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quarta-feira, 14 de abril de 2021

Nível de maturidade intelectual/humana

 Do ideológico-artístico/surrealista ao filosófico-científico/hiperrealista)



Nível ideológico/artístico ou imaturo


Predominante em seres humanos


Características


Subjetivismo:


"Eu acredito apenas no que quero acreditar ou naquilo que me faz sentir bem"


Domínio da fantasia: da linguagem metafórica ou conotativa em relação à denotativa ou literal:


"Deus irá te ajudar"

"Armas matam"


Grande dependência psicológica por ideologias:


"Eu só creio naquilo que a minha ideologia prega porque eu sei que nunca erra"


"Me basta crer para saber"


Distorção ou imprecisão dos fatos:


"Todos os homens são estupradores em potencial"


"Sentir atração pelo mesmo sexo é crime, doença ou pecado"


"Raças humanas não existem. Os seres humanos são absolutamente iguais. Apenas o ambiente e/ou a criação que nos faz diferentes"


Arrogância e desonestidade:


"A realidade é tudo aquilo que a minha ideologia prega ou diz. Existem verdades 'inconvenientes' que sempre precisam ser filtradas."


Alienação à hiperrealidade:


"Dinheiro vale mais que vidas"


"Eu tenho certeza que existe vida após a morte"


"Somos essencialmente diferentes. Os de classe social mais 'alta' são (absolutamente) superiores aos das outras classes"




Nível filosófico-científico ou hiperrealista: nível máximo de maturidade intelectual


Raro em seres humanos


Características


Objetivismo:


"Apesar de ter as minhas crenças e opiniões, eu preciso buscar pela verdade objetiva para ser justo"


Domínio da verdade: preferência pela linguagem denotativa ou literal sobre a conotativa ou metafórica.


"Se deus existisse, tal como muitos acreditam, ele apareceria, 'em pessoa', para te ajudar"


"Não são as armas que matam, mas quem as usa"


"Podemos ser essencialmente iguais, por sermos humanos (e vidas). Mas, também somos diferentes"


Grande desconfiança em relação às ideologias:


"A realidade precisa se sobrepor a qualquer ideologia, até mesmo para que possa ser testada quanto ao seu nível de veracidade ou justiça com os fatos."


"Eu preciso saber para crer"


Precisão aos fatos:


"A maioria dos homens não é de estupradores em potencial"


"Sentir atração pelo mesmo sexo é basicamente uma variação da sexualidade"


"Raças humanas existem. Os seres humanos (e vivos) são essencialmente iguais, mas diferentes em suas 'superfícies'. Criação e ambiente não são os únicos fatores relevantes para os nossos desenvolvimentos, intelectual e moral, porque já nascemos com predisposições ou tendências para os mesmos"


Humildade:


"Eu preciso aceitar os fatos, para então, buscar pela melhor maneira de me adaptar à realidade"


Compreensão e vivência a partir da hiperrealidade:


"Dinheiro é apenas papel. A vida não tem preço"


"Somos essencialmente iguais por sermos seres frágeis e finitos. Por isso que, a solidariedade e a igualdade deveriam ser princípios básicos para todos nós"

quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

Híbrido hiper-realista e realista = sábio

Hiper realista [muito predominante OU característico] = depressivo ou hiper-positivista existencialista, muito receptivamente empático e idealista [do tipo hiperbólico ou intelectualmente fraco, com predomínio de valores/sentimentos sobre os fatos/percepções factuais].

Além da cadeia alimentar [condição indireta de subalternidade]


Excepcionalmente relacionado com valores

Sábio = uma combinação harmoniosa [vantagens de ambos] entre os dois tipos.

Realista [muito predominante] = frio, pragmático, darwinista social, muito perceptivo.

Na cadeia alimentar


Excepcionalmente relacionado com fatos


Técnico/formal e social 

Abaixo da cadeia alimentar (condição praticamente intrínseca de subalternidade ou domesticação)

quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

Novamente, o embate esquerda e direita cultural = mentalidade hiper existencialista/hiper realista versus realista ou Pós cadeia alimentar versus cadeia alimentar, imperfeitamente falando [para ambas, especialmente para a neo-esquerda cultural]

Exemplo rápido: aparência física

A esquerda cultural deseja pela aceitação da diversidade de tipos, especialmente dos tipos que são mais culturalmente penalizados, como por exemplo as pessoas//mulheres gordas.

A direita cultural deseja, em condições mais características, pela maximização dos traços ou características que sinalizam por melhor fitness reprodutivo e biológico [mas preferencialmente pelo reprodutivo em termos de aparência].

terça-feira, 26 de dezembro de 2017

Sábios [característicos] são [mais] essencialistas... Os MAIS inteligentes [característicos] são [mais] complexistas

Precisa explicar mais??

Essencialistas: buscam pela essência das coisas, verdade indivisível ou final. 

Ponto fraco: excesso de essencialismo nas sociedades humanas pode resultar na incapacidade das mesmas de se "desenvolverem' tecnológica, social, cultural e intelectualmente. 


São fortemente hiper-realistas ou existencialistas.

Complexistas: são atraídos pela complexidade na percepção e na narrativa que a explica. 

Ponto fraco: efeito distrativo ou frívolo indiscutível e/ou também de aumentar o risco para a confusão quanto à compreensão factual (fatos e valores).


Podem variar consideravelmente de tipo, desde os mais hiper-realistas, mas mais no aspecto intelectual do que no prático, até aos tipos mais culturalistas. 

segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

O cientista, o professor e o artista... os três tipos mais ''inteligentes'' e os seus papeis ou perspectivas evolutivas

Arquétipos ideais ou super-característicos

O cientista

Perspectiva evolutiva: o investigador, desbravador, calculista, que está sempre nas fronteiras da ''tribo'', da cultura, das possibilidades... 

Expande os limites técnicos da cultura.

O professor

Perspectiva evolutiva: o transmissor da cultura em acumulação constante... tal como fontes de conhecimento ambulantes e invariavelmente cheias...

Preserva a cultura técnica, especialmente.

O artista

Perspectiva evolutiva: comunicador/transmissor/educador da autoconsciência humana, voluntário ou involuntário, mais organizado ou não, da hiper-realidade, que está além da realidade nua e crua. Por causa de sua natureza naturalmente distrativa, esta parte da cultura tem sido usada também como fonte de distração por manejadores malignos, especialmente os do tipo parasitário...

Preserva e/ou expande a cultura existencialista/hiper-realista/artística.

E o filósofo

Perspectiva evolutiva: um sintetizador ou inter-comunicador das/entre as artes e das/as ciências.

Sintetiza e/ou expande a cultura técnico-existencialista/moral/intelectual.

Em condições ideais de temperatura e pressão, é claro.

terça-feira, 28 de novembro de 2017

Unionismo versus divisionismo

DIVIDIR PARA CONQUISTAR

Você quer dividir ou unir as pessoas?

Talvez devêssemos forçar essa dicotomia para mostrar ''às pessoas'' o que mais importa no âmbito da política hiper-realista...

domingo, 29 de outubro de 2017

Hiper-introspectivos/psicóticos, surrealistas /culturalistas, realistas/naturalistas, sábios, hiper-realistas

...hiper-extrospectivos (categoria possivelmente inexistente no mundo real).


Hiper-realistas = essencialmente humanos, fruto direto de uma maior autoconsciência.


Realistas = mais alinhados à seleção natural, por isso que tendem a refletir com maior coesão à realidade natural.

Surrealistas = psicóticos parciais, tal como um esquizotípico [pseudo-esquizotípico] só que com as suas crendices individuais predominante a parcialmente apofênicas, ou factualmente incompletas, popularizadas ou transformadas em um culto/cultura. 



Conservadores: realistas + surrealistas
Neo-esquerdistas/socialmente liberais: hiper-realistas + surrealistas


Conscientemente realista, subconscientemente surrealista. 

Sábios: hiper realistas + realistas + parcialmente culturalistas/surrealistas.


Predominantemente consciente, o domínio da consciência sobre a subconsciência.

Neo-esquerdistas: surrealistas + hiper realistas (consciente)

Porém: subconscientemente realistas (hipocrisia típica de esquerdista). 

sábado, 23 de setembro de 2017

A questão existencial, o primeiro estágio da percepção humana

Que o [tipo psico-filosófico] existencial nunca "resolve".

O primeiro desafio de uma mente auto-consciente (e não "apenas" consciente) é a de se ver cercada pela consciência de sua própria finitude e a de responder à essa realidade ou verdade essencial.


O escapismo é de longe o método mais popular e natural para a maioria dos seres humanos, seja por meio do naturalismo pragmático [uma espécie de escapismo bruto ou mesmo ''pseudo-escapismo''] ou por meio do surrealismo cultural/religião ou como no caso da ideologia, que mais parece ser uma espécie de cultura intermediária, entre o surrealismo e o realismo. O hiper realismo ou existencialismo se consiste no caminho ou melhor, posição menos procurada. Eu disse posição porque se o primeiro desafio humano ou neste nível de autoconsciência é o de enfrentar a questão existencial, então a sua não-resolução mais parece que consistirá em uma inércia de reação ou de aceitação de sua onipresença, do que de lutar contra ela, coisa que todos os escapistas fazem.

Ao olharmos para o espelho da vida, os escapistas surrealistas o pintarão com cores aberrantes [religião, ideologia, cultura], os realistas terão um espelho encardido, sujo, difícil de ser visto e que os colocará em um ângulo favorável [super-auto-confidência natural-instintiva] enquanto que, por fim, os hiper-realistas/existencialistas terão sempre à frente um espelho limpo, totalmente visível, representando a auto-consciência e portanto, a consciência da própria finitude/da morte. 

domingo, 27 de agosto de 2017

terça-feira, 15 de agosto de 2017

Infernos astrais: melancólico e colérico

Camada existencialista versus naturalista

Tão próximas e tão distantes 

Os mais realistas entre os quatro temperamentos são os melancólicos e os coléricos. No entanto o melancólico tende a ir fundo na camada mais fina de distração ou mais exposta à hiper-realidade, que é a existencialista, enquanto que o colérico enfatiza-se pela camada naturalista. Mais fundo que isso e chegamos às camadas sociais/mundanas, onde fleumáticos e sanguíneos se localizam.


A camada existencialista é a mais ''exposta'' à hiper-realidade.
 Já a naturalista, por ainda estar fortemente "contaminada" de instinto, a prisão e proteção natural que dá sentido e direção à vida, encontrar-se-á mais ''protegida' mas também limitada em relação à hiper-realidade.

A camada social/mundana, seria uma espécie de camada naturalista domesticada, em que as pequenezas da vida humana predominam sobre a percepção. 

E ainda teríamos uma camada surrealista, que é uma clara perversão da camada existencialista, talvez ''localizada'' na ''social/mundana'' [ou ''paralela'' a todas elas por expressar níveis diversos de distração à hiper-realidade], só que com ''um falso ar de existencialidade'', e parte essencial [religião] dos joguetes de meias-verdades que usualmente populam a esfera cultural humana.

Basicamente. O melancólico não-escapista lamenta pelos mistérios da vida. O colérico, como uma versão não domesticada, age com o intuito de ser bem sucedido no jogo da vida. E por fim o sanguíneo e o fleumático apenas tomam a vida dentro das colmeias humanas como a única possível. Apesar de serem os mais realistas e intensos, coléricos e melancólicos também tendem a ser mutuamente repelentes porque enquanto que os primeiros aceitam com vigor e imperatividade os desafios da vida, impostos por um acordo secreto entre o instinto do ser e o seu ambiente de existência, o melancólico ainda que também um produto desta conjugação, os interpreta como um fardo potencial a necessariamente superável. O peso da percepção e ansiedade existencialista do melancólico lhe torna o mais apto a priore para guiar os passos da humanidade, e em especial buscando mante-la não muito longe da luz da hiper-realidade. No entanto, o colérico, por ser ''moderadamente realista'', ao nível comum da vida terrestre, elege-se como o mais apto para dominar ou submeter as populações humanas.

O melancólico supra-valoriza a vida enquanto que o colérico é o menos propenso a fazê-lo, talvez por ver-se tal como a própria vida pulsando de anseios, e sem os artifícios de uma domesticação mais efetiva. Tal como o humano que vê um macaco em seu meio natural, e desenvolve uma vontade de guiar os seus passos de maneira mais segura, isto é, interfere em seu ciclo de vida e desafios. O melancólico é o 'humano' e o colérico é o 'animal/macaco'. O primeiro quer, de fato, um mundo superior em qualidade. O segundo acredita que este está de bom tamanho, especialmente se for do tipo mais ''puro'', e o vive, aceitando o desafio de vencê-lo. Já, sanguíneos e fleumáticos, tendem a se submeter ao domínio do ''ambiente''.

A sociedade humana, dominada por melancólicos, talvez seria completamente diferente das atuais, que são produtos em especial dos coléricos mais inteligentes e dominantes.

Melancolia e um destino bifocal: escapistas/camada surrealista ou hiper-realistas/camada existencialista


Os coléricos tem dois tipos de 'estorvos'' melancólicos para caçoarem, caçarem, enganarem, ameaçarem: os escapistas-surrealistas e os hiper-realistas. Desprezam e/ou exploram os primeiros por suas covardias e temem os segundos pelo oposto, por suas ousadias, por serem corajosos o suficiente para lidarem diretamente com uma percepção que está além da ''sanidade mental'', que é o pensar no além, naquilo que não se tem respostas, na própria finitude, enfim, naquilo em que se é mais idiossincraticamente humano. E ele, enquanto um ser muito mais legitimamente ''animalesco'', especificamente o tipo mais puro, tenderá a olhar com incompreensão e despeito a essa capacidade ingrata do melancólico. 

O melancólico sempre a um passo das lágrimas. O colérico sempre a um passo da raiva. Tudo é importante para melancólico. Apenas aquilo que convém é importante ao colérico. A moralidade objetiva é o ideal para o melancólico, ainda que pelo que parece a maioria acabe ''morrendo na praia'' para alcançá-la. A moralidade subjetiva, coletiva e geralmente mais personalizada, é a ideal para o colérico. Enfim, são muitos os contrastes, e não caberá a mim continuar a mostrá-los. O simples fato de que tendem a ser completos opostos em muitas perspectivas supra-importantes já parece ser suficiente para sintetizar conclusivamente a proposta desse texto. 

terça-feira, 18 de julho de 2017

Os testes cognitivos são sintomas-produtos do desenraizamento da percepção humana em relação à hiper-realidade...

.... porque se consistem ou tem sido usados para TRIVIALIZAR a inteligência, em seu conceito e em sua aplicação conceitual, transformando-a em uma expressão mais recreativa/de status, e também reduzida ou restrita à ''tarefas mais cognitivas'', geralmente relacionadas à escola e ao trabalho [ciclo de vida do trabalhador ''moderno'].

Como eu já comentei, analisamos ou tendemos a analisar a inteligência de animais/e seres humanos [mais] domesticados e não-domesticados de diferentes maneiras, enfatizando as capacidades dos primeiros de obedecerem/e apreenderem à regras ou comandos dos seus ''patrões'', e as capacidades dos segundos de sobreviverem no mundo natural.

No mundo natural, a inteligência é questão de vida ou morte, é tudo, é onipresente, enquanto que no mundo domesticado, a inteligência é conceitualmente distorcida, trivializada, tendo o seu papel reduzido à capacidade de ''oferecer trabalho com qualidade''. Este também é um processo de dissociação do auto-conhecimento e luta pela justiça individual em relação à inteligência.

No mundo natural, inteligência e comportamento são extremamente simétricos em conceito e aplicação. No mundo domesticado, é possível e esperado uma progressiva dissociação dos dois, resultando também em um aborto precoce de se produzir sabedoria via seleção condicionada.

domingo, 2 de outubro de 2016

Filtro ''ineficiente'' de memórias ambientais ou acúmulo qualitativo muito maior de lembranças = melancolia


Resultado de imagem para melancolia

fonte: arteprogresso.wordpress.com

A hiper-consciência da passagem do tempo e da própria finitude material/orgânica.

Melancólicos não lembram mais, porque se não eles seriam hipertimésicos. Mas é provável pensar que, correlativamente falando, os melancólicos exibam maiores memórias autobiográficas, do que a média, mais em termos qualitativos (consciência estética) do que quantitativos, 

 e ESPECIALMENTE,ou porque sintam de maneira mais intensa, vívida, real, a própria passagem do tempo, fazendo-os ao mesmo tempo de:

 - celebradores/idealistas (e corretamente idealistas) da vida 

e

- de realistas quanto à sua finitude e incertezas abissalmente profundas.

Uma espécie de hiper-atividade mental só que direcionada para os aspectos mais profundos, realistas da vida, da própria existência. 

E os melancólicos poderão ser de:

- subconscientes, que sentem mais do que entendem,

- conscientes, que entendem tanto quanto sentem e muitas vezes, como eu tenho feito, buscam materializar em palavras este estado hiper-realista da percepção humana.


sábado, 1 de outubro de 2016

Depressão existencial e mesmo a depressão comum são desligamentos do sistema de auto-ilusão que todos os organismos tendem a operar visando suas propagações individualmente biológicas ''às cegas''...

A depressão É ou pode SER entendida como um mal funcionamento do organismo no entanto as suas reverberações filosóficas ou hiper-realistas serão muito mais significativas do que mero ''transtorno da mente'', como a ciência/psicologia quer conclusivamente sentenciar.

A depressão e a melancolia, especialmente a segunda por se consistir na conscientização quanto à loucura da vida e da existência (falta de sentido), provocam o desligamento do poderoso e universal sistema de auto-ilusão que todos os organismos apresentam e que é essencial pra suas estratégias evolutivas e este desligamento se fará ainda mais ressoante pra espécie mais autoconsciente deste planeta.

 A autoconsciência, que questiona as metas evolutivas podendo deixar tudo a perder, se consistindo num complemento extremamente importante para a criatividade, ainda que em suas manifestações mais puras, mais epicêntricas, se desdobrarão de maneiras potencialmente distintas entre si.

Portanto, depressão e condições similares como a melancolia, não são apenas ou fundamentalmente ''transtornos mentais provocados por desequilíbrios orgânicos'', mas também, a partir de uma perspectiva filosófica e menos pragmaticamente mecânica/científica, em hiper-consciências existenciais, quanto às macro-incongruências da própria vida e da própria existência, porque tais desequilíbrios serão bem mais propensos a desligarem esse sistema de auto-ilusão ou ignorância/hipnose essencial, que nos faz agir, em direção ao cumprimento de ''nossas'' metas evolutivas: se ''adaptar', procriar, usando de nossas características/'armas' biológicas, e de modo quase-hipnótico OU subconsciente.

Quando uma máquina feita por humanos começa a apresentar defeito, ela para de funcionar como devia. Imagine a nós como ''máquinas'' orgânicas e que algumas dessas máquinas poderão apresentar defeitos de operacionalidade e que esses defeitos poderão resultar em prelúdios para a hiper-consciência, porque o ciclo naturalístico ou as ''nossas'' metas evolutivas passarão a ser questionadas, enfim, tal como a um rato de laboratório (pobres criaturas) que desiste de correr atrás do queijo, preso em cima da esteira em que estava correndo.  

Quando temos muito mais por que(s) do que porque(s), estão este acúmulo de insegurança é provável que nos fará muito mais infelizes do que quando tínhamos tudo ''bem triturado'', de ''mão beijada'', tal como a criança que antes era alimentada pela mãe e que agora passa a se alimentar sozinha, ou que era sempre carregada no colo e agora passa a ter que andar com as próprias pernas, só que tal autonomia se fará a macro-nível existencial, isto é, que não se consistirá neste tipo, geralmente, pequeno de desafio, mas ''apenas'' no pensar sobre si mesmo, sobre tudo aquilo que se encontra além das ilusões mundanas. Poder-se-ia concluir que quanto maior a segurança existencial, maior a ignorância, maior a conformidade à paisagem sócio-cultural vigente.

A autonomia que a autoconsciência produz, quando finalmente acessada em todo o seu alcance individual, de nos fazer andar com as próprias pernas, de questionarmos com as próprias cabeças, em muitos, resultará na depressão, quando o cérebro percebe que não conseguirá aguentar esta pressão extra e portanto deprime propositalmente a atividade do organismo, pois precisa/deseja voltar ao mundo hipo-perceptivo/geralmente hipo-neurótico da ignorância. Talvez para este tipo o prelúdio para a abertura filosófica/existencial se consistirá mais em um efeito colateral do que em uma manifestação subsequentemente lógica ou complementar ou desdobramento natural. Em compensação em alguns poucos, esta abertura para a verdadeira filosofia existencial, de se pensar e de maneira constante, a longo prazo, justamente naquelas questões macro-perceptivas ou profundas, que a maioria foge tal como o diabo foge da cruz, se fará presente e possivelmente produtiva em termos culturais a filosóficos, e no entanto, também apresentará o seu lado negativo, especialmente a melancolia, ainda que esta condição ou temperamento potencialmente permanente seja bem mais ambíguo em termos de valores e que portanto não possa ser conclusivamente definido como ''negativo''. 

Portanto como conclusão deste texto, a depressão e especialmente a melancolia não são apenas desordens da mente provocadas por desequilíbrios orgânicos, dando a entender que a única causa e efeito que ambas, mas novamente, em especial, a melancolia, poderiam ter seria a mecânica causalidade que é geralmente proposta pela ciência/psicologia, ''desequilíbrio orgânico causa depressão'/'melancolia'', esvaziando de valor potencialmente racional as suas expressões, isto é, tratando a melancolia como mera doença mecanicamente causada, da mesma maneira que se trata uma gripe, enquanto que, especialmente para alguns casos, bem mais do que uma condição proto-patológica, ela se tratará de um desligamento (parcial ou significativo) da hipnose natural que faz com que a grande maioria dos seres vivos vivam as suas existências, de maneiras quase ininterruptas, com o intuito subconscientemente subjacente de passar os seus genes adiante, em que, ao invés da cega ignorância da ''mediocridade biologicamente natural'', ser e fazer aquilo que se é, que se tem, este distúrbio no sistema de auto-ilusão também faz com que aqueles que forem acometidos, passem a questionar sobre tudo, de estourarem esta bolha ''egoísta'', ou epicêntrica, que conforta à maioria das vidas, e muitas vezes as condena por negá-las o poder da criatividade comportamental/individualmente adaptativa, ''de planos B,C,D'', como quando uma única bactéria é incapaz de modificar o seu comportamento habitual para evitar a morte certa, despejada por um novo e propagandisticamente invencível inseticida bacteriano.

Deixe-me morrer em paz... deixe-me viver

Morrer ou viver,
A morte rápida, chamamos morte,
A morte lenta, chamamos vida,
Ou apagamos a chama,
e nos espalhamos como lembrança,
Ou nos apagamos lentamente,
e assim, vivemos,
vivemos, à espera que a morte nos envolva,
e passamos esta sina adiante,
frágeis planetas de vida curta,
nos consumimos,
de estrelas anãs à gigantes de tristeza e alegria,
se vivermos até o fim de nossos ciclos naturais,
se tivermos essa sorte,
se a saudade é o único destino final,
se a poesia é como a morte,
espalha em melancolia,
se a estória é como a vida,
em sequências do tempo,
que nos enganam,
pois sempre terá fim,
e sofrida,
lhe é de expressão natural,

ou, se a estupidez nos levar antes,
nos levar de nós mesmos,
e pingarmos pra sempre,
ou sem sabermos se o pra sempre existe,
e se pinga-lo-emos,
se nos afogaremos no grão-oceano, a existência,
neste mui velho mar que apaga chamas e engole gotas,
que envolve a tudo em sua loucura,
vivemos nela, sim, na loucura,
na total loucura de nada saber,
pois apenas o sentido que dá sentido,
como um inteiro, que dá-se por completo,
damos sentido a grãos de areia,
mas o que nos envolve não tem nome,
sem respostas para os mais importantes porquês,
despertamos, e tateamos o que nossas mãos alcançam,
deixe-me morrer em paz,
deixe-me viver,
deixe-nos,
se deixem,
se a vida é o se deixar,
não tem como,
não tem por onde,
mesmo o viver pra sempre,
mesmo a máquina orgânica,
frívola e supostamente segura,
nada escapa à melancolia,
nada escapa à realidade,
nada escapa à profunda ignorância,
que nos devora,
que nos entope fundo, à garganta,
deixe-a, à vida em se espalhar,
deixe-se morrer vivendo,
e viver, morrendo,
como siamesas, dividindo a mesma sombra,
e nós, como as suas sobras,
deixe-se sobrar, 
e viva...