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quarta-feira, 1 de junho de 2016

O sábio precisa do ''básico'' pra ser feliz

O sábio precisa da vida
E não dessas doces ilusões

 
Se para de fato viver
É preciso respirar profundo

Sentindo este sabor uno de si

É preciso ter fatos
para sentir a brisa
 de uma fantasia verdadeira
que apenas pelo contato 
da sabedoria
se pode sentir 
e saber que é de verdade
e saber que não se sobrepõe a nenhuma outra 
que não é tolice e nem maldade

Vendo dias e noites 
expirados pra dentro d'alma


comunicando com emoção 
Cada momento,

 cada ação 

pirâmides 

ei-las de egos 
e de caveiras
Que um mundo inteiro quer subir

para gritar alto 
e se esvaziar de sentido
vitórias, 
quando são apenas brincadeiras
para muitos,

mais vale risos
 torpes,
do que desesperos,
 sinceros
e pensam eles,
podres e severos,

tomam a verdade como uma espada,
se sangram por guerras de fadas,
por mitos verdadeiros,
quando são todos falsos,


O sábio prefere sempre o natural 
O fácil de se ter em mãos
Alva e objetiva direção 


Se a filosofia

 por seu cromossomo extra
se distancia desta ciência 


que mundana, 


gangrena em riscos,
em achismos e em testes bestas,
risca o quadro negro com as suas certezas 

Transborda-se em sua inimiga
raivosa
Lhe aponta insana

deveriam ser amigas
tentação de corrigi-la


 lhe mostra o seu verdadeiro caminho 


O sábio é sempre o mais enamorado da vida
Sempre vendo-a linda, 

rejuvenescida,
Mesmo quando a sua

 já lhe for muito conhecida
muito gasta

Ele precisa do básico para ser feliz
Lhe basta o essencial 


Enquanto que tolos
Esses muitos pés

 sob o céu da existência 
Se iludem com tudo o que brilha


Com o ouro da magia
Distorcem fatos
Os fabricam fantásticos


Até demais para milagres de areia
Ou de lágrimas artificiais 
Vil e grosseira, histeria


Agem como loucos 

perfeitamente normais
O inferno  são sempre os outros 
A te forçarem nestes bacanais


Ardem essas almas perdidas

febre da real loucura
a traçar planos triunfais
cantam vitórias,
em cima de túmulos e castiçais
clamam excelências
quando não passam de meros boçais

À sabedoria 
Dessas poucas certezas
E é tudo o que temos 


Nascemos para sermos iludidos
O sábio é o primeiro a acordar deste mito
O primeiro a separar fantasias e realidades
Segregando-as, 

Construindo o seu mapa de verdade

Monstros são substituídos 
O novo mundo se distribuiu em novos rumos

 
Se descobrir é sempre uma invasão 
Eles, lá, continuam medievais

O sábio sempre num avanço de mais e mais
 
adentro da terra 
Quer raízes, 

quer núcleos 
Quer se encontrar 
Quer seu espelho bonito
Quer refletir a sua essência 


Quer voltar a decência de não mais mentir
Quer o hábito da perfeita razão 
E portanto quer uma honesta compreensão

sobre tudo
e sobretudo,
quer este básico,
este regredir às origens pálidas

Este castelo de cartas
estes blefes
esta arquitetura de mentiras

O sábio quer apenas tocar-lhe
à vida
para que possa
ele mesmo se tocar

encontrar em sua plenitude
a felicidade de ser feliz

o princípio da sabedoria
é o da igualdade
em seu refletir perfeito
em sua cumplicidade com o ser

Precisa de pouco
mas este, que é tudo o que de fato temos
já é muito

Entre milhões de cartas falsas,
ele toca as poucas que existem,
no tato,
novamente,
renova a mente,
e regride,
sempre em sua razão
por se espalhar perfeito,
de copiar a natureza,
o movimento das ondas,
o planeta em que vive,
o sistema que lhe dá cor e calor,
de emular a perfeição 
que nos encapsula,

se a criatividade é uma bula,
vem sempre com contraindicações,
que é linda, exuberante,
com seus anéis, seus amantes,
suas roupas,
como uma dama da noite,
debaixo de toda a sua mentira,
onde vive a sua verdadeira beleza,
a sua verdadeira face,
a verdadeira Camélia, 

esconde a criatividade
a luz da verdade
quer a fantasia
quer sempre se reinventar

mas sem a sua irmã sabedoria,
apenas continuará nadando contra o tempo
contra si mesma
se matando
se enrolando,
louca

o sábio nem da criatividade precisa
ele precisa do básico pra ser feliz



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