Vezes,
que são muitas,
se eu sei mais de mim,
e tu não sabes de si,
eu rio,
cascatas em meus olhos-brios,
Se eu sei,
eu me enfeito,
e se sei o suficiente,
eu me ajeito,
compreendo a vida,
e me esqueço,
apenas um pouco,
eu quero o ar que me rodeia,
quero rodeá-lo por inteiro,
mas apenas odeio,
quem não se sabe,
que não se safa,
autoconhecer,
eis a tua imprópria arrogância,
mas é sincera,
de não ser mais um ignorante,
é megalomania,
mas também pode não ser,
ou pode melhorar,
por se antever,
de trabalhar em dois,
de se completar,
único orgulho verdadeiro,
de se ser
quando se sabe o que é,
o primeiro espelho é sempre um exagero,
te mostra perfeito, simétrico,
re-pensar, é o que precisa,
e verá,
se pisará,
e se lamberá
novamente,
renová-la,
ser o próprio cientista,
ser a sua própria tese,
reza por si mesmo,
conversa apenas com Deus,
consigo,
cheio de si,
de saco cheio, diga-se,
sem se idealizar,
cada vez mais distante,
mais arrogante,
rogando pragas,
ensaiando bufante,
e desistindo,
rindo da vida,
desta tragédia engraçada,
padre ou o doutor de jaleco,
seu retrato ou o toque de um lábio,
sente-se
como que se não sentisse,
a pele é a primeira mão,
o sentido é o primeiro ar,
cheio de intuições,
agarra nas mãos da razão,
puxa-se acima das nuvens,
flutua,
a tudo reduzindo,
simples e objetivo,
as cortinas se abriram,
rostos pintados estão borrados,
se tudo se mostra pra ti,
assim, rápido,
como se se entregassem de bandeja,
és arrogante,
mas é um erro de percurso,
pois conhecer-se,
se consiste em essência,
de ver os próprios erros,
é o oposto da regra de ouro,
de conservar-se,
em teimosia,
em suas ''forças'',
voltamos atrás,
quando sábios,
e completamos essa busca,
a verdade final é o equilíbrio,
é a sabedoria
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