Do apreciador, do transmissor até ao criador de conhecimento....
Parece-me que o nível mais alto de abertura para a experiência consiste ou tende a resultar justamente na criatividade, tal como eu tenho comentado, usando os meus conceitos de empatia parcial e total, mas agora tendo em mãos exemplos concretos que talvez possam ser usados para demonstrar essas diferenças em intensidade e qualidade. Neste sentido o transferidor ou transmissor de conhecimento caracteristicamente representado pelo professor, seria o tipo intermediário, capaz de cristalizar invariavelmente maiores montantes de informações e transmiti-los ou ao menos expô-los para as outras pessoas. O apreciador típico ou centralizado em si mesmo, em seu próprio nível, seria mais como um consumidor que é atraído por certo conhecimento ou produto mas que não teria maior motivação ou capacidade para cristaliza-lo e possivelmente transmiti-lo tal como um professor, muito menos para produzi-lo, isto é, se tornando ele próprio, um produtor. Por último, evidentemente, nós vamos ter o produtor e esses níveis esboçam o quão intensa é a abertura para a experiência, ou simpatia e empatia "impessoal // cognitiva" pelo conhecimento, que como eu já falei há certo tempo, pode ser parcial e total, e agora tendo o meu re-conceito de simpatia como possível complemento. Do espelhamento reciprocamente receptivo ou simpatia em que o indivíduo demonstra admiração pelo objeto de adoração, chegando à empatia parcial, em que o indivíduo coloca-se "no local" ou perspectiva do objeto, passando de apreciador passivo para internalizador ativo, mas ainda sendo a si mesmo, e portanto pegando mais as superficialidades//generalidades do que as essencialidades do objeto de interesse. Por último temos a empatia total ou compaixão quando o indivíduo simplesmente se coloca não apenas na perspectiva mas "adentra" ao objeto de interesse o incorporando e como consequência os seus padrões, isto é, entendendo-o de maneira profunda e disto resultando também na possibilidade de prever o seu comportamento ou potencial de desenvolvimento "in loco" e não apenas o de apreciar ou o de apreender de maneira muito interessada porém mais impessoal tal conhecimento já que não se colocará em sua perspectiva mas ainda sendo a si mesmo. [NESTA PERSPECTIVA CURIOSIDADE E EMPATIA PODEM SER ENTENDIDAS COMO SINÔNIMOS, SENDO QUE A SEGUNDA ''EXPLICARIA'' MAIS ESTRUTURALMENTE A PRIMEIRA]. Interessante salientar tal paradoxo, porque quando temos a empatia [interpessoal receptiva] parcial, o indivíduo coloca-se no lugar do objeto de atenção ou interesse, mas ainda sendo a si mesmo, isto é, ainda tendo a si mesmo como referência principal, enquanto que, quando o faz de modo total, então passará a ter como referência fundamental o objeto, isto é, ao mesmo tempo ocorrendo uma despersonalização, porque se tornará mais sincronizado com o objeto, buscando pensar ''como ele'' [e não apenas estando em seu lugar], mas também de personalização em relação a ele, ou melhor de união entre o sujeito e o seu objeto, ambos fundindo ''em apenas um'', metaforicamente [ou nem tão metaforicamente] falando...
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domingo, 19 de novembro de 2017
Do típico professor até ao cientista; do apreciador de artes//filosofia até ao criador: níveis de abertura "para a experiência" estética e intelectual
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quarta-feira, 30 de agosto de 2017
Ainda mais claro pra mim que
eu "tenho" uma versão amalgamada da mentira patológica do meu tio materno como eu já falei algumas vezes. Ou seria melhor, de sua imaginação muito fértil, tal como um fenótipo estendido (paranoia, imaginação, etc). Só que, enquanto que ele não tem controle cognitivo para manter esse mundo imaginário apenas dentro da sua cabeça eu por enquanto tenho e espero sempre ter. De fato eu tenho um impulso para viver parte do meu tempo diário no meu mundo imaginário, com os personagens (a maioria de mulheres) e em seus cenários artificiais, tal como um escritor que vive a sua história, enquanto que o mentiroso patológico vai ainda mais longe nesse tipo de alienação pois pretende transformar o seu paralelismo existencial/intra-pessoal em algo real/compartilhado. Interessante como as três malditas: cultura, ideologia "ou" religião, parecem fazer o mesmo. Este impulso no entanto é controlável, por agora. Já não posso dizer o mesmo quanto ao meu tio e seria bom se mais pessoas além de mim pudessem de fato compreendê-lo via empatia interpessoal benigna total.
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sexta-feira, 25 de agosto de 2017
Empatia interpessoal. Afetiva: sentir a emoção ou o estado afetivo alheio MAS...
...ainda...COMO SE FOSSE VOCÊ [empatia interpessoal parcial]
Empatia cognitiva: de fato, se colocar no lugar [e possivelmente na pele] dos outros, e como consequência, compreender ou entender [melhor] o seu estado de ânimo.
Sem a empatia [interpessoalmente] cognitiva, surpreendentemente, a afetiva se tornará mais egoísta e menos ''bonitinha'' como tendemos a imaginar, será*
A empatia afetiva parece ser mais uma auto-projeção do que uma tentativa de compreensão factual do outro, em que, ao invés de tentar entender aquilo que este outro realmente está sentindo, você sente ''por ele'' [o famoso pré-conceito*] e atribui o seu estado de ânimo ao estado dele.
Nesse sentido, o ''psicopata profissional'' estaria mais perto de uma verdadeira empatia [interpessoal], do que o ''histérico/super-emotivo'' sem controle de suas próprias emoções.
Talvez a maior diferença entre parasitas e predadores, é a de que os últimos simplesmente desprezam as ''suas presas'', isto é, não lhes atém qualquer empatia [interpessoal], enquanto que os primeiros de fato exibem grande empatia cognitiva, só que a usa para finalidades malignas, exploratórias/malignas. Nesse sentido, o parasita profissional entende melhor as necessidades de um filho, do que o seu próprio pai [tende a entender], se o método ou abordagem do parasita é a de se antever ao comportamento de sua ''presa''...
Empatia cognitiva: de fato, se colocar no lugar [e possivelmente na pele] dos outros, e como consequência, compreender ou entender [melhor] o seu estado de ânimo.
Sem a empatia [interpessoalmente] cognitiva, surpreendentemente, a afetiva se tornará mais egoísta e menos ''bonitinha'' como tendemos a imaginar, será*
A empatia afetiva parece ser mais uma auto-projeção do que uma tentativa de compreensão factual do outro, em que, ao invés de tentar entender aquilo que este outro realmente está sentindo, você sente ''por ele'' [o famoso pré-conceito*] e atribui o seu estado de ânimo ao estado dele.
Nesse sentido, o ''psicopata profissional'' estaria mais perto de uma verdadeira empatia [interpessoal], do que o ''histérico/super-emotivo'' sem controle de suas próprias emoções.
Talvez a maior diferença entre parasitas e predadores, é a de que os últimos simplesmente desprezam as ''suas presas'', isto é, não lhes atém qualquer empatia [interpessoal], enquanto que os primeiros de fato exibem grande empatia cognitiva, só que a usa para finalidades malignas, exploratórias/malignas. Nesse sentido, o parasita profissional entende melhor as necessidades de um filho, do que o seu próprio pai [tende a entender], se o método ou abordagem do parasita é a de se antever ao comportamento de sua ''presa''...
terça-feira, 1 de agosto de 2017
Neurótico versus paranoico
Neurótico: Empatia (parcial, mais comum) excessiva sobre ''tudo''.
Paranoico: Empatia (parcial) excessiva especialmente em relação àquilo que os outros estão pensando sobre ele.
Empatia: intra-pessoal (negativa, neutra, positiva),
inter-pessoal (negativa,neutra, positiva),
impessoal (negativa, neutra, positiva... sistemizar pessoas a não-seres)
Neuroticismo
Empatia Inter e intrapessoal (baixa auto estima, intensa em ambas)
Negativa [baixa auto estima em relação a si mesmo, em média (ou não) mas também em relação aos outros, isto é, ''baixa estima'' por eles = pessimismo]
Paranoia
+ Interpessoal (apesar de também basear-se em baixa auto estima centraliza-se no interpessoal, e talvez até possa ter alta auto-estima intrapessoal e/ou isso já ser característico, se eu defini o paranoico como um narcisista com baixa auto-estima)
Negativa [especialmente em relação àquilo que os outros pensam dele ou inter-pessoal]
Paranoico: Empatia (parcial) excessiva especialmente em relação àquilo que os outros estão pensando sobre ele.
Empatia: intra-pessoal (negativa, neutra, positiva),
inter-pessoal (negativa,neutra, positiva),
impessoal (negativa, neutra, positiva... sistemizar pessoas a não-seres)
Neuroticismo
Empatia Inter e intrapessoal (baixa auto estima, intensa em ambas)
Negativa [baixa auto estima em relação a si mesmo, em média (ou não) mas também em relação aos outros, isto é, ''baixa estima'' por eles = pessimismo]
Paranoia
+ Interpessoal (apesar de também basear-se em baixa auto estima centraliza-se no interpessoal, e talvez até possa ter alta auto-estima intrapessoal e/ou isso já ser característico, se eu defini o paranoico como um narcisista com baixa auto-estima)
Negativa [especialmente em relação àquilo que os outros pensam dele ou inter-pessoal]
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Empatia total e compreensão factual
No texto sobre "Empatia e atenção" eu comentei que a atenção poderia ser definida a partir desta perspectiva, como uma pré empatia, por caracterizar-se pela prostração ou observação inicial em direção a certo objeto, agente/ser, fenômeno ou coletivos.
Portanto primeiramente temos a atenção. Depois, dependendo do nível de interesse ou reciprocidade, teremos a empatia parcial, que em textos mais antigos eu determinei como o ato de colocar-se no LUGAR mas não "no corpo ou na pele do outro". Por fim teríamos a empatia total, como o ato de colocar-se não apenas no mesmo campo de visualização do "outro" mas também em "seu corpo ou pele". Isto é, você não se coloca no lugar mas ainda mantendo a sua perspectiva pessoal, porque também se coloca no lugar e figurativamente (ou nem tanto) suprime os excesso de sua auto referência em busca pela referência do elemento de fixação, como se passasse a "pensar como ele" e não mais como "a si mesmo".
Acabei por antecipar o tópico desse texto que é a extrema similaridade entre empatia total e compreensão factual.
Eu cunhei um termo, curiosamente pouco apreciado ou perseguido na psicologia, que é a capacidade de reconhecer fatos.
Por causa da tóxica ideologia esquerdista que sobre-exacerba a subjetividade (mais a reciprocidade por parte de muitos daqueles que decidem formar-se em psicologia, ou que também pode ser entendido como "falta de capacidade traduzida em parca habilidade) , ideias tal como este conceito psicológico que independe do ponto de vista individual e que é consideravelmente preditivo de racionalidade, se tornaram quase que proibidas.
Se a empatia (não apenas a interpessoal) é o ato de tentar se colocar em outras perspectivas além da pessoal e se a empatia total é o ato de, não apenas deslocar a própria perspectiva mas "abduzir" perspectivas alheias ou começar a pensar em fazê-lo com maior afinco então percebe-se que esta praticamente prediz a compreensão factual, o simples ato de entender a/certa realidade, tal como um reflexo perfeito da mesma, enquanto que o ato de não fazê-lo de maneira perfeccionista, seria basicamente a estupidez ou reflexo diversamente imperfeito, sem ter a necessidade de se dar apenas de maneira fisiológica ou literal/ empírica, e podendo portanto também ser tentado a partir de abordagens abstratas, tal como eu tento fazer aqui neste blogue.
Portanto primeiramente temos a atenção. Depois, dependendo do nível de interesse ou reciprocidade, teremos a empatia parcial, que em textos mais antigos eu determinei como o ato de colocar-se no LUGAR mas não "no corpo ou na pele do outro". Por fim teríamos a empatia total, como o ato de colocar-se não apenas no mesmo campo de visualização do "outro" mas também em "seu corpo ou pele". Isto é, você não se coloca no lugar mas ainda mantendo a sua perspectiva pessoal, porque também se coloca no lugar e figurativamente (ou nem tanto) suprime os excesso de sua auto referência em busca pela referência do elemento de fixação, como se passasse a "pensar como ele" e não mais como "a si mesmo".
Acabei por antecipar o tópico desse texto que é a extrema similaridade entre empatia total e compreensão factual.
Eu cunhei um termo, curiosamente pouco apreciado ou perseguido na psicologia, que é a capacidade de reconhecer fatos.
Por causa da tóxica ideologia esquerdista que sobre-exacerba a subjetividade (mais a reciprocidade por parte de muitos daqueles que decidem formar-se em psicologia, ou que também pode ser entendido como "falta de capacidade traduzida em parca habilidade) , ideias tal como este conceito psicológico que independe do ponto de vista individual e que é consideravelmente preditivo de racionalidade, se tornaram quase que proibidas.
Se a empatia (não apenas a interpessoal) é o ato de tentar se colocar em outras perspectivas além da pessoal e se a empatia total é o ato de, não apenas deslocar a própria perspectiva mas "abduzir" perspectivas alheias ou começar a pensar em fazê-lo com maior afinco então percebe-se que esta praticamente prediz a compreensão factual, o simples ato de entender a/certa realidade, tal como um reflexo perfeito da mesma, enquanto que o ato de não fazê-lo de maneira perfeccionista, seria basicamente a estupidez ou reflexo diversamente imperfeito, sem ter a necessidade de se dar apenas de maneira fisiológica ou literal/ empírica, e podendo portanto também ser tentado a partir de abordagens abstratas, tal como eu tento fazer aqui neste blogue.
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sábado, 22 de julho de 2017
Nível de abertura para a experiência INTELECTUAL/ e obsessão:
- Não é interessado [por contrapartida, é mais interessado em assuntos autobiográficos e sociais, não necessariamente de modo introspectivo]:
Não tem motivação nem capacidade para interagir com [essas ou, de maneira geral] ideias e pensamentos.
Especulação [semi selvagem] de quanto tempo por dia passa pensando sobre essas ou aquelas ideias de natureza intelectual: menos ou 1/1 do dia= 1,7 horas por dia. [em um dia normal ou em média]
''Fórmula'' [de quinta...série]:
24 - 7 [médias de horas dormindo]= 17 [médias de horas acordado]
- É parcialmente interessado [a maioria das pessoas dentro de nossas macro-conjunturas que privilegiam o predomínio da medianidade]
Tem motivação e/ou capacidades geralmente médias.
de 1/1 ou um pouco mais: 1,7 horas ou mais.
- Está interessado [nível de ''estudante universitário comum'']
de 1/1 a 1/3: 1,7 a 5,1 horas.
- Está muito interessado [nível de ''professor universitário'', geralmente do tipo ''não-cientista'']
de 1/1 a 1/3: 1,7 a 5,1 horas.
- Está obcecado [espectro do talento e da superdotação/superlatividade psico-cognitiva insulada ou mais generalizada]. Último nível de separação ''ser e interesse'' e de ''inaturalidade''.
de 1/3 a 2/3: 5,1 a 11,9 horas.
- É constantemente criativo em relação ao assunto [superou a fase de obsessão repetitiva, porque deixou de idealizar o assunto (se cegar quanto aos pontos corretos e evitar escrutinar os pontos mais fracos), passando a buscar por suas partes faltantes, falhas ou possibilidades de incrementações]. O ''assunto de principal interesse'' se torna parte pulsante de si mesmo/ primeiro nível de naturalidade ''ser e interesse'', como eu já comentei, quando a ''empatia cognitiva'' pelo interesse se torna total, e ao invés de vê-lo separadamente, como algo exterior para ser louvado; como se ''ele'' se tornasse parte de si mesmo.
2/3 ou mais: 11,9 horas ou mais.
Não tem motivação nem capacidade para interagir com [essas ou, de maneira geral] ideias e pensamentos.
Especulação [semi selvagem] de quanto tempo por dia passa pensando sobre essas ou aquelas ideias de natureza intelectual: menos ou 1/1 do dia= 1,7 horas por dia. [em um dia normal ou em média]
''Fórmula'' [de quinta...série]:
24 - 7 [médias de horas dormindo]= 17 [médias de horas acordado]
- É parcialmente interessado [a maioria das pessoas dentro de nossas macro-conjunturas que privilegiam o predomínio da medianidade]
Tem motivação e/ou capacidades geralmente médias.
de 1/1 ou um pouco mais: 1,7 horas ou mais.
- Está interessado [nível de ''estudante universitário comum'']
de 1/1 a 1/3: 1,7 a 5,1 horas.
- Está muito interessado [nível de ''professor universitário'', geralmente do tipo ''não-cientista'']
de 1/1 a 1/3: 1,7 a 5,1 horas.
- Está obcecado [espectro do talento e da superdotação/superlatividade psico-cognitiva insulada ou mais generalizada]. Último nível de separação ''ser e interesse'' e de ''inaturalidade''.
de 1/3 a 2/3: 5,1 a 11,9 horas.
- É constantemente criativo em relação ao assunto [superou a fase de obsessão repetitiva, porque deixou de idealizar o assunto (se cegar quanto aos pontos corretos e evitar escrutinar os pontos mais fracos), passando a buscar por suas partes faltantes, falhas ou possibilidades de incrementações]. O ''assunto de principal interesse'' se torna parte pulsante de si mesmo/ primeiro nível de naturalidade ''ser e interesse'', como eu já comentei, quando a ''empatia cognitiva'' pelo interesse se torna total, e ao invés de vê-lo separadamente, como algo exterior para ser louvado; como se ''ele'' se tornasse parte de si mesmo.
2/3 ou mais: 11,9 horas ou mais.
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domingo, 2 de abril de 2017
Esquizofrenia não é o oposto perfeito do autismo
O esquizofrênico é exageradamente introspectivo enquanto que a empatia é uma característica tipicamente extrospectiva, isto é, que se baseia no debruço ao mundo exterior [tradicionalmente falando, na tentativa de leitura da mente dos outros seres].
O esquizofrênico se interessa muito pelo que os outros estão pensando sobre si especialmente se for do tipo mais paranoico, só que, ao invés de agir empaticamente, ao menos em termos parciais, isto é, se colocando no lugar do outro, ele tende a fazê-lo de modo muito menos frequente, porque está demasiadamente mergulhado nos seus próprios pensamentos, então ele tende a padecer de pré-empatia, porque será muito mais propenso a deduzir as intenções alheias por si mesmo do que de sair um pouco de seu ''centrismo pessoal'' e de tentar entender o outro. Por exemplo quando ele internaliza que uma pessoa estava rindo dele na rua. Primeiro, temos a ambiguidade, que tente a ser variável: uma pessoa começa a rir e olha para o lado, perto dele; uma pessoa estava rindo ao celular e olha rapidamente pra ele; uma pessoa olha pra ele e começa a rir. Quanto menos provável de se consistir em um deboche, for essa situação [por exemplo, o primeiro caso], e mais desproporcional for a reação, maiores serão as chances de um diagnóstico de esquizofrenia paranoide.
Ainda que, como eu já havia falado antes, é possível se tornar mais paranoico (se for certo usar este termo neste caso) mas baseado em fundamentação racional. E no mais a paranoia tende a consistir-se em uma intolerância "extrema' à ambiguidades tendo como resposta o provimento de medos ou ansiedade de igual natureza.
O super empático, que seria um dos opostos perfeitos de alguns subgrupos mais prevalentes de autistas, tende a fazer a leitura da mente de maneira bem mais correta do que o esquizofrênico, e muitas vezes ao ponto da empatia total, quando se coloca não apenas no lugar dos outros mas também em sua própria pele.
E o autismo também tende a manifestar-se com base em forte e mais desequilibrada introspecção, bem mais direcionada para a sua cognição [mecanicista] do que para a sua personalidade [mentalista]. A partir deste ponto de vista, autistas e esquizofrênicos, não serão como completos opostos, porque em ambos os casos os seus sistemas reguladores de introspecção e de extrospecção estarão mais desequilibrados do que a norma.
Eu já disse que o autismo se consistiria em um ''excesso' de extrospecção impessoal, resultando em seus interesses específicos intensos, combinada com uma introspecção [impessoal ou cognitiva] igualmente significativa, até mesmo para que possa complementar com os seus interesses, isto é, debruça-se ao mundo exterior para capturar informações, as transforma em seus pensamentos e passa, introspectivamente, a pensar neles, de maneira mais intensa ou constante. Também ''disse'' que o normal neurotípico exibiria valores medianos tanto de introspecção quanto de extrospecção, resultando em sua natureza consistentemente média [à medíocre].
Então eu complemento agora este meu possível [ou não] achado com o perfil da esquizofrenia a partir deste prisma de observação, isto é, introspecção e extrospecção. O esquizofrênico seria então, caracteristicamente falando, ou em média, muito menos impessoalmente extrospectivo e muito mais inter-pessoalmente extrospectivo do que o autista. Em ambos, haveria uma introspecção elevada, só que, no caso autista, seria mais direcionada para o aspecto cognitivo, mecanicista ou impessoal, isto é, relacionado com os seus interesses específicos, enquanto que na esquizofrenia, seria mais direcionada para o aspecto psicológico, mentalista ou intrapessoal, isto é, relacionada com a sua personalidade.
Basicamente, introspecção impessoal/mecanicista + extrospecção impessoal/mecanicista elevadas = autismo e introspecção intrapessoal/mentalista + extrospecção interpessoal/mentalista elevadas = esquizofrenia.
Se a introspecção se consiste no pensar sobre o pensar, sobre os próprios pensamentos, mais cognitivos, mais emotivos/afetivos ou mistos, então o autista, em média, o fará em relação aos seus pensamentos que estão relacionados com os seus interesses, enquanto que o esquizofrênico, em média, o fará em relação aos seus pensamentos que estão relacionados consigo mesmo, isto é, que se consiste em uma abordagem ultra-pessoal.
Claro que aqui estamos falando tanto dos autistas quanto dos esquizofrênicos que são os mais característicos ou estereotipados, porque muitos deles, de ambos os grupos, não se encaixarão perfeitamente a esses modelos.
No espectro das psicoses, a interpretação se torna muito pessoal, pedantemente pessoal. No espectro do autismo, a interpretação ou leitura da realidade [e não apenas da mente], se torna muito científica/analítica, ou pedantemente científica.
Acho que também estamos falando de pensamento dedutivo e indutivo em que, na esquizofrenia, o segundo será o mais provável de ser produzido, enquanto que no autismo, o pensamento dedutivo será o mais provável e em ambos déficits coexistirão evidentemente com as suas qualidades.
Ou não.
O esquizofrênico se interessa muito pelo que os outros estão pensando sobre si especialmente se for do tipo mais paranoico, só que, ao invés de agir empaticamente, ao menos em termos parciais, isto é, se colocando no lugar do outro, ele tende a fazê-lo de modo muito menos frequente, porque está demasiadamente mergulhado nos seus próprios pensamentos, então ele tende a padecer de pré-empatia, porque será muito mais propenso a deduzir as intenções alheias por si mesmo do que de sair um pouco de seu ''centrismo pessoal'' e de tentar entender o outro. Por exemplo quando ele internaliza que uma pessoa estava rindo dele na rua. Primeiro, temos a ambiguidade, que tente a ser variável: uma pessoa começa a rir e olha para o lado, perto dele; uma pessoa estava rindo ao celular e olha rapidamente pra ele; uma pessoa olha pra ele e começa a rir. Quanto menos provável de se consistir em um deboche, for essa situação [por exemplo, o primeiro caso], e mais desproporcional for a reação, maiores serão as chances de um diagnóstico de esquizofrenia paranoide.
Ainda que, como eu já havia falado antes, é possível se tornar mais paranoico (se for certo usar este termo neste caso) mas baseado em fundamentação racional. E no mais a paranoia tende a consistir-se em uma intolerância "extrema' à ambiguidades tendo como resposta o provimento de medos ou ansiedade de igual natureza.
O super empático, que seria um dos opostos perfeitos de alguns subgrupos mais prevalentes de autistas, tende a fazer a leitura da mente de maneira bem mais correta do que o esquizofrênico, e muitas vezes ao ponto da empatia total, quando se coloca não apenas no lugar dos outros mas também em sua própria pele.
E o autismo também tende a manifestar-se com base em forte e mais desequilibrada introspecção, bem mais direcionada para a sua cognição [mecanicista] do que para a sua personalidade [mentalista]. A partir deste ponto de vista, autistas e esquizofrênicos, não serão como completos opostos, porque em ambos os casos os seus sistemas reguladores de introspecção e de extrospecção estarão mais desequilibrados do que a norma.
Eu já disse que o autismo se consistiria em um ''excesso' de extrospecção impessoal, resultando em seus interesses específicos intensos, combinada com uma introspecção [impessoal ou cognitiva] igualmente significativa, até mesmo para que possa complementar com os seus interesses, isto é, debruça-se ao mundo exterior para capturar informações, as transforma em seus pensamentos e passa, introspectivamente, a pensar neles, de maneira mais intensa ou constante. Também ''disse'' que o normal neurotípico exibiria valores medianos tanto de introspecção quanto de extrospecção, resultando em sua natureza consistentemente média [à medíocre].
Então eu complemento agora este meu possível [ou não] achado com o perfil da esquizofrenia a partir deste prisma de observação, isto é, introspecção e extrospecção. O esquizofrênico seria então, caracteristicamente falando, ou em média, muito menos impessoalmente extrospectivo e muito mais inter-pessoalmente extrospectivo do que o autista. Em ambos, haveria uma introspecção elevada, só que, no caso autista, seria mais direcionada para o aspecto cognitivo, mecanicista ou impessoal, isto é, relacionado com os seus interesses específicos, enquanto que na esquizofrenia, seria mais direcionada para o aspecto psicológico, mentalista ou intrapessoal, isto é, relacionada com a sua personalidade.
Basicamente, introspecção impessoal/mecanicista + extrospecção impessoal/mecanicista elevadas = autismo e introspecção intrapessoal/mentalista + extrospecção interpessoal/mentalista elevadas = esquizofrenia.
Se a introspecção se consiste no pensar sobre o pensar, sobre os próprios pensamentos, mais cognitivos, mais emotivos/afetivos ou mistos, então o autista, em média, o fará em relação aos seus pensamentos que estão relacionados com os seus interesses, enquanto que o esquizofrênico, em média, o fará em relação aos seus pensamentos que estão relacionados consigo mesmo, isto é, que se consiste em uma abordagem ultra-pessoal.
Claro que aqui estamos falando tanto dos autistas quanto dos esquizofrênicos que são os mais característicos ou estereotipados, porque muitos deles, de ambos os grupos, não se encaixarão perfeitamente a esses modelos.
No espectro das psicoses, a interpretação se torna muito pessoal, pedantemente pessoal. No espectro do autismo, a interpretação ou leitura da realidade [e não apenas da mente], se torna muito científica/analítica, ou pedantemente científica.
Acho que também estamos falando de pensamento dedutivo e indutivo em que, na esquizofrenia, o segundo será o mais provável de ser produzido, enquanto que no autismo, o pensamento dedutivo será o mais provável e em ambos déficits coexistirão evidentemente com as suas qualidades.
Ou não.
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sábado, 28 de janeiro de 2017
Sabe no conceito mas na hora de transferir pra prática, não sabe tão bem...
Você é racional??
Muitos se não a grande maioria dos especialistas em inteligência e adjacências acreditam que tem total ou seguro domínio conceitual e prático dos termos que usam e que estudam. Acreditam por exemplo que sejam mais versados no entendimento factual, no reconhecimento e prática do termo racionalidade, do que aqueles que estão menos relacionados com este tipo de escrutínio ou trabalho. Pode ser verdade que tendam a saber mais sobre os conceitos dos assuntos que se utilizam do que por exemplo em relação às "pessoas comuns", em média. No entanto para entender sobre esses assuntos creio eu, há de se ter ou de se providenciar um autoconhecimento constante e preciso, porque tendemos, quer queiramos ou não, a nos projetar sobre os elementos que estudamos ou analisamos produzindo assim aquilo que chamo de empatia cognitiva parcial. Nos colocamos em suas perspectivas mas não tentamos adentrar em seus interiores, como se os fôssemos que resultaria em empatia cognitiva total.
Para desenvolver um conhecimento prático sobre algo há de se ter ou de se providenciar grande integridade ou honestidade intelectual, limitando-se, a priore, a se interessar apenas e exclusivamente ao entendimento direto pelo elemento de escrutínio e especialmente quando estivermos falando sobre conhecimentos dentro da área de ciências humanas em que os efeitos dos preconceitos cognitivos são muito maiores do que em relação às ciências "impessoais".
Muitos experts em inteligência e "consequentemente" em racionalidade usualmente sobrepõe os seus próprios preconceitos cognitivos sob as áreas em que deveriam estar zelando pela integridade intelectual. Sem um olhar idealmente neutro e qualitativo ao objeto de escrutínio, a prática do seu conceito se fará com base fraca e possivelmente problemática porque preconcepções personalizadas se sobreporão e poluirão este olhar direto/honesto do ser em direção ao seu elemento de curiosidade.
Tal como saber o conceito da palavra amor mas sem saber aplica-lo corretamente apregoando-lhe valores subjetivos, ainda que não estejam de todo errado, se somos reflexos da realidade, mas somos reflexos incompletos e portanto refletimos apenas parte desta verdade, deste todo e como lógica subsequente há de se completar este quadro e não apenas com nós mesmos ou com o lado da perspectiva que naturalmente tendemos a expressar. Por exemplo, aquele que é mais emocional e empático, tende a expressar ou a refletir parte da verdade/ da realidade factual, ao tender a simetrizar os contrastes de valor entre os seres humanos/vivos em geral, que tendem a ser insensíveis aos sentimentos alheios. Ao fazê-lo, terminará, consciente ou não, buscando por pontos de similaridades, completamente assim partes da realidade/verdade, tanto objetiva/concreta quanto subjetiva/abstrata, que se enfatiza nas semelhanças e não nas diferenças de valor entre os elementos. Então, o empático busca por detalhes que possam equilibrar as diferenças individuais, sabendo ou não, refletindo apenas uma perspectiva factual da realidade, a realidade das semelhanças.
''Ele é feio, eu sou bonito''
O empático é muito provável que argumentará:
''Mas somos todos seres humanos''
E algumas (ou muitas) vezes ele retrucará de maneira imprudente:
''Mas ele é mais esperto que você''
Esta segunda frase, ainda que se consista em uma ênfase nas diferenças de valor/descrição, o empático o fará com a crucial missão de minimizá-las e terá como resultado justamente a revelação de uma perspectiva factual, a realidade das semelhanças ou do equilíbrio.
Portanto estamos cheios de conhecedores conceituais, especialmente nas ciências humanas, que são quase analfabetos ou fracos no conhecimento prático, na aplicação do conceito. E por que*
Porque não há lugar mais fértil para o conflito entre a razão e preconceitos cognitivos do que as ciências humanas.
O que todo mundo deveria ao menos tentar fazer...
Buscar descrever as coisas de maneira factualmente correta e aplicar quase que exatamente aquilo que descreveu, e por causa do tal ''preconceito cognitivo'' ou também ''deficiência de integridade/honestidade intelectual'', essa transferência uber-lógica, auto-evidente, e até fácil de se fazer, simplesmente não acontece e então passamos a ter esta sofrível situação, que parece ser tão corriqueira entre os seres humanos.
Muitos se não a grande maioria dos especialistas em inteligência e adjacências acreditam que tem total ou seguro domínio conceitual e prático dos termos que usam e que estudam. Acreditam por exemplo que sejam mais versados no entendimento factual, no reconhecimento e prática do termo racionalidade, do que aqueles que estão menos relacionados com este tipo de escrutínio ou trabalho. Pode ser verdade que tendam a saber mais sobre os conceitos dos assuntos que se utilizam do que por exemplo em relação às "pessoas comuns", em média. No entanto para entender sobre esses assuntos creio eu, há de se ter ou de se providenciar um autoconhecimento constante e preciso, porque tendemos, quer queiramos ou não, a nos projetar sobre os elementos que estudamos ou analisamos produzindo assim aquilo que chamo de empatia cognitiva parcial. Nos colocamos em suas perspectivas mas não tentamos adentrar em seus interiores, como se os fôssemos que resultaria em empatia cognitiva total.
Para desenvolver um conhecimento prático sobre algo há de se ter ou de se providenciar grande integridade ou honestidade intelectual, limitando-se, a priore, a se interessar apenas e exclusivamente ao entendimento direto pelo elemento de escrutínio e especialmente quando estivermos falando sobre conhecimentos dentro da área de ciências humanas em que os efeitos dos preconceitos cognitivos são muito maiores do que em relação às ciências "impessoais".
Muitos experts em inteligência e "consequentemente" em racionalidade usualmente sobrepõe os seus próprios preconceitos cognitivos sob as áreas em que deveriam estar zelando pela integridade intelectual. Sem um olhar idealmente neutro e qualitativo ao objeto de escrutínio, a prática do seu conceito se fará com base fraca e possivelmente problemática porque preconcepções personalizadas se sobreporão e poluirão este olhar direto/honesto do ser em direção ao seu elemento de curiosidade.
Tal como saber o conceito da palavra amor mas sem saber aplica-lo corretamente apregoando-lhe valores subjetivos, ainda que não estejam de todo errado, se somos reflexos da realidade, mas somos reflexos incompletos e portanto refletimos apenas parte desta verdade, deste todo e como lógica subsequente há de se completar este quadro e não apenas com nós mesmos ou com o lado da perspectiva que naturalmente tendemos a expressar. Por exemplo, aquele que é mais emocional e empático, tende a expressar ou a refletir parte da verdade/ da realidade factual, ao tender a simetrizar os contrastes de valor entre os seres humanos/vivos em geral, que tendem a ser insensíveis aos sentimentos alheios. Ao fazê-lo, terminará, consciente ou não, buscando por pontos de similaridades, completamente assim partes da realidade/verdade, tanto objetiva/concreta quanto subjetiva/abstrata, que se enfatiza nas semelhanças e não nas diferenças de valor entre os elementos. Então, o empático busca por detalhes que possam equilibrar as diferenças individuais, sabendo ou não, refletindo apenas uma perspectiva factual da realidade, a realidade das semelhanças.
''Ele é feio, eu sou bonito''
O empático é muito provável que argumentará:
''Mas somos todos seres humanos''
E algumas (ou muitas) vezes ele retrucará de maneira imprudente:
''Mas ele é mais esperto que você''
Esta segunda frase, ainda que se consista em uma ênfase nas diferenças de valor/descrição, o empático o fará com a crucial missão de minimizá-las e terá como resultado justamente a revelação de uma perspectiva factual, a realidade das semelhanças ou do equilíbrio.
Portanto estamos cheios de conhecedores conceituais, especialmente nas ciências humanas, que são quase analfabetos ou fracos no conhecimento prático, na aplicação do conceito. E por que*
Porque não há lugar mais fértil para o conflito entre a razão e preconceitos cognitivos do que as ciências humanas.
O que todo mundo deveria ao menos tentar fazer...
Buscar descrever as coisas de maneira factualmente correta e aplicar quase que exatamente aquilo que descreveu, e por causa do tal ''preconceito cognitivo'' ou também ''deficiência de integridade/honestidade intelectual'', essa transferência uber-lógica, auto-evidente, e até fácil de se fazer, simplesmente não acontece e então passamos a ter esta sofrível situação, que parece ser tão corriqueira entre os seres humanos.
quarta-feira, 25 de janeiro de 2017
A diferença entre: não entender o estado da mente alheia (se isso existir mesmo) ... e de .... entender e não ligar ou se sobrepor a isso, no meu caso
Eu já pensei que fosse autista mas mudei de opinião. Hoje eu sei que tenho, digamos assim, ''traços autistas'' e também do ''outro lado'' do espectro, a partir desta perspectiva duo-confrontativa, isto é, de ''traços psicóticos''. Obsessão por interesses específicos é um exemplo de ''traço autista'' que eu tenho. Tendências paranoicas é outro exemplo, só que de ''traço psicótico'' que eu tenho. No entanto eu sei que consigo entender o estado das mentes alheias. Eu consigo mentalizar [entender a mente alheia, os seus padrões de funcionamento e intenções], não sei em qual nível exatamente, acho que acima da média, muito provável [ ou não ].
No entanto na hora de responder, que se daria de modo empaticamente apropriado, antes eu ''consulto' a minha própria mente, que é muito idealista, isto é, comportamentalmente idealista, e esta informação choca-se geralmente com um paredão em construção de concepções ideais que tenho compilado e/ou produzido, todas elas fortemente atreladas à sabedoria. Portanto em uma interação interpessoal normal as pessoas reforçam aquilo que os outros estão dizendo e tendem inclusive a construir/serem criativos em cima desta relação empática ou reflexiva, de espelhamento. Se alguém diz que é bonito, mesmo não sendo, uma pessoa muito empática irá subconsciente ou nem tanto, mentir, concordando com esta declaração.
Em compensação eu ficarei bastante comedido pra dar a minha opinião, por que** Por acaso foi porque eu não me coloquei no lugar da outra pessoa*
Todo mundo sabe que ouvir elogios ou reforçar auto-elogios é infinitamente melhor do que ouvir insultos ou mesmo, a verdade. Claro que a verdade, verdade mesmo, e sobre um indivíduo, é muito mais do que dizer que ele é bonito, se ele for, ou que ele é feio, se ele for. Neste caso, ao dizermos que ele não é bonito, não estaremos ainda dizendo toda a verdade que reside nele, pois talvez, apesar da feiura, ele pode ser inteligente, simpático, criativo, ter um pênis de elefante, enfim. A verdade de um ser está em cada detalhe seu, comparativa e universalmente falando, boa, média ou não, isto é, ruim, ;) .
Eu acredito que é mais empático ser sincero com as pessoas, mas não desaforado, lhes dizendo a verdade, porque é muito mais eficiente do que a mentira, e no final, a verdade é tudo aquilo que temos ou que deveríamos mais ter e mais buscar.
É claro que eu ''me coloquei no lugar do outro'', mas eu não pensei como ele, apenas me posicionei em seu lugar, e pensando com a minha mente eu esperaria sinceridade das outras pessoas, porque se elas estiverem sendo sinceras e de fato concordarem que eu sou bonito, então eu saberei de fato que eu sou bonito, ao menos pra elas, e não estarei sendo enganado.
Muitas pessoas, talvez por não terem a capacidade intrínseca de compreender muito bem a macro-realidade, elas inclusas, tendam a aceitar ou mesmo a preferir por ''mentiras brancas'', pode ser, porque elas não as entendem deste jeito, como mentira** Aí encontra-se muito claro a existência de um déficit em auto-conhecimento. Quando de fato nos conhecemos ou passamos a nos conhecer muito bem, passamos também, por lógica, ao menos isso acontece comigo, de preferir pela verdade factual sobre nós mesmos, do que por mentiras brancas condensadas, pois assim podemos comparar os nossos próprios auto--conhecimentos com aquilo que os outros sabem ou acreditam que sabem sobre nós.
Portanto, eu entendo ou sou bom/a muito bom na leitura das outras mentes, talvez perto de um nível psicótico e portanto potencialmente problemático. No entanto, como eu acredito que a verdade [não enganar o outro] é mais correta e produtiva do que a mentira então eu tendo a sempre preferi-la. Eu pratico a empatia parcial, colocando-me no lugar, na perspectiva do outro, mas sem tentar pensar como ele, especialmente nesses casos, e chego à conclusão pessoal de sempre, que é melhor ouvir a verdade que tem para me dizer do que mentiras pra me iludir, até mesmo porque é com a honestidade e a sinceridade que de fato poderemos construir amizades verdadeiras, isto é, que se baseiam na verdade, amigos que estão sempre contando um com o outro, que sempre confessam a verdade mais pura de seus sentimentos e impressões ao outro, que lhe é semelhante em alma.
Eu usei um exemplo muito bom, faz um tempo atrás em outro texto de assunto similar, sobre autismo. O caso em que os autistas tendem a não prestar atenção naquilo que os outros estão dizendo a eles, como se estivessem alheios ao assunto da conversa ou das conversas. Isso parece verídico, mas por que* E isso é sinal de falta de empatia*
Isso acontece porque quando os autistas e adjacentes parecidos estão obcecados por seus interesses ou paixões específicas, tendem a dar pouca atenção aos outros assuntos e muitas vezes veem-se forçados a interagir com outras pessoas, que, bem, os forçam a conversar ou a tentar conversar sobre aquilo que eles não querem. Aí neste caso temos de pensar quem é que está sendo mais ou menos empático. É o ''autista'' que não presta atenção ao assunto da conversa, que não lhe interessa, ou também a pessoa que o está forçando a tentar fazê-lo*
Eu nunca entendi como que empírica ou literalmente demonstrado poderia ser a tal da ''leitura da mente'' e vejo, talvez sim talvez não, um grande viés por parte dos pesquisadores neurotípicos em relação à suposta falha, generalizada e significativa, de empatia, por parte dos autistas, e mais, pasmem, uma igual falha de ''leitura da mente'' por parte dos próprios pesquisadores para entender como que funciona os padrões de funcionamento da mente autista, novamente, talvez...
Ao menos no meu caso, que pode ser extrapolado pra outros indivíduos, a minha sinceridade e especialmente, honestidade, que estão acima da média [a segunda que é claramente um sinal de empatia prática], tendem a se chocarem com a minha capacidade empática isto é de espelhamento, sim, eu me coloco no lugar do outro, mesmo e talvez muitas vezes em sua própria pele/mente, mas tendo, até de maneira instintiva, a preferir em dizer a verdade, e por que*
Como eu disse acima, porque pra mim, iludir uma pessoa é uma demonstração real de tudo aquilo que a empatia não é, especialmente se forem casos mais leves, como no caso da aparência, porque nos mais graves, por exemplo na tentativa de atenuação do sofrimento de outra pessoa que está muito doente, injetando-lhe pensamentos positivos potencialmente irrealistas, mentiras brancas são de fato funcionais e altamente recomendadas.
Não é possível que o universo de um indivíduo não tenha qualquer característica ''positiva' que possa compensar outra que é menos vantajosa e que foi colocada em evidência por alguma circunstância interpessoal...
Portanto eu sobreponho a minha idealidade dentro das interações interpessoais e tento com isso condensá-la da melhor maneira possível, e na maioria das vezes não haverá uma resposta classicamente empática, de espelhamento, de esperar ouvir pelo outro aquilo que eu mesmo gostaria de ouvir, ''literalmente'', de se colocar na pele do outro, porque eu me coloco em seu lugar e concluo idealmente que não gostaria de ser enganado ou iludido. E talvez se todos tivessem a mesma clareza de mente assim também o desejassem.
Pode ser que se abra um parênteses em relação a essas ideias de ''leitura de mente'' e ''empatia'', ainda que não totalmente equivocadas, especialmente no caso autista, porque vê-se por agora, impressão pessoal, uma falta de detalhismo, de se chegar perto dos objetos de observação e análise, de ver como que esses mecanismos se dão, de fato, sem vieses subjetivos. Já sabemos que existem muitos autistas que ao contrário do estereótipo atual são o oposto em capacidade empática embotada. Se levarmos em consideração a capacidade de fabricar mentiras brancas e de aceitá-las como ''empatia'', então talvez ao invés do viés neurotípico, em que os autistas estão, em média desproporcional, falhos para entender a suposta racionalidade presente nas interações sociais humanas típicas, nós vamos ter o exato oposto, em que as mesmas serão colocadas no centro deste escrutínio e se na verdade, apesar das tendências extremas inegáveis dos autistas, que os caracterizam, também existem desordens intrínsecas ao tecido social humano, em relação à sua dinâmica, como eu já devo ter falado várias vezes aqui.
A possível originalidade deste texto é a de olhar ou de tentar produzir um olhar mais gradual, olhando etapa por etapa, deste processo chamado de ''empatia'' ou de ''leitura da mente'', a fim de investigar se de fato, ao menos o verborrágico que vos escreve, definitivamente não entende o funcionamento das mentes típicas (apesar de não ser autista), ou se outro mecanismo acontece, e apostei exatamente nesta segunda hipótese. Minha mente lê emoções, intenções e comportamento não-verbal, e acho que a maioria das mentes autistas também são capazes de fazê-lo, de maneira mais sofrível, talvez, mas podem. O diferencial talvez seja que por se tornarem muito absortos por seus interesses específicos, de momento, os autistas tendam a prestar menor atenção ao mundo ao seu redor, claro, dependendo dos interesses, neste caso que tendem a ser de natureza impessoal. Os autistas [e adjacentes como eu] apesar de muito dependentes dos seus pais e parentes, pelo menos por razões intrínsecas [não sabem lidar com a vida cotidiana, multi-tarefada, se tendem a ter mentes super-especializadas ou que se super-especializam de maneira natural] e circunstanciais [ o mercado de trabalho não está adaptado para encontrá-los, selecioná-los e explorar os seus talentos ou potenciais, por isso acabam sob a aba dos pais por mais tempo], parece que estão mais independentes em termos intelectuais, talvez por serem menos desligados dessas redes de comunicação interpessoal humanas, de ''empatia'' ou espelhamento, se eles se refletem menos aos outros, se são menos interessados pelo social, então irão buscar menos por eles, e no entanto, somos extremamente sociais, em média ou tipicamente falando, e portanto ao fazê-lo, ao acatarem aos seus próprios padrões de funcionamento os autistas e adjacentes não-autistas acabarão abraçando, muitas vezes à revelia ou subconsciência, a solidão ou a rejeição social generalizada, se apesar de serem mais fechados e interessados em si mesmos e naquilo que as suas mentes lhes pedem para se interessar, eles também ''são gente'' e também querem criar laços de amizades, muitos se não a maioria deles sente falta das relações humanas, claro, sabiamente a conta gotas.
Como eu já havia falado antes, mentes muito objetivas tendem a pecar em demasia em ambientes sociais humanos, talhados para sustentarem as subjetividades ou confusões excessivas das mentes que são menos objetivas ou diretas. Se a verdade é sempre o olhar honesto e portanto direto pra realidade, como um espelho da mesma, enquanto que a mentira já seria uma distorção desta relação franca e direta de espelhamento empático... só que pela verdade factual.
E lembrando que ''independência intelectual'' sem compreensão factual ou bússola pode e muitas vezes resulta na internalização mais personalizada só que da mesma heterogeneidade de fatos e de factoides, que tendem a caracterizar as mentes mais comuns ou típicas.
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domingo, 15 de janeiro de 2017
''Genética''** Talvez, mas, qual é o seu grau de subconsciência intrínseca** E sua diferença em relação à intrinsicabilidade ou intensidade intrínseca do comportamento
Se eu aprendi fácil a ler e a escrever e/ou consegui desenvolver um excelente vocabulário ao ser exposto (e demonstrar empatia cognitiva 'total') a esta ''tecnologia cultural'' então isso se deu ou tem se dado de modo:
- subconsciente a intuitivo;
- intrínseco.
Portanto o meu grau de sub-consciência intrínseca para o aprendizado, expansão [limitada], constante reparação (tentando seguir a norma culta ou buscando por alternativas evidentemente divergentes) e sofisticação [limitada], em relação a esta ''tecnologia cultural'', pode ser caracterizado quantitativamente como ''alto'' ou ''acima da média''. Mas talvez eu esteja confundindo o mesmo com a intrinsicabilidade, que eu defini como ''grau de autenticidade ou intensidade característica'' de um ou vários traços de comportamento ou de qualquer outra natureza estão em relação ao ser, e gosto sempre de usar o exemplo do espectro da preferência sexual em que ''todos os homossexuais... são igualmente homossexuais em essência descritiva, mas alguns são mais do que os outros'', isto é, são mais caracteristicamente 'autênticos', e portanto, que está mais intrínseco, intenso para alguns deles.
Sub-consciência intrínseca ou ''hardware'' é o termo que eu estou preferindo usar para substituir ''genética'', porque afinal de contas eu não sou geneticista, acho esta ciência muito complexa, que ''ainda' está em desenvolvimento [ portanto mais complexa ] e não tenho vontade ou motivação intrínseca para melhorar os meus conhecimentos neste assunto, preferindo sempre especular em cima de suas superfícies, como um típico criativo contínuo tende a fazer.
Podemos reconhecer, factualmente falando, que quando algo vem fácil pra nós, especialmente em termos de aprendizado (que serve para qualquer particularidade do comportamento, cognitivo ou afetivo/psicológico), mas que não vem fácil para as outras pessoas [ou seres], então isto encontrar-se-á mais intrínseco, mais natural, autêntico e/ou subconsciente a nós, de tal modo que sequer nos damos consciência ou o reconhecemos de modo espelhado ou como se estivesse separado de nós, claro, especialmente em um clássico estado de autoconsciência embotada ou baixa auto-curiosidade.
Pode-se dizer inclusive que a verdadeira consciência sobre algo tende a se dar justamente quando temos dificuldade para aprendê-lo, por exemplo, se você for muito ruim em matemática então pode ser possível que terá maior consciência quanto a mesma do que em relação a um indivíduo que for naturalmente talentoso nesta particularidade, o que necessariamente não irá resultar em aprendizado para o primeiro, porque é um tipo diferente de consciência.
Ou outro exemplo que gosto muito de usar é o da gagueira, ou disfluência. Para o gago, desenvolve-se uma grande consciência sobre os mecanismos da linguagem, ainda que isso necessariamente não tornará todos os gagos em mestres neste tipo de assunto, porque como acontece com todos nós, só nos tornaremos conscientes de algo, de maneira extrínseca, quando não nos vier de maneira natural, mecânica, ''instintiva', intuitiva, rápida e autêntica, pois não sentimos ''intra-empatia'' total por este algo, não o reconhecemos, e neste exemplo claro que será a capacidade de falar sem qualquer perturbação no discurso. O gago não a reconhece como sua, como parte de si mesmo, tal como ''ter olhos azuis'', que é inerente... mas como um desafio a ser enfrentado, ''à manivela'', como se fosse marcha manual, do mesmo modo que um montanhista não reconhece a montanha que deseja escalar como ''sua'', por isso precisa/quer ''conquistá-la'', ainda que o faça de maneira natural em relação a qualquer superfície lisa, só que claro tendo a escolha como possibilidade, enquanto que a gagueira já é uma condição em que se tem pouca escolha, tal como se sempre tivesse uma montanha e com ''neves eternas'' estacionada bem na nossa frente e que portanto fosse impossível se desvencilhar deste desafio de se tentar escalá-la. Sem resistência, a consciência muitas vezes faz-se de modo subconsciente, sem ser percebida, tornando-se banal, menos importante, mesmo não sendo, mesmo que nada seja apenas banal.
Também podemos perceber que o reconhecimento imediato de similaridades, seja em relação a outro ser, seja em relação a outra entidade ou existência e claro direcionado a si mesmo [empatia], tende a produzir a ilusão da perfeição, fazendo com que, pelo que parece, a maioria das pessoas e seres se tornem, ao mesmo tempo, de experts mas também de auto-enganadores por suas próprias destrezas, que encontram-se centralizadas em suas zonas de conforto. Percebe-se que tendemos a ser bem melhores para encontrar defeitos em nossos dissimilares do que em nossos similares e isso também se aplica àquilo que nos atrai em termos intelectuais e/ou cognitivos. Somos excelentes naquilo que mais temos gosto e talento. No entanto, tende-se a produzir uma espécie de ''ponto cego'', que o autoconhecimento tende a sanar ou a neutralizar e que a estupidez tende a reforçar. Costumamos ser melhores solucionadores de problemas, também quando vemos defeitos [geralmente nos outros], e não apenas qualidades/possibilidades, e a partir desta maneira buscarmos corrigi-los, defeitos esses que são mais comuns e fáceis de serem capturados em nossos dissimilares, enquanto que em relação às nossas áreas de maior interesse, o processo de aprendizado, geralmente específico, pode se dar de maneira expansiva, especialmente para os tipos mais criativos, e geralmente retroalimentada em pessoas com ímpeto fraco ou mediano para a criatividade.
Portanto quanto mais fácil, rápido, autêntico, subconsciente, intuitivo, instintivo, mais intrínseco a nós certo talento/aprendizado estiver, possivelmente, mais genético também será, mas como não somos geneticistas, ou pelo menos, eu, então devemos buscar também por outros meios menos abstratos, para reconhecermos como verdade esta dinâmica constante e/ou variavelmente previsível do comportamento, e em relação às suas intensidades/autenticidades.
- subconsciente a intuitivo;
- intrínseco.
Portanto o meu grau de sub-consciência intrínseca para o aprendizado, expansão [limitada], constante reparação (tentando seguir a norma culta ou buscando por alternativas evidentemente divergentes) e sofisticação [limitada], em relação a esta ''tecnologia cultural'', pode ser caracterizado quantitativamente como ''alto'' ou ''acima da média''. Mas talvez eu esteja confundindo o mesmo com a intrinsicabilidade, que eu defini como ''grau de autenticidade ou intensidade característica'' de um ou vários traços de comportamento ou de qualquer outra natureza estão em relação ao ser, e gosto sempre de usar o exemplo do espectro da preferência sexual em que ''todos os homossexuais... são igualmente homossexuais em essência descritiva, mas alguns são mais do que os outros'', isto é, são mais caracteristicamente 'autênticos', e portanto, que está mais intrínseco, intenso para alguns deles.
Sub-consciência intrínseca ou ''hardware'' é o termo que eu estou preferindo usar para substituir ''genética'', porque afinal de contas eu não sou geneticista, acho esta ciência muito complexa, que ''ainda' está em desenvolvimento [ portanto mais complexa ] e não tenho vontade ou motivação intrínseca para melhorar os meus conhecimentos neste assunto, preferindo sempre especular em cima de suas superfícies, como um típico criativo contínuo tende a fazer.
Podemos reconhecer, factualmente falando, que quando algo vem fácil pra nós, especialmente em termos de aprendizado (que serve para qualquer particularidade do comportamento, cognitivo ou afetivo/psicológico), mas que não vem fácil para as outras pessoas [ou seres], então isto encontrar-se-á mais intrínseco, mais natural, autêntico e/ou subconsciente a nós, de tal modo que sequer nos damos consciência ou o reconhecemos de modo espelhado ou como se estivesse separado de nós, claro, especialmente em um clássico estado de autoconsciência embotada ou baixa auto-curiosidade.
Pode-se dizer inclusive que a verdadeira consciência sobre algo tende a se dar justamente quando temos dificuldade para aprendê-lo, por exemplo, se você for muito ruim em matemática então pode ser possível que terá maior consciência quanto a mesma do que em relação a um indivíduo que for naturalmente talentoso nesta particularidade, o que necessariamente não irá resultar em aprendizado para o primeiro, porque é um tipo diferente de consciência.
Ou outro exemplo que gosto muito de usar é o da gagueira, ou disfluência. Para o gago, desenvolve-se uma grande consciência sobre os mecanismos da linguagem, ainda que isso necessariamente não tornará todos os gagos em mestres neste tipo de assunto, porque como acontece com todos nós, só nos tornaremos conscientes de algo, de maneira extrínseca, quando não nos vier de maneira natural, mecânica, ''instintiva', intuitiva, rápida e autêntica, pois não sentimos ''intra-empatia'' total por este algo, não o reconhecemos, e neste exemplo claro que será a capacidade de falar sem qualquer perturbação no discurso. O gago não a reconhece como sua, como parte de si mesmo, tal como ''ter olhos azuis'', que é inerente... mas como um desafio a ser enfrentado, ''à manivela'', como se fosse marcha manual, do mesmo modo que um montanhista não reconhece a montanha que deseja escalar como ''sua'', por isso precisa/quer ''conquistá-la'', ainda que o faça de maneira natural em relação a qualquer superfície lisa, só que claro tendo a escolha como possibilidade, enquanto que a gagueira já é uma condição em que se tem pouca escolha, tal como se sempre tivesse uma montanha e com ''neves eternas'' estacionada bem na nossa frente e que portanto fosse impossível se desvencilhar deste desafio de se tentar escalá-la. Sem resistência, a consciência muitas vezes faz-se de modo subconsciente, sem ser percebida, tornando-se banal, menos importante, mesmo não sendo, mesmo que nada seja apenas banal.
Também podemos perceber que o reconhecimento imediato de similaridades, seja em relação a outro ser, seja em relação a outra entidade ou existência e claro direcionado a si mesmo [empatia], tende a produzir a ilusão da perfeição, fazendo com que, pelo que parece, a maioria das pessoas e seres se tornem, ao mesmo tempo, de experts mas também de auto-enganadores por suas próprias destrezas, que encontram-se centralizadas em suas zonas de conforto. Percebe-se que tendemos a ser bem melhores para encontrar defeitos em nossos dissimilares do que em nossos similares e isso também se aplica àquilo que nos atrai em termos intelectuais e/ou cognitivos. Somos excelentes naquilo que mais temos gosto e talento. No entanto, tende-se a produzir uma espécie de ''ponto cego'', que o autoconhecimento tende a sanar ou a neutralizar e que a estupidez tende a reforçar. Costumamos ser melhores solucionadores de problemas, também quando vemos defeitos [geralmente nos outros], e não apenas qualidades/possibilidades, e a partir desta maneira buscarmos corrigi-los, defeitos esses que são mais comuns e fáceis de serem capturados em nossos dissimilares, enquanto que em relação às nossas áreas de maior interesse, o processo de aprendizado, geralmente específico, pode se dar de maneira expansiva, especialmente para os tipos mais criativos, e geralmente retroalimentada em pessoas com ímpeto fraco ou mediano para a criatividade.
Portanto quanto mais fácil, rápido, autêntico, subconsciente, intuitivo, instintivo, mais intrínseco a nós certo talento/aprendizado estiver, possivelmente, mais genético também será, mas como não somos geneticistas, ou pelo menos, eu, então devemos buscar também por outros meios menos abstratos, para reconhecermos como verdade esta dinâmica constante e/ou variavelmente previsível do comportamento, e em relação às suas intensidades/autenticidades.
quarta-feira, 11 de janeiro de 2017
Novamente empatia [literalmente cognitiva] parcial e total para explicar as diferenças de compreensão factual entre as pessoas
Empatia literalmente cognitiva parcial: Se coloca no mesmo lugar que o conhecimento mas não em seu corpo. Logo criará uma versão personalizada/ego -centrada do conhecimento que está sendo internalizado, sobrepondo preconceitos cognitivos ou disposições instintivas mais agudas ao conhecimento de interesse.
Intelectualmente interessados tendem a fazer assim com grande frequência se não for característico deles e de suas abordagens intelectuais.
Empatia literalmente cognitiva total: Não se coloca apenas no lugar mas também na ''pele'' do conhecimento. Deste modo pode "ver" melhor os seus padrões, desafios ou erros e possibilidades de expansão, ''como se fosse ele mesmo''. Ainda que todos estejamos sujeitos à sobreposição de nossos instintos sobre nossos objetos de interesse esta tendência se fará menos intensa ou mais controlada e mesmo útil para os obsessivamente/apaixonadamente interessados ou intelectualmente obcecados.
Os artificialmente inteligentes tendem a confundir ou a borrar as fronteiras de si mesmos e de suas áreas de interesse resultando em uma perda potencialmente permanente de autenticidade/real conhecimento em relação às mesmas. Aquilo que já comentei, desde aquele que detém tão profundo conhecimento sobre certa área que ''mais parece que prevê comportamentos futuros ou reverberações dela'', resultando em insights criativos, quando de fato entendemos ou compreendemos algo, a ponto de poder ampliar as suas fronteiras de entendimento, até àquele que o faz de modo desgarrado, oportunista, vendo a sua própria área de interesse mais como uma escada, um meio para se chegar a um fim, em outras palavras, menos autêntico, expressando ''empatia parcial'', pois se coloca no lugar de sua área de interesse mas não em sua ''pele'', em sua ''mente''. Compreende o seu lugar, só que por si mesmo, sem uma espécie de pureza perceptiva objetivamente direcionada ao objeto de escrutínio, percebendo apenas ele, sem a interferência pessoal. Isso seria o verdadeiro conhecimento ou reconhecimento, a ''projeção'' sem ser auto, ainda que em relação a fatos morais, reside a necessidade da auto-projeção, de preferência sabiamente controlada.
Tal como quando nos colocamos no LUGAR de um mendigo, onde que ele está, na sociedade, na vida real/literal, na rua, descalço, com roupas maltrapilhas, entregue à qualquer sorte, MAS NÃO em sua pele, como se fôssemos ele, entendendo-o. Neste caso podemos concluir que o conhecimento parcial, advindo de uma empatia cognitiva parcial, tende a se consistir no [re]conhecimento ''do lugar'', quando nos posicionamos no ''lugar'' do conhecimento e inevitavelmente nos questionamos quanto às vantagens mundanas ou egoístas que este lugar pode nos oferecer a nós, os fins justificam os meios. Diferente de uma empatia total, quando os fins se justificam por si mesmos, e neste caso o conhecimento que se justifica por si mesmo.
Intelectualmente interessados tendem a fazer assim com grande frequência se não for característico deles e de suas abordagens intelectuais.
Empatia literalmente cognitiva total: Não se coloca apenas no lugar mas também na ''pele'' do conhecimento. Deste modo pode "ver" melhor os seus padrões, desafios ou erros e possibilidades de expansão, ''como se fosse ele mesmo''. Ainda que todos estejamos sujeitos à sobreposição de nossos instintos sobre nossos objetos de interesse esta tendência se fará menos intensa ou mais controlada e mesmo útil para os obsessivamente/apaixonadamente interessados ou intelectualmente obcecados.
Os artificialmente inteligentes tendem a confundir ou a borrar as fronteiras de si mesmos e de suas áreas de interesse resultando em uma perda potencialmente permanente de autenticidade/real conhecimento em relação às mesmas. Aquilo que já comentei, desde aquele que detém tão profundo conhecimento sobre certa área que ''mais parece que prevê comportamentos futuros ou reverberações dela'', resultando em insights criativos, quando de fato entendemos ou compreendemos algo, a ponto de poder ampliar as suas fronteiras de entendimento, até àquele que o faz de modo desgarrado, oportunista, vendo a sua própria área de interesse mais como uma escada, um meio para se chegar a um fim, em outras palavras, menos autêntico, expressando ''empatia parcial'', pois se coloca no lugar de sua área de interesse mas não em sua ''pele'', em sua ''mente''. Compreende o seu lugar, só que por si mesmo, sem uma espécie de pureza perceptiva objetivamente direcionada ao objeto de escrutínio, percebendo apenas ele, sem a interferência pessoal. Isso seria o verdadeiro conhecimento ou reconhecimento, a ''projeção'' sem ser auto, ainda que em relação a fatos morais, reside a necessidade da auto-projeção, de preferência sabiamente controlada.
Tal como quando nos colocamos no LUGAR de um mendigo, onde que ele está, na sociedade, na vida real/literal, na rua, descalço, com roupas maltrapilhas, entregue à qualquer sorte, MAS NÃO em sua pele, como se fôssemos ele, entendendo-o. Neste caso podemos concluir que o conhecimento parcial, advindo de uma empatia cognitiva parcial, tende a se consistir no [re]conhecimento ''do lugar'', quando nos posicionamos no ''lugar'' do conhecimento e inevitavelmente nos questionamos quanto às vantagens mundanas ou egoístas que este lugar pode nos oferecer a nós, os fins justificam os meios. Diferente de uma empatia total, quando os fins se justificam por si mesmos, e neste caso o conhecimento que se justifica por si mesmo.
sexta-feira, 6 de janeiro de 2017
Os sábios são especialmente de emocionalmente inteligentes, na ''teoria'', ou seria melhor, na compreensão factual, por causa de sua extremamente elevada consciência estética, ou ideal, MAS não na prática, em que o ideal é a inteligência emocional/empatia parcial...
Também por causa de seus princípios instintivos, os sábios são menos propensos a se ''adaptarem' ou a conformarem ao estado quase sempre lamentável de coisas que tem caracterizado os ambientes humanos pois tende a ser organicamente intolerável de se fazê-lo.
segunda-feira, 2 de janeiro de 2017
Novamente (ou não), o conceito de ''aprendizado'' e implicações para o teste de QI
A maioria daquilo que entendemos, erroneamente, como aprendizado, nada mais é do que ''decorar a matéria, a lição ou um conjunto de regras''. Isso se aplica à escola, à universidade e no trabalho. A maioria das profissões humanas são de/para mantenedores, e portanto de replicadoras de técnicas apreendidas.
Criatividade*
Muito pouca.
Sabedoria*
Menos.
Engraçado que especialmente em relação à primeira, à criatividade, toda profissão humana tende a encontrar-se totalmente salpicada pela mesma, só que já se encontra em um estado de ''não-novidade'', e portanto, a entendemos como ''inteligência''...
Tudo o que a maioria faz ou tende a fazer é:
- ''aprender'' a decorar a matéria na escola e replicá-la nas provas;
- ''aprender'' a decorar a matéria para o vestibular e replicá-la durante a prova;
Passou na faculdade, a mesma coisa hein*
- ''aprender'' a decorar a matéria na faculdade e replicá-la nas provas.
Conseguiu um emprego**
Então...
- ''aprender'' a decorar as instruções e replicá-las no trabalho.
Replicação é aquilo que o ser humano em média mais faz em seus ambientes de ''aprendizado''.
Replica ''insights criativos'' padronizados enquanto técnicas/tecnologias culturais.
E tudo isso se relaciona com QI!!!
Maior é o ''tamanho'' da sua inteligência, e direcionada para atender às necessidades do sistema, melhor.
No entanto, como eu já falei em textos e poesia anteriores, ''alto'' não é o mesmo que ''auto''.
Não basta ser naturalmente bonito se não correr atrás para manter e até mesmo melhorar a sua beleza.
O mesmo pra inteligência,
Não basta ser/nascer naturalmente inteligente se não correr atrás para manter e até mesmo melhorar a sua inteligência.
E como eu já disse outras vezes eu não duvido se a verdadeira inteligência na verdade for mais aquilo que fazemos do que aquilo que somos, especialmente se for diretamente relacionado pra alguma das muitas facetas do mundo real em que se pode extrair resoluções concretamente inteligentes, e não apenas o ''ser'', ''provado'' por testes cognitivos. E novamente caímos no espectro-mor da inteligência, que se relaciona diretamente com as suas bases, o [estilo de] pensamento: sub-lógico, lógico, racional e sábio.
Voltando ao primeiro pensamento.
Já compreendemos que boa parte daquilo que entendemos como inteligência, de uma maneira abusivamente conclusiva e unilateral, tem uma natureza consistentemente replicativa.
Na verdade, para quase todo comportamento inteligente existe a necessidade de se memorizar algo e de se replicá-lo corretamente. O diferencial entre o fluido e o cristalizado é o tempo de memorização e replicação daquilo que foi memorizado em que no primeiro este hiato cronológico será mínimo e geralmente mais instintivo, e claro que eu falo desses termos de modo mais semanticamente literal do que ''psicométrico''.
O diferencial entre todas as tarefas que acumulamos durante as diferentes etapas de nossas vidas e a simples porém básica e essencial tarefa de pensar é a objetividade filosófica ou vital/existencial/factual, advinda do nível de perceptividade/percepção, que por sua vez é anterior à própria inteligência.
O verdadeiro aprendizado, ainda que inevitavelmente replicativo e potencialmente repetitivo, nasce, novamente, da autenticidade, da verdadeira empatia, ou empatia total, de fato, entendermos o objeto de observação e escrutínio crítico-analítico, ao ponto de compreendermos os seus próprios padrões de funcionamento, tal como se nos colocássemos em seu ''corpo''. E a maioria das pessoas, dos seres humanos, parecem dar bem pouca importância a esta necessidade, resultando no show de horrores habitualmente característico de nossa mamada e cancerosa espécie.
E as implicações para os testes de QI são, conclusivamente falando, que os mesmos se relacionam sim e até de maneira bem mais profunda com o aspecto replicativo da inteligência e não com o aspecto consideravelmente característico da mesma que se consiste justamente naquilo que denominei de ''verdadeiro aprendizado'', que não é apenas a memorização e replicação de técnicas, mas O SEU ENTENDIMENTO, representado por aquilo que tenho chamado de ''empatia total'' ou ''autenticidade'', o verdadeiro conhecer, transferindo-se para o ''corpo'' e ''mente'' dos ''outros sujeitos'', vivos, inanimados, fenomenológicos e/ou abstratos.
Neste caso, reforço a minha ideia de que os testes de QI esbarrem, até mesmo por causa de sua natureza superficialmente holística, nas bases e na essência da inteligência... eu disse ''esbarram'', tal como quando atiramos no alvo com uma arma de paintball e além do alvo também mancha os arredores.
Criatividade*
Muito pouca.
Sabedoria*
Menos.
Engraçado que especialmente em relação à primeira, à criatividade, toda profissão humana tende a encontrar-se totalmente salpicada pela mesma, só que já se encontra em um estado de ''não-novidade'', e portanto, a entendemos como ''inteligência''...
Tudo o que a maioria faz ou tende a fazer é:
- ''aprender'' a decorar a matéria na escola e replicá-la nas provas;
- ''aprender'' a decorar a matéria para o vestibular e replicá-la durante a prova;
Passou na faculdade, a mesma coisa hein*
- ''aprender'' a decorar a matéria na faculdade e replicá-la nas provas.
Conseguiu um emprego**
Então...
- ''aprender'' a decorar as instruções e replicá-las no trabalho.
Replicação é aquilo que o ser humano em média mais faz em seus ambientes de ''aprendizado''.
Replica ''insights criativos'' padronizados enquanto técnicas/tecnologias culturais.
E tudo isso se relaciona com QI!!!
Maior é o ''tamanho'' da sua inteligência, e direcionada para atender às necessidades do sistema, melhor.
No entanto, como eu já falei em textos e poesia anteriores, ''alto'' não é o mesmo que ''auto''.
Não basta ser naturalmente bonito se não correr atrás para manter e até mesmo melhorar a sua beleza.
O mesmo pra inteligência,
Não basta ser/nascer naturalmente inteligente se não correr atrás para manter e até mesmo melhorar a sua inteligência.
E como eu já disse outras vezes eu não duvido se a verdadeira inteligência na verdade for mais aquilo que fazemos do que aquilo que somos, especialmente se for diretamente relacionado pra alguma das muitas facetas do mundo real em que se pode extrair resoluções concretamente inteligentes, e não apenas o ''ser'', ''provado'' por testes cognitivos. E novamente caímos no espectro-mor da inteligência, que se relaciona diretamente com as suas bases, o [estilo de] pensamento: sub-lógico, lógico, racional e sábio.
Voltando ao primeiro pensamento.
Já compreendemos que boa parte daquilo que entendemos como inteligência, de uma maneira abusivamente conclusiva e unilateral, tem uma natureza consistentemente replicativa.
Na verdade, para quase todo comportamento inteligente existe a necessidade de se memorizar algo e de se replicá-lo corretamente. O diferencial entre o fluido e o cristalizado é o tempo de memorização e replicação daquilo que foi memorizado em que no primeiro este hiato cronológico será mínimo e geralmente mais instintivo, e claro que eu falo desses termos de modo mais semanticamente literal do que ''psicométrico''.
O diferencial entre todas as tarefas que acumulamos durante as diferentes etapas de nossas vidas e a simples porém básica e essencial tarefa de pensar é a objetividade filosófica ou vital/existencial/factual, advinda do nível de perceptividade/percepção, que por sua vez é anterior à própria inteligência.
O verdadeiro aprendizado, ainda que inevitavelmente replicativo e potencialmente repetitivo, nasce, novamente, da autenticidade, da verdadeira empatia, ou empatia total, de fato, entendermos o objeto de observação e escrutínio crítico-analítico, ao ponto de compreendermos os seus próprios padrões de funcionamento, tal como se nos colocássemos em seu ''corpo''. E a maioria das pessoas, dos seres humanos, parecem dar bem pouca importância a esta necessidade, resultando no show de horrores habitualmente característico de nossa mamada e cancerosa espécie.
E as implicações para os testes de QI são, conclusivamente falando, que os mesmos se relacionam sim e até de maneira bem mais profunda com o aspecto replicativo da inteligência e não com o aspecto consideravelmente característico da mesma que se consiste justamente naquilo que denominei de ''verdadeiro aprendizado'', que não é apenas a memorização e replicação de técnicas, mas O SEU ENTENDIMENTO, representado por aquilo que tenho chamado de ''empatia total'' ou ''autenticidade'', o verdadeiro conhecer, transferindo-se para o ''corpo'' e ''mente'' dos ''outros sujeitos'', vivos, inanimados, fenomenológicos e/ou abstratos.
Neste caso, reforço a minha ideia de que os testes de QI esbarrem, até mesmo por causa de sua natureza superficialmente holística, nas bases e na essência da inteligência... eu disse ''esbarram'', tal como quando atiramos no alvo com uma arma de paintball e além do alvo também mancha os arredores.
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quarta-feira, 28 de dezembro de 2016
Eu estou mais para o espectro psicótico ou autista**

Fonte: https://cdn.psychologytoday.com/sites/default/files/styles/article-inline-half/public/field_blog_entry_images/Slide4_3.jpg?itok=1Qc2JJxQ
Desviar o olhar em relação aos outros/Olhar com frequência e intensidade
Neste primeiro componente eu estou relativamente dividido entre ''observar as pessoas com grande frequência e interesse'' e de ''desviar o olhar ou não encarar diretamente''. Eu desvio o meu olhar para as pessoas com as quais eu não ''vou com a cara'', literalmente falando, ou que já tenha tido más experiências, mas isso é uma tendência comum. No entanto, no meu caso, este tipo de ''desvio de olhar'' tende a se dar de maneira mais emocionalmente significativa e próximo de um estado mais intenso, similar à expressão caracteristicamente autista, ainda que pelo que tenho percebido eu consigo controlar.
Veredito final: a meio caminho ''entre'' autismo e psicoses, mas mais direcionado para o espectro psicótico, isto é, olho mais do que desvio o olhar.
Insensibilidade para vozes/ hiper-sensibilidade para vozes à alucinações
No segundo componente eu estou consideravelmente direcionado para o espectro psicótico pois de fato eu tendo a dar grande importância às vozes, especialmente as humanas, eu já tive leves porém evidentes alucinações OU confusões auditivas, é o que parece, mas eu não tenho como comprovar se de fato eu escutei errado (''alucinação'') ou se escutei certo, nesses episódios que já vivenciei. Aquilo que já falei sobre a ambiguidade interpessoal... de prestar grande atenção à vozes (especialmente risos e cochichos) e de não saber perfeitamente se: foram direcionados pra si e se são deboches, comentários maldosos ou impressões.
Escusado será dizer que, pessoas ''comuns'' tendem a alvejar muito menos aqueles que são mais parecidos com elas do que com ''ex-cêntricos''.
Portanto, a ideia de que a maioria das alucinações paranoicas desta natureza se consistam exatamente em alucinações irracionais, pode não estar plenamente correta, especialmente se for concluído esta proposta de dinâmica inter-pessoal, em que as pessoas comuns tendam, ou desproporcionalmente falando, tanto a se protegerem quanto a atacarem ''dissidentes naturais'' e que conjugado com maior sensibilidade tende a resultar naquilo que tenho chamado de ''paranoia racional'', quando existem razões válidas para se tornar mais vigilante, e muitas vezes ao ponto da total desconfiança em relação aos ''outros'', ainda que generalizações não sejam totalmente recomendadas, é claro.
Déficits em intencionalidade/hiper-intencionalidade erotomania/paranoia
No terceiro componente comparativo me encontro novamente consideravelmente direcionado para o espectro psicótico e até faz sentido se disse o mesmo em relação à hiper-sensibilidade para vozes. Mas novamente, de fato isso se manifesta em mim de modo controlado ou controlável, ao invés de tomar-me de assalto e de fazer-me refém de ideações bizarras. Parece que os tipos a caminho do espectro psicótico tendem a ser muito curiosos e objetivos em relação à essas pendengas pessoais ou mentalistas e no entanto dão com ''os burros n'água'' quando percebem o quão natural e/ou propositalmente ambígua, confusa e contraditória se encontram.
Novamente a minha ideia de baixa tolerância em relação à ambiguidades interpessoais, que são basicamente a principal matéria prima do modo humano de socializar/inter-personalizar.
Déficits de atenção-compartilhada/ilusões conspiratórias
Pelo que entendi, este componente basicamente se expressa quando duas pessoas estão conversando e prestam atenção mútua. Autistas tendem a se desconcentrarem OU a não acharem interessante aquilos que os outros tem a dizer/estão dizendo pra eles, porque como tendem a se concentrarem por tempo quase integral aos seus interesses específicos então costumam prestar menos atenção em especial quando o assunto não estiver relacionado aos seus interesses.
Neste quarto componente eu me encontro fortemente relacionado com o espectro autista por dedicar de modo impulsivo aos meus interesses específicos e por muitas vezes achar aquilo que os outros me dizem ou comunicam desinteressante, sem conseguir acompanhá-los, claro que, em especial, àquilo que não me é de interesse, momentâneo (estou pensando em outras coisas) ou absoluto (definitivamente não me é de interesse).
No entanto eu também me encontro fortemente atrelado às ilusões (ou não) conspiratórias, que parecem se consistir em complementos lógicos dos três primeiros componentes, mas em especial dos dois últimos. Claro que o nível de conspiração, real, parcialmente real ou exagerada, que possa vir a desenvolver, não tem perpassado o bom senso ou razoabilidade, isto é, de ter adquirido feições explicitamente bizarras e portanto potencialmente descontroladas, delas tomarem o centro de minhas atenções, do meu auto-comando. Portanto, encontrar-me-ei dividido entre os dois espectros ou talvez mescladamente enviesado em ambos os extremos.
Vale ressaltar que muitas dessas características foram construídas com base em valores subjetivos a objetivos, porque de fato elas existem, se expressam, mas por causa das próprias fraquezas implícitas (a explícitas) dos profissionais de saúde mental, isto é, conduzidos por seus preconceitos cognitivos possivelmente irracionais, aquilo que parece ser atípico a patológico [pra eles], pode ser na verdade, bem, a verdade, ou que possa ser perfeitamente explicado ou entendido sob um prisma racional, o próprio exemplo da tendência autista de não se interessar pelo que os outros tem a lhes dizer, e que no caso, primeiro, pode se diferenciar neles especialmente por ser um tipo de atitude mais frequente, segundo, por causa da tendência autista de se interessar por assuntos incomuns e portanto tendo como consequência poucas pessoas com as quais eles possam compartilhar os seus interesses, aumentando a possibilidade ou frequência desta situação de desinteresse natural por aquilo que os outros dizem ou compartilham com eles se manifestar.
Déficits na teoria da mente/ideação mágica--ilusões de referência
Neste quinto componente comparativo eu percebo em mim uma tendência para ilusões de referência e até as tenho colocado aqui no blogue em alguns textos, por exemplo, ''a perseguição do número 24'' em relação à minha pessoa, ou a sensação, que já tive, que todos estavam me olhando, em um certo dia, quando não estou esperando que olhem pra mim, e quando eu espero ansioso que isso aconteça o contrário se dá, isto é, quase ninguém está olhando/olha pra mim. Podem ser ilusões de referência, ou não. No caso do número 24, é bastante frequente que quando eu vou ver as horas, sem qualquer intencionalidade ou expectativa, o número 24 se apresente completo, ou de alguma forma, condensado com outros números, e eu não faço absolutamente nada para percebê-lo, nada. Tal como quando você consegue, de sorte, jogar uma bolinha de papel na lixeira, de longe, sem ter pensado, sem ter planejado ou direcionado a mira. Sorte ou coincidência** Sim, mas talvez não seja apenas sorte. Percebam que muitos se não a maioria dos animais não-humanos tendem a ser extremamente precisos, cometendo poucos erros ao longo de suas vidas em suas capacidades instintivamente herdadas. Pode ser que quando agimos de maneira puramente intuitiva, associada a uma ação de natureza sinestésica, consigamos emular a precisão dos outros animais em suas habilidades, mesmo que tal feito não se repita imediatamente depois.
Também percebo que quando eu ando nas ruas respirando pela boca, possivelmente por causa de alguma mudança em meu rosto, as pessoas me percebem mais e até mesmo com admiração, do que quando ando nas ruas, respirando pelo nariz. Ilusões de minha mente** Duvido. Coisas estranhas acontecem na profundeza de nossas existências e geralmente passam batidas pela maioria das pessoas, isto é, em relação à nossa linguagem corporal ou não-verbal.
Na wikipedia um exemplo que vi sobre ''ilusões de referência'' (as pessoas estão falando de você) é basicamente a ''paranoia'', uma manifestação específica e típica deste estado mental. Portanto estou achando um certo exagero de subdivisões no quadro acima, mas enfim, continuando...
Definitivamente eu não acredito que tenha deficiências em teoria da mente, na verdade, parece ser o oposto, visto que tendo a ser, tortuosamente ainda que constante, atentamente empático, buscando sempre atenuar possíveis trovões de conflitos para com os meus pares de interação e claro que, a recíproca não é verdadeira, ou tal milagre tende a ser raro, como todos os milagres são, sem falar de minhas explosões ou desabafos, quando já não consigo mais engolir tantas contradições internas das outras pessoas, nomeadamente das mais próximas, geralmente meus parentes, mas também nas redes sociais. Como eu tendo a pensar no melhor, por ser muito idealista, e pedantemente falando, precisamente idealista, então tendo a fazê-lo com base em grande confiança e compreensão factual.
Tal como praticamente todo mundo eu parto em interação com o meu meio (ab)usando de meus valores morais e como eu tenho a ingrata capacidade de desenvolver sistemas morais perfeccionistas (só pra sofrer um pouco mais em meio à balbúrdia humana) então parto do princípio que, no fundo dos corações de cada um de nós, a idealidade é desejada, porém incompreendida e mesmo ativamente combatida, para que o ego possa ser salvo e doentiamente nutrido.
Todos nós temos para mais ou para menos déficits na teoria da mente e os autistas, em média, só estão um pouquinho piores que ''nós''. A verdadeira teoria da mente, ou seria melhor, o seu estado mais perfeccionista, autêntico, se daria por meio da empatia total, que eu já expliquei em textos anteriores, quando não apenas nos colocamos no lugar dos outros, como nós mesmos, que seria a empatia parcial e muito comum, mas também em suas próprias peles, emulando-os, buscando capturar os seus próprios padrões ou razões, podendo assim prover análises empáticas muito mais factuais ou corretas. Os autistas tendem a emular os egoístas que sequer se colocam no lugar dos outros, mas como muitos são providos de empatia afetiva, e muitos ainda podem aprender, à manivela, um pouco a muito sobre empatia cognitiva, então podem e geralmente contornam ou atenuam esses problemas. Já não podemos dizer o mesmo sobre as pessoas comuns que tendem a ser auto-confiantes demais pra se criticarem e portanto tendem a teimar por toda vida com as suas mediocridades, tanto no trato com as coisas pessoais ou pessoas/seres quanto no trato com as coisas impessoais ou coisas. Também temos de pensar no caso dessas pessoas comuns em relação aos autistas e outros ex-cêntricos. São elas deficientes para entender a mente autista* Sim, e não apenas em relação às mentes autistas mas também a qualquer outro tipo de mente, incluindo as suas próprias. No caso daqueles que exibem predicados inter e intra-pessoais, como eu, é evidente que tendemos a balançar para o espectro psicótico do que para o espectro autista. No entanto, há de se espezinhar todas essas vagas concepções da psicologia antes de fazer qualquer veredito. Eu mesclo a objetividade e uma certa fé crédula autista na capacidade humana de aprender com os próprios erros, ainda existente em mim, com a malemolência ou mesmo descrença/esperteza que parece ser mais comum entre os psicóticos e próximos a este espectro.
Desilusões religiosas -- Credulidade/ Religiosidade superficial -- incredulidade
Sou agnóstico e incrédulo, mas não infalível, e tal como a maioria das pessoas, eu posso ser enganado. No entanto tenho por mim como uma de minhas qualidades justamente a dificuldade teórica de me passarem a perna, ainda que não tenha sido testado de maneira literal e constante e de sempre acabar acreditando no bom senso, diga-se escasso, das pessoas, se ao fazê-lo, eu esteja apenas me projetando, assim como quase todo mundo o faz. Como sempre eu acabo sempre mesclado entre os espectros ainda que no caso da ''religiosidade superficial'' eu de fato seja um enfático e legítimo incrédulo.
Déficit em ''sensação de autocontrole''--memória episódica/ Megalomania
Eu tenho um pouco do primeiro sub-componente, em especial quando tenho ideias intuitivas mas no geral eu não acredito que tenha déficits neste sentido, aliás eu não entendi muito bem o que isso quer dizer. A ideia de total autocontrole é por si só uma ilusão e não apenas para os autistas.
Quanto à memória episódica eu percebo em mim uma grande capacidade neste quesito, ainda que não se encontre a níveis muito significativos, mas é o suficiente para notar tal vantagem em comparação aos outros, ao perceber por exemplo, quando eu consigo lembrar de certos eventos e eles não, em partes também porque tenho um conexão mais forte com o passado, por causa de minha melancolia.
Sou parcialmente megalomaníaco OU apresento potencial para me tornar mas tenho conseguido adaptar esta possível e decisiva falha dentro de mim, por exemplo, ao invés de expor-me aos outros de modo presunçoso e arrogante, de buscar fazê-lo por outros meios, mas sem tentar suprimir algo que me é mais natural e lembrando sempre que no final, quase todos nós estamos mais ou menos, eu não diria megalomaníacos, que se consiste em um exagero expressivo, mas de secretamente orgulhosos, e para muitos, nem tão secretos assim. O problema talvez nem seria de ser orgulhoso mas de fazê-lo sem qualquer evolução pessoal na auto-crítica e para isso não é necessário ser orgulhoso pois muitas pessoas desprovidas de autoestima podem também ser desprovidas de auto-crítica.
Veredito: meio termo. Boa à ótima memória episódica, pouco déficit em auto-controle, na verdade eu pareço ter/ser o oposto, e parcial megalomania, consciente de ser megalomaníaco (a maioria dos megalomaníacos não sabem que são e que isso possa ser um defeito) .
Literalidade--''inabilidade' de mentir/ Auto-decepção
Neste oitavo componente eu estou significativamente direcionado para o espectro autista, em especial no que diz respeito à literalidade, ainda que, como já havia dito antes, em um texto similar de auto-análise, eu também consiga compreender ambiguidades.
Sou quase super-sincero e honesto, estou com certeza bem acima da média, ainda que não signifique que não consiga mentir, e duvido que a maioria dos autistas não consigam aprender a mentir. O que pode acontecer com eles e comigo é a sensação orgânica, interna, de que mentir é: moralmente errado e/ou problemático, porque seria como arranjar mais problemas pra si mesmo, ao invés da lógica de se buscar sanar os problemas que já existem ou que se apresentam de ''bom grado'', isto é, sem serem convidados. No entanto, novamente, eu consigo mentir e minto, ou melhor omito, não me sinto bem, mas como na maioria das vezes as minhas mentiras são racionalmente justificadas e moralmente neutras, em sua maioria, e não são muitas, então eu não me sinto demasiadamente culpado, mas claro que o ideal é sempre de estar tudo às claras. O ideal, mas vivemos na regra do medíocre.
Binaridade patológica/Ambiguidade patológica
8 ou 80 ... ou ... 500 tons de cinza*
Estou os dois, ou seria melhor, me tornei um pouco os dois, principiando pela tendência binária e aprendendo a lidar, eu não diria com ambiguidade, mas com parte da complexidade que atrela-se aos meus interesses mais apaixonados. Basicamente, eu dou atenção tanto aos extremos, que definem o binarismo, quanto ao espectro entre os extremos, que definem a ''ambiguidade'.
Precocidade/Amadurecimento lento
O autismo se manifesta cedo na vida enquanto que a esquizofrenia tradicionalmente só começa a se manifestar a partir do início da vida adulta, com casos raros de manifestação precoce, que começam ainda na infância. Em termos de precocidade, que eu poderia denominar de ''sintomas brandos'' ou ''alguns traços mais brandos'', eu tenho manifestado os mesmos, incluindo aí vantagens, especialmente no caso do autismo, irregularmente cedo, por exemplo, a minha tendência para fixação em interesses específicos assim como também altos níveis de imaginação via recreação original ideativa atrelada a esses interesses, que eu ainda poderia denominar de maneira menos clinicamente pedante de ''brincadeiras relacionadas aos interesses específicos''. Novamente pareço encontrar-me mesclado aos dois continuum, se por um lado eu fui precoce na manifestação de alguns traços ''autistas'', mas também alguns traços que se relacionam com o espectro psicótico, por exemplo, uma certa tendência megalomaníaca ou mesmo ''elitista''. Quando me mudei de cidade eu me tornei bem mais arredio até mesmo porque não fui bem recebido aqui ou fui percebendo padrões de funcionamento da sociedade, nomeadamente a partir da frase de transição entre o jardim de infância e a escola [sim, este simulacro da vida social na vida adulta] e concluindo que, não era muito popular, ou que, se quisesse me tornar popular eu deveria trabalhar mais do que os outros, só que a consciência ''precoce'' de diferenças de interesses, por exemplo enquanto que a maioria dos meninos de minha idade gostavam de jogar bola eu preferia fazer outras coisas e geralmente sozinho, foi suficiente para me alertar intuitivamente e fazer-me evitar qualquer tipo de simulação de similaridades em relação à maioria dos meus pares de interação. Logo, enquanto um ex-cêntrico eu fui ficando à margem do burburinho social.
Ao me mudar de cidade e ir percebendo que, não era bom para/ e nem tinha vontade de fazer muitos amigos, e as hostilidades subsequentes, invariáveis e agradavelmente brandas, porém latentes/evidentes, eu fui desenvolvendo mecanismos de defesa, ou seria melhor, de conservação, aumentando em muito a intensidade ou frequência de minhas disposições mais mentalistas. O meu lado mais mentalista e portanto mais psicótico preveniu-me de fazer sólidas, constantes, volumosas e significativas amizades, ainda que a popularidade tenda a se correlacionar negativamente com resiliência nos relacionamentos interpessoais, tradicionalmente se caracterizando por uma superficialidade volúvel. Minha assincronia em relação aos interesses e nível de maturidade dos meus pares etários contribuiu ostensivamente, é claro. O meu lado mais mecanicista, e portanto mais autista contribuiu e juntamente com minha imaginação para me proteger deste ambiente abaixo da idealidade em convivência, abduzindo-me, tal como sempre fez, para acalentar os meus interesses específicos do momento, assim como também recriando uma espécie de armadura, não tão perfeita, ainda assim eficiente, e outros fatores protetivos, como por exemplo uma pouco usual combinação entre hiper-vigilância inter-pessoal ou social, caminhando para a ansiedade social, estabilidade emocional e narcisismo, todos invariavelmente bem temperados mas sem se sobreporem um ao outro de maneira desequilibrada ou potencialmente problemática, confabulando para me manter ''nos trilhos da sanidade''. A minha não-aceitação ou tentativa de lutar contar a minha condição de homossexual contribuiu para aumentar esta tensão interna, ainda que eu tenha, digamos assim, ''tirado de letra'', sem falar também no fator sorte, porque talvez em outros cenários, por exemplo, com perseguidores sistemáticos muito mais constantes e maléficos, poderiam ter colocado, muito provável, muito mais lenha nessa minha fogueira do que o que de fato aconteceu comigo até o início da minha vida adulta. Em termos de criatividade, bem eu sempre fui imaginativo e portanto recreacionalmente criativo, mas somente nos últimos anos que passei a ter insights criativos, confiar neles e postá-los nos meus blogues, agora neste blogue. Também tenho a impressão que me tornei mais mentalmente ágil e mesmo mais ávido para estudar matérias escolares, ainda que não resulte necessariamente em ''obsessão'', do que quando eu estudava e tinha preguiça e grande desinteresse pelas mesmas, ou pela maioria delas. Há muito tempo eu especulei se alguns tipos de ''excepcionais'' não imitariam a esquizofrenia, manifestando as suas criatividades pessoais também no início da vida adulta.
Maiores habilidades espaciais, acuidade espacial/ Menores habilidades espaciais, menor acuidade espacial
Neste componente eu estou fortemente ''esquizo''. Sem pestanejar.
Hiperlexia, disgrafia/ Dislexia, hipergrafia
Hipergrafia: mania de escrever
Disgrafia: ''letra feia''
Mania de escrever**
huuuuummm, de lápis ou caneta não. Não muito também em relação à digitação, será que eu ''tenho'' hipergrafia**
Minha letra vai ficando feia quando a minha paciência para escrever vai se reduzindo mas no geral eu tenho uma coordenação motora mediana, normal, ao menos pra esta tarefa.
Não tenho dislexia.
Retido da wiki
As principais características da hiperlexia são a capacidade precoce para leitura, dificuldade no processamento da linguagem oral e um comportamento social atípico.
Por volta dos 18 aos 24 meses as crianças hiperléxicas já são capazes de identificar letras e números. Em torno dos três anos já conseguem unir as letras e ler. Geralmente, quando uma criança consegue ler antes dos 5 anos de idade sem ter recebido lições, isso indica hiperlexia. Durante os primeiros processos de sociabilização, os hiperléxicos não se integram. As outras crianças copiam comportamentos uns dos outros e assim aprendem a conversar, interagir. Essa característica é muito típica do autismo. Crianças que são desde pequeninas atraídas por abstrações - letras, palavras, frases - têm que ser necessariamente muito inteligentes, mas nem sempre serão extrovertidas (quanto a copiarem comportamentos, isso acontecerá, porque estarão observando antes de considerar essa atitude específica uma coisa razoável).
Por essa descrição eu não sou hiperléxico se não fui exatamente uma criança tipicamente precoce, especialmente na capacidade de leitura.
- Leitura compulsiva:a hiperlexia faz com que seus portadores leiam tudo o que tem forma de letra e que apareça na sua frente.
- Apego à rotina: outra característica típica do autismo. Os hiperléxicos não gostam de atividades planejadas de última hora e não se sentem confortáveis diante de acontecimentos inesperados. Não gostam de mudanças nas rotinas, apreciam que tudo seja sempre feito da mesma maneira.
- Alheamento à realidade: muitos hiperléxicos são, de forma errada, diagnosticados como portadores de TDAH (transtorno do déficit de atenção e hiperatividade), pois têm grande dificuldade de prestar atenção e não ficam parados por muito tempo. Por outro lado, quando algo chama-lhes a atenção de verdade, são capazes de esquecer do mundo e ligarem-se apenas àquilo. São ansiosos e, muitas vezes, por demais sonhadores
Sobreposições comportamentais ''autistas'' em minha pessoa já são esperadas mas as características mais salientes da hiperlexia eu definitivamente não tenho.
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