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sábado, 16 de agosto de 2025

Sobre a memória autobiográfica, memória semântica e o "livre arbítrio"

Eu tenho chegado a uma conclusão em relação à minha memória autobiográfica e que, talvez, possa ser extrapolada em um sentido geral, de que eu tenho pouco ou nenhum controle sobre o que a minha mente tem guardado como lembrança, se eu percebo um padrão mais aleatório e/ou variavelmente relacionado com os meus gostos e desejos. Por exemplo, sobre o meu desejo de guardar determinados momentos vividos, que também acredito que seja um desejo comum. E a frustração, igualmente comum, de perceber que, na realidade, nossas mentes não nos consultam para saber o que gostaríamos que se mantivesse como lembrança. Também preciso salientar que nunca me esforcei para tentar direcionar minha mente para guardar o que gostaria e apagar ou não priorizar o que não queria que se mantivesse como lembrança. No entanto, talvez, o possível fato, sentido de maneira visceral, de sequer haver uma mínima possibilidade de estabelecer esse controle, pode ter contribuído para nunca tentar esse tipo de exercício mental, por ser mais uma extrapolação teórica do que verdadeira. Mas o que parece ser mais como uma extrapolação, no mínimo, parcialmente verdadeira, é a de que esse nível de passividade que apresentamos quanto à nossa memória autobiográfica também possa ser considerado como factível quanto à nossa memória semântica. Eu disse parcialmente, porque, a priori, parece que apresentamos uma maior capacidade de controle, e não apenas de armazenamento de informação, isto é, de conseguirmos direcionar nossas capacidades cognitivas com base no que memorizamos como técnicas ou aprendizados. Parece... Ou, pode ser que essa percepção seja mais uma impressão subjetiva, um "wishful thinking" ou pensamento positivo, do que um fato verdadeiro. Pode ser que apenas seguimos tendências pré-determinadas e que, para muitos de nós, acontece de maneira completamente inconsciente, tomadas como se fossem decisões legítimas e não apenas uma extrema conformidade à própria natureza. Mesmo em relação ao que parecem ser detalhes específicos aparentemente relacionados mais às nossas personalidades do que às nossas capacidades cognitivas, por exemplo, o meu interesse em ciências humanas e, especialmente, em geografia, que comecei a apresentar desde a segunda infância, e que também se desenvolveu ou se confirmou como uma vocação verdadeira, que não seria apenas um interesse que apareceu de maneira aleatória no início da minha vida, mas um reflexo de aspectos mais intrínsecos do meu perfil psico-cognitivo: morfologia constitutiva do meu cérebro e padrões hormonais, por exemplo. Em outras palavras, estou querendo dizer que, ninguém se torna interessado em determinados tópicos sem que existam fatores subjacentes, mais intrínsecos de sua própria biologia, e isso pode significar que também não temos pleno controle sobre a direção que tomam as nossas inteligências, por uma via mais direta, pela memória semântica. Eu vejo em mim, ao mesmo tempo, essa impressão ilusória de autocontrole cognitivo e de percepção de ausência de escolha, se realmente não decidi de maneira consciente ou voluntária gostar de geografia e não gostar de matemática, pois para que fosse apenas uma questão de escolha, teoricamente, ao ser exposto a esses conhecimentos, eu deveria ter apresentado níveis similares de aprendizado nos dois e, então, decidido por um deles. Mesmo assim, ainda não significa que, nesse cenário, existiria uma real possibilidade de escolha, até porque essa atração que apresentamos pelos nossos interesses intelectuais ou de outra natureza, novamente, nunca aparecem "do nada", mas com base em nossas próprias características cognitivas, psicológicas, hormonais... Um outro exemplo pessoal: se eu, desde o início da minha vida adulta, passei a gostar de psicologia e de filosofia (essa de maneira mais autoral), isso também se deve às minhas próprias características, tal como um perfil cognitivo mais inclinado para as capacidades linguísticas e uma autoconsciência mais aflorada que induz a uma alta frequência de pensamentos reflexivos, até mesmo aspectos não muito lisonjeiros, tal como uma maior tendência narcisista. Pois eu observo que, não existiu nenhum antecedente do meio em que vivia, quando era criança, que tivesse me induzido a gostar de geografia e não gostar de matemática. E mesmo nos casos em que existe ou existiu, um fator externo ao indivíduo não tem o poder de mudá-lo profundamente sem que exista uma base anterior dele mesmo ou de sua biologia que possa tornar essa mudança possível. Nesses casos, portanto, seria mais uma coincidência ou mesmo um fator que apenas reforçou ou serviu de estímulo influente para a emergência de um potencial preexistente, voltando à minha defesa pelo determinismo biológico, em que nenhum padrão ou mudança de comportamento, ou de desenvolvimento, que apresentamos, acontece sem existir uma predisposição ou base anterior. Pode soar redundante e decepcionante, mas é isso o que tenho percebido sobre esse tópico, primariamente por mim mesmo. 


domingo, 21 de janeiro de 2018

Toda memória semântica é autobiográfica e toda memória autobiográfica é mais temporal ou cronológica do que literalmente autobiográfica

Aquilo que já falei, memorizamos não tudo aquilo que queremos mas especialmente aquilo que nos marca, cronologicamente falando... O meu exemplo, memorizei as melodias de músicas do famigerado É O Tchan, por causa de trechos de minha infância, que por alguma razão que desconheço, me marcaram, mas não consigo memorizar as músicas do Harold Budd. Este parece ser um exemplo de descompasso entre o autobiográfico e o cronológico. 

Toda memória semântica é autobiográfica porque a nossa cognição encontra-se inseparável de nossa psicologia, ainda que possam apresentar pseudo-discrepâncias, por exemplo, uma maior capacidade cognitiva do tipo ''masculina' [habilidades espaciais] combinada com uma personalidade//''capacidade psicológica'' mais ''feminina' [gosto cultural mais enviesado para estes aspectos]. Até poderia ser mais atrevido ao sugerir que: a cognição É MAIS autobiográfica, isto é, a memória semântica [cognição cristalizada] do que a própria ''memória autobiográfica'', que parece ser mais ''cronológica''. 

Neste sentido até poderia novamente, continuando no meu estado de loucura inversamente vegetativa, de sugerir que, poderíamos pensar na memória semântica, que também é MAIS autobiográfica [e até mais que aquela que nos acostumamos a chamar assim] como ''memória espacial'', em que espaço é equivalente ao corpo ou ao sistema ''corpo-mente'', enquanto que a memória ''autobiográfica' seria, tal como eu sugeri acima, em uma espécie de ''memória temporal'' ou cronológica, evidentemente tendo o ''tempo'' como variável descritivamente encapsuladora. 

terça-feira, 28 de novembro de 2017

Superdotados de amadurecimento rápido: astutos// superdotados psicológicos [produto evolutivo da seleção sexual OU da fase de transição da seleção sexual para a seleção antropomórfica/mais culturalmente enfatizada]. Superdotados de amadurecimento lento: os nerds mais inteligentes/ superdotados cognitivos [ produto evolutivo da seleção antropomórfica/centralmente cultural]. Chiquinha e Nhonho again...

E talvez, também possamos ter os superdotados [e semi-superdotados] de amadurecimento intermediário: astuto + nerd*

Superdotado psicológico: grande memória ''auto'-biográfica [''auto' = e outro-biográfica] e grande funcionalidade...

Superdotado cognitivo: grande memória semântica [e também funcionalidade, para ambos os casos,

 e talvez, este atributo seja ou é muito provável de ser mais importante do que o tamanho]

ou nein

sábado, 5 de agosto de 2017

Maior memória semântica sobre a autobiográfica ou.. a autobiográfica é sempre maior e o que diferencia é a proporção em relação a mesma + uma firula

O que seria uma pessoa com maior memória semântica sobre a autobiográfica?? Isso existe?

Primeiro eu especulei quanto a proporção  ou distribuição proporcional individual das memórias semântica, (meso) e autobiográfica. 

Agora eu me pergunto, tardiamente talvez, se a memória autobiográfica seja sempre maior que a semântica e que, o que diferencia é a proporção da semântica em relação à auto...

Como saber?

Tentativa de tatear a resposta para essa dúvida por meio de uma breve auto-análise.

Você lembra de cor os números do seu CPF, telefone celular, telefone celular e data de aniversário das pessoas que você conhece?? Você se lembra dos nomes das pessoas que conheceu, e que não mais convive ou que tem pouco convívio?  Você é capaz de lembrar os nomes dos seus primos, especialmente no caso de ter uma família numerosa?. Só pra começar.

Se a resposta for sim para todas essas perguntas então é provável que você tenha uma boa memória autobiográfica ou ao menos em relação a uma de suas dimensões/facetas. 

Eu, por exemplo, não lembro, se nem sequer cheguei a memorizar, as datas de aniversário de todos os membros da minha família direta, bem como de quase todas as pessoas que eu conheço. Eu sei a data de aniversário de uma prima porque se refere à uma tragédia histórica (os atentados de 11/09) e agora pouco ao puxar pela memória eu lembrei da data de aniversário de um amigo/quase colega próximo/e antigo, talvez porque ele é homossexual e faz aniversário no dia 24/08. 

Pelo que já percebi eu sou bom para lembrar dos eventos que se sucederam/e sucedem em minha vida, e com certeza sem ser a um nível hipertimésico, ainda que acredite estar acima da média nesse quesito. No entanto em relação aos fatos autobiográficos interpessoais, isto é, das outras pessoas e em especial os seus dados pessoais, parece que eu não tenho uma boa memória. 

Outra dúvida: dado pessoais psicológicos e/versus técnicos

Eu conheço a personalidade de minha mãe e [quase] "tudo" o que nela está embutido. Mas eu não sei o dia em que ela nasceu.

O que isso significa??

Como eu já falei outras vezes  eu tenho uma mente muito prática e tão lógica que periga de ser racional.


 Logo "eu" ou ela, deduz que, decorar datas de aniversário não é importante, se, por exemplo, a pessoa pode te dizer, te avisar o dia, mesmo se for a senhora-sua-mãe. Agora saber os gostos e desgostos dessa ou daquela pessoa é muito mais importante ou.... esse é o jeitinho todo-especial da minha mente e não há maiores ou melhores explicações para o porquê de ser assim, ainda que, pensar em explicações quanto à sua natureza (de suas facetas) e consequentemente de suas expressões também parece ser válido enquanto um exercício intelectualmente objetivo. 

No mais, faz sentido lógico que, conhecer a personalidade, gostos e desgostos, da pessoa que te colocou no mundo, é muito mais importante do que saber a sua data de nascimento [ainda que seja comum que elas fiquem tristes ou bravas quando lhes dizemos que não sabemos de cor a data de seus aniversários].

Em relação à memória semântica, pra começar, eu tenho um bom vocabulário, como tenho demonstrado em meus textos, que está acima da média, mas muito provavelmente a um nível moderadamente alto. Como explicar: o meu vocabulário não chega ao nível de um gênio literário como Dostoiévski. Mas também parece estar no mesmo nível de um professor universitário, que não dê aulas na faculdade de Letras, é claro. Eu tenho, ainda, uma certa vantagem [mais como uma faca de dois gumes] por ter uma maior criatividade verbal.

A minha memória semântica matemática é razoável à média. Desde o básico como o reconhecimento dos números e saber como fazer contas simples à medianas, até algumas fórmulas matemáticas como a de Baskhara. 


A minha memória semântica se concentra em: Geografia (espaço), História (tempo) e Psicologia (pessoas), ainda que se faça [muito] assimétrica [ou localizada] e comparativamente menor do que em relação a alguém que é excelente a excepcional, especificamente em uma delas. Por exemplo, em História, o meu conhecimento é cristalizadamente superficial ainda que também use do raciocínio lógico para entende-la [até mesmo porque a estória humana tende a ser incrivelmente repetitiva e estúpida].

 História do Brasil: sei o básico. Um professor acadêmico ou um historiador com certeza tem muito mais desenvoltura e conhecimento. Em Geografia os meus conhecimentos se concentram muito mais na parte da humana/Geopolítica do que na física, sem falar da pouco usual memorização das capitais de vários países. Eu tenho um bom conhecimento nessa área a ponto de conseguir reconhecer o continente e mesmo a localidade mais geograficamente precisa de qualquer país e mesmo se for uma cidade, por memória e/ou por raciocínio lógico/dedutivo [por exemplo, o nome de uma cidade, que eu posso associar a um idioma que se assemelha em sonoridade ou estrutura]. Eu gosto muito de Filosofia, mas sinceramente, até agora eu não tive vontade de ir mais a fundo nos trabalhos dos grandes filósofos, preferindo primeiro pensar por mim mesmo. Em Psicologia os meus conhecimentos se ampliaram desde que comecei a "estuda-la", como é o esperado para qualquer pessoa, mesmo em relação às fraquezas. No entanto assim como acontece com as outras disciplinas de estimação ou de fixação, a minha bagagem é tradicionalmente superficial, ainda que o potencial neo-conhecimento que tenho produzido possa compensar de alguma maneira.

Realmente não consegui chegar a uma resposta satisfatoriamente precisa, já que é bem difícil quantificar o tamanho geral e relativo de nossas memórias, especialmente a autobiográfica e talvez menos no caso da semântica [e os testes cognitivos são relativamente bons nessa tarefa]. 

No mais, até então eu estava achando difícil pensar na existência de pessoas com  memória semântica maior do que a autobiográfica. Aí eu notei que existem os hipertimésicos, que são o exato oposto, isto é, apresentam memórias autobiográficas gigantes em valores absolutos, e se forem comparadas com a semântica. Pensando por esse lado, se existem eles, então porquê não aqueles*

Neste caso, os portadores da Síndrome de Savant, sem falar nos portadores de Savantismo, ou do espectro maior da condição, sem a co-expressão de deficiência severa, poderiam ser exemplos opostos da Hipertimésia [em valores relativos: memória semântica versus autobiográfica], por apresentarem memórias semânticas, se não mais prevalentes que a autobiográfica, ao menos, muito significativas. 

Tentando uma auto-análise ''esperta'' eu concluí por agora que eu devo ter uma memória semântica e meso-semântica [características psicológicas das pessoas, por exemplo] ligeiramente maior do que a memória auto-biográfica, ou com diferenças não muito significativas, nem um hipertimésico, nem um savant [ainda que, em ambas, eu me encontre, digamos, hiperativo]. Em termos de tamanho, especialmente a semântica, acho que, de maneira geral, expressa bem o meu nível [relativamente] acima da média [padrão Greenwich =100] de inteligência-QI, ainda que fortemente assimétrica.

Auto-chutômetro

''tamanho'' da[s] memória[s]

muito pequena/quase nulo
pequena
médio-pequena
médio
médio-grande
grande
muito grande

[ hipertimésia =muito grande em memória autobiográfica, se comparada com a semântica; savantismo= muito grande em memória semântica, e/talvez se comparada com a autobiográfica. Potencialmente verdadeiro, no caso da Síndrome de Savant*].

Memória autobiográfica:

intrapessoal [eventos ou] episódica: médio-grande/grande,
intrapessoal técnica [número do telefone, data de aniversário, número do CPF]: pequena

Memória meso-semântica ou meso-autobiográfica:

intrapessoal [características pessoais, minimamente corretas]: grande/muito-grande,
interpessoal [características das outras pessoas]: médio-grande/grande


Memória interpessoal técnica: pequena,
Memória interpessoal [características psicológicas/físicas]: médio-grande,
Memória interpessoal episódica: médio/médio-grande
Memória interpessoal visual: médio-grande

geral:médio-grande [~~~~~~...]


Memória semântica:

Vocabulário/verbal: médio-grande
Matemático: médio-pequena
Científico [física/química/história/geografia/psicologia/biologia]: ~médio

- física = pequena/muito pequeno
- química = [possivelmente] muito pequena
- história = médio-grande
- geografia = grande
- psicologia = médio-grande
- biologia = médio/médio-pequena 

Original: médio-grande/grande

geral: médio-grande [~~~~~~~...]

Memória semântica comparativamente muito grande [em relação à autobiográfica] = possivelmente Savantismo a ''potencialidade não-especificada para o talento''.

Memória semântica ''absolutamente' grande = possivelmente superdotação cristalizada/ QI bem acima da média.

Neo-memória semântica grande a muito grande = possivelmente [superdotação] criativa.

Memória semântica [meso-autobiográfica] em relação à ''espinha dorsal da macro-realidade'':

tamanho e qualidade factual/compreensão factual

Eu= grande/muito grande
- episódica= médio-grande/grande

Os outros= médio-grande/grande
- episódica= médio/médio-grande
- visual= médio-grande

vocabulário= médio-grande
matemática= médio-pequena

 psicologia= médio-grande
Espaço/geografia= grande
Tempo/história= médio-grande

geral: médio-grande

Qualidade/compreensão factual

Eu = grande/muito grande
- episódica = grande

Os outros =grande
- episódica = médio-grande
- visual = médio-grande/grande

vocabulário = médio-grande/grande
matemática = médio/médio-grande

psicologia= grande
Espaço/geografia = grande
Tempo/história = médio-grande/grande

geral: médio-grande





sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Memória empática/autobiográfica

Pensar nas pessoas antes de falar qualquer coisa.

O insensível tem [em média] uma memória autobiográfica [mais] embotada?

terça-feira, 1 de agosto de 2017

Compreensão factual e/+ memória semântica/autobiográfica

Inteligência/cristalizada (qi): tamanho da memória semântica. 

Criatividade: qualidade original [ideias novas que são internalizadas; manipulação e expansão ou troca por internalizações originais/pessoais] da memória semântica... e autobiográfica.

Sabedoria/racionalidade: qualidade da memória semântica e autobiográfica.

Quatro temperamentos e proporção ''estimada'' [chutada] de memória semântica, meso e autobiográfica

Em média e ordem de importância

Melancólico: autobiográfica/meso, semântica

Fleumático: semântica, meso/autobiográfica

Sanguíneo: autobiográfica, meso, semântica

Colérico: autobiográfica/semântica, meso


Por que*

[Porque sim, Zequinha!!!]

sábado, 29 de julho de 2017

Habilidades analíticas e cristalizadas/de memorização. QI analisa o potencial descontextualizado [e superficial] das primeiras e a realização/ou produtos das segundas

E não necessariamente fluidas

Comparação imperfeita entre maçãs e pêras

A "inteligência" cristalizada de fato é parcial a consistentemente mensurada pelos testes cognitivos. Por exemplo o tamanho do vocabulário

Cristalizado = realização? 


 Potencial de armazenamento ou memória [realizado ou completado de acordo com a sua faixa etária... até a fase adulta] que o QI mensura.



Fluido = potencial vago? 


Capacidade de raciocínio que o QI mensura, mas não a sua realização, isto é, o seu produto.


QI mensura a realização do potencial de armazenamento ou memória [semântica], isto é, de fato o mensura de maneira consistente ainda que não o faça em relação à memória autobiográfica.

QI mensura o potencial das habilidades fluidas OU analíticas de maneira parcial, e como eu sempre falo, desprovidas de contexto real. 


Por exemplo: nossa memória verbal (realização do potencial de armazenamento de (extra)informações ou neo-instintos)

Através das questões nos sub-testes verbais, se analisa de maneira superficial a parcial, a nossa capacidade de raciocinar usando a nossa memória verbal/semântica



O raciocínio se consiste na capacidade de manipular as informações cristalizadas e de aplica-las no mundo real ou na realidade.



Fluido: pré-ação ideacional ou pensamento.

Analítico: ação ou intenção fundamental da fluidez da ''ação ideacional'' = análise (reconhecimento de padrões) 

A intenção primordial da inteligência é a análise da realidade visando a sobrevivência do organismo. 



Fluido como eu já falei se refere ao "estado" da inteligência e não necessariamente em sua realização.



Quando eu analiso ou analisam o meu potencial de cristalização/''expansão dos instintos'' via testes cognitivos isso se consiste na mensuração comparativa do mesmo, só que já alcançado e manifestado, ou com o seu teto alcançado

Quando analisam as minhas capacidades analíticas/fluidas via testes cognitivos, eles não estão analisando o meu potencial alcançado que se consistiria primeiramente em meus pontos de vista ou memória verbal manipulada visando a compreensão factual, seleção de informações que considero como corretas e minha capacidade de reconhecer e manipular padrões no mundo real.

Especulação: inteligência via proporção e tamanho das memórias autobiográfica, intermediária (meso-semântica/meso-autobiográfica) e semântica...

Memória semântica = complementar à "atenção abstrata"

Memória semântica = mais sobre deveres (no trabalho, nas ações do dia-a-dia)

Memória autobiográfica = mais sobre direitos (sobre si mesmo)



"O menos inteligente" típico (geralmente de qi mais baixo, até 90 ) 

Tamanho: memórias/capacidade de armazenamento/de expansão dos instintos mais curta(s) do que a média 

Em média

Mulheres: Predomínio relativo da memória autobiográfica [especialmente a de natureza social] sobre a semântica.

Menor memória intelectual ou intermediária /meso-

Homens: Predomínio relativo da memória semântica sobre a autobiográfica.

Menor memória intelectual ou intermediária 

''O medianamente inteligente'' típico (QI na média Greenwich ou padrão britânico, entre 90 e 110, )


OBS.: hierarquia psico-cognitivamente convergente e neurotípica 

Em média 

Tamanho: memórias médias

Aumento da memória semântica sobre a autobiográfica se comparado ao primeiro grupo, assim como também da meso-semântica/meso-autobiográfica.

Homens: predomínio relativo da memória semântica sobre a autobiográfica, e maior na "margem superior" (>100). Incremento da memória meso-semântica/meso-autobiográfica se comparado ao primeiro grupo. 

Mulheres: predomínio relativo da memória autobiográfica sobre a semântica. O mesmo padrão encontrado nos homens de aumento relativo da memória semântica sobre a autobiográfica (ainda que simbólica-proporcionalmente a memória autobiográfica talvez continuasse a predominar ou "empatasse" com a semântica).  Também o mesmo padrão de aumento da memória meso-semântica/meso-autobiográfica. 

O "mais inteligente" típico (> 110 - 120-140) 

Em média

Tamanho da(s) memória(s): grande se comparadas com as dos demais.

Claro que um maior aumento da memória semântica e intermediária (meso-semântica) sobre a autobiográfica. 

Basicamente: pessoas de baixa capacidade cognitiva como as do primeiro grupo apresentam, como eu já comentei sobre a atenção abstrata, em média, grande a predominante dificuldade para internalizar informações abstratas mais complexas, isto é, que estão mais distantes de suas vivências pessoais, por exemplo, qual é a capital da Letônia especialmente quando não se vive neste país. 


Pode-se talvez atribuir a essa "dificuldade" ou limitação uma menor e menos prevalente memória semântica (que neste grupo também tende a ser acompanhado por uma menor memória autobiográfica e meso-biográfica). 

Pessoas de capacidades (cognitiva) médias já começam a apresentar uma maior facilidade e motivação (advinda de uma maior atenção abstrata) em relação a esse tipo de informação. 

E é elementar que os de maiores capacidades cognitivas já apresentarão grande facilidade e motivação para interagir e internalizar/apreender esse tipo de informação que encontra-se distante de sua vivência pessoal imediata. 


Até poderíamos concluir, por agora, que o que mais diferencia uma pessoa com capacidades cognitivas modestas de outra com capacidades cognitivas mais avantajadas é justamente a proporção relativa e absoluta de suas memórias semânticas.


Mulheres: predomínio mais brando da memória autobiográfica sobre a semântica. Como esperado memória meso-semântica alargada e talvez em média mais alargada do que a do homem típico "mais inteligente".  

Homens: predomínio potencialmente mais significativo da memória semântica sobre a autobiográfica (em média). Padrão parecido para a memória meso-autobiográfica mas talvez menos que em relação à mulher. 

Outras especulações 

Autismo de baixo funcionamento 

Baixo qi,
Baixa capacidade de armazenamento ou cristalização MAS forte predomínio da memória semântica sobre a autobiográfica.

Síndrome de Savant

Predomínio significativo da memória semântica sobre a autobiográfica, especialmente as suas áreas de excelência excepcional (que não é o mesmo que excelência ou que excepcionalidade).

Autismo de alto funcionamento

Maior "tamanho" das memórias de uma maneira geral e predomínio da semântica sobre a autobiográfica, mesmo entre as mulheres

Esquizofrenia: acho que até já comentei 

Predomínio da memória autobiográfica sobre a semântica mas tendência de menor tamanho das mesmas.

Introversão: maior memória de maneira geral [tendência de predomínio da semântica sobre a autobiográfica especialmente em relação ao tipo fleumático, e da autobiográfica sobre a semântica em relação ao tipo melancólico]


Extroversão: em média, menor memória de maneira geral [tendência de predomínio da autobiográfica sobre a semântica]

sexta-feira, 28 de julho de 2017

Instintos e memórias: semântica, meso e autobiográfica

Sim, acho que já falei, mas vamos rapidamente

Instintos:

- semântico: comandos inatos/''herdados' de natureza cognitiva/mecanicista/ percepção ao impessoal

- meso: comandos inatos/''herdados' de natureza mista/intermediária/intelectual

- autobiográfico: comandos inatos/''herdados' de natureza psicológica/mentalista/ percepção ao pessoal e auto-pessoal

E as memórias seriam, como eu já..., em potenciais de expansão desses instintos, ou neo-instintos... 

O ser humano é como um copo com água, ''em média'', pela metade, enquanto que os seres vivos mais instintivos seriam como ''copos quase-completos de água'', se 'já nascem praticamente prontos''. Somos quintessencialmente falando, incompletos, e maior é a evolução, maior é a ''incompletude'. 

domingo, 23 de julho de 2017

Espectro da memória autobiográfica, intermediária e semântica e alguns mexidos

Toda memória semântica tem como ponto de origem a memória autobiográfica porque se refere à lembranças ou memórias preferenciais do indivíduo. 

A inteligência dos deveres ou afazeres pessoais, aquilo que os testes cognitivos tendem a mensurar 

A inteligência dos direitos pessoais [principiando pelo entendimento da macro-realidade, a mais importante para o indivíduo], aquilo em que falham miseravelmente apesar de correlacionar acidentalmente 

Fatos autobiográficos: autoconhecimento à lembranças pessoais.


Eu tive um cachorro maravilhoso e amigo chamado Pluto [1994/95--2006]. Teve um dia, ou melhor, uma noite, em que ficamos nós dois espreitando a beleza silenciosa e distante das estrelas, vivenciando aquele momento terno e valoroso. 

Fatos intermediários: Indiretamente pessoais /ou impessoais por exemplo fatos políticos e psicologia.


Ele era brincalhão /personalidade, de cor marrom claro e algumas partes esbranquiçadas/ característica física e gostava mais do meu pai, na verdade ele o adorava/ interação inter-vitais: fato autobiográfico que pode ser ''expandido'' para uma análise mais impessoal, sistematizada ou em segunda/terceira pessoa.

Fatos mais puramente semânticos: Contas matemáticas, capital de um país (ainda que este ainda seja indiretamente relacionado à pessoa), nome científico de plantas.


Ele era da raça X. Infelizmente veio a falecer [fato autobiográfico] de X [''fato semântico'' ou tecnicamente descrito].

quarta-feira, 12 de julho de 2017

Memória ou complemento do instinto

Os seres vivos mais instintivos são aqueles que já nascem praticamente prontos e que tendem a apresentar um período curto de desenvolvimento (infância). Pressupõe-se então que se já nascem praticamente prontos então não precisarão muito da memória no sentido de apreender novas informações (para continuarem com o seu desenvolvimento) ainda que também o façam mas a nível muito mais baixo se comparados aos seres vivos humanos. Neste sentido a memória mais parece se consistir em um complemento do desenvolvimento biológico que não foi predominantemente finalizado durante o período da gestação. 

Faça você mesmo 


Primeiro é o corpo de sua mãe em comunhão com você, ou com a combinação dos DNA's dos seus pais, que faz o serviço. Depois é você, ao nascer, que vai tomando as rédeas do próprio desenvolvimento ainda que, dependendo da espécie, haverá um bom tempo de "trabalho-compartilhado" com os pais em seu cuidado. Aquilo que já  denominei de: memória instintiva e memória ambiental


Acho até que cheguei a dizer que as duas são praticamente a mesma coisa, e mediante uma certa perspectiva isso pode ser verdade porque herdamos de nossos ancestrais a "memória ambiental" das adaptações a certos ambientes que os forjaram. Por exemplo, eu tenho hiperidrose muito mais no verão do que no inverno. Isso parece indicar que talvez eu esteja mais adaptado a certos ambientes, nomeadamente aqueles de temperaturas medianas, nem muito frios nem muito quentes, e isso possa ser uma memória ambiental ancestral que foi transmitida pra mim e se eu estou em um ambiente que está aquém de minhas necessidades bio-adaptativas então o meu corpo reagirá ao menos nesse aspecto através do desajuste, se ele suporta ou está condicionado a suportar certo ambiente mas encontra-se em outro. Pode vir a ser um exemplo de ''hereditariedade ancestral'' e/OU é apenas mais uma de minhas desordens orgânicas. Essa demarcação de adaptação pode ser extremamente antiga e ter sido passada de geração em geração, se manifestando ou não, até chegar em mim.  

No mais, essa memória também pode ser chamada de "memória biológica corporal", uma espécie de instinto do corpo. 

Já nessa perspectiva que estou propondo aqui nesse texto, a memória ambiental se diferenciaria da instintiva, porque não é diretamente transmitida pela hereditariedade, ainda que se baseie nesses instintos, e também porque inevitavelmente se "poluirá" de informação ambiental, isto é, aquilo que falei, os fatores ambientais únicos, como ou o quê nossas mentes internalizam especialmente em termos autobiográficos. 


Pode-se pensar inclusive se a memória autobiográfica seria muito mais dependente das circunstâncias ambientais do que a memória semântica, ou mais expansível.  Isso nos ajudaria a explicar uma possível maior hereditariedade da inteligência mas em especial do estilo cognitivo que a meu ver é fortemente instintivo ou genético, em relação à personalidade que também é ou parece ser parcialmente dependente das informações que são capturadas pela memória autobiográfica. 

Portanto é isso.

domingo, 9 de julho de 2017

Mente empática para dummies

Por que é tão difícil falar sobre diferenças raciais em inteligência especialmente para algumas pessoas?

Interação em primeira pessoa/mentalismo versus interação em segunda ou terceira pessoa/mecanicismo 

Eu acredito que tenho uma mente que é acima média em mentalismo mas também em mecanicismo. Eu já devo ter explicado no que se consiste este espectro. O mentalismo é a capacidade de ler expressões faciais, comportamento não verbal e de maneira geral tudo aquilo que se refere às esferas intrapessoal e interpessoal ou de interações sociais. O mecanicismo se refere basicamente ao reconhecimento de padrões em informações impessoais, e basicamente também se pode dizer que o mentalismo também seja um reconhecimento de padrões. No entanto o reconhecimento de padrões mentalista é sobre seres, em especial sobre pessoas e sobre si mesmo, é pessoal, enquanto que o mecanicismo é sobre assuntos impessoais. Em ambos há de se julgar os padrões, aquilo que eu denominei de emoção. Capturamos padrões e os julgamos, correta ou incorretamente. A emoção seria o julgamento instintivo.

Podemos facilmente reconhecer os padrões que reproduzem uma pedra. Quando precisamos julgar emocionalmente essa pedra não há a necessidade de sentir afeição ou empatia por ela. Por outro lado ao reconhecermos os padrões de uma pessoa o julgamento de seus padrões será ou tenderá a ser muito mais exaltado. Por que sentimos em média maior afeição por um semelhante da mesma espécie? Porque a empatia é como um espelho e quando olhamos para um semelhante humano é como se estivéssemos olhando e julgando a nós mesmos. Eu já falei que apesar de sua feiura ou crueza intelectual o pré conceito tem um porquê racional e pseudo-paradoxalmente empático. Se alguém te critica muitas vezes é porque quer o seu bem, só que não sabe como falar de uma maneira que não te ofenda.

Eu vivo no Brasil e do Paraná pra cima é praticamente impossível não conviver ao menos superficialmente com pessoas da raça negra. Eu tenho comentado ou nem tanto dessa maneira  que é difícil e ao mesmo tempo fácil de julgá-los. A nível coletivo é fácil reconhecer os problemas crônicos que tendem a afetar essa população. A nível individual a situação tende a mudar, primeiro porque estamos sempre selecionando quem nós queremos conviver. Segundo que a partir deste filtro é muito comum e em especial quando estamos mais distantes da média dessa população ou mesmo quando as repudiamos mesmo de maneira não intencional, que convivamos com as suas exceções. Os menos factualmente constantes serão portanto fortemente propensos a generalizar as exceções com as quais tendem a conviver muito mais. Em média os negros mostram-se parecidos com qualquer outro grupo ainda que apresentem as suas próprias idiossincrasias. O que é uma marca de diferenciação evolutiva no negro médio tende a se tornar aberrante e indesejável em uma minoria (que neste caso parece ser potencialmente significativa) por exemplo a extroversão ou simpatia que pode se transformar em desrespeito e irresponsabilidade. Também há de se pensar nas diferenças de idade e de sexo. Geralmente por serem mais emocionalmente inteligentes as mulheres de qualquer raça tendem a se mostrar mais agradáveis do que os homens. Jovens e em especial os adolescentes tendem a ser mais impulsivos e em tempos de cultura permissiva ainda mais ousados e debochados do que o costume. Como eu já falei, na verdade não tendemos a ter cautela e crítica negativa sobre o comportamento invariavelmente médio dos negros apenas pela cor da pele mas também porque muitos deles tendem a agir como eternos adolescentes e sabemos que os mesmos tendem a ser muito irritantes, e mesmo nas populações humanas mais polidas ainda haverá uma certa tendência por eles de agirem de maneiras reprováveis no lido interpessoal a partir da moralidade objetiva ou regra de ouro/ racionalidade comportamental. 

Apesar de todos esses fatores possivelmente mais confusos do que tendemos a nos habituar a pensar (negros "são" violentos e desrespeitadores porque são negros OU negros "são" assim ou assado por causa da opressão branca) é fato que algumas pessoas se prenderão mais a fatos impessoais mesmo que estejam explicando os fatos pessoais e outras, e talvez a maioria das pessoas, se prenderão predominantemente a fatos pessoais. Fatos pessoais tendem a ser centrados no indivíduo. Fatos impessoais para explicar os fatos pessoais estão além do ser e buscam entender os mecanismos subjacentes do seus comportamentos. O primeiro é uma abordagem logicamente primária que busca descrever o comportamento a partir de sua observação a olho nu e onde é tendencioso a confundir efeito com causa.  O segundo é uma abordagem abstrata bem mais centrada nas causas. O primeiro induz confundindo indução com dedução. O segundo deduz, um método mais íntimo do científico, mas que também pode desprezar a indução que tende a ser importante para a criatividade.

Enfim, quanto maior o mentalismo maior a personificação dos eventos. Como as pessoas tendem a ser mais mentalistas do que mecanicistas, não necessariamente em termos absolutos, isto é, de serem hiper mentalistas, mas em termos relativos, onde que o mentalismo tenderá a ser predominante sobre o mecanicismo, então elas estão muito mais propensas a analisar o mundo a partir desse viés e a cometer os erros que estão atrelados a este estilo. Não é que o mentalismo não possa ser abstrato como o mecanicismo, porque ambos partem de bases concretas, o olhar sobre o outro que lhe é semelhante e a si mesmo e o olhar sobre o outro que não lhe é semelhante ou mais impessoal. Mas é que quando um dos dois se desloca para a área de atuação típica do outro a abstração costuma se tornar uma constante.


Quando a mente mais mecanicista se desloca para entender fatores pessoais tende a não levar em consideração os fatos pessoais que também tendem a ser fortemente autobiográficos. E por que?? Porque ele tende a interagir em segunda ou mesmo em terceira pessoa. A distância que o torna interessado e apto no lido intelectual impessoal pode ser também causal  ou mesmo constante quando ele precisa lidar com pendengas pessoais.  Por isso que tende a ser menos empático mas também mais afiado no pensamento abstrato. Parece que ou você tem um capacidade de memória autobiográfica mais elevada ou de memória semântica. 

Ainda que em cérebros maiores talvez possam "caber" as duas e em níveis mais inchados, esta parece ser a regra. Talvez não seja apenas uma questão de valores absolutos, ser mais, porque como estamos lidando com dois tipos de memória então a proporção entre as duas parece-me até mais importante, decisiva e inevitável, reforçando esta dicotomia proposta.

No entanto uma mente mais empática terá o outro que lhe é (invariavelmente) semelhante como ponto de referência. 

Será que ele ou ela vai se ofender???


E quanto maior a agradabilidade maior a preocupação com o outro ou ao menos com a opinião dele. 

O meu exemplo. 

Eu convivo, modo relativo de falar, mas verídico, com algumas pessoas negras sem falar que como eu disse acima é tecnicamente impossível não se esbarrar com eles pelo menos uma vez na vida estando no Brasil e especialmente da cintura do Paraná pra cima. Ontem por exemplo eu reencontrei com um amigo distante em convivência, um negro simpático, alto, magro, humilde, de boa aparência e que sempre tem algo agradável para dizer pra mim. Ontem ele elogiou-me dizendo que eu sou um bom filho e que mereço sucesso na vida. Já comentei de uma vizinha que é uma espécie de rainha da simpatia, uma figura invariavelmente comum na região onde vivo, de educação técnica e capacidades cognitivas limitadas mas de uma real educação ou bons modos que parece ser constante e sem limites, que aliás já parece estar no seu teto de uso. Acho que já falei de uma ex professora de matemática que infeliz e precocemente veio a falecer uns dois anos atrás e de sua simpatia espontânea por mim. Se eu fosse mais frio ou mesmo se fosse de alguma maneira mais emotivo, só que sendo mais mecanicista, é provável que acabaria preferindo por este estilo cognitivo e portanto não tendo "o outro" como referência. Se os fatos impessoais fossem mais importantes do que os pessoais pra mim pode ser possível de se especular que eu sequer pensaria nessas interações e pessoas, antes de aceitar e mesmo, de pesar os prós e contras. Eu, invariavelmente, tenho os outros também como referência, me preocupo com os seus sentimentos, especificamente aqueles com os quais eu tenho convivido de maneira mais direta. Ao contrário do lógico afobado que confunde frieza com racionalidade, eu preciso pensar mais antes de sair por aí dizendo que certas pessoas são ''menos'' ou ''mais'', ou ''muito'', especialmente no sentido negativo, e especificamente quando estou a falar sobre coletividades, categorias ou identidades. Por isso que eu concluí recentemente que eu sou como uma espécie de tradutor mútuo dos dois estilos de mente e claro que especialmente em relação a esses assuntos mais polêmicos. 


Porque somos mais intensos em nossas convivências, nós os mais empáticos ou mentalistas, tendemos a ter ''o outro'' como ponto de referência, e sem uma capacidade lógica/primariamente racional robusta, a interpretação objetiva da realidade pode se perder em um mundo de subjetividades ou de subterfúgios.

Ou não.

sábado, 1 de julho de 2017

Materialista/partidário = menor imaginação/ abertura para a experiência = mais extrospectivo/ menos consciencioso = mais consumista = maior degradação ambiental ...

Vitalista/idealista = maior imaginação/abertura para a experiência = mais introspectivo/ mais consciencioso = menos consumista = menor degradação ambiental

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Apesar de parecer uma dicotomia política ou ideológica, eu acabei pegando uma perspectiva de comparação mais distinta em que ''o mais direitista'' será menos consciencioso que ''o mais para a esquerda'' do espectro, já que a conscienciosidade é um construto psicológico largo, com várias facetas, e algumas delas parecem estar mais presentes em tipos ideológicos menos enviesados para o ''lado direitista''. 

Neste sentido, a combinação de uma maior capacidade imaginativa + maior conscienciosidade, é possível que, logicamente falando, resultará com maior frequência em um maior autocontrole, porque uma maior imaginação tende a compensar ou a reduzir o desejo materialista/consumista mais agudo, pela própria situação de ''viver mais ou com maior assiduidade no próprio mundo'', do que no ''mundo exterior'', tendo como possível efeito um maior autocontrole, e mesmo uma maior conscienciosidade, no sentido/ou faceta de ''tomar consciência'', especialmente em relação ao meio ambiente. Também acho que, para alguns a predominantes tipos, maior a imaginação, maior a memória autobiográfica EM RELAÇÃO à memória semântica, e menor aptidão aos trabalhos e ambientes tecnologicamente antropomorfizados = maior consciência ambiental = maior vontade de viver em ambientes moderadamente naturais, e interesse em ''bens vitais'' [pessoas, seres] do que em ''bens materiais'' ou em sua aquisição. 

Maior imaginação pode vir a se relacionar com um maior bem-estar intrapessoal = ''eu fico mais satisfeito comigo'', e quanto maior a conjugação das duas variáveis, em termos de intensidade, maior a vulnerabilidade possivelmente acidental ou não-intencional para a hipo-socialização, sem necessariamente ser hipo-sociável, mas se tornando hipo-social, porque se a sua imaginação/você lhe basta, como eu já falei em outro texto, então sentirá menor necessidade da socialização para preencher a sua caminhada existencial.




Memória semântica = potencial de expansão instintiva ''espectralmente impessoal/ Memória autobiográfica = potencial de expansão instintiva 'espectralmente pessoal''

Dica de pesquisa [ou não]

Memória semântica, autobiográfica e tamanho do cérebro 

Autistas tendem a ter cérebros maiores do que os não-autistas** Especialmente os de alto/auto funcionamento*

Se sim, então eles tendem a ter excelente memória semântica**

Se sim, então eles tendem a não ter uma excelente memória autobiográfica/empática**

Se sim, então o tamanho do cérebro tende a se relacionar com maior memória semântica/sabe-se lá como que isso se traduziria a nível literal/neurofisiológico... mas não necessariamente a uma maior memória autobiográfica** 

Então a relação entre QI e memória autobiográfica também não será tão significativa quanto parece ser a sua relação com a memória semântica [generalista OU conhecimentos mecanicistas gerais]* 

E mais uma brevíssima questão:

Então em média é possível que os esquizofrênicos e arredores tenderão a exibir o padrão oposto* Não necessariamente de MAIOR memória autobiográfica, mas uma maior preponderância mesma em relação à memória semântica, e isso os faria mais propensos ao cometimento de apofenias [reconhecimento de padrões equivocados], já que a capacidade de memorização de fatos ou ao menos de algo que pareça lógico à primeira vista [lógica primária] estará fortemente perturbada ou mesmo hipo-desenvolvida. Hein*

[obs.: não tão brevíssima, brevinha vai*}

sexta-feira, 30 de junho de 2017

Não apenas a atenção mas também, evidentemente, a capacidade de ''memorização abstrata''. Já falei sobre isso mas usei um neo-termo obscuro...

... ''instinto verbalizado''... ou ''tamanho do instinto''...

De fato, além de ter atenção às abstrações ou motivação intrínseca para lhe dar atenção, também é importante ter a capacidade de internalizá-las, aliás, um processo que é muito provável de ser intensamente complementar.

Portanto é isso, tem que ter vontade de prestar atenção a um mundo mais impessoal e menos imediato. E tem que ter capacidade para internalizar uma maior porcentagem dessas informações. 

Interessante pensar se aqueles com as menores pontuações em testes cognitivos não tenham ''memórias autobiográficas'' muito mais predominantes sobre as suas ''memórias semânticas'' [não necessariamente mais desenvolvidas, mas em relação à ''memória semântica'']. Se fosse possível quantificar e estimar esses valores... 

E se os mais cognitiva ou abstratamente inteligentes não teriam um predomínio de suas ''memórias semânticas'' sobre as suas ''memórias autobiográficas'' e se não seriam maiores, mais inchadas, que é muito provável, para ambas as especulações, eu diria.

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

''Eu tenho boa memória autobiográfica''.... mas é porque eu estou constantemente interagindo com as minhas lembranças

Como eu já havia dito, uma obviedade (ou nem tanto), os nossos cérebros, praticamente, fazem quase tudo pra nós, tal como a mamãe que amassa bem a papinha pra dar bem na boquinha do seu filhinho. Somos, por agora, eternos filhos de nossos cérebros, nós enquanto ''mentes'', autoconsciências ou ''eu''. Por um lado parece muito confortável ter tudo de mão beijada, claro, tudo aquilo que não exigir esforço extrínseco, quando saímos de nossas zonas de conforto. Por outro lado, nos tornamos dependentes,  e muitas vezes reféns ''deles'', de nossos cérebros. E não sei se, pior ou melhor, mas muitas vezes ''nem nos damos'' conta disso.

A frase-título do texto é interessante e nos faz regredir à precisão semântica.

''Eu tenho boa memória autobiográfica''

O que isso significa* Isto é, no mundo dos reais, como que poderíamos entender isso melhor, de maneira menos abstrata e portanto mais aproximada, mais próxima**

Nada mais perfeito do que a auto-descrição de alguém que: 

- detém boa memória autobiográfica

e pode prover uma explicação factualmente correta

Constantemente o meu cérebro me manda alguma lembrança de meu passado. Eu pedi pra ele* Não. Talvez o tenha feito mas sem saber, sem ter plena consciência. No mais é isso. Ao encontrar-me mais íntimo de meu passado por estar em contato com ''ele'' numa base quase diária, me faz mais prodigioso na capacidade de relembrar eventos que já vivenciei, tal como se tivesse um livro de minha própria vida e pudesse voltar ''àquela página''. Tudo aquilo que memorizamos nos impactou, de maneira direta/consciente ou indireta/subconsciente. Memórias também podem ser entendidas como ''buracos'' de nossa fluidez/ignorância existencial, e o ser humano parece ter mais buracos autobiográficos do que os outros seres vivos. Esses ''buracos'', ''traumas'' ou ''impactos benignos ou malignos'' alimentam nossas vidas e contribuem para que, nos viciemos ainda mais por este ''vício', ou nos influencie para nos desapegarmos da vida, de modo histriônico, dramático (suicídio) ou de modo menos tempestuoso. 

Portanto a proposta que estou fazendo aqui é a de que ''aqueles com melhor memória autobiográfica'' ou talvez algum subgrupo, não necessariamente hipertimesia, por estarem constantemente interagindo com as suas lembranças do passado, via ''cérebro nostálgico'', acabam se tornando mais aptos para lembrar de eventos passados do que aqueles que não exibem esta ''interação intrínseca entre o EU e as suas lembranças ou 'buracos/traumas/impactos autobiográficos--existenciais''.

E geralmente este tipo de constância e intensidade de interação intrínseca tende a resultar em maior capacidade de memória autobiográfica em especial se vier monitorada por uma boa compreensão factual.


quarta-feira, 16 de março de 2016

Lembranças de épocas passadas variadas que vem a cabeça sem serem convidadas e outras aquarelas


Por que eu tive este pensamento??

Porque agora pouco eu estava escrevendo um outro texto e então me veio a cabeça a lembrança de um sábado distante (não me lembro bem se foi no final dos anos 90 ou um pouco mais velho que isso) em que fomos, os meus irmãos, o meu pai e eu, para um local da micro-cidade em que ainda moramos para comprar "frango", numa época em que a minha consciência pelo sofrimento desnecessário, covarde e macabro de muitos animais não-humanos ainda estava em sua primeira infância, e eu em minha primeira adolescência. 


Esta lembrança veio-me sem ter sido convidada.

 A briga estúpida, não de minha parte, que tive com o meu irmão mais velho logo pela manhã, pode ter tido uma causa. O fato é que estas emersões de lembranças (do passado, obviamente) em minha cabeça  de variadas épocas tem sido constantes. O que isso significa? Que papel elas podem ter em minha vida? Será que contribuem no molde constante de minha personalidade?

 A primeira é uma obviedade, a melancolia. Como uma expressão potencialmente produtiva e/ou criativa da depressão ou de estados mórbidos desta natureza, a melancolia se relaciona com a memória autobiográfica e o constante acesso às lembranças do passado e principalmente de boas lembranças, pois se o meu cérebro filtrasse apenas ou especialmente as más lembranças é provável que não me tornasse tão nostálgico em relação ao passado. 

Novamente.... me lembrei de outro episódio ainda mais antigo, mais nebuloso, provavelmente por ser muito mais distante, lá pelos idos de 95. Novas lembranças relacionadas, episódios sem qualquer grande relevância de impacto, mas que para mim foram muito impactantes a ponto de tê-los comigo até hoje e possivelmente sempre. 

Ter uma memória episódica que filtra as lembranças ruins pode ser um importante fator para o desenvolvimento de uma personalidade melancólica.



Alegria de uma inocência perdida



Ah que belo espreguiçar, que pares de meias furadas, que tempo que não passava, que inocência perdida ou talvez nunca sentida, o espelho me chamou e eu fui, mergulhei na minha alma e encontrei o maior de todos os tesouros, louco para que nunca descobrissem, tornei-me o meu próprio sentinela, sereno à cor da pele, borbulhante e provocativo em meu núcleo quente, me perdi tímido, me redescobri sábio, amadureci, minhas asas nasceram, e eu me vi numa prisão sem muros e sem limites para a maldade.


O ser humano é o único animal que tem total consciência de que é um cobaia natural


O primeiro espreguiçar,
olhos de lince,
de relance,
no detalhe de ver melhor, 
mas sem ser águia,
de ser ágil,
mas sem ser leopardo,
de ser esperto,
mas sem ser vespa,
de ser humano,
que sente por todos os sentidos,
que sabe mais do que entende,
e isso é raro,
pois toda vida sabe mais do que o suficiente,
o olhar humano quer mais,
tem curiosidade,
quer ver mais do que pode,
quer ser mais do que é,
quer transpor barreiras,
porque é transcendente,
porque é um desespero só,
se vivesse só de presente,
mas sonha com noites passadas,
pensa em um novo amanhecer,
está no agora,
mas também está fora,
a voar por não-lugares,
que haverão de se formar,
está em qualquer lugar,
se desintegra e reintegra,
é como o movimento das ondas,
e alguns vão tão longe,
que invadem novas praias,
para se pisar.