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quarta-feira, 16 de julho de 2025

Um hábito desconcertante de narcisistas: fazer boas ações para aparecer

 Não sei o quão comum é esse hábito entre os indivíduos mais narcisistas. Mas parece que existem certos tipos de narcisistas que são mais propensos a fazerem boas ações, não por serem realmente altruístas, mas para mostrarem aos outros o quão supostamente mais bondosos eles são. E não deixa de ser um hábito desconcertante, se é esperado que indivíduos muito autocentrados só tomem atitudes que o favoreçam também no sentido de que maximizem seu próprio bem estar físico e emocional. Mas se tratando do tipo narcisista que gosta de posar como moralmente superior, essa performance pode servir justamente para afagar seu ego gigante. 

sábado, 31 de agosto de 2024

A relação entre baixa autoconsciência/autoconhecimento, fanatismo ideológico, narcisismo e irracionalidade/The relationship between low self-awareness/self-knowledge, ideological fanaticism, narcissism and irrationality

 Quem se conhece pouco ou muito superficialmente, por extrapolação lógica, também compreende menos a realidade ao seu redor. Então, como recurso intuitivo e muito impreciso de orientação, está mais propenso a apelar para as ideologias e, nesse processo, acabar sofrendo doutrinação ideológica ou lavagem cerebral...


Quem se conhece pouco ou muito superficialmente também é pouco introspectivo, menos propenso a pensar sobre si mesmo, inclusive em um sentido autocrítico. E isso é provável que o torne atraído ao apelo de narrativas ideológicas que também estão pessoalmente enviesadas...

Quem se conhece pouco ou insuficiente também conhece pouco sobre os próprios limites e potenciais, e isso aumenta em demasia o risco de que  confunda sua própria perspectiva com a perspectiva do mundo, isto é, suas crenças ou expectativas pessoais com fatos...

Quem se conhece ou se entende pouco também está mais propenso a super ou subestimar suas capacidades, inclusive a racional, de julgamento factual e moral, e então a adotar postulados ideológicos, mesmo se forem baseados em distorções de fatos, falácias... tratando-os como verdades incontestáveis, desde que confirmem suas crenças pessoais... 

Quem se conhece ou se entende pouco está menos propenso a prestar atenção em si mesmo, em seus próprios pensamentos e sentimentos, e então a entrar em contradição com mais frequência. Ou também pode ser demasiado egocêntrico e a prestar muita atenção em si mesmo, mas especialmente em sua auto imagem distorcida, que faz pouca diferença em termos de auto compreensão...

Aquele que se conhece ou se entende pouco está mais propenso a ser narcisista, especialmente se superestima a si próprio. Então, está mais propenso a adotar apenas as crenças ideológicas que estão de acordo com os seus sentimentos, pensamentos, personalidade, circunstâncias pessoais... enfim, que reforçam seu egocentrismo, sua interpretação pessoalmente enviesada da realidade (ou super personalização/ irracionalidade) ao invés de buscar amadurecer intelectualmente para aceitar e lidar com os fatos tal como se apresentam...

Mas um baixo autoconhecimento também pode se manifestar pela síndrome do impostor tornando um indivíduo mais vulnerável a adotar crenças ideológicas de maneira acrítica, não necessariamente ou apenas porque reforçam suas crenças pessoais, mas também como maneira de mascarar sua auto percepção real ou exagerada de incapacidade de pensamento lógico-racional. E no caso de ser uma incapacidade verdadeira, se alinha mais ao caso de narcisismo, de super autoestima, do que de sub autoestima.



Those who know little about themselves or very superficially, through logical extrapolation, also understand less the reality around them. Therefore, as an intuitive and very imprecise resource for guidance, they are more likely to appeal to ideologies and, in the process, end up suffering ideological indoctrination or brainwashing...

Those who know little about themselves or very superficially are also not very introspective, less likely to think about themselves, including in a self-critical sense. And this is likely to make them attracted to the appeal of ideological narratives that are also personally biased...

Those who know little about themselves or insufficiently also know little about their own limits and potentials, and this greatly increases the risk that they will confuse their own perspective with the perspective of the world, that is, their personal beliefs or expectations with facts...

Those who know or understand little about themselves are also more likely to over- or underestimate their capacities, including rational, factual and moral judgment, and then to adopt ideological postulates, even if they are based on distortions of facts, fallacies... treating them as indisputable truths, as long as they confirm their personal beliefs...

Those who know or understand little about themselves are less likely to pay attention to themselves, to their own thoughts and feelings, and therefore to contradict themselves more often. Or they may also be too self-centered and pay too much attention to themselves, but especially to their distorted self-image, which makes little difference in terms of self-understanding...

Those who know or understand little about themselves are more likely to be narcissists, especially if they overestimate themselves. Therefore, they are more likely to adopt only ideological beliefs that are in line with their feelings, thoughts, personality, personal circumstances... in short, that reinforce their egocentrism, their personally biased interpretation of reality (or over-personalization/irrationality) instead of seeking to mature intellectually to accept and deal with the facts as they present themselves...

However, low self-knowledge can also manifest itself through impostor syndrome, making an individual more vulnerable to adopting ideological beliefs in an uncritical manner, not necessarily or only because they reinforce their personal beliefs, but also as a way of masking their real or exaggerated self-perception of inability to think logically and rationally. And if it is a true incapacity, it is more in line with the case of narcissism, of over-self-esteem, than of under-self-esteem.

domingo, 2 de junho de 2024

Exemplos/ relatos reais de esquerdopatia/Real examples/reports of leftist-psychopathy

 De cinismo, hipocrisia e crueldade disfarçados de "amor". 


Grifo que são todos reais! 

Primeiro exemplo: de um patrão, dono de uma loja de sapatos, que se diz petista, lulista e comunista, "mas' explora os seus empregados... 

Segundo exemplo: de uma mulher que cobra aluguel por um preço abusivo e sim, se diz adepta ao mesmo amor teatral, "politizado" e fingido...

Terceiro exemplo: de um homem que também está no mesmo grupelho de autodeclarados "alecrins dourados" que se acham intelectual e moralmente superiores aos outros, mas que, no privado, se comporta como um indivíduo muito dissimulado e incoerente com os valores que supostamente defende, como a solidariedade e o respeito...

Quarto exemplo: de uma professora que também foi vereadora do PT. Uma professora com didática pobre e uma mulher muito antipática...

Puxando pela memória, não são poucos os exemplos de indivíduos com esse perfil que conheço ou já ouvi falar e que são, no mínimo, estranhos...

Esses são quadros clinicamente diagnosticáveis: especialmente de narcisismo e maquiavelismo. Uma toxicidade cheia de "amor" seletivo e superficial...

Isso que não estou nem levando em consideração todas as políticas injustas ou estúpidas, supostamente bem intencionadas, que uma parte nada agradável de autodeclarados "à esquerda" defendem com unhas e dentes e no que isso pode implicar em termos clínicos e morais...

Real examples/reports of leftist-psychopathy

Of cynicism, hypocrisy and cruelty disguised as “love”.

I emphasize that they are all real!

First example: of a boss, owner of a shoe store, who says he is a PT member, a supporter of Lula and a communist, "but" exploits his employees...

Second example: of a woman who charges rent at an abusive price and, yes, claims to be a supporter of the same theatrical, “politicized” and false love...

Third example: of a man who is also in the same group as the self-proclaimed “golden rosemary” who think they are intellectually and morally superior to the others, but who, deep down, behaves like a very dubious individual, inconsistent with values. ​which he supposedly defends, such as solidarity and respect...

Fourth example: from a teacher who was also a PT councilor. A teacher with poor teaching skills and a very snob woman...

From memory, there are many examples of individuals with this profile that I know or have heard of and who are, to say the least, strange...

These are clinically diagnosable conditions: especially narcissism and Machiavellianism. A toxicity full of selective and superficial “love”...

I'm not even taking into account all the unfair or stupid, supposedly well-intentioned policies that a not-so-uncommon group of self-proclaimed “leftists” defend tooth and nail and what that might imply in clinical and moral terms...

domingo, 7 de abril de 2024

Diferenças narcisísticas entre o artista verdadeiro e o artista de fachada/Narcissistic differences between the true artist and the facade artist

 O artista de fachada é primariamente narcisista, porque usa a arte como um meio para se tornar famoso e/ou enriquecer materialmente. 


O artista verdadeiro é primariamente mais autoconsciente, porque usa a arte como um fim em si mesmo, a priori, para se auto expressar, ocupar o seu tempo de existência ou direcionar e organizar sua mente hiperativa, criando sua rotina criativa, o seu sentido de viver, também como um meio para o próprio entretenimento pessoal, de auto aperfeiçoamento... E mesmo para o próprio sustento. Portanto, fama e riqueza não são vistas como objetivos prioritários, mas como consequências possíveis. Também é possível dizer que a autoconsciência expressiva contribui tanto para o ímpeto artístico do artista verdadeiro quanto para uma expressão mais secundária de narcisismo, por um desejo de atenção e reconhecimento, mas não como uma força primária, tal como acontece para o artista de fachada. 

Por fim, entre o artista verdadeiro e o artista de fachada, encontra-se um grupo dotado de impulso artístico, muito sensível e criativo, e também de um desejo narcisista e ganancioso de se tornar famoso e/ou rico por esse meio. 

Narcissistic differences between the true artist and the facade artist

The facade artist is primarily narcissistic, because he uses art as a means to become famous and/or materially rich.

The true artist is primarily more self-conscious, because he uses art as an end in itself, a priori, to express himself, occupy his time of existence or direct and organize his hyperactive mind, creating his creative routine, his sense of live, also as a means for one's own personal entertainment, for self-improvement... And even for one's own livelihood. Therefore, fame and wealth are not seen as priority objectives, but as possible consequences. It is also possible to say that expressive self-consciousness contributes both to the true artist's artistic drive and to a more secondary expression of narcissism, through a desire for attention and recognition, but not as a primary force, as it does for the cover/facade artist.

Finally, between the true artist and the facade artist, there is a group endowed with an artistic impulse, very sensitive and creative, and also with a narcissistic and greedy desire to become famous and/or rich through this means.

domingo, 26 de março de 2023

Sobre o "narcisismo vulnerável" ...

 ... e mais um provável exemplo do quão limítrofe à (sua própria) ciência a psicologia tende a estar:


(Metade artigo, metade crônica)

''O narcisismo vulnerável é  --- amplamente --- definido em termos de hipersensibilidade à rejeição, afetividade negativa e isolamento social, mas também desconfiança dos outros e aumento dos níveis de raiva e hostilidade.''

...

 ''As pessoas com gelotofobia tendem a interpretar 'erroneamente" o riso como malicioso, o que desencadeia emoções de desconfiança e retraimento social.

A gelotofilia é o oposto da gelotofobia, a alegria de ser ridicularizado (????). É um sinal de apreço, conexão social e humor compartilhado (???).

Katagelasticismo refere-se à alegria de rir dos outros. Esses indivíduos obtêm imenso prazer em zombar das pessoas.

Para entender melhor a vida interior de um narcisista vulnerável (sic!), os pesquisadores recrutaram mais de 400 estudantes de graduação para preencher questionários medindo seus níveis de narcisismo vulnerável, bem como sua visão sobre situações envolvendo risos e provocações. Experiências de gelotofobia, gelotofilia e catagelasticismo foram exploradas em 'profundidade'. Eles descobriram que as pessoas com pontuação mais alta na medida do narcisismo vulnerável eram mais propensas a temer ser ridicularizadas e eram mais propensas a gostar de rir dos outros. Não surpreendentemente, a gelotofilia não estava relacionada ao narcisismo vulnerável. Simplificando, os narcisistas vulneráveis vivem com medo de serem ridicularizados e se divertem rindo dos outros.''


"Gelotofilia".....


Eu já comentei que, com alguma frequência, costumo sofrer hostilidades por pessoas que nunca vi na vida, em momentos aleatórios, especialmente quando estou na rua (sem falar das que me "conhecem'). Isso não acontece de agora, mas desde há um bom tempo. Pois eu tenho concluído que, em média, as pessoas no Brasil não costumam ser educadas, realmente simpáticas e empáticas, umas com as outras. Ainda mais se forem com tipos como eu, pertencente a uma minoria sexual e com idiossincrasias mentais. Como resultado, a partir desse histórico, frequência e expectativa de diferenças e atritos, eu acabei desenvolvendo estratégias intuitivas e preventivas de autodefesa, particularmente pelo isolamento social parcial e/ou busca por uma maior seletividade no convívio e também uma maior sensibilidade por antecipação à hostilidade potencial. 

Mas, de acordo com esse link acima, da Psychology Today, nada disso importa porque, segundo ele, eu devo ser basicamente um "narcisista vulnerável" por apresentar a maioria dos "sintomas" relacionados a essa suposta condição. Por exemplo, quando eu vou à rua e me deparo com pessoas rindo, especialmente se forem adolescentes e se estiverem rindo alto, eu tendo a ficar receoso de que estejam rindo e debochando de mim ou de que possam "me pegar pra Cristo". Pois mesmo que essa reação ou interpretação não seja a mais adequada, ainda não dá para dizer que eu seja um "narcisista vulnerável", também pelo meu histórico e atualidade de atritos não-provocados em minhas interações. Como eu já comentei em outros textos, sobre esse tópico, não dá para concluir que minhas reações sejam absolutamente ilógicas, no sentido de patológicas. E eu não acredito que seja um 'caso' isolado.

Outro suposto sintoma de um narcisista (vulnerável) seria uma tendência para ter pensamentos depreciativos em relação à outras pessoas, que pode ser diagnosticado como sintoma de auto-grandeza. Por exemplo, o que eu tenho concluído, que a maioria dos seres humanos está mais para irracional do que racional... isto é, mais propensos a endossar seus próprios preconceitos e fanatismos do que aprender a sempre buscar pela verdade objetiva e imparcial.

Mas, primeiramente, existe alguma inverdade nessa conclusão?? 

Segundo que, se não é um exagero ou mentira, e mesmo se fosse, ainda não seria possível me classificar como narcisista apenas por esse comportamento específico, porque ter uma opinião mais negativa, pessimista ou... realista sobre a "humanidade" não nos torna imediatamente mais narcisistas.

Outro detalhe é que, é possível tecer opiniões não muito simpáticas sobre as pessoas, de maneira geral ou, em média, sem ter que se colocar como absolutamente superior a elas...

Então, o principal achado nesse estudo foi de que "narcisistas vulneráveis estão mais propensos a ter medo de serem ridicularizados, mas que, por outro lado, também gostam de rir dos outros". 

Mas me digam uma coisa. Por acaso a maioria dos seres humanos não é mais ou menos assim???

A maioria dos seres humanos, então, seriam de ''narcisistas vulneráveis''??

Essa é uma análise que não leva em consideração as nuances existentes nas interações sociais, tal como eu exemplifiquei, por mim mesmo, por se basear apenas na perspectiva de um observador "neutro", desprezando as perspectivas dos indivíduos em destaque, suas motivações para agir assim, seus contextos individuais...

Sim. Tal como a grande maioria dos seres humanos, eu acho graça quando um ser humano age de uma maneira que eu considero engraçada ou ridícula. Mas não significa que esteja sempre buscando por situações ridículas praticadas por outros para rir deles ou que sempre sinta um prazer sádico nisso ...

Sim. Tal como a maioria dos de nossa espécie, eu definitivamente não gosto de ser ou sentir que estou sendo ridicularizado, ainda mais se for por pessoas que nunca vi na vida ou que percebo uma maior animosidade irracional para comigo. E isso não me faz um narcisista, alguém que está muito autocentrado (quem me dera, eu "sofreria" menos). 

"Narcisistas vulneráveis têm 'hipersensibilidade' à rejeição, afetividade negativa e isolamento social"

Primeiro e, novamente, quem é que não tem medo de rejeição???

A maioria dos seres humanos tem, ainda mais se for por aqueles que mais prezam. 

Quem é que gosta de sofrer hostilidades?? Quem é que curte um isolamento social involuntário?? 

A maioria com certeza não. 

Segundo, o uso de uma palavra superlativa "hipersensibilidade". 

Mas isso depende do contexto...

Novamente a tendência da psicologia de desprezar a diversidade de situações individuais que torna mais complexo fixar um diagnóstico para um tipo específico de reação. Eu até poderia concluir que, muitos diagnósticos potenciais ou oficiais de transtornos de personalidade são, na verdade, fenótipos de adaptação a contextos de hostilidade.

Adaptação, aqui, em seu potencial múltiplo, sem determinar qual seria a mais adequada ou ideal.

Pois se para um "observador neutro" pode parecer uma sensibilidade extrema ou exagerada, pode fazer total sentido para aquele que tende a expressá-la mais. Eu, por exemplo, que sinto uma facilidade para me apegar às pessoas por ter uma mentalidade essencialista: existencialista, mais lógica ou sistematicamente coerente e simples, mas também por notar que a maioria delas (principalmente com as que tenho convivido ou que já passaram na minha vida) tem uma mentalidade oposta à minha e isso me causar uma grande inadequação já que não consigo compreender por que ou como podem ser tão frias//convenientes, segundo a minha perspectiva... 

Ou será que tudo isso não passa de "narcisismo vulnerável"???

"A gelotofilia é o oposto da gelotofobia, a alegria de ser ridicularizado. É um sinal de apreço, conexão social e humor compartilhado"

Me pergunto quem são essas pessoas que realmente gostam de ser, de fato, ridicularizadas, no sentido mais puro e, portanto, problemático dessa ação?? 

Eu até consigo aceitar que alguém que é muito íntimo possa rir de mim e comigo. Mas mesmo se não aceitasse, isso ainda não seria sinal de narcisismo e/ou de "vulnerabilidade". 

Então o que seria?? 

De um apreço mais arraigado ao respeito nas interações?? 

2. "A pessoa hipersensível, altamente sintonizada com os estímulos externos, pode se convencer de sua própria superioridade sobre os outros.

...

Novas pesquisas estabelecem a constelação de traços que conectam a hipersensibilidade como um traço geral à forma vulnerável de narcisismo.''

Também tem um outro artigo no mesmo site que afirma que, pessoas altamente sensíveis, às quais eu sinto me encaixar, estão mais propensas a ser de narcisistas vulneráveis. Então, novamente, temos o básico problema de confundir uma autoconsciência mais expressiva com um auto-centrismo exagerado ou narcisista.

(Não que um indivíduo altamente sensível não possa ser ou se tornar narcisista, mas que a própria condição esteja diretamente relacionada, tal como um agente causador desse suposto tipo de narcisismo). 

Eu separei esse trecho para mais uma vez mostrar que, o que está sendo definido como patológico e particular a um grupo, na verdade, parece ser comum: de se sentir superior aos outros em relação a, pelo menos, uma característica, se de maneira declarada ou não, se por uma conclusão mais precisa ou não ...

Agora, isso virou um pecado ou sinal inequívoco de narcisismo??

Bem, então, a grande maioria das pessoas são narcisistas (na verdade, é possível dizer que a maioria seja, de um tipo mais moderado ou não-maligno, especialmente nos dias atuais, deste início de século XXI, em que o individualismo se tornou a regra em muitos países). 


Psicologia: uma fábrica de rótulos inúteis??


Eu sei que certas categorizações psiquiátricas, como transtorno bipolar e esquizofrenia, são reais e totalmente necessárias. Mas, especialmente em relação aos transtornos de personalidade, parece que tem havido uma constante invenção de termos ou rótulos sem real correspondência com a realidade ou que buscam, de maneira pedante, destacar uma perspectiva tão estreita que, em termos mais pragmáticos ou práticos, não valeria a pena fazê-lo. Esse pode ser o caso do narcisismo vulnerável bem como dos outros termos no trecho selecionado: gelotofilia, gelotofobia e katagelasticismo.... termos equivocados ou inúteis que não farão nenhuma falta se caírem em completo desuso ou se jamais forem usados com frequência.

Voltando à preocupação excessiva com as opiniões das outras pessoas, esse é um traço característico à timidez. Porque não faz sentido que um verdadeiro narcisista dê tanta atenção à opinião alheia se o que mais define o narcisismo é justamente um excesso de atenção à própria opinião, especialmente sobre si mesmo.

Pois se eu fosse realmente narcisista, eu não me preocuparia tanto assim com a opinião alheia já que estaria muito ocupado comigo mesmo, com a minha própria opinião sobre mim mesmo, e que nesses casos costumam ser exageradamente positivas.

Talvez o maior problema nesse primeiro estudo seja a confusão que está fazendo entre uma necessidade de agradar com uma de ser admirado, a primeira, típica de pessoas mais tímidas e a segunda de narcisistas.

É verdade que um narcisista típico costuma sentir uma grande necessidade de ser admirado pelos outros, mas essa necessidade nunca é maior que a sua própria auto-admiração, excessiva e distorcida. Ele, geralmente, busca a admiração alheia apenas para confirmar o que sente sobre si mesmo, além de dar atenção ou selecionar apenas as opiniões positivas. Já uma pessoa que tem uma grande sensibilidade à opinião alheia geralmente ou, é porque não tem uma autoestima elevada e, como resultado, é pouco provável que seja mais narcisista que a média. Ela está mais preocupada em agradar os outros mesmo que reconheça sua auto negligência e dificuldade de mudar de atitude, do que desejar ou procurar que os outros a agradem, especialmente por elogios, tal como os típicos narcisistas tendem a fazer.

Na minha opinião, a única possibilidade de existência para o narcisismo vulnerável, com base no que foi comentado é se, ao invés do narcisismo, outro termo, mais condizente, fosse adotado, por exemplo, o de "ego bipolar" ou "instável". Faz mais sentido do que categorizar um indivíduo com autoestima baixa ou volúvel, muito sensível à opinião alheia, como um tipo de narcisista..



quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Processo e produto evolutivo .... e uma deixa sobre introversão-ambiversão-extroversão

Processo [mentalidade sexualmente seletiva = social/extrovertida ... tendo como finalidade a seleção pela 'beleza', bruta ou mais estética] 

Produto [simetria estética ou beleza = pessoas mais ''bonitas'']


Introversão = tendência para menor atração física**

Se é verdade que os introvertidos, e especialmente os mais introvertidos, sejam em média, menos atraentes que os ambivertidos e extrovertidos, eu não sei, eu estou pensando por agora que sim. Faz sentido que as pessoas mais atraentes tendam a ser também as mais populares e que, a partir de suas auto-impressões, quando não rastreiam qualquer 'defeito' saliente em si mesmas, também tendam a se tornar socialmente confiantes e/ou extrovertidas. No mais, partindo de um cenário hipotético em que foi comprovado essa correlação e talvez causalidade parcial, então o que isso poderia significar*

Que os mais introvertidos, em média, assim o são porque, ao perceberem os seus defeitos físicos ou menor atratividade [de maneira geral], passam a operar de maneira mais vigilante ou deliberada do que socialmente intuitiva/e confiante**

 Isto é, não é que eles SELECIONEM MAIS, mas que, justamente por perceberem uma menor quantidade de ''escolhas'' [cônjuges; colegas//amigos], passam a SELECIONAR MENOS. Eles não são mais seletivos necessariamente porque primam pela qualidade [super exigentes], mas porque ao perceberem justamente uma menor qualidade em si mesmos [auto percepção conclusiva exagerada ou não], ''se tornam' mais inseguros na hora de buscar por relacionamentos. E no final, muitos acabarão se deparando também com uma escassez qualitativa [de acordo com as suas pré-e-pós-concepções] de maneira geral.

OU também que, como produtos de processos ou forças seletivas que não foram relacionadas com a seleção sexual [direta], de maneira considerativa, expressam tanto a forma quanto a expressão que caracterizam as suas próprias forças seletivas subjacentes. Claro, apenas algumas exceções de introvertidos totalmente normais em comportamento e com ótima aparência, e essa possibilidade de causalidade universal cai por terra [assim como também o extrovertido com aparência estética bem abaixo da média].

O que quero dizer com isso*

Eu quero dizer que, como produtos de processos seletivos anteriores, os introvertidos tenderão a apresentar tanto as características psicológicas/potenciais de comportamento, quanto as características físicas/estéticas atreladas. Este parece ser o caso dos leste asiáticos que apresentam tanto uma menor atratividade física [em média] a partir de critérios universais de comparação, quanto uma maior introversão, ainda que predominantemente ambivertida, como é a regra para a maioria das populações humanas. 

Portanto, é SEMPRE a auto-impressão [especialmente se for factual] quanto a uma menor atratividade que causa a introversão*

 Sabemos que não, porque abundam casos de 'feios'' auto-confiantes, aquilo que denominei de ''narcisismo intra-pessoal'' ou ''puro'', em que a pessoa [geralmente um homem] é extremamente [auto]-confiante independente do nível de sua aparência ''ou' atratividade física/sexual. 

No entanto é muito provável que exista uma co-ocorrência de baixa atratividade física, e também de desordens psíquicas, com a introversão, especialmente em sociedades onde o epicentro seletivo tem sido a extroversão, mas mesmo em sociedades onde a introversão é mais comum, como no Japão, porque os introvertidos tendem a ser produtos seletivos de um cenário evolutivo, em que tem sido co-selecionado uma menor atratividade física [não necessariamente ''feiura''] COM traços típicos de personalidade desta expressão. E possivelmente também porque a sua natureza mais perceptiva, mais detalhista, tende a ser por si mesma, mais propensa a resultar em alguns tipos [ou a maioria dos tipos] de desordens mentais//fenótipos extremos da condição ou em combinação desarmoniosa com outras expressões.

Acho que poderia sim ser possível de co-selecionar por grande atratividade física e introversão e que resultaria, é muito provável, em uma população com uma maior frequência desses traços em co-relação. 

Aí neste caso eu pensei nos termos: processo e produto evolutivo, tal como já os apresentei acima. 

O processo evolutivo ou seletivo é basicamente a mentalidade, a busca por uma finalidade especificamente atrelada à proposta [a si mesma]. É o caso da mentalidade da seleção sexual, em que se busca pela beleza para o acasalamento [quer seja uma beleza completa ou subjetiva/parcial OU ainda do tipo ''sexualmente crua'', como tentei explicar neste texto]. 

O produto é aquilo que o processo evolutivo/seletivo almeja [e tendo nós como os seus agentes subconscientes] e também aquilo que o processo evolutivo terminou por produzir.

 Esta é a diferença entre aquele homem que é fortemente atraído por mulheres mais ''bonitas', e aquele homem que já é mais bonito. [ou não...]

Aquele que busca por uma finalidade de expressão e aquele que é essa finalidade...

A seleção sexual ou processo seletivo [sexual] visa ou tem como finalidade uma maior simetria estética/saúde. 

O produto seletivo/evolutivo se consiste justamente na realização do seu processo.

Também podemos dizer que, em um cenário mais natural, inevitavelmente, a extroversão acabará correlacionando mais com a atratividade física, afinal, uma boa aparência tende a incutir ''emoções positivas'' nas pessoas justamente por transmitir maior saúde e isso tende a ter implicações sociais como uma maior dominância. 

O introvertido pode ser, em média, menos atraente que o extrovertido [sem levar em conta fatores subjetivos como uma maior preocupação com a aparência, isto é, baseando-se em uma análise bruta], mas isso não significa necessariamente que, este fator será o principal responsável por sua maior introversão, AINDA que, seja esperado que terá um papel para amplificá-la, dependendo da qualidade das interações a longo prazo. 

Em um ambiente 'natural'' e social/humano, os mais fisicamente atraentes serão mais propensos a serem de extrovertidos e os introvertidos serão mais propensos a serem menos atraentes, ESPECIALMENTE no caso da ''beleza bruta'', que eu tentei explicar no link que deixei disponível mais acima.

Por que a introversão tem se correlacionado com uma menor atratividade física**

Se este for mesmo o caso, bem, temos os leste asiáticos e uma maior tendência introvertida, a minha explicação favorita é a de que a introversão [principalmente a ambiversão introvertida], especialmente a humana, é uma das características derivadas daquilo que tenho denominado de seleção antropomórfica, dentro dos ambientes mais ''civilizados'', e que muito provavelmente consiste também ou especialmente em um produto psico-cognitivo comum em ambientes muito complicados. Percebam que os introvertidos tendem a predominar OU a serem mais comuns nas nações de clima mais frio, e especialmente entre as populações pré-civilizadas!!







Ou não. 

quinta-feira, 26 de outubro de 2017

sexta-feira, 6 de outubro de 2017

Perfil Shrek: o hiper-'masculino' ''ogro'' [excessivamente robusto] e muito auto-confiante

Um pouquinho mais sobre o narcisismo puro ou intra-pessoal, isto é, que ou aquele que se sente muito bem consigo mesmo, em relação à sua aparência dentre outras estéticas, como por exemplo, o aspecto psico-cognitivo/intelectual, e que geralmente não sente a necessidade de melhorar, nem da aprovação de outras pessoas, tal como faz o ''típico' narcisista. 

Acredito que uma das possíveis razões para a ocorrência deste fenótipo pode ser encontrado em si mesmo, que geralmente será do tipo muito fisicamente robusto ou hiper-masculino, uma espécie de perfil fenotípico-psicológico ''Shrek'' [robusto como o oposto de ''gracilizado'']. Talvez o hormônio sexual masculino tenha um papel importante para prover grande auto-confiança a quem, a priore, não teria muitas razões para tê-la, deixando implícito que a incidência deste tipo de narcisista será muito maior entre homens do que entre mulheres.

sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Proporção estimada [chutada] de tipos de narcisistas por macro-raças e de mentalismo--mecanicismo

Baseado neste texto


Raça ''negra'' [genericamente falando, para todas/ ''branca''/ ''amarela''

Típico exibicionista (menos autoconfiante) = típico narcisista 

''15%''/''15%''/''5%''

Típico super autoconfiante = atípico narcisista


''20%''/''10%''/''5%''
Hedonista = narcisista ''extrospectivo''

''15%''/''20%''/''10%''
Crônico hedonista (e autoconfiante) = psicopático/sociopático

''10%''/''5%''/ ''2,5%'' 

[baseado na possível média de tipos mais ''anti-sociais' para cada grupo]

Tipos normais/amalgamados

''40%/''50%''/''77,5%'' 

''60%''/''50%''/''22,5%''

[baseado na ideia lógica de que os tipos mais normais sejam os mais comuns e que os leste asiáticos sejam, em média, os menos narcisistas]

Grau de confiabilidade deste chute pseudo-calculado: baixíssimo, mas a ideia é essa mesma, que os negros, em média, sejam os mais narcisistas/autoconfiantes e que os leste asiáticos os menos.

''Nível'' médio de mentalismo--intelectualismo--mecanicismo

Proto-pseudo-tosco-método

0--0,3 baixo
0,4  médio baixo
0,5 médio/variável
0,6 médio alto
0,7--1,0 alto

mentalismo 

raça negra/branca/amarela

''0,8/0,6/0,5''

intelectualismo

raça negra/branca/amarela

''0,4/0,5/0,4''

mecanicismo

raça negra/branca/amarela

''0,2/0,6/0,7''

Nível de confiabilidade deste método-tosco: 0,1


quinta-feira, 14 de setembro de 2017

Tipos de narcisismo

Exibicionismo/autoestima/ narcisismo introspectivo


Típico exibicionista (menos autoconfiante) = típico narcisista [autoestima flutuante, está sempre buscando ''melhorar'' a si mesmo e sente a necessidade da aprovação alheia]

Típico super autoconfiante = atípico narcisista [autoestima muito alta a ponto de ver-se 'perfeito' e sem sentir a necessidade de ''melhorar'' a si mesmo]



Hedonismo/narcisismo extrospectivo



Hedonista = narcisista ''extrospectivo'' = quer viver a vida mas sem necessariamente se dar às custas do bem estar alheio [nível alto de auto-centralização]


Crônico hedonista (e autoconfiante) = psicopático/sociopático =  [nível extremo de auto-centralização/autoestima ou egoísmo patológico]

sábado, 12 de agosto de 2017

Desordens mentais, macro-raças e outras

Usando aquele proto-método capenga de aproximação (chute preguiçosamente providenciado)

0 a 0,3 (níveis mais baixos de expressividade)
0,4
0,5
0,6
0,7 a 1,0

Desordem mental e epicentro/ e proporção de personalidades


Tdah (ou personalidade unipolar eufórica??) 1,0

Negros africanos (especialmente bantu??)   0,7
Brancos europeus  0,4
Leste asiáticos amarelos  0,2

Ameríndios 0,4/0,5
Indianos 0,3/0,4
Judeus [europeus] 0,5/0,6

Depressão ou personalidade unipolar depressiva 1,0

Negros 0,2
Brancos 0,5
Amarelos 0,3/0,4

Ameríndios 0,4/0,5
Indianos 0,4/0,5
Judeus 0,4

Transtorno bipolar ou personalidade bipolar eufórico-depressiva 1,0

Negros 0,4
Brancos 0,4/0,5
Amarelos 0,2

Ameríndios 0,3
Indianos 0,3/0,4
Judeus 0,5/0,6

Psicopatia 1,0

Negros 0,5/0,6
Brancos 0,3/0,4
Amarelos 0,2/0,3

Ameríndios 0,2/0,3
Indianos 0,3
Judeus 0,6/0,7

Narcisismo 1,0

Negros 0,8
Brancos 0,5
Amarelos 0,2/0,3

Ameríndios 0,3/0,4
Indianos 0,4/0,5
Judeus 0,7/0,8

Autismo 1,0

Negros 0,2
Brancos 0,5
Amarelos 0,5/0,6

Ameríndios 0,3
Indianos 0,3/0,4
Judeus 0,3/0,4

Esquizofrenia 1,0

Negros 0,4
Brancos 0,4
Amarelos 0,2

Ameríndios 0,4
Indianos 0,4
Judeus 0,4/0,5

...

terça-feira, 1 de agosto de 2017

Neurótico versus paranoico

Neurótico: Empatia (parcial, mais comum) excessiva sobre ''tudo''.

Paranoico: Empatia (parcial) excessiva especialmente em relação àquilo que os outros estão pensando sobre ele

Empatia: intra-pessoal (negativa, neutra, positiva), 


inter-pessoal (negativa,neutra, positiva),

impessoal (negativa, neutra, positiva... sistemizar pessoas a não-seres)

Neuroticismo

Empatia Inter e intrapessoal (baixa auto estima, intensa em ambas) 

Negativa [baixa auto estima em relação a si mesmo, em média (ou não) mas também em relação aos outros, isto é, ''baixa estima'' por eles = pessimismo]

Paranoia


+ Interpessoal (apesar de também basear-se em baixa auto estima centraliza-se no interpessoal, e talvez até possa ter alta auto-estima intrapessoal e/ou isso já ser característico, se eu defini o paranoico como um narcisista com baixa auto-estima) 

Negativa [especialmente em relação àquilo que os outros pensam dele ou inter-pessoal]

domingo, 16 de julho de 2017

Big Five intrapessoal

Imagem relacionada

fonte: akibento.com



Extroversão ou introversão 

O que seria um intra-extrovertido??

Por dentro age mais como um extrovertido. É mais otimista, alegre e divertido [ tudo aquilo que o clássico extrovertido tende a ser, só que consigo mesmo]

O intra-introvertido, talvez não exista, ou pode indicar uma vida imaginativa bem menos ativa, já que se consistiria em um combo de introversões, não apenas em relação aos outros mas também a si mesmo. 


Neste sentido poderíamos pensar na imaginação como a extroversão só que manifestada para dentro, mentalmente.

No mais, ser intra-introvertido necessariamente não significa que também o será de maneira interpessoal/extrospectiva. Parece que existe o introvertido [inter-pessoal] que é intrapessoalmente extrovertido [alta abertura para a experiência* do tipo imaginativa*] e aquele que não é, e que portanto seria fortemente embotado em termos introspectivos.

Lembremos ou aprendamos, talvez, que o espectro introversão---extroversão se refere primordialmente à direção da percepção, se é para dentro ou para fora. Portanto pode-se ser direcionado para dentro mas ter pouca motivação e talento para ir mais profundo em si mesmo. E também é esperado que se possa ter grande motivação para a introspecção mas pouco talento dessa natureza, que lhe é complementar, tendo como potencial resultado atomizações graves em relação ao mundo exterior, de interação.

Podemos ter o extrovertido interpessoal que é intrapessoalmente introvertido [baixa introspecção*]. Bem, acho que este seria o típico extrovertido que é tímido consigo mesmo porque não consegue/não quer se conhecer/ou lidar melhor. 

E o extrovertido que também o é em termos introspectivos [o típico criativo*]. 

Talvez o que chamamos de ambiversão [e o que denominei de omniversão] também se consista em uma mescla entre introspecção e extrospecção. No mais, a técnica típica do pensamento introvertido é a introspecção e a técnica típica do pensamento extrovertido é a extrospecção, ainda que obviamente seja esperado que também ocorram embaralhamentos entre esses ''pares''.  

Abertura para a experiência/impulsividade ou conscienciosidade

No mais o grande diferencial aqui entre o tradicional Big Five que é invariavelmente centrado na interação com os outros e este que estou propondo é o nível de mentalismo 'ou" introspecção e como que este nível interage com o resto da personalidade

Alguns ou muitos daqueles que exibem este traço/abertura/ de modo mais intenso assim o são intrapessoalmente, especialmente em relação à faceta não-intelectual, já que PARECE SER quase se não impossível ter uma maior abertura para a experiência intelectual sem ter ao menos uma introspecção acima da média, eu disse que parece. A diferença entre fluidez e cristalização. Algumas ou mesmo muitas pessoas podem ter boas/grandes memórias/capacidade de expansão do[s] instinto[s], só que não são igualmente boas na articulação das mesmas, isto é, no componente fluido da [psico] cognição. Mais do que a cristalização de informações de natureza estética e/ou intelectual, a abertura para a experiência claramente, ao menos pra mim, parece que se enfatiza na fluidez estética/intelectual, isto é, na motivação intrínseca ou interesse por assuntos dessas naturezas, principiando é claro por graus de ''atenção abstrata'', o componente fundamental que faz com que nos debrucemos intencionalmente nas informações abstratas, que estão além de nosso espaço/tempo individuais ou concreto-imediatos.

Parece que existe aquele que tem muitas ambições e vontades mas por conformidade acaba aprendendo a se conter, podando ou cortando as asas de sua imaginação ou de suas pretensões. Este perfil se caracterizaria pela presença de uma abertura intrapessoal para a experiência alta ou acima da média mas com uma conscienciosidade interpessoal mais alta do que a primeira, resultando neste atrito potencialmente vencível pela segunda, isto é, a conscienciosidade domando a abertura para a experiência, para se conformar à realidade latente. 

Agradabilidade ou psicoticismo

Intra-psicoticistas seriam aqueles que são coléricos consigo mesmos e isso pode denotar altos níveis de transtorno mental. Intra-agradáveis seriam mais propensos ao narcisismo (auto narcisismo) ou alta auto-estima. 

Estabilidade emocional ou neuroticismo

Estar em paz ou em guerra consigo mesmo


O intra-psicoticista seria conscientemente auto-destrutivo enquanto que o intra-neurótico apresentaria baixa auto-estima por se criticar com grande frequência, mas de modo menos intenso, e portanto resultando em uma auto-guerrilha ou guerra de baixa frequência.

Eu já comentei sobre essas possíveis diferenças entre o auto-neuroticismo e o ''outro-neuroticismo'', em um texto progressivamente longínquo e autobiográfico.

É isso, partindo de uma percepção possivelmente equivocada de que o Big Five se debruce mais na descrição dos traços de personalidade mais centrais a partir de suas interações [inter-]pessoais e posteriores reações estereotípicas, resolvi deslocá-lo para um ângulo de observação mais intrapessoal, em como que cada um desses traços podem reagir, mas não ''de maneira geral'', principiando por si mesmos e em relação aos outros indivíduos, como parece que o Big Five tradicional faz, e sim, terminando/fechando em si mesmo. 

quinta-feira, 27 de abril de 2017

Os paranoicos são narcisistas com baixa auto-estima

O paranoico pensa que é o centro das atenções, porque gosta muito de si mas sabe [mesmo não estando totalmente correto sobre isso] que não é unânime nem perfeito, seja em relação ao seu aspecto físico ou psico-cognitivo. Uma das características do narcisismo é a vontade ou sensação de ser o centro das atenções, por acreditar que seja total ou consistentemente superior aos outros [apesar de tender a esconder esse sentimento] e por isso merecedor de todas as atenções e elogios [e de fato, esta sensação de superioridade, pode estar parcial a predominantemente correta, ainda que a mesma valha pouco, se para vencer na vida é necessário a ação, transformar potencial em realidade] ou ao menos de considerações.

No entanto, apesar de narcisista, o paranoico também tende a ter baixa auto-estima, novamente, por saber que não é unanimidade [positiva] ou superior, por desejar que assim fosse considerado pelos outros e por sentir que seja, ao menos pra si mesmo.


Queremos ou tendemos a querer que os outros nos reconheçam de acordo com as nossas próprias auto-impressões. Isto é, que não alimentemos expectativas erráticas, que não se construa uma assimetria entre aquilo que queremos passar e aquilo que os outros pensam sobre nós. Isso pode ser denominado de ''espectro da justiça intrapessoal''. Acreditamos que somos desta ou daquela maneira e gostaríamos, em sua maioria, que fôssemos assim reconhecidos, especialmente em relação ao que passamos sobre nós mesmos aos outros.

Este conflito entre baixa auto-estima [interpessoal] e narcisismo [ou alta auto-estima intrapessoal] pode ser considerado um fomentador importante para o estado ou vício mental da paranoia ou especialmente de seu potencial/vulnerabilidade. E sempre ressaltando que existe um espectro de racionalidade ou justificabilidade lógica e de irracionalidade, mesmo em relação a estados mais viciados da mente, como no caso da paranoia.

Portanto nós temos o nível de disposição para a paranoia [narcisista com tendência à baixa auto-estima] ou intrinsecabilidade e também o nível qualitativo das interações inter-pessoais de curto e de longo prazo, que interagem com os seres e dessas interações resultando em enfatizações comportamentais.

Paranoia racional, novamente...

 Outra possibilidade ou cenário, é a de que o paranoico (mais racional), ao ser mais agudamente detalhista/perfeccionista (que eu já comentei, sobre a intolerância à ambiguidade interpessoal) em termos intra e interpessoais, acabará se tornando mais alerta a erros genuínos de conduta [assim como também de exagerá-los] por parte das outras pessoas em relação a  si mesmo [mas também em relação aos outros].

Este tipo nasceu ou apresenta grande naturalidade para enfatizar por um mundo social perfeccionista, só que vive em uma realidade que está bastante aquém de suas necessidades [exageradamente necessitadas ou não] e portanto acaba desenvolvendo mecanismos de defesa ou colocando parte de sua personalidade em um estado mais defensivo do que receptivo às intempéries sociais que o rodeia. 

O paranoico tende a ser mais narcisista justamente por ser mais introspectivo, e geralmente de maneira mais desequilibrada, criando uma atomização ou um excesso de personificação das intenções e sinais externos, tal como se o mundo girasse em torno de si mesmo, como se ''tudo'' estivesse relacionado à sua pessoa, que fosse pessoal. Introspectivos tendem a ser mais narcisistas, não necessariamente da maneira estereotipada, mas tão ou mais auto-centralizado [e não necessariamente de maneira egoísta] que os tipos mais comuns. 

Mini trauma psicológico ou paranoia

O estado vicioso da paranoia também pode ser entendido como um mini-trauma ou mesmo mini-fobia, por manifestar-se de maneira característica, abrupta, especialmente nas situações que lhe são mais cabíveis, e por ser o resultado ou uma resposta mais defensiva em relação ao histórico de interações interpessoais, exageradamente negativas, ou não. A mente se acostuma a um estilo de resposta mais intensa e passa a executá-lo quase que por osmose, especialmente quando o indivíduo se encontrar exatamente nas situações que são mais propensas a desencadeá-la.

E por último, novamente, maior a intrinsecabilidade ou intensidade de uma característica comportamental, mais propensa de se manifestar por osmose/ ação primária do que como resposta/ reação secundária. Aquilo que já falei sobre comportamentos defensivos/mais extremos racionais e irracionais, em que os segundos seriam mais generalizados ou indiscriminados do que os primeiros, resultando justamente em maior chance para o cometimento de erros de conduta, que por sua vez, podem ser denominados de ''sinais de loucura''.

E por último, novamente, a paranoia racional, e não apenas a paranoia, mas qualquer comportamento racional, tende a dar-se com base no encaixe diversamente perfeccionista em relação ao tipo de interação, e de curto a longo prazo, isto é, busca reagir [e agir] de acordo com a natureza da ação ou da reação, de modo menos bruto ou direto, mas ainda assim, mais recíproco. Portanto, a racionalidade comportamental tende a ser dependente do ''humor ambiental'', enquanto que, o comportamento pendendo para a sub-lógica ou mesmo para a irracionalidade total, tende a principiar-se pela negação desta relação recíproca de ação e reação. 

O que leva uma pessoa à paranoia [interpessoal], especialmente a de expressões/intensidades mais brandas à medianas, parece ser a conjugação entre elevados níveis de narcisismo [não necessariamente do tipo mais estereotipado, que geralmente combina-se com níveis ''saudáveis' a altos de autoestima] e baixa autoestima. Se gosta muito, por isso se sente o centro das atenções, e não tolera desrespeitos reais, mas também os exagerados. Também se poderia pensar ou dizer que, as manifestações mais coesas ou racionalmente justificadas de paranoia, se consistiriam em ''mal-adaptações'', não necessariamente por suas naturezas intrínsecas, mas por causa da falta de encaixe entre a mesma e o estado qualitativo dos ambientes sociais humanos. É como ter uma criança academicamente superdotada em uma sala de aula normal, para crianças normais. 

quinta-feira, 30 de março de 2017

Altruísmo patológico OU altruísmo narcisista*


Primeiramente, eu quero ajudar TODO MUNDO, não importando os riscos de consequências negativas a minha pessoa = altruísmo patológico


Primeiramente, eu quero que TODO MUNDO saiba que eu sou uma pessoa boa [geralmente, baseado na moralidade subjetiva] = altruísmo narcisista

Vamos separá-los para que possamos entendê-los melhor*

domingo, 1 de janeiro de 2017

O paradoxo da criatividade resolvido?? Consciência da própria distração = perfeccionismo

Quando sabemos que somos mais distraídos e temos consciência de que precisamos fazer as coisas certo para que a distração não destrua tudo, é onde o perfeccionismo pode surgir...

Não basta ser apenas mais distraído...
Não basta ser apenas mais consciente das próprias ações...

  Em partes isso também se dá por causa da constante impressão de ''auto-normalidade'' que tende a monopolizar as mentes mais comuns, fazendo que com reduzam de maneira considerável a ideia de estarem ''fazendo algo de errado'', se já estão adaptadas... nada poderia ''estar errado''... enquanto que para quem já nasce com desafios próprios para se encaixar dentro das ''normas' a criatividade pode brotar também a partir desta assimetria.  

Não é a toa que os mais narcisistas costumam ser também dos mais relaxados em relação a si mesmos, de maneira que, a maioria daqueles que identificamos como os mais narcisistas, que estão sempre investindo em novos cortes de cabelo e nos dias de hoje, cirurgias plásticas, NA VERDADE não o são, justamente por demonstrarem grande insegurança em relação às suas próprias aparências. O narcisista mais característico se ama de maneira contorcidamente exagerada acreditando ser o ápice da perfeição

Pode-se dizer que este tipo de narcisismo [menos característico] e portanto, naturalmente mesclado à insegurança sobre si mesmo, a nada mais seria do que a manifestação dos mesmos fermentos, ainda crus, que produzem o talento [de outras áreas, menos fúteis] e o gênio, pois tem-se aí a conjugação: insegurança ou consciência, mais ou menos factual, dos próprios defeitos + narcisismo parcial, amor próprio e portanto vontade de melhorar. Talentosos e geniais se diferem dos narcisos comuns e potencialmente equivocados exatamente em dois aspectos essenciais: compreensão factual e consciência estética ou ''bom gosto''. Ao saberem melhor sobre si mesmos, mesmo que de modo mais particular, assim como também em relação às suas áreas de fixação, talentosos e geniais serão mais capazes de se melhorarem tanto a nível introspectivo (micro-introspectivo, no caso do talento ao gênio localizado) quanto a nível extrospectivo, se terão melhor e mais objetiva compreensão factual e consciência estética, capturam fatos em suas áreas, melhor e mais preciso/objetivo que os outros, e percebem, mesmo que a nível subconsciente, que os mesmos são regidos pela lógica e a lógica só pode ser trabalhada a partir de leis parcimoniosas de interação, do contrário o caos é o mais provável de acontecer. 

Sim, ser distraído e mais auto-consciente é praticamente meio caminho andado para se tornar mais criativo, ao menos o ''little-c'', porque muitas vezes a hiper-perceptividade se manifestará com base ou a partir desta conjugação. 

Para saber onde é que se está errando, seja a nível mais específico ou mais generalizado, há de se ter o mínimo de autoconhecimento, como eu já falei em relação ao talento. E como uma hiper-perceptividade tende a relacionar-se com maior distração, distração especialmente aos olhos mais comuns, mas também de uma maneira mais generalizada (por exemplo, o gênio desastrado ou desconjuntado), e porque como há muito mais com o que ser visto, mesmo aquilo que é considerado ''irrelevante'', para os que forem menos perceptivos, então podemos perceber que reside aí uma relação, eu não sei se poderia denominar ''causal'', mas com certeza muito forte e para muitos paradoxal, entre criatividade, distração e perfeccionismo. O perfeccionista típico, talvez, ou o mais atípico, seria portanto aquele que se torna mais atento e potencialmente preciso, e isto se consiste justamente em uma reação progressivamente preventiva quanto à sua própria tendência de distração, um paradoxo. É portanto pela consciência precisa ou proporcionalmente correta dos próprios defeitos, algo, diga-se, que me parece ser muito raro, que se começa a ser perfeccionista, de modo pontual ou generalizado.

Os criativos tendem a ser em sua maioria de distraidamente concentrados. Primeiro aparece a distração provocada por uma hiper perceptividade, que percebe ''tudo'', inclusive ou especialmente aquilo que os outros acham ''irrelevante'', e acaba ganhando o rótulo parcialmente ingrato de ''distraído''. No entanto, quando se percebe que suas tendências distrativas tendem a fazê-los cometer condutas inapropriadas, universalmente características de distração, então haverá um quê de objetividade na ''distração do criativo''. A mente errante do criativo, como eu já falei, na metáfora do poço de petróleo, uma hora irá parar em algum ''lugar'' e começar a ''cavar'', se aprofundar, até ao ponto em que começará a ter insights ou novas possibilidades combinatórias de ideias, teorias 'ou'' hipóteses, pensamentos, enfim... A partir de então se torna mais concentrado, em seu novo ''brinquedo'', em sua nova ''brincadeira''. 

Em alguns deles apenas a área de interesse constante que se tornará alvo de aprofundamento enquanto que para outros, em especial se suas áreas de aprofundamento já forem naturalmente mais holísticos, a filosofia por exemplo, esta busca pela perfeição ressoará em muitas outras áreas que estão interligadas ao epicentro [holístico] de maior interesse ou epicentro.

Portanto a consciência estética, da beleza, da simetria, da harmonia, que é basicamente a verdade da existência, inegável que vivamos em sistemas excepcionalmente perfeccionistas, ainda que perfeição não seja o mesmo que eternidade, ao manifestar-se de modo mais específico resultará do talento ao gênio, e neste caso o que diferenciará o talentoso do genial será o nível de obsessão e/ou autenticidade/empatia total em relação ao objeto ou área de interesse, se o gênio seria um entrega total/empatia total ao seu objeto de escrutínio intrinsecamente motivado enquanto que o talento seria uma entrega bem mais parcial, ainda que muito característica em sua ''metade'' de entrega ou de autenticidade.

Ao percebermos que somos mais distraídos podemos ou tenderemos a nos tornar mais atentos ao fazermos as coisas, e esta consciência ou medo de cometer erros tolos a de grande magnitude, pode ter uma relação com o perfeccionismo, no talento e no gênio.