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terça-feira, 17 de maio de 2022

Sobre pensamento lógico e expertise

 Porque ciência e filosofia estão muito vulneráveis a erros humanos, principalmente por causa de preconceitos ideológicos, enraizados, de cientistas e intelectuais, não é sempre que um desses especialistas estará alinhado à razão ou à busca pela verdade objetiva e imparcial. E, na realidade, é muito comum não estarem. Por isso, o mais recomendado é que, nós, leigos, desenvolvamos nossos raciocínios lógico-racional para não ficarmos absolutamente dependentes da autoridade desses especialistas, se sabemos que não são infalíveis, especialmente os que se especializaram nos domínios menos difíceis, das ciências humanas, que também são os mais acessíveis e influentes em nossas vidas. Pois uma autoridade científica ou intelectual não é válida exclusivamente por seus títulos, mas por sua capacidade de pensar e aplicar o raciocínio lógico-racional de maneira sistemática, ética e eficiente, e associado aos conhecimentos que tem acumulado.

quinta-feira, 15 de julho de 2021

O vestibular discrimina pessoas com perfis cognitivos assimétricos ou ''especialistas''

 




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Lá vou eu, de novo, na iminência de prestá-lo, depois de já ter me formado em geografia uns seis anos atrás. Agora, devo tentar para psicologia. Mais um desafio para o qual estou sendo empurrado.


E lá vou eu


"ESTUDAR"


Que todos entendem como


DECORAR A MATÉRIA DA PROVA


Logo eu, que estudo todo santo dia, porque penso, observo, analiso, tenho ideias, pensamentos, escrevo, apago, erro, acerto, duvido de mim mesmo, aprendo e reaprendo.


Sei que memorizar é parte do aprendizado. Mas decorar não, se é superficial, extrínseco aos desejos, à vontade genuína de aprender.


Eu sei que o meu desempenho não tem sido igual nas matérias escolares, que tenho tido facilidade para aprender geografia, história... e o exato oposto nas exatas.


E que isso é "normal".


Que não é uma falha minha, se não pedi para nascer assim. Se não há nada de errado em ser assim. Desculpe, mas eu não sou o único com "dificuldades de aprendizagem", aliás ninguém é perfeito, ninguém sabe ou é bom em tudo. Por isso que, primeiro, deveriam reconhecer quem eu sou, até para me ajudarem a aproveitar o que posso oferecer à sociedade e a mim mesmo. Acho que tenho demonstrado um pouco pelos meus textos.


Não, eu não tenho "ansiedade matemática". Minha incapacidade de aprendê-la além do básico não é uma questão psicológica mas cognitiva mesmo. Não é falta de esforço ou vontade. Eu não sou um vagabundo inumerado que não "estuda" matemática porque não quer...


Mas eu estudo!!


Só que eu estudo: observo, analiso, penso, julgo, o que me interessa, no que percebo alguma afinidade ou facilidade.


Foi sempre assim, desde a escola.


Também dependia do tipo ou da qualidade do professor. Por exemplo, quando estudei com uma certa professora de geografia (Ana*), uma das poucas que reconheceu minhas capacidades criativas, que nos pedia para desenvolver o raciocínio em suas provas ao invés de nos forçar à decoreba, eu fui um dos primeiros alunos da sala. Mas, quando estudei com outro professor (Augusto*) de geografia que se prestava a passar provas com questões de múltipla escolha, eu fui recíproco ao seu desdém, ao menos naquela época.


*nome fictício


Agora, o mesmo desdém de sempre pela diversidade cognitiva humana, no vestibular. Para piorar, ainda tem um sistema de cotas injusto que não se interessa pela competência mas pelo "nível de oprimidade" do indivíduo. Será que, um dia, também criarão cotas para gagos residuais, como eu???


De qualquer maneira, acredito que, se essas provas de vestibular também contemplassem os tipos especialistas, não haveria a necessidade de cotas, nem mesmo as de escola pública, mas é apenas um palpite primário..


Mas, o melhor mesmo seria mudar o modelo da prova tradicionalmente aplicado, porque favorece apenas os vestibulandos (ou enemianos) com os perfis cognitivos mais simétricos ou os que são mais generalistas, do tipo CDF, que tiram notas altas em quase todas as matérias. Sem falar que, perfis assimétricos como o meu, parecem estar associados com uma maior capacidade criativa, até pelos relatos biográficos de muitos gênios quanto às suas "dificuldades de aprendizagem" específicas.


Isso também serve para os (demais) concursos públicos... tomem nota.


Parece ser justo ou meritório que todos estudem e façam a mesma prova para serem avaliados pelos seus desempenhos nela.  No entanto, isso só seria realmente justo se fôssemos todos como folhas em branco ou que nos diferenciássemos apenas pelo esforço que aplicamos em... decorar a matéria.


Se eu vou tentar para psicologia, perdoem-me o linguajar, mas por que caralho eu deveria estudar física e química?? Se pelo menos dessem pesos diferentes às provas, de acordo com o curso.. pois se pretendo me aprofundar no conhecimento sobre a mente humana, então, eu preciso saber mais ou especialmente sobre as áreas relacionadas. Eu sei que também tem matemática na psicologia. Mas não é o mais importante. Enfim, eu sei que já passou da hora do vestibular tradicional, e de todo sistema de ensino, dar espaço a um modelo de avaliação que se baseie na verdade da diversidade cognitiva e psicológica humana. Enquanto esse "milagre" não acontece, lá vou eu tentar me preparar psicologicamente, abandonando parcialmente os meus interesses específicos, que cultivo desde há um bom tempo, incluindo a própria psicologia, para tentar decorar fórmulas matemáticas e regras gramaticais...


 Obs.: nem vou entrar em detalhes sobre o completo desleixo em relação à avaliação objetiva de capacidade moral dos candidatos, um aspecto muito relevante que deveria ser levado em conta...

quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Da não-série: Já devo ter falado mas usando ângulos conceituais ou perspectivas distintas... Mais [do mesmo; ou menos] sobre superdotação


Eu já disse que a superdotação consiste basicamente na superlatividade (centralmente) cognitiva (e talvez seja óbvio pensar se não existe a superdotação psicológica). Só que talvez também seja necessário que se tenha uma paixão por alguma atividade, por algum assunto em específico ou por muitos assuntos. Pode-se ser muito cognitivamente inteligente e não ter uma paixão obsessiva (preferencialmente) intelectual?? Talvez. Se de fato existem pessoas assim, e eu acho que elas existem e inclusive que sejam a maioria, então seria importante diferencia-las dos superdotados mais característicos (como por exemplo a minha ideia de intelectualmente obcecados e interessados). Outro fator importante é o preconceito em relação aos superdotados mais especialistas. A partir do momento em que Mensa e programas escolares para superdotados passam a ter como método de seleção principal um teto mínimo de QI=130, cria-se a ideia de que os superdotados serão sempre de generalistas

Sim, você pode ser mais especialista ou mais generalista. Os mais generalistas em termos cognitivos tendem a apresentar níveis muito parecidos ou próximos de potencialidades, explicitamente falando. Os mais especialistas, obviamente, apresentarão uma maior amplitude entre as suas maiores e as suas menores potencialidades. E muitos especialistas superdotados apresentarão duas características cognitivas e psicométricas centrais: terão perfis cognitivos bem mais assimétricos/geralmente resultando ou acentuando as suas paixões ou potencialidades mais agudas e não conseguirão pontuar ou ter como média de "inteligência geral" valores "próximos" ou acima da marca mágica de 130 em "QI performance". 

Portanto é isso. 

a) Superlatividade cognitiva geral ou pontual 

b) Paixão ou potencialidade(s) aguda(s)

... definem a superdotação e não necessariamente uma forçosa generalidade cognitiva superficialmente superlativa. 

Pode ser que nem todo generalista muito psicometricamente inteligente seja superdotado. Mas com certeza que existem muitos superdotados que são tão ou mais inteligentes e em especial em suas áreas com maior potencialidade, e por causa de sua condição como especialistas não conseguem atender a um dos requisitos mais usados para selecionar estudantes/jovens superdotados, que é de pontuar alto em testes de QI, de maneira geral.

Espectro generalista -- especialista

Também se pode repensar se quanto mais especialista se é, menor será a correlação com pontuações gerais redondas ou mais simétricas em testes cognitivos e maior será em relação aos sub-testes mais condizentes com as maiores potencialidades ou mesmo, sem ter grande correlação com qualquer sub-teste, sem levar em conta o aspecto psicológico que já é tão negligenciado na psicometria.


Com a forte e ao mesmo tempo leve impressão de que já falei sobre esse assunto, mas enfim...

sexta-feira, 21 de julho de 2017

Não sei se já falei mas vamos lá... especulando: nós temos os super-especialistas e os generalistas em termos de inteligência, mas também em termos de criatividade, será*

E pode ser relacionado com a categoria de diferenciação dos tipos criativos: contínuos, [intermediários], e descontínuos, sendo que é possível de se pensar se o criativo contínuo não seja fortemente propenso a ser do tipo ''generalista'', enquanto que o descontínuo não seja mais do tipo ''especialista''. Algo também para ''lincar'' é a possibilidade de que os criativos contínuos sejam mais criativos nas ''capacidades cognitivas primárias'' [de pensamento, mais generalista, a criatividade como um estilo predominante ou primariamente preferencial de raciocínio] e os descontínuos sejam mais criativos em alguma[s] das ''capacidades cognitivas secundárias'' [verbal, matemática/numérica, espacial... musical]. 

Também existe um fator G da criatividade, aliás, sempre tem um fator G em relação a tudo que existe. 

terça-feira, 25 de abril de 2017

Naruto e os diferentes tipos de excepcionais

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Naruto

Sakura

Sasuke


Rock Lee


Rock Lee é o super especialista que não atingiu o nível completo de superdotado/ninja, só que encontrou um jeito de compensar esta desvantagem naquilo em que ele é melhor.

Análogo à ginasta holandesa Sanne Wevers que tem compensado uma suposta dificuldade para realizar sequências acrobáticas, através daquilo em que ela é melhor, ao menos na ginástica, isto é, nos exercícios de dança, especialmente nos giros.


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O curioso caso de Rock Lee


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Rock Lee é um emblemático personagem do desenho japonês Naruto. Ele se destaca ao mesmo tempo por aquilo que tem e por aquilo que não tem. Rock é o único ninja a nível profissional que não é capaz de realizar golpes de magia, que qualquer um em seu nível deveria saber ou já ter aprendido. Por outro lado Rock conseguiu compensar o que seria uma falha fatal para alcançar o nível de ninja profissional por meio de suas incríveis habilidades super desenvolvidas tanto para o combate corpo a corpo, no caso: socos, pontapés, etc quanto em relação à velocidade desses golpes.


 Desde a primeira vez que assisti à primeira temporada de Naruto, acho que já fazem uns 7 ou 8 anos, eu me identifiquei um monte com este personagem: por ter sofrido discriminação no colégio, por sempre ter sido desacreditado pelos outros [no meu caso, sequer creditado, diga-se], mas também por ser um tipo raro provido de um talento raro e gana para se superar desenvolvendo-se a níveis extremos (ainda que no meu caso esta comparação possa ser corretamente reduzida ;). 

Eu me sinto parecido com ele porque eu vejo em mim um grande talento para a atenção e apreensão aos detalhes e com o intuito de construir um mapa coerente da realidade. No entanto assim como ele falta-me alguns componentes que me fariam mais autenticamente superdotado. Por exemplo, em termos de QI/ estimativa do tamanho da inteligência, eu sei que não vou pontuar alto, especialmente na inteligência psicométrica geral. Em termos de conhecimentos gerais/memória semântica eu também patino em ter um "tamanho" ao nível esperado de um superdotado. Eu tenho a níveis bem desenvolvidos a  capacidade de apreensão aos detalhes (insulada em alguns ramos do saber humano), de argumentação que a priore todo superdotado deveria ter e de criatividade. No entanto como eu já falei, falta-me algo mais para que possa alcançar o nível basal de superdotação, ao menos a do tipo acadêmico. 

O mesmo acontece com Rock Lee em relação às suas habilidades ninjas, querendo indicar, no meu caso, um perfil psico-cognitivo, em que, se tem uma grande facilidade ou horizonte de desenvolvimento só que relacionada às habilidades psico-cognitivas mais basais ou primárias, por exemplo, em relação ao raciocínio fluido (analítico-crítico) do que tradicionalmente acontece com as avaliações de superdotação, que se dá em relação ao raciocínio cristalizado.

Poderíamos pensar neste personagem como basal e especificamente superdotado em relação às suas habilidades ninjas, por ter desenvolvido uma grande capacidade apenas neste nível, apensar de não ter conseguido alcançar o limite básico para se tornar um ninja, isto é, por não ser capaz de aprender e usar magias. 


O mesmo em relação àqueles que são excepcionais pensadores analítico-críticos, mas que não são capazes de ir muito além disso, que se consistiria na base para a superdotação. 

Tal como, são dos golpes comuns que as magias são forjadas, o mesmo poderia ser analogamente pensado para as habilidades analítico-críticas e a superdotação, que se consistiria em uma expansão mais geral de alcance dessas habilidades, ainda que, geralmente em termos quantitativos, que é o critério geralmente requisitado, e não em termos qualitativos. Para se tornar um ninja, o critério básico fundamental seria o de saber magias. Para ser considerado um superdotado, ao menos do tipo mais ''arredondado'', o critério básico fundamental seria o de apresentar conhecimentos gerais mais alargados do que as outras pessoas. 

Rock Lee super-desenvolveu algumas habilidades, a partir do seu estado mais superficial.

Aqueles que são de excelentes pensadores analítico-críticos, talvez se possa dizer que, também o fazem, isto é, super-desenvolvem habilidades, só que a partir delas mesmas, com as suas características qualitativas intactas. Por exemplo, as habilidades analítico-críticos tendem a se tornar mais encorpadas e complexas quando feitas por superdotados, enquanto que, entre as pessoas comuns, elas são realizadas de modo mais simples, especialmente sem o catatau de ''conhecimentos que podem ser armazenados'' por cérebros mais quantitativamente superlativos.


Sakura

A típica superdotada de talento cristalizado e portanto escolástico bem desenvolvido. Acho que não tem muito o que dizer de novo sobre este tipo.

Sasuke


Este personagem também se assemelha à Sakura em termos de inteligência cognitiva geral elevada, mas com o seu forte em suas habilidades (psico) cognitivas específicas (no desenho, seria mais relacionado ao seu poder de magia).

Naruto


"O que me fortalece pode me transformar em um monstro"

Naruto representaria o típico caso do gênio provido de poderes superlativos mas que pode demorar para serem reconhecidos, desenvolvidos e controlados. A mesma criatividade elevada que faz um indivíduo genial também pode lhe trazer consequências negativas, desde as patologias mentais até às de natureza mais social, terminando por literalizar esta metáfora nipônica ainda mais. A ''raposa de sete caudas'' que faz Naruto um ninja excepcional se não for plenamente controlada e desenvolvida pode transforma-lo em um monstro descontrolado. Percebem-se muitas semelhanças entre Naruto e Rock Lee. A diferença é que, naquilo que Rock Lee simplesmente não pode alcançar, Naruto exibe de maneira ''natural'' ou intuitiva, só que ainda não está plenamente conhecida por ele.

Eu vejo o tipo de Rock Lee como um dos mais interessantes e possivelmente menos estudados tipos de excepcionais, no mundo real, que, apesar de não conseguir alcançar o limite mínimo para a excelência em sua área, ainda é capaz de ter e de desenvolver um grande talento [e eu sempre penso em algo mais inato ainda que também necessite de ser desenvolvido] conseguindo superar e muito as suas limitações.


sexta-feira, 17 de março de 2017

Criativo contínuo ou descontínuo ou generalista e especialista

A diferença entre aquele que consegue conectar ideias de diferentes conhecimentos e aquele que se aprofunda em apenas uma área, novamente produzindo ideias só que muito mais atreladas à sua área.

De onde as grandes ideias tendem a nascer...

Mais por intermédio de um aprofundamento em uma área do que por uma constância promíscua de associações mais superficiais em várias áreas.





ou não...