Como sempre, o nível de intrinsicabilidade/intrinsecabilidade dividindo corretamente uma mesma situação ou estado de coisas entre, + contextual ou + intrínseco.
* nível de intensidade [expressiva] intrínseca de algo, aqui no caso do comportamento, por exemplo, um psicopata ''puro'' versus um ''narcisista'', que pode ser percebido como um ''relativo psicopata''. O psicopata ''puro'' seria mais intrínseco no que diz respeito à sua condição cretina do que o narcisista típico, igualmente patético, diga-se.
A ''culpa'' é sua ou minha*
Eu tendo a ser impopular, em partes, porque eu sou tímido ou muito fechado em relação a estranhos do meu ninho ecológico particular, porque tendo a me afastar de muitas possibilidades de interações sociais, porque também não sei lidar com ambiguidades pessoais, porque não sei ser meio amigo ou um terço amigo, porque exibo elevado mentalismo (não a nível psicótico). No entanto, a minha impopularidade também é, em partes, injusta, porque eu sou muito perspicaz no lido com as pessoas, teoricamente falando, tenho muitos predicados psico-cognitivos, especialmente os de natureza psicológica, sou uma boa pessoa, apesar de ser complexo, e diria mais, uma pessoa verdadeiramente boa, por conhecer e mesmo por também ser ''o mal'', podendo assim neutralizá-lo, mesmo que na maioria das vezes esses embates se deem a nível intra-pessoal. Por apresentar predicados psicopaticamente cognitivos, por compreender tão bem as pessoas, creio eu, e com isso poder prover as melhores respostas de interação, eu deveria ser bem mais popular. No entanto, vivemos em um mundo, especialmente o querido Brasil, de pessoas medianas, e eu devo ser muita areia pro caminhãozinho da maioria, em outras palavras, excessivo. Como resultado, por ser muito ideal, eu não sou ''ideal'' para a medianidade, se para fitar com sucesso neste cenário é necessário ser mediano, obviamente falando, especificamente no que diz respeito à ''afetação/penetração filosófica'', e como resultado subsequentemente lógico, eu não sou popular, especialmente dentro deste contexto cultural e geográfico.
A minha impopularidade é claramente uma reação secundária geralmente mútua, que assim como qualquer tipo e nível de impopularidade se consiste em uma reação propriamente dita, em um produto de ações e reações anteriores, e não em uma ação [mais o efeito do que a causa], que se consiste em um comportamento mais intrínseco, diretamente derivado do ser e de seu sistema corpo-mente/orgânico [apesar de toda ação ser uma reação de toda reação ser uma ação].
Portanto o nível de intrinsicabilidade de ''se tornar impopular'' é bem mais baixo do que da maioria dos traços comportamentais mais intrínsecos ou instintivos, por exemplo, de minha parte, em relação ao meu estilo de pensamento, mais sutil, ambíguo e ao mesmo tempo apegado a detalhes.
Isso se dá também porque a impopularidade tende a se consistir em uma inércia ou mesmo fuga, consciente ou subconsciente, da socialização, ao passo que a popularidade tenderá a ser mais ativa, algo pra ser perseguido, construído, ainda que condições anteriores possam favorecer enormemente para este fim, por exemplo, apresentar algum traço, biológico ou social, que seja desejado pela maioria. Portanto pode-se dizer que se tornar impopular será ainda menos intrínseco do que buscar pela popularidade e alcançá-la e em alguns casos, será tão pouco dependente da [falta] de ação do ser em destaque que se manifestará quase que de modo completamente alheio às suas ações e reações, isto é, mais do que os seus comportamentos como causas, o indivíduo poderá ser jogado no limbo da impopularidade apenas porque não se encaixa bem com o ambiente/ pessoas, ainda que este fator sempre tenda a estar presente, influenciando de maneira invariavelmente decisiva.
A impopularidade justa é quando além da inércia comportamental ou mesmo da fuga, o dito cujo ainda faz de tudo, geralmente a nível subconsciente, para dinamitar qualquer chance de se tornar popular, por exemplo, quando já não exibe boa estampa e ainda se veste mal, desvalorizando possíveis pontos fortes ou de harmonização.
Portanto, parece óbvio que vamos ter esses dois [ou mais] tipos de impopularidades, desde aquela em que o indivíduo mesmo apresentando virtudes, é desprezado ou mesmo perseguido, e pode-se dizer que se consiste em um tipo muito comum, até aquele em que a culpa pela impopularidade será do próprio indivíduo, e portanto podendo ser adjetivada como ''justa'', por justa causa. E claro que vamos ter um espectro interligando esses dois extremos, ser popular e não ser popular, e a impopularidade [ou popularidade] justa se localizará no extremo do extremo, nos pontos finais do espectro, por causa de seus níveis mais evidentes de intrinsicabilidade, ainda que baixos, se comparados com vários outros ''traços de comportamento''.
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