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quinta-feira, 10 de agosto de 2023

Sinais de que você não consegue distinguir pseudo ciência de ciência...

 ... especialmente a pseudo ciência "do bem".


Inspirado na polêmica recente do livro "Que bobagem!", de Natália Pasternak e Carlos Orsi.

1. Você chama quem defende os fundamentos mais básicos da ciência de positivista

Imparcialidade e objetividade, honestidade e humildade intelectuais, empirismo... Se você classifica de maneira pejorativa como positivista quem acredita que esses valores são fundamentais para definir a ciência, em sua teoria e prática, então, é provável que você não sabe distinguir ciência de pseudo ciência.

Uma variável disso é acusá-los de ter uma fé cega pela "ciência ocidental", como se a busca pela verdade objetiva fosse uma invenção de uma cultura ou civilização específica. 

2. Você argumenta que não existe apenas uma maneira de fazer ciência

Pois parece acreditar que a ciência pode ser não-empírica ou mesmo não-racional (?)...

Das múltiplas e legítimas especializações da ciência, todas têm como base os valores ou fundamentos que a caracterizam, essencialmente, particularmente os citados no primeiro ponto, que definem o método científico. 


3. Você problematiza termos essenciais à ciência, enfim, para uma melhor compreensão do mundo 

Verdade, objetividade e racionalidade, principalmente. 

Exemplos típicos: afirma que verdade e objetividade não são possíveis, deixa vagos seus posicionamentos sobre as mesmas ou a entender que a subjetividade é absoluta sobre a objetividade; tem uma implicância pela racionalidade, por acreditar que seja oposta à empatia, à compaixão ou mesmo à justiça...

4. Você não sabe distinguir correlação de causalidade, bem como outras capacidades básicas para o pensamento científico 

Tal como a de, primeiro, buscar pelas explicações menos complexas ou extraordinárias antes de pensar em adotar as mais complexas, se são muitas as pseudo ciências que se baseiam justamente em afirmações extraordinárias sem evidências extraordinárias. 

Outra incapacidade é sobre saber distinguir correlação verdadeira de falsa.

5. Você definitivamente não aceita estar errado 

Especialmente quando está ou se percebe que não tem verdadeiro embasamento lógico-racional, se para defender seus posicionamentos acaba apelando para falácias ou não consegue defendê-los de maneira honesta; porque a crença em uma pseudo ciência, que também pode ser por uma ideologia não-filosófica (ou sem ser a própria filosofia, em sua essência, como sabedoria), exige fanatismo ideológico para se sustentar.
 
Em outras palavras, você não é intelectualmente humilde a ponto de conseguir reconsiderar suas opiniões quando surgem opiniões melhores ou evidências que as desafiam. 

6. Você definitivamente já tem alguma pseudo ciência de estimação 

Esse é o sinal mais inequívoco, ainda mais se você tratá-las seriamente como se fossem ciências legítimas. 

7. Você é um filosofista 

Eu pensei em dois conceitos para esse termo de minha autoria. O primeiro se refere aquele que se define ou é definido como filósofo, mas mostra-se insuficiente em seu compromisso com a sabedoria, com a busca pela verdade ou melhor compreensão e, portanto, cai em uma categoria inferior a de filósofo legítimo. Já o que estou usando aqui, ainda que seja relativamente diferente, também se associa ao primeiro conceito, que parece comum aos filosofistas, no sentido de "filósofos de diploma", que é de alguém que desenvolve um fanatismo pela filosofia ou por sua concepção sobre ela, tendendo a resultar em preconceito em relação à ciência, uma espécie de cientificismo, mas da filosofia. Então, é possível que você seja do tipo que acusa qualquer um que defende a ciência "tradicional" de ser um cientificista. 

Eu comentei mais detalhadamente sobre esses meus dois conceitos para filosofista nesses textos: "O filósofo, o filosofista e o fisólofo" e "Diferença[s] entre o intelectualmente inteligente e o cognitivamente inteligente". 

sexta-feira, 15 de setembro de 2017

quarta-feira, 2 de agosto de 2017

Sabedoria ou positividade REALISTA

O realista comum tende a ser arredio e neuroticamente hiper-reativo. Ele busca por uma perspectiva mais realista mas a mesma acaba aumentando a sua instabilidade emocional resultando em neuroticismo elevado.  Ele fica frequentemente deprimido e enraivecido. 
 
Ao se expor ao realismo ele reage de maneira mais super- auto-protetiva ou ansiosa.


Pra ele a realidade é sempre ruim ou, ele acaba misturando o seu estado de bem ou mau estar primordial/autoestima e autoconhecimento, com a realidade lá fora. Poderíamos denomina-los de pessimistas ou negativistas. No entanto é fato que o contexto também conta, e o mundo atual sendo dissolvido pelo (((veneno esquerdista))) era de se esperar que eles, especialmente, se tornassem mais negativos.

Um dos irrealistas mais comuns são os hiper-positivos que estão sempre buscando interpretar (e subsequentemente internalizar) o mundo em que estão, pelo melhor ângulo possível. Ainda que não estejam totalmente errados especialmente quando estão certos, é fato que o excesso de positividade não é a resposta final ou recorrente para todas as situações e perspectivas da realidade. O problema da positividade é que ela tende a nos cegar. Por outro lado, sem o frescor de pensamentos positivos, a negatividade tenderá a nos paralisar ou a fomentar doses cada vez maiores de desespero. 


O sábio como habitual de sua parte mescla os pontos positivos dos dois extremos, a busca pela verdade dos pessimistas e a busca pela felicidade dos otimistas. 

Os pessimistas estão mais próximos da depressão enquanto que os mais sábios inevitavelmente acabarão se tornando melancólicos. É a tendência por parte dos pessimistas passarem a odiar a vida enquanto que é habito tanto dos otimistas quanto dos sábios de passarem a amá-la. 

O grande diferencial talvez seja porque o sábio característico busque unir o útil (conhecimento fundamental) ao agradável (felicidade). Os mais otimistas e os mais pessimistas tem em comum as suas incapacidades de se engajarem em mais de uma dimensão da realidade intrapessoal e extra-pessoal, porque enquanto o primeiro prefere se atomizar da realidade [de toda a realidade] em busca da felicidade, o segundo prefere se atolar na mesma em busca da verdade, em ambos resultando em incompletudes perceptivas. 

O sábio, radicalmente ou nem tanto, alia o conhecimento/busca pela verdade ao bem estar pessoal/busca pela felicidade. 
Isto é, enquanto que os mais pessimistas veem o conhecimento especialmente o que mais importa (espinha dorsal da macro realidade) como um mal necessário, os mais otimistas temem por ela ou, sequer lhe tomarão plena ciência. 

O sábio vê o conhecimento como um bem necessário. Os mais otimistas idealizam erroneamente um mundo simplório onde os problemas se resolverão desde que a positividade tome posse dele. 

Já os mais pessimistas não creem que ''o mundo'' se consertará tão cedo ou mesmo que possa ter conserto. O otimista avança sem segurança. O pessimista se paralisa. O sábio pode avançar ou como infelizmente é comum da trupe, observar mais do que agir, ainda que quando o faz ao menos terá a segurança ou o conhecimento fundamental ao seu lado.

Tal como a um hippie objetivamente culto.