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sábado, 11 de março de 2023

O que um certo "apresentador" e a loteria têm em comum??

 São ambos especialistas em humilhar pobre e remediado em troca de dinheiro.


Porque o primeiro apresenta um quadro em seu programa que dá dinheiro a convidados pobres ou remediados, milhões de vezes menos ricos e socialmente privilegiados que ele, desde que se submetam às condições humilhantes impostas pelo programa para serem contemplados.

Já qualquer loteria faz exatamente o mesmo, porque também humilha pobres e remediados só que enganando-os, deixando-os esperançosos de que ficarão tão ricos quanto à ''elite'', que os explora com salários baixos e jornadas exaustivas de trabalho. 

sexta-feira, 30 de dezembro de 2022

Sobre o panteísmo secular (mundo das "celebridades") e a parassimpatia

 Aqueles indivíduos alçados à condição de "celebridades" são como "divindades" da mitologia secular?? 


São eles que alcançaram o "Olimpo" da riqueza e/ou da popularidade em um mundo de desigualdades exorbitantes e injustas. Que são tratados como absolutamente superiores aos outros, reles mortais, como os maiores merecedores de admiração e privilégios (mesmo se por razões escusas ou cronicamente insuficientes). E quando morrem "deixam legados" e se tornam "imortais"... arrastando simpatia, homenagens e lamentos de milhões, com os quais nunca conversaram ou conviveram pessoalmente, enquanto continuamente se maltratam ou pouco se importam com os que estão por perto...  pois também por culpa desta narrativa (ou doutrinação) que internalizaram, que valida e naturaliza esse universo obscuro de sujeitos extremamente privilegiados, que enfatiza nossas diferenças mais superficiais e nos aliena quanto ao que temos de mais comum e decisivo, a essência, de sermos uma mesma vida, frágil e momentânea, primariamente merecedores de respeito e cuidado, independente se somos famosos ou anônimos... 

terça-feira, 27 de dezembro de 2022

"Respeito" ...

 Prega a menininha loira e "influencer" precoce, depois de ganhar um salário bem gordo por sua participação em uma propaganda de banco, que "guarda" o nosso dinheirinho suado com muito cuidado e respeito; a atriz veterana, elegante e progressista-caviar, do tipo que discursa sobre desigualdade social em suas viagens a Paris; a funkeira, rykah e ostentadora, "representante" da periferia e um apresentador (500 mil de salário pelo seu programa "educativo" todo sábado à tarde) com o seu filho autista...


Eles pedem por R-E-S-P-E-I-T-O...


"Ah, o amor venceu"

E também o auto-aumento de salários de "políticos"...

Nem uma notinha de repúdio, Lula??? 

quinta-feira, 17 de novembro de 2022

Problematizando o discurso excessivamente positivo da "ascensão social"

 Adotado, inclusive, pelas esquerdas...



Pois se alguém precisa "ascender socialmente" para "melhorar de vida", no sentido de sair da pobreza, então, isso significa que existem desigualdades sociais grandes o suficiente para gerarem uma significativa diferença de privilégios entre as pessoas. 

Portanto, o mais certo seria de criticar a perpetuação dessas desigualdades do que se limitar à celebração acrítica da ocorrência de ascensão social, ainda mais se "acontece" apenas para alguns poucos "sortudos", mesmo se forem indivíduos vindos de grupos historicamente marginalizados.

Classismo embutido 

"Filho de empregada doméstica se forma como advogado"...

Outro problema com essa narrativa é que se baseia na desvalorização, vezes explícita, de profissões que já são desvalorizadas, em termos de salário e reconhecimento social. Novamente, é a celebração do sucesso de alguns poucos indivíduos e consequente desprezo das desigualdades sociais/salariais que os tornam notórios. Por exemplo, o catador de lixo que consegue passar pra uma universidade e pensa em ter uma profissão mais rentável e prestigiosa. Mas a função de juntar o lixo das ruas também tem sua valia e deveria ser mais valorizada...

quarta-feira, 19 de outubro de 2022

"O capitalismo é meritocrático"

 Umas semanas atrás, uma atriz brasileira ganhou 200 mil apenas pela "venda" do nome do filho que está esperando aos 50 e tantos de idade. Enquanto isso, milhões de pessoas trabalham duro para cooperar com a mesma sociedade que lhes paga muitíssimo menos e que jamais receberão essa quantia mesmo se trabalhassem por 100 anos.


Esse exemplo deprimente de anti-meritocracia não é exceção, mas a regra no sistema capitalista já que, quanto maior a conta bancária, menor a contribuição bruta ou direta que o indivíduo presta à sociedade em que vive, mais do que delega a si mesmo, se estendendo para além do mundo das artes e dos esportes, também para políticos, empresários e "profissionais' de ocupações consideradas de prestígio... Mas por quem?? Quem foi que decidiu que um médico tem que ganhar muito mais que um professor ou qualquer outro trabalhador que se encontra em uma posição abaixo na hierarquia??? E mesmo se o artista ou esportista fosse muito talentoso, qual é a razão para que um jogador de futebol ou ator famoso ganhe valores astronomicamente maiores que o restante da população?? 

O capitalismo parece ser basicamente uma espécie de feudalismo burguês em que, ao invés de "nobres" e "clero" como classes privilegiadas, que detêm poder e riquezas apenas para si próprias, temos, além das "sanguessugas azuis" remanescentes,  "empresários", "bilionários", "políticos", "artistas" e "esportistas", particularmente os mais famosos, como  "nobreza" e "clero" "modernos" tais como os existiam na Europa Medieval.

Pois não há absolutamente nada de sistemática ou verdadeiramente meritocrático no sistema capitalista. 

segunda-feira, 3 de outubro de 2022

Por que o mundo das celebridades é um reflexo da essência podre do sistema capitalista??

De maneira geral, as "celebridades" são um grupo de indivíduos privilegiados que desfrutam de um grande reconhecimento público, na maioria das vezes injusto ou exagerado e, também, de salários muito altos se comparados com os do restante da população. Se elas, em sua maioria, não se tornam famosas por terem algum talento excepcional, expressado a partir de uma obra artística de grande valor, particularmente no caso dos artistas famosos, mas que também vale para qualquer outro tipo de celebridade. E se seus salários, geralmente exorbitantes, também não fazem jus à contribuição que dão à sociedade.

Em outras palavras, a gratificação que recebem excede significativamente a contribuição que delegam.

Mas não pensem que as "celebridades" são as únicas que enriquecem injustamente e, associado a uma valorização exagerada de suas figuras e contribuições, porque todos aqueles que exercem alguma profissão considerada de "elite": empresários, políticos, juízes, médicos (ainda mais os que atendem no setor privado).. também tendem a retirar muito mais da sociedade do que contribuir...

Pois além de enriquecimento e reconhecimento injustos, parece que a maioria das "celebridades" também tendem a ser pouco generosas com causas sociais...

Na verdade, nenhum ser humano, independente do quão talentoso ou prestativo possa ser à sociedade, merece ser recompensado com um salário que está muito acima da média ou acumular uma grande fortuna, porque além disso e se configura numa relação de parasitismo. Se a ideia de que se pode acumular uma grande fortuna com base apenas no trabalho é completamente irrealista.

O mesmo no caso da pobreza, se nenhum ser humano, a priori, merece receber um salário que está muito aquém do seu custo de vista, bem como por sua contribuição bruta, que o faça viver precariamente...

sábado, 10 de setembro de 2022

''Por que a esquerda brasileira prioriza medidas como distribuição de riquezas/igualdade, ..."

 ... mesmo que não sejamos um país rico, ao invés de focar primeiramente em políticas internas e externas para criação de riquezas e desenvolvimento econômico?" 


Pergunta do Quora. Minha resposta.

O Brasil é um dos 10 países mais ricos do mundo em tamanho do PIB, rico em recursos naturais, incluindo um dos mais importantes de todos, água, e com grande potencial para o turismo.

Realmente, se o Brasil fosse um país pobre, então, por que nossa linda elite é tão rica?????

Outra coisa, para a criação de riquezas e/ou desenvolvimento é preciso ter um mercado interno robusto, característica presente na grande maioria dos países capitalistas mais desenvolvidos…

quarta-feira, 1 de junho de 2022

A principal desculpa do "esquerdo-burguês"

 Um dos maiores astros da Hollywood de outrora, o ator britânico Richard Burton, também se declarava como socialista ou, de esquerda, "apesar' de ter acumulado muito dinheiro ao longo de sua vida. Então, teve uma vez que, ao ser perguntado sobre essa aparente contradição, ele se justificou dizendo que não é igual à maioria dos mais ricos, porque não explora os outros...


Ok, mas mesmo não sendo um explorador, essa desculpa não é suficiente para justificar a situação que se encontra um típico "esquerdo-burguês", um indivíduo que se define defensor de valores progressistas, como a justiça social, e que, além de ostentar um padrão de vida muito confortável, pouco ou nada faz na prática aquilo que diz defender em seus discursos. Por ser o mesmo que ver uma pessoa sendo maltratada pelos outros e não fazer nada para ajudá-la.

Por isso que, para aquele que se define ou se posiciona como defensor da justiça social/existencial e é detentor de privilégios socioeconômicos, também é muito recomendável que busque compensá-los, por exemplo, ajudando instituições de caridade, ONGs, indivíduos, se não estará se comportando de maneira muito parecida com a de um burguês capitalista; se é hipócrita dizer que "apoia" a luta pela justiça social, mas estar indiferente às injustiças que acontecem ao seu redor e ainda com algum poder para combatê-las. 

sexta-feira, 29 de abril de 2022

A culpa é apenas do "povo brasileiro" pelo subdesenvolvimento do país??

 Eu tendo a concordar que, o maior desastre "natural" do Brasil é o seu próprio povo, já que, em média, está longe de ser o mais honesto, educado, racional e inteligente.


(Me refiro a brasileiros de todas as classes sociais).


Eu posso concordar que, boa parte da criminalidade nas cidades brasileiras se deve a indivíduos das classes trabalhadoras...


Mas se são as elites econômica e política que governam, que mandam no país, então, os maiores responsáveis pelo subdesenvolvimento do nosso só podem ser elas e não os mais pobres...


Se são essas elites, especialmente as que se definem como capitalistas e conservadoras, que detêm a maior parte das riquezas produzidas; que pagam menos impostos, proporcionalmente, em relação às outras classes sociais; que fazem leis que beneficiam a si mesmas em detrimento dos outros; que roubam o dinheiro público; que exploram os trabalhadores com salários muito mais baixos que os seus e jornadas de trabalho exaustivas; que derrubam o patrimônio histórico, quando não lhes serve para ganhar dinheiro, para construir seus escritórios (bregas) ou shoppings nos centros das cidades; que degradam a cultura nacional, com músicas de baixa qualidade e programas de televisão sem conteúdo educativo, como sempre, pensando nos lucros de uma audiência fácil; que destroem ou se apossam de áreas verdes remanescentes nos centros urbanos para construir condomínios fechados ou comprar casas neles; que mais destroem o meio ambiente em busca de lucros...


Se o Brasil é maltrapilho, não culpe os pobres,mas os ricos.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2022

Alienação à direita, à esquerda e a iluminação filosófica

 As ideologias de direita e de esquerda defendem por duas perspectivas incompletas e opostas da realidade, que se completariam se entrassem em um entendimento mútuo. Em outras palavras, elas são partes de um mesmo todo que é a iluminação filosófica, a busca pelo conhecimento, sem filtros ideológicos de qualquer espécie, especialmente sobre as questões mais importantes (as mais básicas), muito disputadas por essas ideologias. 


Igualdade e desigualdade


A alienação de direita foca excessivamente nas desigualdades ou diferenças hierárquicas, naturais ou artificiais, no sentido de inferioridade, equivalência ou superioridade. Já a alienação de esquerda foca excessivamente na igualdade, diga-se, muito mais na igualdade humana do que também considerando as outras espécies.


A esquerda é uma tentativa de transcender a direita, mas, na verdade, só tem substituído uma alienação por outra, porque ao enfatizar a realidade da igualdade passa a ignorar e/ou a distorcer a realidade das desigualdades. 


Em suma, a direita supernaturaliza a desigualdade e desnaturaliza a igualdade, e a esquerda faz o oposto: supernaturaliza a igualdade e desnaturaliza a desigualdade; porque sobrepõem seus ideais (a direita, o ideal de hierarquia e a esquerda de igualdade) especialmente sobre os fatos que consideram inconvenientes.


Por exemplo, enquanto a direita, particularmente a extrema direita,  supernaturaliza as nossas diferenças comparativas e/ou hierárquicas (sociais, raciais, cognitivas, especistas, etc) e despreza que também somos todos iguais, em essência, seres vivos/humanos e (muito provavelmente) finitos, a esquerda supernaturaliza a nossa igualdade e, como consequência, despreza justamente as diferenças que a direita exalta.


A alienação é a ignorância, o desprezo, o desconhecimento. Ambas a praticam só que para lados ou perspectivas diferentes. 


A transcendência é a superação, o avanço a um nível superior. A esquerda, ao substituir uma alienação por outra, simplesmente não consegue superar o nível de compreensão parcial da realidade no qual se encontra a direita.  


Essência e aparência


A essência é aquilo que é mais importante, universal, primordial e decisivo; é a perspectiva mais profunda da realidade (é a impermanência de tudo e, então, a igualdade de tudo). A igualdade e, portanto, a essência de toda vida é a de viver e morrer, de ter um princípio e um fim.


A aparência é a perspectiva mais superficial da realidade; é aquilo que é imediatamente cognoscível aos sentidos. A aparência, mesmo sendo concretamente causal, também é uma ilusão. Por exemplo, a aparência das diferenças hierárquicas e/ou desiguais das espécies em comparação à essência que têm em comum, de serem vidas.


Apenas o ser humano que, por causa de sua inteligência, é capaz de reconhecer a igualdade da essência, de ver além das aparências.


Pois a esquerda tende a enfatizar pela igualdade da essência e se alienar à desigualdade das aparências. E, por sua vez, a direita se aliena à igualdade da essência enquanto se excede com a desigualdade das aparências. A iluminação filosófica é o exercício de considerar e lidar com ambas as realidades, da essência e das aparências, abolindo todas as alienações. 


Exceções às regras 


A esquerda, especialmente a esquerda identitária, busca celebrar a diversidade de tipos culturais, físicos e comportamentais humanos, claro, nomeadamente os que estão de acordo com a sua ideologia; uma ênfase pela diferença que tende a ser mais positiva ou não-comparativa.


A direita, especialmente a tradicional, tende a promover pela inibição da individualidade e, então, da diversidade de comportamentos em prol da conformidade à sua doutrinação; uma forma mais autoritária ou negativa de igualdade, mais no sentido de uniformização. 

quinta-feira, 11 de outubro de 2018

Dois possíveis insights políticos, ou não... a escolher .. e um plus [ou menos]

Primeiro: o aumento da criminalidade no Brasil foi também provocado, se não absolutamente negligenciado, pelo regime militar, porque justamente durante a ditadura que ocorreu o inchaço urbano/demográfico, e concomitante ''favelização'' das periferias/aumento das desigualdades sociais, e mesmo sem qualquer planejamento familiar que possibilitasse a contenção desta explosão populacional e urbana... O regime militar brasileiro exacerbou o sonho bonito porém irresponsável de Kubistchek [se é assim que se escreve porque eu não sei falar tcheco]. Quando o regime militar acabou o país já se encontrava em maus lençóis sociais e econômicos, culpa de quem* de quem teve poder total durante duas décadas...

Segundo: a revolução industrial FOI a revolução capitalista, em que também ocorreu a expropriação de terras dos trabalhadores rurais [assim como aconteceu com a revolução comunista na ex URSS], começando é claro pela pioneira Inglaterra, com leis que as transferiram para as mãos de latifundiários, empurrando essa população para os centros urbanos, e estas sendo usadas como mão de obra barata, mediante a sua abundância, ociosidade e ''baixa qualidade''. 

Segundo e 1/2: ''Escola sem partido'' ou ''Escola sem ideologia'', mais uma ideia pra lá de idiota dos ''liberais'' brasileiros, uma racinha que, em média, gravita entre o semi-analfabetismo e a completa ignorância quanto à história. Fui a favor do ''Escola sem partido'', mas então eu fui percebendo uma coisa: se tirarmos a ideologia da maioria dos professores, a ''esquerdista'', então será passaremos a ter uma educação totalmente neutra no aspecto ideológico** Com certeza que não, pois tudo o que pensamos, acreditamos, seguimos ou tentamos impor também É ideologia. Ideologia é o estudo e o uso de [certas] ideias. Capitalismo, liberalismo [para ricos] econômico, conservadorismo e religião também são ideologias... Então pensei em um exemplo bem literal do que seria a aplicação da tal ''escola sem partido''

Realidade ou o que aconteceu: africanos foram escravizados por árabes e europeus, sendo que estes segundos os levaram para as Américas, resultando em uma mácula histórica e longa de exploração absolutamente desumana. [interpretação ''esquerdista'', ou, neste caso, mais condizente com a realidade]

Suposta ''neutralidade ideológica'': africanos foram levados por árabes e europeus para trabalharem em suas respectivas destinações, sendo que estes segundos os levaram para as Américas... ;)

sexta-feira, 18 de agosto de 2017

segunda-feira, 15 de maio de 2017

A ideologia da "igualdade" promove a desigualdade de conhecimento entre as pessoas [especialmente dentro do seu grupo epicêntrico]

E portanto promove desigualdade no mundo real, quintessencialmente falando, porque se o líder ou a elite sabe mais do que os seus seguidores então já se consistirá em um grande risco para uma crescente assimetria entre ambos e favorável obviamente ao primeiro [líder ou elite]. E isso reflete na necessidade da honestidade e sinceridade para que a sabedoria seja de fato usada como moeda de troca nas relações humanas especialmente as de natureza administrativa ou [possivelmente] cooperativa, ainda que, como eu já falei antes, para alguns tipos, possivelmente comuns de seres humanos, o conhecimento ao invés de contribuir para a evolução individual, tende a atiçar ainda mais a sua estupidez. Sim, comunicar a verdade é sempre importante, mas para alguns grupos, se ainda continuarem a existir em uma sociedade sábia [provavelmente não], há de se ter grande cautela.

domingo, 10 de julho de 2016

Servilização e civilização

Civil não é servil
o servil serve
e serve pra ser servil
o civil serve
e serve pra ser servido
como um contrato camarada
trabalha em prol mas também quer um lugar ao sol
o servil é o escravo bem tratado
o civil é protegido
o servil é vigiado
o civil é igual ao patrão,
mas diferente
por estar em outra posição,
só que não é uma pirâmide,
é como um tabuleiro,
em uma mesa horizontal, 
de face lisa,
isto é cooperação,
iguais em estatura,
complementares em ação, 
na cultura da servilização
o vertical torna a um servo
e outro, um capataz,
chamam-no o ''civil'',
e ele, tolamente esperançoso,
crê neste deboche monstruoso,
trabalha muito e ganha pouco,
corre e a frente o ''seu'' queijo,
é usado como energia, 
pega o seu salário pouco,
mas tem muito mais nos bancos,
que pertencem a porcos tolos,
no banco da praça,
inveja a liberdade das asas,
queria sonhar com o céu ao seu lado,
pedalar em cima das nuvens brancas,
cheirar o perfume das árvores,
segurar os raios pelos cabelos,
mas é ''adulto'' e servil,
condenado, dentro de um funil,
e como carne barata, é triturado
o abutre lhe engoliu
morte feia de quem só serviu
de quem nunca viveu
eis a verdadeira face 
civilizado é uma ave rara
aos bandos, são todos servilizados...



quarta-feira, 22 de junho de 2016

A transmissão hereditária de riquezas/poder é imoral e pode nos ajudar a entender a ruína das sociedades humanas...

Dinheiro é poder. Quem tem mais dinheiro, tem o controle sobre os demais, é assim que funciona em sociedades materialistas. Um maior acúmulo de matérias altamente valorizadas enquanto moedas de troca resultará em uma transmissão hereditária do privilégio e eu diria mais, na transferência do suor, trabalho duro e cabelos grisalhos de muitos ''homens de ação'', exemplares ou não, para filhos, muitos deles que serão piores que os seus pais. Está armado o circo humano... 

Incompetentes e/ou moralmente corruptos e com sorte, herdam de mãos beijadas o trabalho, moralmente correto ou não, de seus pais, e com isso impõe, conscientes ou não, regimes de terror, despoticamente explícitos, ''sutis'' ou mesmo inconscientes. Como que qualquer sociedade poderia evoluir com esta constante cadeia hereditária que é tão incerta**

Muitas pessoas erradas tem a sorte de nascerem em berços de ouro e se aproveitam de suas situações de influência para impor as suas insípidas vontades sobre os demais. 

A transmissão hereditária deve ser substituída pela transmissão [verdadeiramente] meritocrática, mesmo em relação à riqueza de famílias, que supostamente seriam logicamente livres pra fazerem o que quiser com o seu dinheiro. 

Aquele pensamento muito comum em nossos dias: ''eu não tenho nada a ver com a vida alheia''

Estamos sempre fugindo como o diabo foge da cruz em relação à necessidade essencial de se, finalmente, dialogar para que comecemos a agir como adultos, literalmente falando. Se somos seres sociais, o que acontece com o vizinho, tem sim a ver comigo, e em especial naquilo que pode me afetar diretamente. Uma comunidade verdadeiramente racional dificilmente será individualista, pois encontrará grande estima pelas qualidades da coletividade, mas mantendo todos os direitos à individualidade humana benigna, intactos. 

Continuamos em um breu de entendimento, conhecimento em relação a nós mesmos, ao ambiente em que estamos, e portanto às pessoas que estão conosco ou que compartilham os mesmos espaços.

A ênfase no material inanimado, em uma cultura eugênica por excelência, deve ser centralizada no material biológico, humano e não-humano.

Se não existe dinheiro público, então as ''celebridades'' são ainda mais parasitárias e agentes diretos da desigualdade social do que eu imaginava...

''Não existe dinheiro público, apenas privado''

Se não existe esta separação entre o dinheiro público e o privado, então as ''celebridades'' são agentes diretos da desigualdade social, muito mais do que eu imaginava.

 Em uma sociedade perfeccionista (evite o uso do adjetivo ''perfeito'', quase tão empiricamente difícil quanto ''livre'') o mérito se daria de acordo com o alcance e qualidade das contribuições individuais, ainda que todos aqueles que fossem funcionais de alguma maneira (e existem muitíssimos níveis de funcionalidade ou seria melhor reciprocidade cooperativa) também devessem ser minimamente assegurados pelo governo.

Mas é um disparate termos, jogadores de futebol ou atores ganhando salários descomunais e contribuindo tão pouco para o bem estar social, e pelo contrário, dando contribuições negativas!!!

Se, segundo a famosa fala de Margareth Thatcher, não existe tal coisa como dinheiro público, então é o ''nosso'' dinheiro que está bancando a vida boa e popularidade incomensuravelmente tosca desses parasitas que os seus escravos naturais chamam de ''celebridades''. 

Absolutamente nada contra música, pintura, nem mesmo contra as artes dramáticas. O problema não é a arte ou o esporte em si mesmos que apresentam os seus respectivos valores em nossas sociedades e o primeiro ainda mais fundamental, por alimentar nossas autoconsciências com fantasia, beleza, diversidade de escolhas, por representar nossos estados emocionais e esperanças mais profundas sobre o sentido de se viver. 

No entanto, o que era pra ser absolutamente poderoso, necessário e moralmente/holisticamente produtivo, acabou se transformando em uma maneira bifocal de se distrair a população e ao mesmo tempo de se fomentar a desigualdade social, em outras palavras, a arte foi posta ou sempre esteve a serviço dos dementes que governam com a barriga, e de maneira proposital, as sociedades humanas. 

Mas não devemos culpar governos ou governantes, quando as próprias celebridades pouco fazem para manter qualquer bom senso em relação aos padrões luxuriantes de vida que levam e em relação ao comum contraste social que os envolve. 

No final, boa parte dos talentosos ''triviais'' serão apenas como, pessoas ''normais'', isto é, com a mentalidade hipócrita, vaga e moralmente cambaleante que predomina entre as massas, só que com algum talento extra que possa alçá-los à posições muito mais confortáveis e quando bem alocados, dane-se a sociedade. Bem assim mesmo!!


terça-feira, 27 de outubro de 2015

Lei da proporcionalidade sócio-existencial


Se tem muito então pode ajudar mais....

A desigualdade é algo natural. A diferença já se consiste em uma forma de desigualdade. Se não somos clones uns dos outros, então estamos todos desiguais. Todo mundo tem algo que é mais evidente e/ou mais interessante, vantajoso ou não do que em relação aos demais. Se estamos todos singulares então mediante esta perspectiva, é pouco provável que poderemos ser todos ''iguais''. O mundo da diversidade é basicamente o mundo das diferenças, do contrário, não haveriam variações que pudessem ser denominadas desta maneira. 

A desigualdade/diferença social e econômica parece ser uma tendência difícil de ser revertida a curto prazo, e também a longo prazo, porque tende a se relacionar com o mérito, ainda que se faça de maneira torta em muitos casos. Eu poderia sugerir que menos da metade daqueles que pertencem às elites, por exemplo, em um país filosoficamente demente como o Brasil, conquistaram suas posições proeminentes por puro mérito. Ainda assim, o fato de termos sistemas sociais estúpidos, não invalida a ideia de que sua finalidade original seja mesmo a de premiar aqueles que produzem trabalhos qualitativamente superiores aos demais. 

Ao contrário da ideia praticamente impossível de igualdade para todos, seja lá o que este termo deseja realmente/literalmente indicar, eu acredito que, ao aplicarmos a sabedoria, nós poderemos determinar que a desigualdade também possa ser importante porque do contrário, a maioria das pessoas não teriam motivações para competir e vencer. 

O problema não é a desigualdade per si, mas tudo aquilo que tem 
sido usado como justificativa para a sua inevitabilidade funcional e universal. O problema também reside na ideia de competição, que também não está totalmente errada (aliás, quase nada está), mas em como que é aceita, entendida e praticada.


Apenas um vencedor...


Eu nunca entendi porque sempre tem de ter apenas um vencedor 

em praticamente todas as competições humanas. Não faz sentido

que depois de termos um grupo de seres humanos dando o seu

melhor individual, apenas um poder ser agraciado com os louros

da fama e do ''reconhecimento''. E quanto mais complexo e subje-

tivo for o esporte ou a competição, mais injusto será.


Em um mundo baseado em uma dinâmica de sincronicidade com-

portamental, a nível individual e coletivo, que for coesa, justa e 

perfeccionista, isto é, detalhista e holística, todos os tipos de injus-

tiça serão combatidos de maneira objetiva e a lei da proporcionali-

dade sócio-existencial será um dos possíveis meios para se 

alcançar aquilo que muitos determinam como ''utópico''. 


A lei da proporcionalidade sócio-existencial, isto é, que vincula o 

social com o existencial, se baseia na aplicação mais do que óbvia

e lógica da proporção equitativa ou ao menos mitigadora, que visa

produzir ou restabelecer um certo equilíbrio, e como exemplifiquei 

acima por meio da primeira imagem do texto, também com base 

nas diferenças econômicas entre as pessoas.

É verdade que muitas pessoas ricas fazem doações, usam o seu

dinheiro para tentar atenuar as condições sociais de outras pessoas

que são mais pobres, mas ainda é pouco, porque ao invés de termos

uma lei institucionalizada que obrigue a todos os ricos a praticarem 

o mínimo de empatia para com aqueles que estão em situação pior,

nós podemos contar apenas (infelizmente, ''apenas'') com o bom 

senso das ''elites'' e como resultado nós temos uma grande propor-

ção de abonados continuando com o seu padrão de vida despropor-

cional e sem qualquer peso na consciência em relação à paisagem

muitas vezes desoladora que envolve suas ''humildes'' residências.


Portanto para começo de conversê em relação a esta minha

 proposta, há de se buscar, até mesmo se for por meios jurídicos,

pelo bom senso e isso quer indicar em muitas de suas perspectivas,

uma proporcionalidade que tenha como finalidade o equilíbrio e 

não necessariamente a igualdade, abstrata, vaga e potencialmente 

impossível que tantos almejam.