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quinta-feira, 14 de agosto de 2025

Uma das minhas maiores decepções: pessoas "mais inteligentes"

 Prometem muito e entregam pouco ... Especialmente em termos emocionais e racionais 


A minha experiência pessoal e a minha impressão geral em relação a essas pessoas, que são reconhecidas como altamente inteligentes, por critérios convencionais, não têm sido boas. Porque eu tenho esperado delas que fossem mais racionais ou sensatas, criativas e emocionalmente inteligentes. Enfim, de acordo com o próprio conceito de inteligência humana, presente em qualquer dicionário. Só que, pelo menos no meu convívio e também com base em minhas observações sobre grupos tipicamente "de alto QI", o que eu tenho percebido é o oposto do que se espera desses que são socialmente considerados os "mais inteligentes". Se, ao invés da sensatez, eu tenho percebido neles uma forte atração ou vulnerabilidade para a doutrinação ideológica, e isso geralmente significa um apego desmedido a crenças irracionais; ao invés da criatividade, eu tenho percebido neles uma tendência para a rigidez cognitiva, por parecem mais tacitamente intolerantes ou incapazes de lidar com opiniões destoantes, por talvez não terem uma capacidade plenamente desenvolvida de autocrítica, que não se resume a uma autorreflexão pouco objetiva e imparcial e que, por sua vez, resulta em um apelo constante à racionalização de pensamentos e ações, inclusive dos próprios equívocos. E, por fim, uma impressão de tendência para a frieza ou o desequilíbrio emocional entre eles, isto é, de uma capacidade limitada para entenderem contextos pessoais ou emocionais, dos outros e de si mesmos, que torna suas relações sociais mais difíceis. Enfim, eu tenho percebido neles, variações (qualitativas) de um mesmo fenômeno, a estupidez, que, em teoria, não se esperaria ver com mais frequência no grupo considerado o "mais inteligente". Cientistas//acadêmicos, jornalistas, professores, artistas de alto nível... 

quinta-feira, 24 de julho de 2025

Por que a "esquerda" mente tanto ou mais que a "direita"??

 Eu já fui um estudante de universidade federal brasileira. E mais, estudei em uma faculdade das ciências humanas, entre 2008 e 2014. Escolhi e passei para cursar a disciplina que foi a minha paixão, especialmente na minha segunda infância: geografia. Entrei no curso acreditando que seria mais de acordo com que aprendi a amar a geografia: memorizando nomes de capitais, tendo curiosidade em conhecer sobre outros países... Mas, desde o primeiro mês de aula até o dia em que apresentei o TCC (trabalho de conclusão de curso), eu fui exposto a um material acadêmico absolutamente enviesado à "esquerda" no espectro político-ideológico. Eu poderia facilmente estimar em torno de 90% de viés, excluindo conhecimentos técnicos e básicos. Pois o maior problema ainda não é se o viés é mais para um lado ou outro, ou mesmo o "quanto". Mas no que isso implica. E no caso de um viés à "esquerda", tipicamente, tem implicado em uma imposição de uma maioria de narrativas altamente distorcidas da realidade, que também são narrativas dogmáticas, fechadas para críticas intelectualmente honestas, que não estão integralmente baseadas em evidências, fatos e/ou ponderação racional... Portanto, mesmo que não seja, a priori, um problema, se torna, a posteriori, pelo que tem significado. Nem sou contra a aplicação do pensamento crítico, diferente de muitos à "direita". Aliás, é inevitável que uma ciência humana sempre atualizada dê a mesma atenção à crítica social tal como dá aos seus conhecimentos mais básicos. O mais importante é o quão embasada essa crítica está... Eis aí o grande problema do viés à "esquerda" (tanto quanto para a "direita")...


Então, essa foi a minha experiência dentro de uma universidade, e não sei se ainda terei a oportunidade de estar lá novamente. Mas não sou o único que percebeu essa situação, porque todo aquele que a frequenta ou que já frequentou, sabe, assim como eu, o que está acontecendo lá dentro. Sabe que, especialmente as faculdades das ciências humanas e adjacências se transformaram desde há um bom tempo em um antro de profunda doutrinação ideológica. Mas não são todos que são sinceros sobre isso. Na verdade, tem muitos que mentem, até descaradamente, chegando a negar que existe um esquema montado em que aqueles que demonstram afinidades ideológicas compatíveis são promovidos dentro da hierarquia acadêmica e aqueles que não são, são perseguidos ou mesmo eliminados da concorrência interna. Isto é, sem que os critérios de compatibilidade sejam exclusivamente a competência técnica e a plena adesão aos valores filosófico-científicos. É claro que são "de esquerda" os que mais mentem sobre isso, já que são os mais interessados que se permaneça esse estado de coisas, se para se favorecerem pessoalmente ou que, pelo menos a academia continue reiterando suas crenças ideológicas sem o mínimo de autocrítica. Pois a frequência e a profundidade desse hábito muito problemático parece ser maior entre eles do que entre àqueles, do outro lado das trincheiras da polarização. Deve ser porque é necessário uma maior elaboração nas mentiras de "esquerda" do que nas de "direita", por apresentarem uma natureza mais comparativamente abstrata, se isso também exige um maior esforço psicológico de crença. Mas também porque, por mais que a "direita" conservadora tenha uma longo histórico de abraço ao obscurantismo e ao negacionismo, pelo menos em relação a alguns fatos muito básicos sobre a natureza humana, nunca os negou tão profundamente como a "esquerda" tem feito. Nunca negou diferenças entre sexo, raça ou outros grupos humanos, mesmo se também não chegou a desenvolver esses fatos ou se limitou a exagerá-los pela via da generalização. Então, essa diferença, que parece pouca, se vista por um olhar mais superficial, é bem mais significativa quando olhamos mais de perto, justamente por se tratar de fatos muito básicos que são até primariamente percebidos de maneira instintiva e que são desproporcionalmente influentes em nossas vidas, tanto é que, com a hegemonia cultural e política da "esquerda" identitário-burguesa, nações inteiras sob o seu julgo começaram a apresentar problemas sociais crônicos que ameaçam suas próprias existências, não apenas como culturas ou etnias distintas, como também em termos de civilidade. Mas também existem outros fatores prováveis para que a "esquerda" minta e mais profundamente que a "direita". Um outro fator é uma grande atração que as suas ideias exercem sobre indivíduos que apresentam desvios ou transtornos da norma mais condizente com o ciclo natural de existência de um organismo: procriação, sobrevivência... Transtornos ou desvios morais, psiquiátricos, sexuais... Se especialmente a "esquerda" identitária que tem abraçado esses desajustados congênitos, ao invés de fazer como a direita tradicional sempre fez desde há muito tempo, de condená-los pelo que são. No entanto, esse "abraço" tem acontecido de maneira, digamos, excessivamente positivo e, claro, com segundas, terceiras intenções... Na verdade, a "esquerda", seria mais literalmente representada por essa mesma massa de "mutantes", como o reflexo de sua própria natureza inconformista à ordem "mais natural". Ainda que não se possa dizer que tudo o que defenda seja equivocado ou inverídico, se busca transcender essa ordem, que é uma espécie de réplica de cadeia alimentar inserida dentro de contextos humanos, combatendo os problemas sociais e morais que ela provoca, sem naturalizá-los tanto quanto tem feito a "direita", ela mesma, sua maior promotora. Mas, ao tratá-la como intrinsecamente falaciosa, o que não é, se reflete aspectos inatos e mais gerais do comportamento e das relações dos seres vivos, acaba causando mais problemas do que resolvendo os existentes. Por exemplo, quando afirma que a única razão para as diferenças sociais entre homens e mulheres é a opressão histórica e estrutural do patriarcado sobre o segundo grupo, desprezando completamente suas diferenças biológicas, incluindo as diferenças mentais entre os sexos. Portanto, além do próprio esforço que uma maior elaboração teórica exige, ainda precisa estar sempre reforçando crenças irracionais ou não-factuais sobre esses fatos muito básicos, forçando-a a se aprofundar mais no hábito de mentir do que a "direita". Pois se a "esquerda" os aceitasse pelo que são e passasse a construir sua defesa pela justiça social com base neles, uma parte significativa de seu conteúdo negacionista da legítima ciência seria eliminado e, aí sim, seria até melhor que as universidades tivessem um viés significativo ao seu lado. Mas a nossa realidade é praticamente a oposta desse ideal...

quinta-feira, 3 de julho de 2025

A principal diferença entre doutrinação e educação

 É o caráter factual do que está sendo transmitido... 


Especialmente quando mentiras, meias verdades ou distorções de fatos, tipicamente organizadas como narrativas dogmáticas, predominam ou já estão presentes desde a essência de um sistema de crenças, é seguro classifica-lo como muito passível de se servir como referencial ideológico de doutrinação, e não de educação. 

É por isso que, afirmar que Deus é uma improbabilidade lógica muito possível e que a luta de classes é uma realidade empírica, não são exemplos de doutrinação ideológica (o primeiro, de fato, carece de qualquer evidência, e o segundo é visível a todo momento em que se vive dentro de uma sociedade humana típica), ao passo que, negá-los, se tratam de exemplos (à "direita") de doutrinação. 

Qualquer negacionismo de um fato, ainda mais de um fato notório que pode ser facilmente observado, ou afirmação de um fenômeno ou evento extraordinário sem qualquer evidência verdadeira que o corrobore, são matéria-prima para a doutrinação. 

Outros dois exemplos de doutrinação, e não de educação, mas que estão mais "à esquerda" no espectro político-ideológico são: o negacionismo da existência de diferenças mais intrínsecas de comportamento e inteligência entre indivíduos e grupos humanos (observável e ratificado pela percepção de padrões de estabilidade, previsibilidade e hereditariedade de comportamentos), e a afirmação extraordinária (um complemento típico ao primeiro) de que o meio tem um papel muito mais importante para o comportamento humano do que nossa própria natureza ou biologia, como se fôssemos apenas reagentes totalmente moldáveis pelas circunstâncias.

terça-feira, 29 de abril de 2025

Sobre a nova "branca de neve" e uma velha suspeita/About the new "Snow White" and an old suspicion

 Por que empresas renomadas do cinema estão fazendo filmes ("remakes") que custam caro já sabendo que muito provavelmente serão fiascos de audiência?? 


Será que haveria uma razão subjacente?? Não apenas uma cruzada ideológica teimosa, mas também algo tão ou mais maquiavélico?? 

Então, eu comecei a pensar no que parece o mais óbvio que "certos" políticos ou grupos "de interesse" fazem quando querem aumentar seu poder sem que sejam perturbados pela opinião pública: o método da distração. De manipularem as pessoas para que prestem mais atenção a temas geralmente menos importantes, como um remake de filme da Disney, enquanto, na surdina, tais "grupos" maquinam a imposição de mais uma de suas perversidades. Ou também de simplesmente atiçarem ainda mais a polarização ideológica entre a população, que eles mesmos criaram e alimentam, e que funciona perfeitamente para manter o povo, isto é, as pessoas comuns, divididas, enquanto eles se mantêm unidos em seus objetivos totalitários...



Why are renowned film companies making expensive films ("remakes") knowing that they will most likely be box office flops??

Could there be an underlying reason?? Not just a stubborn ideological crusade, but also something equally or even more Machiavellian??

So, I started thinking about what seems to be the most obvious thing that "certain" politicians or "interest" groups do when they want to increase their power without being disturbed by public opinion: the method of distraction. By manipulating people so that they pay more attention to generally less important issues, such as a remake of a Disney film, while, in secret, such "groups" scheme to impose yet another of their perversities. Or simply by further stirring up the ideological polarization among the population, which they themselves created and feed, and which works perfectly to keep the people, that is, ordinary people, divided, while they remain united in their totalitarian goals...

domingo, 15 de setembro de 2024

Mais sobre o mesmo/More about the same

 Mais intensa é a doutrinação ideológica, menor é a autonomia do pensamento sobre o sentimento, de tal maneira que não seria exagerado chamá-la de doutrinação emocional 


A falácia, geralmente, é a expressão de um raciocínio desprovido de um esforço intelectual mínimo 

A esquerda é uma pretensão de complexidade e profundidade filosófica de pensamento. A direita é uma simplicidade autêntica porém excessiva, porque almeja a objetividade, mas acaba tão subjetiva quanto à esquerda. Revisitando o meu pensamento sobre as duas, em que a esquerda tende a expressar um pseudo intelectualismo (pretensão de inteligência/racionalidade) e a direita um anti intelectualismo (a negação da mesma...em prol de sua autenticidade)

O típico direitista se comporta exatamente como uma pessoa comum ou um "average Joey". Um típico esquerdista se comporta exatamente como um membro de seita 

Uma impressão pessoal: de que existe uma correlação positiva entre ser mulher e/ou estar dentro do espectro de minorias sexuais e de apresentar um grau crônico de analfabetismo científico e filosófico, resultando em uma correlação positiva de engajamento ou crença de muitos indivíduos dessas populações com pseudociências de todos os tipos: médicas, "do bem" (político-ideologicamente enviesadas à esquerda), até pela tendência de ambos serem mais emotivos ou movidos pelos seus sentimentos e, portanto, mais parciais e subjetivos do que imparciais e objetivos, características básicas para um bom cientista 

E sem falar de uma provável desproporção dos mesmos grupos entre "artistas' da "arte contemporânea" 

Politizados verdadeiros discutem mais sobre política. Pseudo-politizados discutem mais sobre políticos 

Enquanto as ficções humanas são meios para finalidades específicas e pragmáticas, como o conceito de justiça, realidades concretas e derivadas são fins em si mesmos, como uma pedra ou a água

Quando todos os políticos são corruptos, covardes ou tolos, as pessoas comuns deveriam tomar para si mesmas a responsabilidade de governo

A maioria dos jornalistas são meros propagandistas políticos 

Jornalistas, atores, políticos... Grupos muito semelhantes... 

A hipocrisia do tribalismo identitário é igual à hipocrisia de chamar de comunidade uma seita ou culto 

Identitários de "esquerda" e de "direita" se assemelham em demasia por suas autoestimas muito altas que resultam em uma autenticidade mórbida: desequilibrada ou distorcida. A maior diferença é que a autenticidade dos de direita é mais comum e alinhada ao ciclo de competição, reprodução e hierarquia social, mais alinhada à ordem "natural" ou típica...

Todo identitarismo é uma ideologia que se serve como um espelho de autenticidade àqueles que o adotam

Um exemplo de como o identitarismo burguês "de esquerda" finge que combate a desigualdade sem de fato fazê-lo: quando impõe sistemas de cotas raciais para profissões do setor público com os salários mais altos, como o de juiz, ao invés de combater as próprias diferenças salariais e de privilégio social entre as profissões, o cerne da desigualdade social 

O "branco de esquerda" que aceita ser responsabilizado por crimes que não cometeu só porque foram cometidos por "seus ancestrais' ou pelo governo do seu país, é tão trouxa quanto o evangélico que dá dinheiro ao pastor que se aproveita para enriquecer. 

O cidadão "de esquerda" que tolera o crime ou defende pela suavização da punição por crimes também está na mesma posição de alguém que naturaliza condições injustas e prejudiciais a si mesmo. Um pouco menos se ele for socialmente privilegiado e, portanto, mais protegido da bandidagem urbana...

Também pode ser possível comparar com pessoas comuns autodeclaradas de esquerda que apoiam correligionários que literalmente gozam de um alto padrão de vida e se limitam à "militâncias" discursivas como demonstração pública de apoio à políticas e ideias ditas esquerdistas. 

Defender pela suavização da punição por crimes também é uma maneira de defender pela opressão, com o aumento da insegurança, de quem vive nos mesmos bairros em que vive a maioria dos sujeitos cronicamente anti sociais, abundantes nas classes mais baixas ou basais.

Também é um verdadeiro privilégio social, não no bom sentido, defender por políticas públicas baseadas em ideias excessivamente abstratas à realidades constantes na dinâmica social, tal como às que se baseiam no negacionismo das diferenças intrínsecas de comportamento e inteligência entre indivíduos e grupos humanos. É fácil fazê-lo quando não tem que lidar com essas diferenças no cotidiano, como as variações mais extremas de inteligência emocional, empatia, racionalidade...

Brancos de origem europeia têm sido governados pelos menos sábios entre eles desde há muito tempo, a norma na maioria das comunidades e sociedades humanas. Pois, nessa primeira metade de século  XXI, em que uma tribo, originalmente do oriente médio, tomou o poder no mundo ocidental e está promovendo o seu genocídio lento e sofisticado para terminar esse processo de usurpação de poder, muitos deles se espantam por essa situação, como se não fosse totalmente previsível que uma civilização corrupta pudesse cair nas mãos de outras "elites" tão mal intencionadas quanto às anteriores

Em uma tragédia sem crime, a reação mais apropriada é a de lamento pela perda de vidas. Já no caso de uma tragédia a partir de uma ação criminosa, se exige uma reação primária de indignação, não apenas de lamento

A "esquerda' nega a existência de raças humanas ou de variações fenotípicas estatisticamente significativas (não apenas de traços físicos, mas também mentais e mais intrínsecos), isto é, de uma realidade biológica, enquanto considera o termo racismo, uma ficção humana ou abstração, uma verdade tão absoluta quanto à própria existência da espécie humana

Ter um excelente conhecimento geral ou cultural pode te fazer mais sofisticado e culto, mas não necessariamente mais sensato ou filosoficamente inteligente, ainda mais se a vocação filosófica sempre prioriza a qualidade sobre a quantidade

O único sistema de cotas justo é aquele que discrimina a favor de pessoas com deficiência

E ainda sobre sistemas de cotas, o mais do mesmo do que tenho dito, de que, não adianta implementá-los, se, além de não selecionarem por mérito de capacidade ou potencial, ainda continuarão funcionando como um método injusto de seleção de capacidades específicas a partir de avaliações excessivamente generalistas, que focam em conhecimentos gerais e memorização do que em conhecimentos específicos e práticos, o cerne do seu problema primário que o torna menos justo do que aparenta

O meu tipo de introvertido não é aquele que prefere ficar sozinho e sim aquele que gosta de ter seu espaço pessoal e/ou privacidade respeitados

Talvez uma diferença marcante entre um psicopata típico e um sociopata típico: em uma conversa, o psicopata escuta primeiro para saber o que falar, enquanto o sociopata está mais inclinado a não se importar com o que está dizendo 

Estúpido não é o mesmo que menos inteligente

O menos inteligente sabe ou compreende menos 

O mais estúpido não entende ou confunde mais 

A principal diferença entre eles é o nível de autoconsciência, especialmente em relação ao menos inteligente que não é categoricamente estúpido, em que o mais estúpido também é o menos autoconsciente, que não é igualmente condicional ao menos inteligente 

Pois parece que, enquanto existe uma abundância de menos inteligentes ou simplórios que se identificam com a direita no espectro político-ideológico corrente, como compensação, parece haver uma abundância de estúpidos categóricos que se identificam com a esquerda, típico de grupos de culto ou seita

Em termos evolutivos, o [mais]estúpido é todo aquele que adota uma estratégia de existência que o desvirtua em demasia da maneira mais original ou básica e eficiente de sobrevivência de sua espécie. Nesse sentido, então, parece mais verossímil definir como estúpido um típico "progressista" do que um típico "conservador"

No entanto, não é tão simples assim, já que o típico "progressista" tem demonstrado uma certa capacidade de sobrevivência individual em cenários específicos e importantes, justamente pela estratégia evolutiva mais adotada por humanos, a covardia, se pelo conformismo ideológico ou camuflagem social, pelo menos quanto à hegemonia de algumas de suas ideologias de aderência nessa primeira metade do século XXI, ou pela decisão de se esquivar de um envolvimento geralmente forçado em conflitos bélicos. Um porém a essa conclusão seria de que essa capacidade seria mais eficiente a curto do que a longo prazo

Não há nada que aborreça mais um indivíduo muito racional ou sensato do que um relativista da verdade.

Idiotas ou estúpidos arquetípicos que, tradicionalmente, se acham mais sensatos que os outros, são, frequentemente, atraídos por cultos de doutrinação ideológica, pois se apoiar em uma ideologia é a maneira mais fácil de aparentar inteligência ou conhecimento 

A manifestação mais básica e decisiva de inteligência é pela demonstração genuína de conhecimento, a priori, independente do quão amplo ou aprofundado possa estar, contanto que seja objetivo. E claro que, a partir de uma capacidade de aprofundamento, a demonstração de inteligência se faz ainda mais impressionante. É por isso que, talvez, muito daquilo que nos acostumamos a chamar por eufemismos, como a "cultura", na verdade, seja uma manifestação de inteligência ou estupidez, insensatez ou insensatez, a crença religiosa, por exemplo. A própria cultura poderia ser considerada uma espécie de sinônimo relativamente distante para inteligência, bem como para estupidez, se a cultura não se limita a rituais, roupas ou linguagens, mas também à qualidade intelectual e moral de suas crenças...


The more intense the ideological indoctrination, the less autonomy of thought over feeling, so much so that it would not be an exaggeration to call it emotional indoctrination

The fallacy is generally the expression of reasoning devoid of minimal intellectual effort

The left is a pretense of complexity and philosophical depth of thought. The right is an authentic but excessive simplicity, because it aims for objectivity, but ends up as subjective as the left. Revisiting my thoughts on both, in which the left tends to express a pseudo-intellectualism (pretense of intelligence/rationality) and the right an anti-intellectualism (the denial of the same... in favor of its authenticity)

The typical right-winger behaves exactly like an ordinary person or an "average Joey". A typical leftist behaves exactly like a member of a cult

A personal impression: that there is a positive correlation between being a woman and/or being within the spectrum of sexual minorities and presenting a chronic degree of scientific and philosophical illiteracy, resulting in a positive correlation of engagement or belief of many individuals from these populations with pseudosciences of all types: medical, "good" (politically and ideologically biased to the left), even due to the tendency of both to be more emotional or driven by their feelings and, therefore, more partial and subjective than impartial and objective, basic characteristics for a good scientist

And not to mention a probable disproportion of the same groups among "artists" of "contemporary art"

True politicized people discuss more about politics. Pseudo-politicized people discuss more about politicians

While human fictions are means to specific and pragmatic ends, such as the concept of justice, concrete and derived realities are ends in themselves, such as a stone or the water

When all politicians are corrupt, cowards or fools, ordinary people should take upon themselves the responsibility of government

Most journalists are mere political propagandists

Journalists, actors, politicians... Very similar groups...

The hypocrisy of identitarian tribalism is the same as the hypocrisy of calling a sect or cult a community

Identitarians of the "left" and "right" are too similar because of their very high self-esteem that results in a morbid authenticity: unbalanced or distorted. The biggest difference is that the authenticity of those on the right is more common and aligned with the cycle of competition, reproduction and social hierarchy, more aligned with the "natural" or typical order...

All identitarianism is an ideology that serves as a mirror of authenticity to those who adopt it

An example of how "left-wing" bourgeois identitarianism pretends to combat inequality without actually doing so: when it imposes racial quota systems for public sector professions with the highest salaries, such as that of judge, instead of combating the very differences in salary and social privilege between professions, the core of social inequality

The "left-wing white" who accepts being held responsible for crimes he did not commit just because they were committed by "his ancestors" or by the government of his country, is as foolish as the evangelical who gives money to the pastor who takes advantage of it to get rich.

The "left-wing" citizen who tolerates crime or advocates for the softening of punishment for crimes is also in the same position as someone who naturalizes unfair and harmful conditions to himself. A little less if he is socially privileged and, therefore, more protected from urban banditry...

It may also be possible to compare it with ordinary people who declare themselves to be left-wing who support fellow believers who literally enjoy a high standard of living and limit themselves to discursive "activism" as a public demonstration of support for so-called leftist policies and ideas.

Advocating for the softening of punishment for crimes is also a way of advocating for the oppression, with the increase in insecurity, of those who live in the same neighborhoods as the majority of chronically anti-social individuals, abundant in the lower or lower classes.

It is also a true social privilege, not in a good way, to advocate for public policies based on ideas that are excessively abstract from the constant realities of social dynamics, such as those based on the denial of intrinsic differences in behavior and intelligence between individuals and human groups. It's easy to do so when you don't have to deal with these differences in everyday life, such as the most extreme variations in emotional intelligence, empathy, rationality...

Whites of European origin have been ruled by the least wise among them for a long time, the norm in most human communities and societies. Well, in this first half of the 21st century, when a tribe, originally from the Middle East, has taken power in the Western world and is promoting its slow and sophisticated genocide
to end this process of usurpation of power, many of them are shocked by this situation, as if it were not completely predictable that a corrupt civilization could fall into the hands of other "elites" as ill-intentioned as the previous ones

In a tragedy without crime, the most appropriate reaction is to lament the loss of life. In the case of a tragedy resulting from a criminal act, a primary reaction of indignation is required, not just regret

The "left" denies the existence of human races or of statistically significant phenotypic variations (not only of physical traits, but also mental and more intrinsic ones), that is, of a biological reality, while considering the term racism, a human fiction or abstraction, a truth as absolute as the very existence of the human species

Having excellent general or cultural knowledge can make you more sophisticated and cultured, but not necessarily more sensible or philosophically intelligent, especially if the philosophical vocation always prioritizes quality over quantity

The only fair quota system is one that discriminates in favor of people with disabilities

And still about quota systems, more of the same of what I have been saying, that there is no point in implementing them, if, in addition to not selecting based on merit of capacity or potential, they will also continue to function as an unfair method of selecting specific capabilities based on excessively generalist evaluations, which focus on knowledge general and memorization than in specific and practical knowledge, the core of his primary problem that makes him less righteous than he seems

My type of introvert is not one who prefers to be alone but one who likes to have his personal space and/or privacy respected

Perhaps a striking difference between a typical psychopath and a typical sociopath: in a conversation, the psychopath listens first to know what to say, while the sociopath is more inclined to not care about what is being said

Stupid is not the same as less intelligent

The less intelligent knows or understands less

The more stupid does not understand or confuses more

The main difference between them is the level of self-awareness, especially in relation to the less intelligent who is not categorically stupid, in which the more stupid is also the less self-aware, which is not equally conditional to the less intelligent

For it seems that, while there is an abundance of less intelligent or simple-minded people who identify with the right in the current political-ideological spectrum, as compensation, there seems to be an abundance of categorical idiots who identify with the left, typical of cult or sect groups

In evolutionary terms, the [most] stupid is anyone who adopts a strategy of existence that distorts too much the most original or basic and efficient way of survival of their species. In this sense, then, it seems more plausible to define a typical "progressive" as stupid than a typical "conservative"

However, it is not that simple, since the typical "progressive" has demonstrated a certain capacity for individual survival in specific and important scenarios, precisely because of the evolutionary strategy most adopted by humans, cowardice, whether through ideological conformity or social camouflage, at least regarding the hegemony of some of their ideologies of adherence in this first half of the 21st century, or through the decision to avoid a generally forced involvement in armed conflicts. One drawback to this conclusion would be that this capacity would be more efficient in the short term than in the long term.

There is nothing that annoys a very rational or sensible individual more than a relativist of truth.

Archetypal idiots or stupid people who traditionally think they are more sensible than others are often attracted to cults of ideological indoctrination, because relying on an ideology is the easiest way to appear intelligent or knowledgeable.

The most basic and decisive manifestation of intelligence is through the genuine demonstration of knowledge, a priori, regardless of how broad or in-depth it may be, as long as it is objective. And of course, from a capacity for deepening, the demonstration of intelligence becomes even more impressive. This is perhaps why much of what we are accustomed to calling euphemistically, such as "culture", is in fact a manifestation of intelligence or stupidity, foolishness or insanity, religious belief, for example. Culture itself could be considered a kind of relatively distant synonym for intelligence as well as for stupidity, if culture is not limited to rituals, clothes or languages, but also to the intellectual and moral quality of its beliefs...

sexta-feira, 31 de maio de 2024

Um sinal primário e inequívoco de estupidez específica: literalizar generalizações/A primary and unmistakable sign of specific stupidity: literalizing generalizations

 Ainda mais as que são claramente inverídicas...


Tal como de dizer que todos os indivíduos de um grupo são culpados por crimes cometidos pelos seus antepassados ou por outros indivíduos só porque pertencem ao mesmo grupo. Um exemplo atual é a infame "culpa branca", a demonização generalizada de indivíduos de raça branca de origem europeia por crimes cometidos no passado colonialista e mesmo os que continuam a ser cometidos por indivíduos de raça branca na atualidade. Enfim, mais uma imprecisão grosseira dos fatos para fins ideologicamente doutrinários.

Even more so those that are clearly untrue...

As in saying that all individuals in a group are guilty of crimes committed by their ancestors or other individuals just because they belong to the same group. A current example is the infamous "white guilt", the widespread demonization of white individuals of European origin for crimes committed in the colonialist past and even those that continue to be committed by white individuals today. In short, another gross imprecision of the facts for ideologically indoctrinal purposes.

segunda-feira, 27 de maio de 2024

Em condições normais de temperatura e pressão..../Under normal temperature and pressure conditions....

 ... todos os canais de YouTube, blogs, etc, que perpetuam, em frequência constante, qualquer tipo de pseudociência, notícias ou informações falsas, narrativas parciais, incluindo em especial aquelas que, atualmente, são propagadas por governos, mídia e educação, ditas "de esquerda", deveriam ser, no mínimo, taxados como "canais ideologicamente tendenciosos, excessivamente enviesados"..., dos "galãs feios" aos canais bolsonaristas. E, no máximo, deveriam ser punidos por indução à doutrinação e à desinformação, até com a possibilidade de serem excluídos das plataformas. 


... all YouTube channels, blogs, etc., which constantly perpetuate any type of pseudoscience, fake news or misinformation, partial narratives, including in particular those currently propagated by governments, media and education, so-called "left-wing", should be, at the very least, labeled as "ideologically biased, excessively biased channels".... And, at most, they should be punished for inducing indoctrination and misinformation, even with the possibility of being excluded from platforms.

terça-feira, 2 de abril de 2024

Expectativa, realidade e o ideal sobre a educação/Expectation, reality and ideal about education

 Expectativa: de que a educação seja apenas uma transmissão de conhecimentos.


Realidade: de que a educação é uma transmissão apenas parcial de conhecimentos, porque também tem incluído doutrinação ideológica, especialmente em matérias das ciências humanas.

O ideal: a educação, enquanto prática da filosofia, consiste na transmissão de conhecimentos, incluindo o autoconhecimento, mas também no incentivo a gostar de aprender e até de se entreter com o conhecimento, de vê-lo como um fim em si mesmo e não apenas como um meio; e tão ou mais importante, no ensino do pensamento lógico-racional, isto é, a pensar de maneira mais sensata (não apenas sobre transmitir conhecimentos).  

Expectation, reality and ideal about education


Expectation: that education is just a transmission of knowledge.

Reality: that education is only a partial transmission of knowledge, because it has also included ideological indoctrination, especially in subjects of the human sciences.

The ideal: education, as a practice of philosophy, consists of transmitting knowledge, including self-knowledge, but also encouraging people to enjoy learning and even being entertained by knowledge, seeing it as an end in itself and not just as a means; and equally or more importantly, in teaching logical-rational thinking, that is, thinking more sensibly (not just about transmitting knowledge).

sábado, 2 de março de 2024

Mais provocações voluntárias

 Bondade sem racionalidade não é apenas estupidez, mas também insanidade


A essência da bondade ainda não é ser educado, como muitos parecem pensar, mas ser justo 

Ainda assim, o mais bondoso é aquele que é o mais altruísta e, ao mesmo tempo, mais justo. Uma raridade...

A essência podre do capitalismo é que vale tudo por dinheiro 

Conservadores adoram culpar a falta de religião, atualmente, no mundo ocidental, pelo que chamam de "degeneração moral". Mas muito dessas mudanças culturais são culpa da influência ideológica capitalista, particularmente da ganância de lucrar em cima de qualquer oportunidade, inclusive as consideradas mais "imorais"

A degeneração moral não é exclusiva à "esquerda". Séculos de hegemonia cultural tradicionalista ou conservadora, de pobreza, desigualdades sociais, preconceitos injustos, ideologias insanas dominantes e muitas guerras não nos deixam mentir  

Conservadores são, em média, falsos coletivistas?? 

Se é fácil se dizer a favor de uma sociedade quando a sua cultura espelha o seu modo de pensar e viver

O problema de conviver com pessoas com baixas capacidades cognitivas é que também tendem a ter uma baixa inteligência emocional 

E o problema de conviver com pessoas mais inteligentes é que também tendem a ter uma inteligência emocional mais baixa do que em comparação às suas capacidades cognitivas, mas são mais implícitas nessa expressão de deficiência do que as de menor capacidade, ou mais dissimuladas 

Quem defende um malfeitor (objetivamente determinado):

- Pensa que poderia estar na mesma situação dele, que agiria igual (pura especulação)

- Pensa que somos todos literal ou absolutamente iguais e que ele merece ter os mesmos direitos (mesmo depois de provar o contrário)

- E/ou é igual a ele

Boa parte das políticas atuais da dita esquerda ocidental se baseia em chantagem emocional barata 

Tipicamente, o esquerdista busca por explicações complexas para o que é mais simples, enquanto o direitista busca por explicações simples para o que é mais complexo 

Em torno de todo líder tirano, tem uma multidão de mercenários e idiotas 

Uma maneira típica de relativizar conceitos básicos, como verdade e conhecimento, é de produzir exemplos irrealistas ou extremos, tal como situações de "escolha de Sofia"

Muitos entendem inteligência emocional com empatia, controle e carisma. Mas, a Inteligência emocional também é sentir tristeza, raiva ou timidez em momentos ou circunstâncias adequados, vezes a longo prazo ou indefinidamente

Inteligência emocional também pode ser pela opção da distância 

O mais irracional tende a se tornar mais "bonzinho" quando percebe que é oprimido e o oposto quando percebe que está mais "empoderado"

O mais racional tende a se tornar mais aguerrido quando percebe que é objetivamente oprimido, mas mais moderado quando está no poder (o que, em termos adaptativos, parece ser menos lógico)

Pais não tendem a gostar mais de um filho porque aparenta ser mais 'problemático" que os outros, mas apenas porque gostam mais, sem ter uma explicação além disso

Pais que não colocam nenhum limite adequado aos seus filhos são tão problemáticos quanto aqueles que impõem limites demais 

Pais que não percebem conflitos entre os seus filhos, especialmente conflitos que geram tratamentos injustos de uma parte à outra, também não estão mostrando excelência nesse ofício

Em relação ao conhecimento sobre o mais básico, a verdadeira filosofia é suficiente, pois não precisa da ciência e sua especialização da lógica, se basta a sua generalização. Por exemplo, quanto à crença religiosa, um filósofo legítimo não precisa do método científico para duvidar de sua veracidade

A diferença entre o mais sábio e o mais inteligente é tamanha que chega a ser comparável à diferença entre duas espécies distintas 

É quase certo de se afirmar que a maioria dos autodeclarados filósofos são uma combinação entre um artista (escritor ou poeta) e um cientista fracassados, isto é, que fracassam em ser um ou outro, de maneira genuína, e acabam se tornando um nenhum entre os dois, ao invés de buscarem ser exatamente como um filósofo, uma combinação equilibrada entre o artista emotivo ou o existencialista e o cientista analítico ou o realista

Quando você escreve muito bem, é capaz, mas também muito provável que irá preencher boa parte da sua escrita com o seu ego disfarçado 

A crença de que a França é um grande centro filosófico é um provável sintoma de pseudo intelectualismo

O relativismo cultural e o igualitarismo atraem do mais ingênuo ao mais perverso. Mas, geralmente, o tipo mais comum é uma combinação entre os dois, até por ser assim todo fanático verdadeiro 

Tão desprezível quanto os fanáticos são os falsos moderados

Indivíduos autodeclarados de esquerda ou a favor da justiça social querem acabar com todos os privilégios, supostamente... Mas a única maneira de fazê-lo seria pelo estabelecimento de uma sociedade plenamente meritocrática, ou uma intelectocracia (o meu modo ideal de sociedade, o governo dos mais sábios) 

Um perfil exemplar de irracionalidade extrema é a de um indivíduo que acredita em Deus, Marx e Lamarck ao mesmo tempo

Acreditar que o capitalismo é um modelo ideal de meritocracia é outro sintoma 

A doutrinação ideológica (ao contrário da educação/filosofia) é uma sistematização da falácia da evidência suprimida 

Se o coletivismo é o sacrifício do indivíduo pelo "bem da sociedade", o individualismo é o sacrifício da sociedade pelo "bem do indivíduo"?

Eu já disse em outros textos ou pensamentos que a religião, assim como a ideologia, é uma forma de auto terapia mais intuitiva. No entanto, também posso dizer que essa auto terapia é um tipo de mascaramento do transtorno que deveria ser corretamente tratado. Tal como de, ao invés de dizer a uma pessoa com transtorno psicótico que os seus pensamentos delirantes são delirantes, de concordar com a realidade ou parte da realidade que ela resolveu distorcer para acomodar suas questões pessoais divorciadas dos fatos

terça-feira, 11 de julho de 2023

Voce padece da síndrome de Pippa Bacca??

 Pippa Bacca foi uma artista italiana que peregrinou pelo Oriente Médio, vestida de noiva ocidental, para promover a "paz mundial", mas, infelizmente, acabou estuprada e morta na Turquia por um grupo de "homens" do islã. Pois não pense que ela é a única que sofre desse transtorno de irracionalidade, de colocar seus nobres sentimentos na frente dos fatos, até porque você pode ser como Pippa, mais um iludido e ingênuo que acredita na universalidade da bondade humana e/ou que as diferenças entre grupos e indivíduos humanos são totalmente superficiais, meros produtos do meio cultural e social em que se encontram. Então, mesmo que você não saia por aí vestido a caráter, se arriscando tal como a Pippa, você pode, assim como ela, estar acreditando nessas mesmas crenças radicais e pseudocientíficas, e defendendo pautas políticas baseadas nelas, tal como o multiculturalismo e a abolição da polícia. Em outras palavras, pode estar se guiando por falácias ou pensamentos equivocados e, se não tiver sorte, acabar se metendo em graves problemas, de até terminar tragicamente, como a nossa Pippa. 


terça-feira, 25 de abril de 2023

Sobre a "Cleópatra da Netflix"

 A Cleópatra, particularmente a mais famosa das Cleópatras, era grega, nascida no Egito. E retratá-la como uma mulher negra  não tem nada a ver com justiça social. Pelo contrário, tem a ver com apropriação ou distorção étnica para fins político-propagandísticos e, assim, continuar alimentando o "dividir para conquistar", ou controlar, de continuar colocando mais lenha na fogueira da polarização ideológica.


Esse não é o único exemplo de trabalho artístico com tema histórico que autodeclarados  "de esquerda" ou "progressistas" têm adulterado para favorecer suas narrativas...

terça-feira, 18 de abril de 2023

Uma certa praga...

(É sempre MUITO desgostoso, para mim, criticar as esquerdas, assim, tão abertamente, mas algum progressista precisa se oferecer ao sacrifício, de agir como o "advogado do diabo", de arriscar perder amigos ou ganhar inimigos, de dizer o que precisa ser dito, discutido e, se possível, começar a ser corrigido ou melhorado. Pois se você se identificou com todos os traços ou tiques, está no seu direito de sentir-se ofendido. Mas espero que esse texto abra a sua mente. Aliás, eu também posso me considerar como um da espécie se é quase impossível não entrar em contradição, frequentemente, entre o que se fala e o que se pratica, sendo um progressista inserido dentro de um contexto de hegemonia capitalista).  


A praga dos "alecrins dourados"


Eles não acreditam que existe o certo e o errado. Mas têm certeza que estão mais certos que os outros.

Eles afirmam que a verdade é apenas subjetiva e a moralidade apenas relativa. Mas querem impor as suas. 

Eles dizem que defendem a ciência. Mas não acreditam em objetividade e até a acusam de ser "ocidental" e "positivista".

Eles pensam que são os que mais entendem sobre filosofia. Mas a trocam por discursos fáceis e bonitos, como fazem os sofistas.

Acusam os outros de serem irracionais. Mas, com frequência, usam falácias lógicas em seus argumentos, e têm dificuldade para distinguir pseudo ciência da verdadeira, ideologia/política de teoria científica. 

Dizem que são contra as desigualdades, mas fazem pouco ou nada para combatê-las dentro de suas esferas pessoais, mesmo ou especialmente quando têm recursos para alcançar esse objetivo.

Se dizem a favor do meio ambiente, mas muitos são consumistas natos, ao invés de adotarem o minimalismo.

Dizem que são contra preconceitos, mas estão sempre praticando os seus. 

Dizem que são anti racistas, que raças humanas não existem. Mas vêem raça em tudo; odeiam brancos e amam pretos.

Se dizem críticos do capitalismo, mas têm muitos que adoram dinheiro.

Acusam os outros de adorarem mitos, mas eles também têm os seus ídolos intocáveis e "perfeitos".

Acreditam que basta apoiar certos partidos e/ou votar em certos políticos, nas próximas eleições.

Suas empatias se limitam mais à pregação do que às suas ações.

Se dizem a favor do respeito e da tolerância, mas são muito intolerantes com quem pensa diferente, mesmo se a discordância não for significativa.

Dizem que são a favor da democracia, mas não sabem lidar com opiniões destoantes. 

Dizem que uma opinião é apenas uma opinião. Mas então... sempre tem uma contradição adiante.

Dizem que estão cheios de incertezas. Mas estão sempre falando sobre suas certezas absolutas.

Dizem que a arte é subjetiva, mas estão sempre querendo impor suas preferências. 

Lhes parece impossível evitar a hipocrisia, se parece que lutam contra a coerência. Mas, absolutamente, não são os únicos.

Se pensam acima do bem e do mal. 

Confundem o neutro com o imparcial, o complexo com o confuso. 

Reduzem a complexidade de um contexto a uma lista de adjetivos ofensivos.

São alecrins dourados ou papagaios??

Ingênuos como Pippa Bacca ou espertos como certos milionários?? 

Refletem sem refletir. Julgam sem saber. Criticam os outros e pouco a si mesmos. Falam mais do que sabem e mais sobre o que distorcem. Afinal, o que querem ou por quê??

Vaidade? Conformismo? Baixa autoconsciência? Comunismo??

Um pouco de tudo, de tudo um pouco.


Eu acredito que a maioria realmente deseja um mundo melhor, que suas boas intenções são genuínas. Mas disto, o inferno está sempre cheio. Não bastam discursos vazios ou sentimentos puros, sem o bom senso da sabedoria. Não adianta serem moderados sem ter ponderação, se é mais um extremismo ideológico, mais um exemplo de doutrinação, e não de educação legítima.

Poderiam ser mais um grupo marginalizado, porém ousado e opinativo. Mas, muito pelo contrário, eles já estão em todo lugar. Nas aulas de filosofia, de história e geografia, de biologia, nas universidades, nos mundos artístico e político, na sua sala de estar. Já derreteram as esquerdas por dentro. Agora, acreditam que seu raciocínio é exemplar. Mas não adianta, é preciso aceitar que não estamos certos sobre tudo. Não adianta acertarmos o diagnóstico e errarmos no tratamento. Não adianta identificar a doença e se limitar aos sintomas, ou pior, aplicando remédios que pioram o quadro ao invés de abrandar. Não adianta acertar na essência e quanto ao resto se equivocar. Porque não adianta acertar apenas a metade ou adulterar fatos inconvenientes. Eles só desaparecerão de suas mentes. Não tem como lutar pela justiça, se agarrando à mentiras supostamente empáticas.  Mas as esquerdas têm ido longe demais. Tão longe que abriram espaço para o avanço da extrema direita, enquanto discutem sobre o sexo dos anjos em cima de nuvens abstratas. Ter um exército de alecrins dourados, sempre prontos para censurar ao invés de educar, para escutar e aprender e não apenas para ensinar, e praticar; para xingar ao invés de sempre tentar o diálogo, só ajuda os inimigos da verdadeira justiça social. Mas essa praga já se tornou uma epidemia mundial. 

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2023

Sobre zumbificação e doutrinação ideológica ou cultural

Estou acompanhando a série The Last of Us (O último de nós), da HBO, baseada em um jogo de vídeo game de mesmo nome, que se trata de um cenário apocalíptico em que a espécie humana é acometida por uma pandemia de infecção por fungos da espécie cordyceps que parasitam a mente do hospedeiro e o transforma em um zumbi, e que teriam evoluído para nos atacar. Essa espécie existe no meio natural, mas, felizmente, para nós, suas vítimas são insetos e outros artrópodes. Então, depois de ter assistido o primeiro episódio, no outro dia, eu vi um vídeo da National Geographic, pelo YouTube, sobre o mesmo tópico, em que mostra como esse fungo parasita e mata a sua vítima, primeiramente inundando o seu cérebro com substâncias alucinógenas* que a impede de perceber sua presença e, portanto, que se transformou em uma zumbi que obedece apenas às ações do invasor, até o momento em que é devorada e morta por ele. 

* Atualização: Eu vi um outro vídeo, mais recente, que mostra um estudo sobre o mecanismo desse tipo de parasitismo e que descobriu que o fungo da espécie cordyceps surpreendentemente não ataca e controla o cérebro da vítima (geralmente uma formiga), mas os seus músculos, sugerindo que ela experimente uma sensação de estar presa em seu próprio corpo a partir dessa infecção (coitada!). 

Pois, pelo menos para mim, se tornou inevitável não fazer uma comparação metafórica com a doutrinação ideológica ou cultural que acomete a maioria de nós, humanos, se também se baseia em uma (auto) lavagem cerebral que resulta na adoção de crenças falaciosas ou delirantes, que não correspondem plenamente com a verdade, e que ainda podem fazer muito mal ao indivíduo "infectado" e/ou aos outros indivíduos, justamente por desvirtuá-lo do caminho da verdade ou da sensatez, de fazê-lo acreditar no que não é real. Então, tal como acontece com a zumbificação promovida por essa espécie de fungo, uma doutrinação ideológica ou cultural seria tal como uma substância alucinógena, transmitida pelo elemento invasor, isto é, por aqueles que a criaram ou que mais se beneficiam dela, que infecta a mente e impede que o "infectado" perceba que não está pensando por si mesmo, mas estritamente de acordo com a ideologia que "adotou'. Isto é, ao invés de perceber que o céu está azul, ele precisa que sua ideologia confirme que o céu está azul ou, então, se ela nega essa verdade, ele acredita com convicção, ao invés de observar por si mesmo, de buscar pela imparcialidade dos fatos. Enfim, ele não percebe que foi zumbificado por uma ou mais ideologias, pois acredita que suas crenças sempre expressam verdades incontestáveis e não que muitas se consistem em interpretações distorcidas dos fatos.

Dois exemplos de "zumbificação", a crença na igualdade absoluta dos seres humanos ou na tábula rasa, de que a maioria de nós nasce exatamente com os mesmos potenciais e que apenas as condições do meio que influenciam nos nossos desenvolvimentos e comportamentos, e a crença religiosa, de que existe Deus e vida após à morte. A primeira crença pode transformar seu portador em uma presa fácil a predadores e parasitas humanos. Já a segunda pode fazê-lo postergar viver a vida todos os dias, com mais entusiasmo e intensidade,  pois o faz acreditar que haverá uma continuidade eterna da mesma após à morte e que deve ser obediente ao seu "criador".

* Lembrando que uma doutrinação sobre certa ideologia ou cultura não é o mesmo que educação, se a primeira é mais como um fanatismo ou uma adoção radicalmente acrítica de um sistema de crenças e práticas e a segunda é a sua compreensão mais imparcial possível (imparcial não é o mesmo que neutro/a).

segunda-feira, 30 de janeiro de 2023

''Como as pessoas podem se educar e se engajar para combater o racismo?''

 Se o conceito de racismo fosse aplicado de maneira correta, a grande maioria o combateria. Mas se tratando dessa "esquerda" que adora Paris…

Disse bem, as pessoas precisariam se EDUCAR, que não é o mesmo que se DOUTRINAR, sobre racismo. Primeiramente, se educariam sobre o conceito de racismo: qualquer generalização de causalidade que é determinada para um grupo racial ou étnico. Por exemplo, de afirmar que "todo italiano é mafioso" ou uma variação mais implícita "O povo italiano é mafioso" (todo italiano está subentendido).

Eu até poderia mostrar que também existe o "racismo positivo", que pode não ser tão problemático quanto o "negativo", mas ainda se expressa como tal, por exemplo, de afirmar que "todo italiano é simpático".

Segundo, entenderiam que, observar ou perceber relações correlativas, geralmente um tipo de correlação mais interseccional do que apenas paralela, entre raça ou etnia e comportamentos, e que ainda pode ter uma causa mais intrínseca ou evolutiva do que apenas ser um produto do meio, não é racismo e, independente se isso ferir o politicamente correto vigente, de esquerda, isto é, de ser considerado uma "verdade inconveniente", tal como por exemplo, de se perceber que " existe uma desproporção de homens negros e pardos em penitenciárias em relação à sua população total" ou também de que "há uma desproporção de descendentes de orientais nas universidades públicas em relação à sua população total". Em ambos, não há qualquer afirmação de causalidade entre fenótipo racial e tendências comportamentais "pele escura causa comportamento violento", que se configuraria de maneira legítima como racismo.

Terceiro, se as pessoas se educarem que qualquer grupo racial pode sofrer ou praticar racismo se se consiste em um comportamento universal, um tipo de tribalismo. Isso significa que, brancos podem sofrer racismo e negros podem praticá-lo, por exemplo e, ao contrário do que prega a doutrinação de esquerda sobre racismo.

Quarto, deveriam aprender a diferenciar gosto ou preferência pessoal de racismo, porque definitivamente não é todo mundo que não tem preferência racial, por exemplo, para a "escolha' de parceiro ou parceira.

Quinto, aceitar que, por mais horrendas as ofensas racistas possam ser ou parecer , ainda é preciso que os contextos específicos em que acontecem sejam analisados antes de se fazer julgamentos, porque não é sempre que o ofendido tem razão.

Sexto, que muito dos conflitos raciais ou étnicos acontecem mais por razões culturais ou comportamentais: diferenças médias de personalidade ou crenças, e de gênero, se a maioria desses conflitos bem como de qualquer outro tem uma desproporção de homens heterossexuais como protagonistas.

Acho até que, além daqueles indivíduos que estão mais propensos a cultivar crenças classicamente racistas em que há um evidente estabelecimento de uma generalização de causalidade entre fenótipo étnico-racial e tendências comportamentais, muitos dos que se declaram como "'anti-racistas" também deveriam se educar ou melhor, se desdoutrinar primeiro para então aprender sobre esse tema, já que graças à doutrinação que adotaram, tendem a distorcer seu reconhecimento e aplicação mais justos, por exemplo, de considerarem o racismo contra brancos impossível e que negros só podem ser racistas se forem consigo mesmos, porque enquadram todo branco como membro de um grupo historicamente opressor e todo negro como membro de um grupo historicamente oprimido… uma espécie de falácia em que a baixa incidência de um em relação ao outro é imediatamente considerado como inexistente, e também pelo equívoco de determinar categorias fixas e mono-identitárias dentro da dinâmica das relações humanas ao invés de apenas perceberem a sua realidade, em que um indivíduo humano não é apenas a sua raça e que, a priori, ele não pode ser culpado por crimes cometidos por outros, no tempo presente ou em outras épocas, apenas porque compartilham uma mesma identidade ou alguma vaga macro ancestralidade, tal como o filho de um criminoso não pode ser culpado pelos crimes do seu pai, apenas se ele mesmo cometer crimes objetivamente definidos.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2023

"Não confundam povo com governo"

 Dizem muitos "YouTubers" russos, refugiados na Geórgia, tentando aliviar boa parte da culpa ou responsabilidade do seu povo, incluindo parentes e amigos, pelo apoio ao governo cruel de Vladimir Putin. Mas não se limita à Rússia, porque em qualquer país esse mesmo discurso costuma ser muito popular. Porém, é inevitável concluir que, pelo menos uma parte do povo é sempre culpado ou responsável pelo governo que tem...


Como eu já comentei em outro texto, existem níveis de comprometimento ou envolvimento pessoal com tiranias, desde os que, apesar de se tornarem conscientes sobre a natureza moralmente problemática do governo do seu país, se percebem impotentes ou incapazes de se rebelar, passando a focar na própria sobrevivência (isso inclui nossas "democracias' capitalistas ou "moneycracias"), até os que atuam como os seus colaboradores passivos, se porque o apoiam ou por estarem indiferentes à situação. Basicamente: impotência, conivência e indiferença, desprezando os que se revoltam e os que colaboram ativamente. 

Então, entre os que não se rebelam contra déspotas, aqueles que se encontram ou se percebem em uma situação de impotência, são os mais perdoáveis, porque pelo menos continuam conscientes do que de errado acontece e podem apoiar revoltas populares legítimas, quando surge uma abertura nessa direção.   

E não importa se o apoio individual a um governo tirano acontece por falta explícita de caráter ou por doutrinação ideológica, porque o resultado é o mesmo: uma incapacidade de discernimento moral básico, de discernir o que é justo do que é injusto ou o que é ponderado do que é cruel (excessivo, desnecessário, falacioso...).

Mas diferente do que tem acontecido no Irã em que muitos, mas não todos, têm saído às ruas para pedir pelo fim do governo teocrático vigente, dos Aiatolás, uma minoria da população russa tem protestado publicamente, se parece que a maioria apoiou a invasão russa à Geórgia em 2008, à Crimeia (na Ucrânia) em 2014 e continua a apoiar a guerra com a Ucrânia em 2022, as políticas contra os direitos humanos dentro do próprio país, etc...

segunda-feira, 26 de dezembro de 2022

Parábola filosófica do Show de Truman: os jogadores ou atores e os mais despertos

 Alienação versus filosofia


Show de Truman é um filme estadunidense de ficção dos anos 90 que se baseia em um "reality show" de sucesso global cujo seu maior protagonista, Truman Burbank (Jim Carrey), está totalmente inconsciente disso, pois nasceu e viveu toda sua vida na cidade fictícia de New Heaven, junto com um elenco de atores, incluindo seus próprios pais, esposa e amigos. Então, ao longo do tempo, Truman, já adulto, casado e socialmente ajustado, vai despertando para a realidade, percebendo que algo muito estranho acontece, especialmente pela ocorrência de supostas coincidências, desde a percepção de padrões bizarros de sincronização do trânsito até às suas tentativas de sair de New Heaven, sempre frustradas com incidentes aparecendo "do nada" (criados pelo programa para impedí-lo). Vai percebendo que o mundo em que vive é baseado em mentiras, seu casamento, a cidade onde vive desde que nasceu... 

Não é à toa que ele se chama Truman, uma diminuição de "true man" ou homem verdadeiro, se ele é o único do "reality show" que não é um ator fazendo um personagem, que é uma pessoa de verdade. 

Pois Show de Truman não é apenas um filme de crítica aos "reality shows" que, aliás, se tornaram febre a partir dos anos 2000, porque também pode ser usado como parábola filosófica ao que acontece na vida real e, diga-se, de maneira muito profunda: a própria cultura humana e, claro, incluindo a ideologia que lhe é praticamente um sinônimo. 

Mas como?? 

Bem, toda cultura, até por nunca ter existido uma cultura essencialmente baseada em conhecimentos, evidências concretas ou pensamento lógico-racional, mais se assemelha a esse reality show, à cidade fictícia de New Heaven e seu elenco de atores. Aliás, poderia ser considerada o "reality show" original, por se constituir como um perímetro delimitado de valores e crenças em que todos os que vivem dentro dele são doutrinados, desde a infância, tal como o Truman, a se comportar de acordo com esses valores e crenças, proibidos de questioná-los, tratando-os como a única realidade possível, e sendo vigiados por aqueles que os dominam. Então, inconscientemente, aderem aos papéis que lhes são impostos e, ao invés de viverem de acordo com suas próprias essências ou, pela essência de tudo, que é a verdade, vivem como atores de uma peça de teatro ou como peças de um jogo, como jogadores, adotando suas identidades forjadas com naturalidade, sem saberem, acreditando que não existe outra realidade. Só que não são todos que passam uma vida conformados ao que lhes é determinado como incontestável, porque existe uma minoria que, se por ter uma natureza mais contestadora e/ou por exclusão social, desperta aos poucos ou abruptamente, parcial ou significativamente, tal como Truman Burbank, às inconsistências da realidade (a sincronização de comportamentos ou comportamento de manada, por exemplo), da cultura ou ideologias às quais está submetida, saindo do seu mundo fictício de mitos e entrando no mundo da "hiperrealidade", meu conceito de "mundo real", de fatos ou verdades de todos os tipos e perspectivas. 

São poucos que se tornam "Truman" ou "essencialmente verdadeiros" (essencialistas), não apenas em termos de autenticidade de identidade mas também como buscadores e defensores absolutos da verdade objetiva e imparcial. São poucos os que percebem que culturas humanas e suas ideologias não passam de "reality shows", de imitações imperfeitas da realidade e que o mundo real "está lá fora".