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sábado, 10 de dezembro de 2016

A sabedoria fica em nosso centro de gravidade

O caráter,
O tronco que sustenta os galhos,
As folhas, 

E sua musa árvore,
O centro da gravidade, 

Da sua, de nossa gravidade,
É onde a sabedoria está, 
Muitas vezes ali,
Escondida,
Esperando por sua liberdade,
Ainda que tardia,
Que vem, pra muitos,
No final do dia,
No entardecer de suas vidas,
E para poucos,
Ela vem logo pela manhã,
Perto da hora do almoço,
Desperta cedo,

E cobre com sombra e serenidade,
Contra os raios do rei sol,
Que cega, que nos faz crer,
Que a luz do dia é pra sempre,
Enquanto prende, nos prende,
E muitas vezes paralisa, sem querer,
Enche de responsabilidade,
Torna o idealizar em ideal,

Na promessa em realidade,
 Na labuta do dia a dia,
Regride ao calor do núcleo,
E aprende a irradiar sem sustos,
Aprende a perfeição em si mesmo, 
Sem mais pensamentos tortos, 

Sem se tornarem passos em falso,
O esmero do pensar,

A alma brilha mais viva, mais real,
A filosofia pulsa e encontra o seu lugar,
Bem no meio da vida,
Orquestrando a existência,
Buscando sempre um alcançar,
Um crescer,

Nos torna mais espontâneos porém coesos,
Mais verdadeiros, 
E menos personagens de si mesmos,
Falta o encontrar,
Entre almas iguais,
E refundar o caminho humano,
Voltando ao chão de sanidade,
Cortando os seus balões coloridos, 
Que nos fazem sonhar demais,

Com céus de fantasia,
Com algodão doce, que não tem açúcar,
Ou mesmo, quando nos faz de loucos temidos,
Enquanto teimamos nos erros,

Nos mesmos erros,
Em fogos, em alegorias,
Na histeria do desespero, 

Muitos sorriem e gritam,
Mas queriam chorar,

E se não choram, é porque continuam a atuar,
Queriam a sabedoria, o único ideal,
Mas perderam-se do núcleo, de seus equilíbrios,

E põem-se a vagar,
Sem órbita,
Esperando por mãos ''amigas'',
Escondidas na sombra,
E olham com indiferença,

A profundidade de suas vidas,
Tratam-nas como lago raso, 
Na pequena energia, brota jovial, humilde, certa, sábia
E se espalha serena, conhece o ritmo da perfeição,
Conhece as próprias raízes,
Regride pra evoluir,
Volta à simplicidade,
E torna a si mesmo, a sua própria majestade,
Em monarcas do viver, 

Batem asas multicor,
Mas sabendo a direção,
Buscando o bem-querer,
Nos tornamos seus amantes,
Do amor, 
Da inteligência,
De noites e dias,

De tardes preguiçosas,
De todo um infinito,
A sabedoria é o último aflito,
O mais silencioso e perturbador dos gritos,
E o primeiro abraço verdadeiro,
O primeiro descanso, o primeiro entender,
O mais profundo conhecimento,
E o mais simples, o mais derradeiro

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