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segunda-feira, 20 de junho de 2016

A implosão natural de uma montanha ou o crepúsculo da vida

Nasce nesses atritos 
com cheiro de sexo
Desses encontros, 
perversas paixões a se devorarem
Nasce e cresce, um monstro se alimenta
Força tal que ninguém sabe
Onde está o princípio da vida ?
Ele está dentro de nós?? 
Onde está o núcleo de nossas existências??
Onde se encontra a nossa vontade

 mais virgem, mais original??
Por terremotos e chuvas tórridas, cria-se
Cavalga quente em seus primeiros anos 
E em suas primeiras décadas
E esta força vai se dissipando 
Se tornando até estranha, muitas vezes indesejada
O fogo da vida, vai corroendo a vela
O vento vai levando as nossas esperanças
E quanto mais fracas, mais fortes ficam 
Do ápice, n'altura dos sonhos de juventude
Ao leve porém constante adeus 
Quer deixar no inconsciente 
Mas quanto mais sapiente da morte
Mais vivo é este pesar 
Alguns tem a sorte de envelhecer mais rápido 
De descobrir a vida
Antes que nos descubra de si
No relento deste não saber 
Como um ancião  d'alma
Mas cheio daquele fogo jovial
Nasce e morre com maior frequência
Com maior intensidade 
Aprende criança, jovem e maduro
Onde o tempo passa mas também se acumula
Maior a  sabedoria
Maior é a responsabilidade
menor a ilusão 
Fervendo, borbulhando 
No entusiasmo da infância 
Para um terreno sem curvas
Daquele vigoroso vulcão de outrora
Àquele mar de morros 
chorosos d'aurora
A implosão da força
O cansaço pelo desgaste
O resgaste da própria alma
E o seu preparo no crepúsculo do sol 
Num sempre adeus...

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