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quarta-feira, 13 de novembro de 2019

Fatos, justiça social e sabedoria

Resultado de imagem para revolução russa

Fonte: https://www12.senado.leg.br/noticias/especiais/arquivo-s/deflagrada-ha-100-anos-revolucao-russa-tambem-mudou-o-brasil/ARQUIVO_S_01_____01C.jpg/@@images/image/imagem_materia

Fatos, justiça social e sabedoria

Era uma vez um país extremamente desigual, um resquício feudal de dimensões continentais, onde o Ocidente e o Oriente se encontram e se confundem, em que um grupo crescente de pessoas passou a acumular fatos justamente sobre as injustiças que estavam a ser cometidas pelas elites em relação ao povo. Abraçaram uma ideologia formada a partir de ideais de sabedoria, ancorados pela revolução francesa (antes de se transformar em carnificina). Jovens com oratória enérgica, carismática e genial, apareceram. De um movimento de intelectuais, artistas, da juventude letrada, chegando às fábricas e campos. O povo não aguentava mais tanta exploração. Ver uma minoria extremamente rica, egoísta, enfim, parasitária, agir com tanto desprezo e crueldade. Estourou a revolta dos oprimidos, dos injustiçados. A velha elite, de tradição conservadora e feudalismo monárquico, caiu. Nem as filhas adolescentes da família real foram poupadas. Nem o caçula hemofílico. Levantou-se a promessa de um governo composto por gente comum, de ser o próprio povo. Novos desdobramentos. E, ao invés de um horizonte democrático, igualitário, o que se percebeu foram nuvens grossas, de chumbo, tirania, ódio, perpetrados justamente por aqueles que juraram acabar com esse ciclo. Um mito tomou o lugar do outro, e o mesmo direito divino. Uma nova monarquia, disfarçada de povo, de consenso democrático. Aqueles que se opuseram à nova ordem e que haviam segurado as mesmas bandeiras também não escaparam do desejo implacável de sangue de um torturador tirano, de um homem tóxico. Aliás, a masculinidade tóxica sempre esteve presente por aquelas terras longínquas. O ar que se respira por lá, já convida ao desequilíbrio da mente masculina. Melhorias ao povo se sucederam. Sem precedentes na história daquele país. Agora, uma união de várias repúblicas engolidas pela hegemonia de uma mãe super "protetora". Mas, sem democracia, sem a voz do povo, sendo tratado como o mesmo "gado", de quando eram súditos miseráveis de príncipes bem vestidos. Falam de atrocidades, de gulags e Holodomor. Veio a segunda guerra mundial, a segunda comprovação massiva de irracionalidade, da raça que tinha o  mundo como uma taça em suas mãos brancas, com veias azuladas. Falam de soldados, antes, meros camponeses, empurrados pra morte certa, visando conter a todo custo, outro desabrochar da rosa destrutiva da masculinidade tóxica. Se reconstruiu, depois da "estoica' vitória, sem plano Marshall. O demônio morreu. O país ficou um pouco menos tirano, ainda um enorme engodo. A chantagem de, ajudar e esperar como resposta ou gratidão o silêncio. Mandou uma cachorrinha morrer no espaço, enquanto comemoravam. Quem liga?? Senhoras de meia idade, "bichas sensíveis" como eu. Saiu à frente do colosso capitalista, do outro lado do Atlântico. Eu poderia continuar até à perestroika e à glasnost e depois ao fim da URSS, e ao começo de uma nova e velha Rússia, do mesmo tormento, que também nos afeta aqui no sul do mundo, os mesmos homens tóxicos, suas autoconsciências mudas, suas bonecas infláveis ou mulheres que louvam o pior do ser humano.

Este é um exemplo de, apesar de minha instintiva incapacidade de escrever, científica ou academicamente, apenas seguir fatos, já ser o suficiente para concluir que a justiça e a injustiça social não são exclusividades de um lado, mesmo sabendo que um deles sempre defende os mais privilegiados. E de mostrar como que a sabedoria se alinha perfeitamente com a exposição apenas factual dos eventos históricos, sem nenhum teor ideológico...

quarta-feira, 14 de março de 2018

Qi e as características qualitativas da inteligência

[intra, inter-pessoal, extra-pessoal .. para os 3 exemplo, analisador intra-pessoal, inter-pessoal, extra-pessoal...]

Analisador, manipulador/criador, memorizador

QI: Memorizador (a característica que mais mensura/compara):


++ 

Analisador (superficialmente/sem contexto com mundo real ou heurística -- compreensão factual + filosofia*):


neutro ou + - 

Manipulador/criador (apenas se correlaciona ainda que existam testes de pensamento divergente)




[aquela ''comparação ishpêrta]




* heurística/equivalente ao papel ideal da ciência (busca pela compreensão da realidade via verdade)

Fatos: O que é?

Filosofia//ética (transformação dos fatos encontrados em valores preferencialmente de modo ideal ou fulminantemente existencialista) 

Valores: O que fazer com ele?

quinta-feira, 8 de março de 2018

Os mais domesticados....

... internalizam comandos acreditando que são fatos,

Os mais instintivos internalizam auto-comandos acreditando que são fatos,

Os mais sábios internalizam fatos essenciais, e apreendem ao longo da vida que, comandos são comandos e auto-comandos também são a si mesmos, a priore...

No entanto auto-comandos e comandos, em si mesmos, também são fatos, indiretos a equivocados em termos de conteúdo, completos em relação às suas natureza, se comparados aos fatos mais essenciais, porque expressam as respectivas condições perceptivo-existenciais dos seus agentes causadores e seguidores...

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

Se já não falei: fatos e valores, completos, ... e incompletos a factoides

Fato completo: todo fato especialmente o mais complexo apresenta muitas dimensões ou intersecções com outros fatos tal como uma composição ou mesmo um sistema de si mesmo. O ponto principal de um fato é a sua origem ou essência, o seu ''fator g'', o aspecto essencial, isto é, que está onipresente.

Fato parcialmente completo ou incompleto: tomada insuficiente de algumas dimensões de um fato, tratando-as como se representassem o todo de sua superfície ou mesmo de sua totalidade mais visível.

Factoide: transformação de uma dimensão ou algumas dimensões preferencialmente periféricas de um fato em sua totalidade, novamente, como se ''a metade representasse um inteiro'' e com agravantes tal como as confusões de causa/efeito, correlação/causalidade, fato/valor [realidade/sentimento].

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

Ciência: busca por fatos, principalmente. Filosofia: por valores, principalmente. Arte: busca representa-los, principalmente... em condições normais de temperatura e pressão...

Fatos & == valores [mister obvio...]

Muitas pessoas tendem a confundir um com o outro, tal como confundir correlação com causalidade. E também ou especialmente, a escolher pelo lado ou ângulo do fato que melhor lhe apetece, resultando em um factoide, um fato incompleto/pré fato que é tomado como se representasse a sua totalidade [aquilo que tenho comentado, parcial sendo tomado como total], que eu já tentei explicar em um texto longínquo comparando os diferentes pontos de vistas entre os discrepantes grupos ideológicos.

domingo, 4 de fevereiro de 2018

Red pilhados estão certos quanto ao "fatos não se interessam pelos seus sentimentos"... mas...

Porque somos nós quem criamos ética ou valores, isto é, mesclamos fatos aos nossos valores, correta ou incorretamente, então inevitavelmente somos nós que manipulamos os fatos, fazemos com que os nossos sentimentos façam ser ouvidos, correta ou incorretamente...

Se todo valor é aquilo que pretendemos ou que fazemos com um fato, então é inevitável a apropriação sentimental de nossa parte, se a emoção é um método de auto-avaliação quanto ao fato, sem falar na ética, que com grande e inaceitável frequência é: mal usada ou menos usada... 

segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

Essencialismo em termos de valores e em termos de fatos

E partindo desta subdivisão esperada pode-se pensar se não haverão dois tipos de (predominantemente) essencialistas: os mais afetivos e os mais cognitivos, claro, sem falar das composições individuais 

Os afetivamente essencialistas: artistas; filósofos

Os mais cognitivamente essencialistas: cientistas; filósofos

quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

Pensamento holístico (causa/ produto) e detalhista (processo/efeito). Por que nos aspectos impessoais os homens tendem a ser mais racionalmente inteligentes??

Porque os homens tendem a ser mais holísticos do que as mulheres e este tipo de pensamento também tende a resultar em maior realismo e objetividade, caminhando para uma mentalidade mais naturalista e portanto espectralmente amoral do que mais culturalista/moralidade subjetiva ou objetiva.

Holístico ou também ''pessoalmente afastado'', que vê a imagem maior, e portanto exige maior distância emocional por parte do observador.

Holístico//científico = que busca pela origem, pela causa, já que é mais fácil, em média, capturar os seus efeitos, que aliás, como eu já comentei, tendemos a conviver com grande frequência.

NO ENTANTO, em termos de VALORES, em que existe a necessidade de uma espécie de análise detalhista mais interpessoal ou intimista, as mulheres parecem ser melhores.

Portanto em termos de FATOS HOLÍSTICOS [e DETALHISTAS], o homem tende a ser melhor do que a mulher [típica] enquanto que em termos de VALORES HOLÍSTICOS [ESSENCIALISTAS*] (e DETALHISTAS] a mulher tende a ser melhor//mais perceptiva do que o homem [típico].

quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

Pensamento binário ou, do caçador Re-falando de modo um pouco diferente

Pensamento binário

''Caçador''/provedor

"Tipicamente masculino';
"Holístico"/realista;
Fatos;
Extremista: reduz o algoz a um estado de extrema "desumanização" 

Modo de pensar talhado para a competição pois super enfatiza as diferenças 

"Psychological competition confounding" ;)

Pensamento não-binário 

"Coletor"/ procriadora


"Tipicamente feminino";
Socialmente detalhista;
Valores; 
Apaziguador: ênfase nas semelhanças. Processo constante de espelhamento ao próximo buscando estabelecer relações de reciprocidade. Em excesso pode resultar em uma empatia receptiva//benigna errante.

"Psychological cooperation confounding"


segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

A moralidade objetiva é a moralidade ou raciocínio existencial (cognitivo-moral ou comportamental) purificado das macro cadeias culturais de domesticação humana...

Em que, ao invés de intermediadores superficiais ou mais naturais, tal como o instinto pré-auto-analisado, o ser humano percebe e interpreta a realidade moral em que vive de acordo com o seu alcance perceptivo e da maneira mais completa e objetivamente pura possível.

Neste caso novamente precisamos diferenciar a moralidade subjetiva (deus disse que é assim que tem ser) da pseudo-amoralidade ou pseudo-niilismo moral pessoal, mais diretamente embebido de instinto e lógica do que de razão. Ou, àqueles que atribuem (ou culpam/justificam) as suas opiniões e atitudes moralmente e psico-cognitivamente incompletas, aos signos culturais que seguem, talvez possam ser tipos intermediários que, sentem vergonha de suas insensibilidades e buscam por meio de "sinalização de virtudes", religiosas ou ideológicas, justificarem as suas, praticamente, intratáveis capacidades para realizarem conjugações simples, que inevitavelmente terão como resultado mais correto o julgamento sábio, tendo como finalidade a verdadeira luz da razão, o espelhar perfeito tanto em relação aos fatos quanto em relação aos valores, que são àquilo que fazemos com os fatos.


Portanto, depois do instinto ''natural', quase sempre embebido por um ímpeto de combatividade intrínseca [visando à sobrevivência], e antes da domesticação, que nada mais seria que o deslocamento do instinto ''natural' para o ''modo social'', se encontraria a moralidade objetiva, com base em um processo de completude e/ou idealidade perceptiva, basicamente a sabedoria. Entre a amoralidade//imoralidade que define a cadeia alimentar não-domesticada, e a moralidade subjetiva ou incompleta.

sábado, 23 de dezembro de 2017

Da insensibilidade à sensibilidade. Compreensão factual/hipo compreensão moral à compreensão moral/hipo compreensão factual

Quem enfatiza excessivamente por fatos e não por suas implicações morais até àquele vai pelo caminho oposto...

E claro, a sabedoria bem no meio deste espectro...

Aquilo que já comentei, sobre a desgraçada vantagem do psicopata//sociopata. Enfim, repeteco, uma constante neste blogue...

segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Superdotado cognitivo= busca por fatos; superdotado psicológico = busca por valores (fatos morais)

Partindo do pressuposto que toda ação humana não-predatória/não-parasitária (não-hiper egoísta) vise a idealidade do mutualismo... da mesma maneira que a ciência busca pela verdade dos fatos, a filosofia encarregaria de buscar pela verdade dos fatos pessoais e interpessoais, transformados em valores, em pré-definições de operacionalidades ou comportamentos. Tal como uma espécie de engenharia perfeccionista do pensamento e do comportamento, que, tal como a engenharia civil, que busca construir prédios perfeitos em suas sustentações e funcionalidades, isto é, tendo-as como idealidades, o mesmo aconteceria com a filosofia, diga-se, a mesma, em sua centralidade conceitual, em seu núcleo prático. 

sábado, 28 de outubro de 2017

Fatos brutos .... fatos morais/fatos manipulados

Fatos brutos/encontrados/existentes: equilíbrio bruto [todos os fatos tem como aspecto essencial o seu equilíbrio/ lógica física essencial ... se não, não existiriam].

Fatos morais/manipulados/esteticamente julgados: equilíbrio dilapidado de modo egoísta, localizado/incompleto ou completo/maximização do equilíbrio//sabedoria.

segunda-feira, 8 de maio de 2017

''Os'' autistas raramente mentem...

Mentira consciente e subconsciente...

Mais um mito ou generalização histriônica do autismo e suas diferenças em relação aos que estão ''fora do espectro'.

''Os' autistas raramente mentem, não sabem mentir, estão sempre em busca da verdade dos fatos''

errr...

Só que não, especialmente se a maioria deles é composta por (((esquerdistas))) ou adjacentes, com graves sequelas nas faculdades mentais mais essenciais do cérebro humano. 

Aí nós temos a mentira consciente e a mentira subconsciente.

Primeiro precisamos entender um pouquinho sobre a natureza da mentira, o que é a mentira, se não a falta com a verdade* Mas aí então temos outro ''probleminha'', o conceito de verdade. Ou nem tanto, basta associarmos a verdade aos fatos. Os fatos são tudo aquilo que existe, que foi criado, até mais do que apenas ''aquilo que faz sentido'', não basta fazer sentido, tem de ser o sentido e ser sentido, percebido e de maneira supra-adequadamente correta ou, simplesmente falando, factual. 

A mentira consciente revela que, aquele que a espalha, sabe que se consiste na inverdade dos fatos. A mentira subconsciente, que muitas, se não na maioria das vezes, mescla-se promiscuamente com a ignorância e com a estupidez [não apenas a moral, como no caso da mentira consciente] mostra que, aquele que a espalha, não sabe que está mentindo ou faltando com a verdade, justamente por acreditar que está factualmente correto. 

A maioria dos esquerdistas, pelo que parece, realmente acreditam, isto é, são parcialmente idealistas, em relação às suas crenças ideológicas.  E em partes, eles não estão errados. Algumas de suas crenças estão parcialmente factuais ou corretas [raça é uma construção social], outras estão erradas/contraditórias desde a raiz [aborto deve ser totalmente liberado/ as crianças devem ter o direito de mudar de sexo/ os ''menores de idade'' não podem ser punidos por seus crimes] enquanto que outras estão corretas em suas raízes, mas foram/tem sido desenvolvidas de maneira [propositalmente*] confusa [não existem diferenças significativas entre os cérebros do homem e da mulher].

Da mesma maneira nós também temos, pelo que parece, uma maioria [a nível neurotípico] de autistas que desenvolvem os mesmos sistemas de crenças parcialmente corretos e portanto parcialmente incorretos. Se os autistas, em média, apresentam disposições psico-cognitivas que os tornam incapazes de ''mentir de maneira consciente'' [especialmente os autistas mais característicos e com menor proporção individual de comorbidades ou mesclas com outras desordens ou ''ordens'/amalgamentos] então, pelo que parece, o farão e o fazem a nível subconsciente, comprando, ''tal como um neurotípico irracional'', toda sorte de ideias em termos de qualidade factual. 

Podem, em média, não entender o mecanismo da mentira, mas também parece que não entendem o mecanismo da incompreensão factual tomada como compreensão, isto é, na mentira subconsciente, faltando com a verdade dos fatos, sem saber.




domingo, 2 de abril de 2017

Arte - filosofia - ciência: Níveis de existencialismo

A arte não é apenas a mais existencialista, porque se consiste na mais pura manifestação da perspectiva existencialista, diretamente relacionada com os sentidos e íntima com o realismo existencial, de finitude da [própria] vida, de espanto aos mistérios do universo/da existência e de consciência estética ou simetria [caracteristicamente localizada, no caso das artes]

A arte fomenta-se ou centraliza-se no valor das emoções e não necessariamente no padrão dos fatos [ e em sua compreensão factual ]

A filosofia, como eu já falei algumas vezes, encontrar-se-á no meio deste espectro, entre as artes e a[s] ciência[s], porque baseia-se tanto na ''frieza'' dos fatos quanto na ''quentura'' dos valores, que resultam nas/das reações emocionais [aos padrões que são capturados]. O valor que damos a um fato, como eu já falei, desencadeia uma reação emocional, de avaliação subjetivamente estética [mas que também pode ser mais objetivamente estética, dependendo do indivíduo] em relação ao primeiro. A filosofia, como a ciência ou a arte do pensamento perfeito/completo, a priore, em condições ideais de temperatura e pressão, precisa tanto dos padrões, em que a ciência se centraliza, quanto dos valores, em que as artes se centralizam, para que possa entender de maneira [uber] holística a [macro] realidade / mas também, se possível, aproximando-se dos detalhes. 

A ciência, por sua vez, se consiste no oposto das artes, neste aspecto, por centralizar-se nos padrões e não nos valores que lhes apregoamos, ou emoção. Neste sentido a ciência será a menos existencialista, por não vivenciar esta perspectiva emocional/existencial tal como as artes fazem, e de maneira mais do que característica ou descritiva. A ciência pára e se especializa no princípio do pensamento, no reconhecimento de padrões, e secundariza em importância a reação emocional ou atribuição de valores aos padrões. A ciência, que tem como padrão ideal a neutralidade, reage com indiferença ao mundo, enquanto que as artes precisam justamente da reação emocional para que possam se concretizar, se caracterizar. O maior pecado da ciência se consiste na confusão entre lógica, racionalidade e neutralidade. O maior pecado das artes se consiste no desprezo pelo reconhecimento de padrões e subsequente atomização dentro de um mundo de sensações, além de sua comum consciência estética localizada. A filosofia em seu estado mais do que ideal, manifesta-se justamente com base na consciência estética generalizada, aquilo que eu defini como ''articização da percepção e da vivência'', isto é, a dedicação, amor e procura por detalhes que o artista tem por sua obra, generalizando-se em todas as suas ações, tornando-o tal como a um artista do pensamento. O maior pecado da filosofia tem sido a de não ter buscado por sua autenticidade maximizada, isto é, por ter sido usada como conceito [geralmente vago] mas não como prática literal do mesmo ´busca pela sabedoria'. 

Portanto, o artista é o mais existencialista, ainda que tal manifestação tenda a dar-se de modo mais localizado [porém intenso em seu epicentro]; o filósofo genuíno, especialmente, é menos intensamente existencialista que o artista [genuíno], ainda que a sua estratégia se consista justamente na generalização da paixão artística, em que, torna-se de extrema necessidade também aquilo que as artes tendem a ter como prioridade secundária ou periférica [a de desprezar ou a ver como peça auxiliar], que é o reconhecimento de padrões ou compreensão factual. E neste espectro, o cientista, tal como o técnico que é, será o menos existencialista, por centralizar-se na compreensão factual, apenas ou especialmente dos padrões, e bloqueando como complemento de operacionalidade, a reação emocional que cada padrão tende a nos invocar. Ainda que a ciência, invariavelmente necessita do design ou consciência estética, isto é, os processos de bloqueios de cada um deles, não se consistem em neutralizações totais, apenas ou especialmente em neutralizações parciais porém significativas, a ponto de provocar grandes contrastes entre si.

A ciência é fria porque repele a emoção, porque padroniza ou mecaniciza a tudo,

As artes são quentes, porque repelem um reconhecimento puro de padrões, enfatizando no valor [moral/emocional] que é dado [se a moralidade pode ser entendida como a verbalização das emoções ou das sensações e posterior ênfase na lógica essencial da existência, no ideal da realidade que todos nós vivemos, de maneira localizada ou generalizada, que é a harmonia ou a simetria]

e a filosofia é morna, por não repelir o reconhecimento do padrão nem a reação emotiva que resulta no valor, e em condições ideais, produz o pensamento completo, perfeccionista ou completude perceptiva, por seguir todo o processo do pensamento, que eu tenho tentado entender, e que se manifesta[ria] com base nesta sequência, do reconhecimento de padrões e em sua interpretação ou na reação emocional a eles. O padrão que se transforma em valor. 

A ciência especializa-se desequilibrada ou unilateralmente no padrão. As artes no valor. E a filosofia, se fosse massivamente usada de maneira correta, nos dois, que se consistem no produto de nossas interações, no ''padrão-valor'', a meu ver, no pensamento completo. 

Isso explica porque os artistas são muito mais propensos a padecerem de transtornos mentais do que os cientistas, e em especial os artistas mais talentosos, porque as artes resplandecem o extremo da vivência existencialista, íntima à realidade, ainda que também tenda a se relacionar, até mesmo sem moderação, com os sistemas de crenças humanos, possivelmente porque o realismo é tão forte para muitos deles que acabam se refugiando nesses sistemas. 

E o extremo da vivência existencialista é muito mais introspectiva, como no caso das artes do que extrospectiva como no caso das ciências, em que o sujeito humano põe-se ou tenta colocar-se em posição neutra, enquanto que nas artes, o sujeito humano é o seu centro de gravidade. Até poderia sugerir que as artes fazem com que os seus agentes ou sujeitos mergulhem em si mesmos, para que possam se realizar como artistas, criando uma espécie de auto-intimidade mais intensa, e sabemos que, não importa se a intimidade é em relação ao outro, ou em relação a nós mesmos, os espinhos estarão sempre presentes, assim como também ''as flores''. O cientista, como um sujeito bem menos auto-intimista como o artista, e como o filósofo, será portanto menos propenso a sofrer de depressão existencial, ainda que em seus níveis mais altos, ciência, filosofia e artes, serão muito mais parecidas, tanto em suas qualidades, quanto em seus desafios, e a depressão existencial, típica em artistas, em filósofos, só que mais sóbria, também tenderá a afetar os grandes cientistas, porque nas três, tanto a compreensão factual quanto a consciência estética, serão essenciais, até mesmo para que possam alcançar o epítome em suas realizações. 

quarta-feira, 22 de março de 2017

Não podemos agir pelos fatos (lógica) mas a partir deles (racionalidade, criatividade, sabedoria)

A lógica é quase que como a manifestação da ação instintiva (ação/pensamento) em que a lógica brota do próprio indivíduo, de suas características gerais e específicas, e o faz agir rente à realidade, auto-projetando, ou ''lógica subjetiva''. Neste sentido ou ponto de enfatização instinto e lógica parecerão muito mais próximos e a segunda menos nebulosamente associada à razão.

A lógica do organismo particular, a sua lógica, versus a lógica da realidade, que também leva em consideração as vontades deste ou de qualquer outro organismo igual em particularidade, porém que, as compara entre si, isto é, entre cada um deles, assim como também às circunstâncias, ao ambiente, e conclui, a priore, a partir dessas comparações entre cada entidade individual ou unitária [e circunstâncias ambientais] e não apenas ou cruamente  partir de fatos pessoais ou subjetivos, que estão inegavelmente associados ou poluídos ao ser, e não à realidade maior em que também faz parte. 

Se apenas o ser quem pode apontar fatos, então quando parte de si mesmo, isto é, por seus fatos ou lógica subjetiva/particular, apresentará grande risco de equivocar-se quanto à realidade, o todo que o abarca, e à sua realidade, o seu todo particular, que lhe abarca internamente, que lhe faz ser o que é... por mais factualmente correto que esteja, por não levar em conta as outras entidades que repartem o mesmo ar que os rodeia, ululante falta de empatia cognitiva.

Surpreendente pensar que a maioria dos seres humanos continuem a pensar por seus fatos ou fatos subjetivos, e não a partir deles. E como sempre eu falo, nem todos esses preconceitos cognitivos ou reações intelecto-sensoriais, por exemplo, o desgosto sensorial de um homem biologicamente [e ideologicamente] conservador em relação à homossexualidade, especialmente a masculina, estarão absolutamente incorretos. Incorreto será o desprezo completo ou negação a esta reação genuína de um tipo de indivíduo ou organismo em relação à certa circunstância e/ou à sua transformação em verdade absoluta.

quinta-feira, 9 de março de 2017

Fatos frios versus fatos quentes

Quanto mais dissociado do indivíduo, em particular, mais frio será um fato. Quanto mais associado ao indivíduo mais quente o fato será. 

O nível de familiaridade interfere ou distorce as nossas percepções factuais ou potencialmente factuais. Por exemplo, pode ser fácil para um homossexual aceitar as diferenças raciais em inteligência mas mais difícil de aceitar os desafios e problemas do grupo [de um dos grupos) a que pertence. E claro que a familiaridade ou preferência, superficial ou profunda, pode se dar com questões ou grupos que não estão diretamente associados ao indivíduo, por exemplo, em relação aos animais não-humanos. Este também é o meu caso.

Também estamos falando de nível de emoção/ de empatia que certa questão tende a causar no indivíduo. 

Nem todos os fatos são frios, e alguns estarão pegando fogo, dependendo do indivíduo e de suas características e preferências psico-culturais.


Surpreendentemente fatos quentes podem ser bons, porque podemos ter maior curiosidade e buscar aprimorar o nosso conhecimento sobre eles. Por outro lado, os fatos quentes podem apenas nos fazer ''cuidar'' deles, ou melhor, desconstruindo ou buscando por uma versão, falsa porém mais reconfortante.

Então temos dois exemplos. O primeiro exemplo é a de um rapaz negro que ao se expor ao fato: diferenças raciais em inteligência, e menor inteligência, em média, do seu grupo racial (subgrupo, dependendo do país ou região), o aceitará, apesar de lhe ser um fato quente (diretamente relacionado a si) e não muito reconfortante (ainda que, sabiamente, possa entender que médias apresentam exceções, muitas vezes abundantes). Guiado por uma honestidade intelectual ele aceita um fato quente apesar do seu teor negativo, e em relação a si mesmo. 

O segundo exemplo é a de outro rapaz negro que ao se expor a este fato decide negá-lo por acreditar que não se consiste na verdade, por acreditar que foram ''os brancos'' que causaram essas diferenças, enfim, por ter sido dragado por suas emoções claramente de maneira negativa. Uma pessoa negra, teoricamente falando, deveria ser a maior conhecedora de ''sua'' raça. No entanto, tal como acontece com a relação da mãe [ou dos pais] que IDEALIZA erroneamente o seu filho, eliminando ou mesmo distorcendo/justificando as suas atitudes erradas ou disposições moralmente problema´ticas, o mesmo acontece aqui entre esse rapaz e a ''sua'' raça. Guiado ou melhor cegado por suas emoções e/ou por seu ego, este rapaz não aceita este fato quente, mas se dispõe quase que espontaneamente a ''cuidar'', não dele, mas de sua versão, ou explicação/causa alternativa à realidade. 

Fatos frios podem ser mais fáceis de serem aceitos, como já foi dito, por não serem diretamente associados ao ser, sem o fator emocional influenciando e mesmo desgraçando esta que deveria ser uma saudável e sábia interação construtiva de aprendizado. Por outro lado, fatos frios também podem ser tão dissociados, não apenas de nossas identidades, mas também de nossas capacidades de entendê-los, e por razões puramente cognitivas, e não apenas ou especialmente por razões psicológicas, que podemos simplesmente desprezá-los quase que totalmente, por exemplo, a dissociação entre a maioria das pessoas e física quântica. 

Portanto percebe-se também que pode-se ser auto-enganado ou por meio de fraquezas psicológicas/emocionais como no exemplo do segundo rapaz negro, que pode apresentar capacidade cognitiva para entender e aceitar que as diferenças raciais em inteligência não são necessariamente causadas pelo ''racismo sistemático das pessoas e das instituições 'brancas' '', mas não o faz, novamente, porque é psicologicamente fraco e sente uma necessidade instintiva de abraçar a versão alternativa que melhor lhe agrada, e não a que simplesmente é, que é factual ou real. E por razões puramente cognitivas ele pode simplesmente não ter capacidade cognitiva para compreender este assunto, ainda que a fraqueza psicológica seja mais comum de ser a causa neste caso mais específico por ser um fato macrospectivo e fácil de ser percebido e aceito, sem a interferência da emoção ou do seu completo mal ''uso'', se na verdade este tipo tende a ser emocionalmente desequilibrado, isto é, que não está sob o controle da mesma.