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quarta-feira, 22 de junho de 2016

A transmissão hereditária de riquezas/poder é imoral e pode nos ajudar a entender a ruína das sociedades humanas...

Dinheiro é poder. Quem tem mais dinheiro, tem o controle sobre os demais, é assim que funciona em sociedades materialistas. Um maior acúmulo de matérias altamente valorizadas enquanto moedas de troca resultará em uma transmissão hereditária do privilégio e eu diria mais, na transferência do suor, trabalho duro e cabelos grisalhos de muitos ''homens de ação'', exemplares ou não, para filhos, muitos deles que serão piores que os seus pais. Está armado o circo humano... 

Incompetentes e/ou moralmente corruptos e com sorte, herdam de mãos beijadas o trabalho, moralmente correto ou não, de seus pais, e com isso impõe, conscientes ou não, regimes de terror, despoticamente explícitos, ''sutis'' ou mesmo inconscientes. Como que qualquer sociedade poderia evoluir com esta constante cadeia hereditária que é tão incerta**

Muitas pessoas erradas tem a sorte de nascerem em berços de ouro e se aproveitam de suas situações de influência para impor as suas insípidas vontades sobre os demais. 

A transmissão hereditária deve ser substituída pela transmissão [verdadeiramente] meritocrática, mesmo em relação à riqueza de famílias, que supostamente seriam logicamente livres pra fazerem o que quiser com o seu dinheiro. 

Aquele pensamento muito comum em nossos dias: ''eu não tenho nada a ver com a vida alheia''

Estamos sempre fugindo como o diabo foge da cruz em relação à necessidade essencial de se, finalmente, dialogar para que comecemos a agir como adultos, literalmente falando. Se somos seres sociais, o que acontece com o vizinho, tem sim a ver comigo, e em especial naquilo que pode me afetar diretamente. Uma comunidade verdadeiramente racional dificilmente será individualista, pois encontrará grande estima pelas qualidades da coletividade, mas mantendo todos os direitos à individualidade humana benigna, intactos. 

Continuamos em um breu de entendimento, conhecimento em relação a nós mesmos, ao ambiente em que estamos, e portanto às pessoas que estão conosco ou que compartilham os mesmos espaços.

A ênfase no material inanimado, em uma cultura eugênica por excelência, deve ser centralizada no material biológico, humano e não-humano.

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