Eu já havia comentado que a maioria das pessoas terminam tropeçando nas próprias pernas ao se apropriarem de diversas identidades, que geralmente as compõem, só que sem sê-las de maneira IDEAL ou perfeccionista e ainda poderia acrescentar, de maneira mais intrínseca. Pode-se dizer basicamente que temos uma importante proporção de pessoas que são, a nível consciente ou subconsciente, de POSERS, especialmente porque misturam a identidade de se ser algo com a ''necessidade'' de socializar/popularizar essa identidade. Em contraste, como costuma acontecer com gênios e sábios, onde os fins SÃO os meios (= trabalho criativo), se tornarão progressivamente AUTÊNTICOS em relação às suas áreas de interesse.
A autenticidade, que eu já falei, se consiste na ''empatia cognitiva'', não necessariamente o termo que já existe na psicologia, que é mais específico, mas o termo que eu inventei, abduzindo e reformulando o mesmo, em que, ao sentirmos empatia ou, ao nos refletirmos em direção/relação ao ''OUTRO'', que pode ser um ser ou um não-ser, por exemplo, o interesse em Geografia, quanto mais profundo, penetrante for este espelhamento maior e/ou especialmente, melhor será este progressivo entendimento factual sobre este conhecimento, e quando a empatia não for parcial, mas também total, isto é, de não apenas nos colocarmos no lugar do ''OUTRO'', mas também de buscarmos emular o outro, pensar como se fôssemos este ''OUTRO'', então de fato nos colocaremos em sua verdadeira perspectiva existencial (do ser ou do não-ser) e mesmo, alguns se aprofundarão tanto que começarão a prever os seus passos, melhor do que ninguém, e isso é ser profundamente autêntico ou identitariamente empático. Engraçado que é justamente o ato da compaixão/ empatia total, ao outro ser ou ao não-ser, que nos faz entendê-los como ninguém, a ponto de nos apaixonarmos por ele ou por aquilo.
Portanto o nível de autenticidade ou de intrinsicabilidade do gênio em relação à sua área de interesse ou do sábio em relação à sabedoria será muito alto resultando na inevitável idealidade, isto é, na busca pelo perfeccionismo desta paixão, desta busca intrinsecamente motivada, eu diria mais, desta compaixão ou empatia total pelo mesmo. Estamos lidando com nível de profundidade/autenticidade em que as pessoas comuns serão mais propensas a se ligarem de maneira artificial ou superficial, mesmo em relação às suas áreas de interesse, porque como são ''autênticos híbridos existenciais'', seres subconscientemente sociais e intelectuais, então sempre tentam, mesmo sem terem total conhecimento disso, harmonizar as suas necessidades socialmente instintivas com as suas necessidade intelectuais, na maioria das vezes resultando exatamente em produtos diretamente derivados desta situação, deste estado evolutivo intermediário de autoconsciência, isto é, na conciliação das duas partes, enquanto que no caso tanto do gênio quanto do sábio haverá uma quebra desta harmonização em busca da consumação completa de suas paixões intelectuais específicas, até onde o indivíduo é capaz de ir,
A partir disso poderíamos pensar o quão mutuamente refletidos estão os seres humanos em relação às suas áreas de fixação ou interesse. Interessante pensar que neste sentido apenas o ser humano que tenderá a se encontrar dissociado de sua identidade, isto é, menos autêntico ou intrínseco a si mesmo, com certeza que se consiste em um dos muitos efeitos colaterais de suas excepcionalidades. E não basta ser intensamente relacionado pois como eu disse durante todo este texto, também é de fundamental importância ''colocar-se na perspectiva existencial do objeto de interesse'', como se ''fosse ele'', e com isso podendo prever os seus próximos passos ou ''criatividade/originalidade lógica''.
Nenhum comentário:
Postar um comentário