles, emulando-os, buscando capturar os seus próprios padrões ou razões, podendo assim prover análises empáticas muito mais factuais ou corretas. Os autistas tendem a emular os egoístas que sequer se colocam no lugar dos outros, mas como muitos são providos de empatia afetiva, e muitos ainda podem aprender, à manivela, um pouco a muito sobre empatia cognitiva, então podem e geralmente contornam ou atenuam esses problemas. Já não podemos dizer o mesmo sobre as pessoas comuns que tendem a ser auto-confiantes demais pra se criticarem e portanto tendem a teimar por toda vida com as suas mediocridades, tanto no trato com as coisas pessoais ou pessoas/seres quanto no trato com as coisas impessoais ou coisas. Também temos de pensar no caso dessas pessoas comuns em relação aos autistas e outros ex-cêntricos. São elas deficientes para entender a mente autista* Sim, e não apenas em relação às mentes autistas mas também a qualquer outro tipo de mente, incluindo as suas próprias. No caso daqueles que exibem predicados inter e intra-pessoais, como eu, é evidente que tendemos a balançar para o espectro psicótico do que para o espectro autista. No entanto, há de se espezinhar todas essas vagas concepções da psicologia antes de fazer qualquer veredito. Eu mesclo a objetividade e uma certa fé crédula autista na capacidade humana de aprender com os próprios erros, ainda existente em mim, com a malemolência ou mesmo descrença/esperteza que parece ser mais comum entre os psicóticos e próximos a este espectro. 

Desilusões religiosas -- Credulidade/ Religiosidade superficial -- incredulidade

Sou agnóstico e incrédulo, mas não infalível, e tal como a maioria das pessoas, eu posso ser enganado. No entanto tenho por mim como uma de minhas qualidades justamente a dificuldade teórica de me passarem a perna, ainda que não tenha sido testado de maneira literal e constante e de sempre acabar acreditando no bom senso, diga-se escasso, das pessoas, se ao fazê-lo, eu esteja apenas me projetando, assim como quase todo mundo o faz. Como sempre eu acabo sempre mesclado entre os espectros ainda que no caso da ''religiosidade superficial'' eu de fato seja um enfático e legítimo incrédulo. 

Déficit em ''sensação de autocontrole''--memória episódica/ Megalomania

Eu tenho um pouco do primeiro sub-componente, em especial quando tenho ideias intuitivas mas no geral eu não acredito que tenha déficits neste sentido, aliás eu não entendi muito bem o que isso quer dizer. A ideia de total autocontrole é por si só uma ilusão e não apenas para os autistas.

Quanto à memória episódica eu percebo em mim uma grande capacidade neste quesito, ainda que não se encontre a níveis muito significativos, mas é o suficiente para notar tal vantagem em comparação aos outros, ao perceber por exemplo, quando eu consigo lembrar de certos eventos e eles não, em partes também porque tenho um conexão mais forte com o passado, por causa de minha melancolia.

Sou parcialmente megalomaníaco OU apresento potencial para me tornar mas tenho conseguido adaptar esta possível e decisiva falha dentro de mim, por exemplo, ao invés de expor-me aos outros de modo presunçoso e arrogante, de buscar fazê-lo por outros meios, mas sem tentar suprimir algo que me é mais natural e lembrando sempre que no final, quase todos nós estamos mais ou menos, eu não diria megalomaníacos, que se consiste em um exagero expressivo, mas de secretamente orgulhosos, e para muitos, nem tão secretos assim. O problema talvez nem seria de ser orgulhoso mas de fazê-lo sem qualquer evolução pessoal na auto-crítica e para isso não é necessário ser orgulhoso pois muitas pessoas desprovidas de autoestima podem também ser desprovidas de auto-crítica.

Veredito: meio termo. Boa à ótima memória episódica, pouco déficit em auto-controle, na verdade eu pareço ter/ser o oposto, e parcial megalomania, consciente de ser megalomaníaco (a maioria dos megalomaníacos não sabem que são e que isso possa ser um defeito) .

Literalidade--''inabilidade' de mentir/ Auto-decepção


Neste oitavo componente eu estou significativamente direcionado para o espectro autista, em especial no que diz respeito à literalidade, ainda que, como já havia dito antes, em um texto similar de auto-análise, eu também consiga compreender ambiguidades.

Sou quase super-sincero e honesto, estou com certeza bem acima da média, ainda que não signifique que não consiga mentir, e duvido que a maioria dos autistas não consigam aprender a mentir. O que pode acontecer com eles e comigo é a sensação orgânica, interna, de que mentir é: moralmente errado e/ou problemático, porque seria como arranjar mais problemas pra si mesmo, ao invés da lógica de se buscar sanar os problemas que já existem ou que se apresentam de ''bom grado'', isto é, sem serem convidados. No entanto, novamente, eu consigo mentir e minto, ou melhor omito, não me sinto bem, mas como na maioria das vezes as minhas mentiras são racionalmente justificadas e moralmente neutras, em sua maioria, e não são muitas, então eu não me sinto demasiadamente culpado, mas claro que o ideal é sempre de estar tudo às claras. O ideal, mas vivemos na regra do medíocre.


Binaridade patológica/Ambiguidade patológica

8 ou 80 ... ou ... 500 tons de cinza*

Estou os dois, ou seria melhor, me tornei um pouco os dois, principiando pela tendência binária e aprendendo a lidar, eu não diria com ambiguidade, mas com parte da complexidade que atrela-se aos meus interesses mais apaixonados. Basicamente, eu dou atenção tanto aos extremos, que definem o binarismo, quanto ao espectro entre os extremos, que definem a ''ambiguidade'. 

Precocidade/Amadurecimento lento

O autismo se manifesta cedo na vida enquanto que a esquizofrenia tradicionalmente só começa a se manifestar a partir do início da vida adulta, com casos raros de manifestação precoce, que começam ainda na infância. Em termos de precocidade, que eu poderia denominar de ''sintomas brandos'' ou ''alguns traços mais brandos'', eu tenho manifestado os mesmos, incluindo aí vantagens, especialmente no caso do autismo, irregularmente cedo, por exemplo, a minha tendência para fixação em interesses específicos assim como também altos níveis de imaginação via recreação original ideativa atrelada a esses interesses, que eu ainda poderia denominar de maneira menos clinicamente pedante de ''brincadeiras relacionadas aos interesses específicos''. Novamente pareço encontrar-me mesclado aos dois continuum, se por um lado eu fui precoce na manifestação de alguns traços ''autistas'', mas também alguns traços que se relacionam com o espectro psicótico, por exemplo, uma certa tendência megalomaníaca ou mesmo ''elitista''. Quando me mudei de cidade eu me tornei bem mais arredio até mesmo porque não fui bem recebido aqui ou fui percebendo padrões de funcionamento da sociedade, nomeadamente a partir da frase de transição entre o jardim de infância e a escola [sim, este simulacro da vida social na vida adulta] e concluindo que, não era muito popular, ou que, se quisesse me tornar popular eu deveria trabalhar mais do que os outros, só que a consciência ''precoce'' de diferenças de interesses, por exemplo enquanto que a maioria dos meninos de minha idade gostavam de jogar bola eu preferia fazer outras coisas e geralmente sozinho, foi suficiente para me alertar intuitivamente e fazer-me evitar qualquer tipo de simulação de similaridades em relação à maioria dos meus pares de interação. Logo, enquanto um ex-cêntrico eu fui ficando à margem do burburinho social.

Ao me mudar de cidade e ir percebendo que, não era bom para/ e nem tinha vontade de fazer muitos amigos, e as hostilidades subsequentes, invariáveis e agradavelmente brandas, porém latentes/evidentes, eu fui desenvolvendo mecanismos de defesa, ou seria melhor, de conservação, aumentando em muito a intensidade ou frequência de minhas disposições mais mentalistas. O meu lado mais mentalista e portanto mais psicótico preveniu-me de fazer sólidas, constantes, volumosas e significativas amizades, ainda que a popularidade tenda a se correlacionar negativamente com resiliência nos relacionamentos interpessoais, tradicionalmente se caracterizando por uma superficialidade volúvel. Minha assincronia em relação aos interesses e nível de maturidade dos meus pares etários contribuiu ostensivamente, é claro. O meu lado mais mecanicista, e portanto mais autista contribuiu e juntamente com minha imaginação para me proteger deste ambiente abaixo da idealidade em convivência, abduzindo-me, tal como sempre fez, para acalentar os meus interesses específicos do momento, assim como também recriando uma espécie de armadura, não tão perfeita, ainda assim eficiente, e outros fatores protetivos, como por exemplo uma pouco usual combinação entre hiper-vigilância inter-pessoal ou social, caminhando para a ansiedade social, estabilidade emocional e narcisismo, todos invariavelmente bem temperados mas sem se sobreporem um ao outro de maneira desequilibrada ou potencialmente problemática, confabulando para me manter ''nos trilhos da sanidade''. A minha não-aceitação ou tentativa de lutar contar a minha condição de homossexual contribuiu para aumentar esta tensão interna, ainda que eu tenha, digamos assim, ''tirado de letra'', sem falar também no fator sorte, porque talvez em outros cenários, por exemplo, com perseguidores sistemáticos muito mais constantes e maléficos, poderiam ter colocado, muito provável, muito mais lenha nessa minha fogueira do que o que de fato aconteceu comigo até o início da minha vida adulta. Em termos de criatividade, bem eu sempre fui imaginativo e portanto recreacionalmente criativo, mas somente nos últimos anos que passei a ter insights criativos, confiar neles e postá-los nos meus blogues, agora neste blogue. Também tenho a impressão que me tornei mais mentalmente ágil e mesmo mais ávido para estudar matérias escolares, ainda que não resulte necessariamente em ''obsessão'', do que quando eu estudava e tinha preguiça e grande desinteresse pelas mesmas, ou pela maioria delas. Há muito tempo eu especulei se alguns tipos de ''excepcionais'' não imitariam a esquizofrenia, manifestando as suas criatividades pessoais também no início da vida adulta.

Maiores habilidades espaciais, acuidade espacial/ Menores habilidades espaciais, menor acuidade espacial

Neste componente eu estou fortemente ''esquizo''. Sem pestanejar.

Hiperlexia, disgrafia/ Dislexia, hipergrafia

Hipergrafia: mania de escrever

Disgrafia: ''letra feia''

Mania de escrever**

huuuuummm, de lápis ou caneta não. Não muito também em relação à digitação, será que eu ''tenho'' hipergrafia** 

Minha letra vai ficando feia quando a minha paciência para escrever vai se reduzindo mas no geral eu tenho uma coordenação motora mediana, normal, ao menos pra esta tarefa.

Não tenho dislexia.

Retido da wiki


As principais características da hiperlexia são a capacidade precoce para leitura, dificuldade no processamento da linguagem oral e um comportamento social atípico.

Por volta dos 18 aos 24 meses as crianças hiperléxicas já são capazes de identificar letras e números. Em torno dos três anos já conseguem unir as letras e ler. Geralmente, quando uma criança consegue ler antes dos 5 anos de idade sem ter recebido lições, isso indica hiperlexia. Durante os primeiros processos de sociabilização, os hiperléxicos não se integram. As outras crianças copiam comportamentos uns dos outros e assim aprendem a conversar, interagir. Essa característica é muito típica do autismo. Crianças que são desde pequeninas atraídas por abstrações - letras, palavras, frases - têm que ser necessariamente muito inteligentes, mas nem sempre serão extrovertidas (quanto a copiarem comportamentos, isso acontecerá, porque estarão observando antes de considerar essa atitude específica uma coisa razoável).

Por essa descrição eu não sou hiperléxico se não fui exatamente uma criança tipicamente precoce, especialmente na capacidade de leitura.



  • Leitura compulsiva:a hiperlexia faz com que seus portadores leiam tudo o que tem forma de letra e que apareça na sua frente.
  • Apego à rotina: outra característica típica do autismo. Os hiperléxicos não gostam de atividades planejadas de última hora e não se sentem confortáveis diante de acontecimentos inesperados. Não gostam de mudanças nas rotinas, apreciam que tudo seja sempre feito da mesma maneira.

  • Alheamento à realidade: muitos hiperléxicos são, de forma errada, diagnosticados como portadores de TDAH (transtorno do déficit de atenção e hiperatividade), pois têm grande dificuldade de prestar atenção e não ficam parados por muito tempo. Por outro lado, quando algo chama-lhes a atenção de verdade, são capazes de esquecer do mundo e ligarem-se apenas àquilo. São ansiosos e, muitas vezes, por demais sonhadores

Sobreposições comportamentais ''autistas'' em minha pessoa já são esperadas mas as características mais salientes da hiperlexia eu definitivamente não tenho.




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