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quarta-feira, 1 de novembro de 2017

Por que eu me dei um valor baixo no sub-traço ''prepotência'' do temperamento colérico??

A diferença entre achar (narcisismo puro) e saber (compreensão factual). 

E as múltiplas perspectivas como método de desbaratamento desse mundo binário indiscriminado de ser ou não ser. 

Em minha auto análise de personalidade e usando os quatro temperamentos eu me dei um valor baixo no sub-traço prepotência, um dos "defeitos' do temperamento colérico. Eu não me acho indiscriminadamente superior "às outras pessoas" como um típico prepotente colérico. Eu não tenho certeza só que embasada no ego que eu sou "indiscriminadamente" superior porque eu sei que eu não sou. No entanto em alguns departamentos eu tenho mostrado que manjo um bocado. E isso não é ser prepotente, a priore. O fato de ser mais criativo que a maioria das pessoas nomeadamente em minhas áreas de fixação não é um achismo retido direto do umbigo mas um fato, quer eu goste ou não, quer os outros gostem ou não.


 Eu estaria sendo intelectualmente desonesto se me considerasse como menos nesse quesito ou ''falsa modéstia''. Também pelo fato de corresponder à maioria dos traços da superdotação e de me considerar como tal não me faz um prepotente ao menos que também me considere indiscriminadamente superior aos outros.

 Posso se-lo em alguns departamentos, mas na média, e em relação aos outros, eu claramente sei que não sou. No fim, todos nós somos ou em momentos menos constantes, esboçamos superioridade, de uma maneira ou de outra. Por exemplo, a minha vizinha, que é negra, de idade avançada, que eu disse certa vez que é muito mais nobre que todas as famílias reais europeias e não-europeias juntas, por sua elegância e frescor de alma perene à sua pele. Ela com certeza me venceu e me vence de 1000 a 0 em simpatia e desembaraço para lidar com as outras pessoas. E ela é uma mulher de inteligência geral modesta. Sem falar que não deve ser super criativa. 

Portanto se você se acha superior em tudo, parabéns, você é qualitativamente tolo OU pode estar parcialmente certo porque no final de tudo essa superioridade individual pouco importará, a priore. 

Agora se você sabe no que você é bom e sabe reconhecer àquilo que os outros são bons então você não será a priore prepotente. 

No entanto antes de nos examinarmos já tendemos a nascer com certos impulsos instintivos, e sim, nesse sentido, eu sou sim, podemos dizer naturalmente prepotente.  No entanto uma personalidade constantemente auto-analisada pode aprender a conter estes seus impulsos naturais e é o que tenho feito. Ou eu já posso ter nascido com certa facilidade para a metacognição e também para conter o meu egocentrismo natural. 

A diferença talvez seja essa, de ação primária e reação secundária.


 O típico colérico simplesmente age já com base em seu auto-valor elevado. Já no meu caso ao invés de agir com base nos meus impulsos primários eu busco entender antes de agir. No mais, eu também sou muito auto-crítico, verdadeiramente crítico, isto é, posso ter uma tendência natural de me achar muito superior, mas também posso ser demasiadamente auto-crítico resultando no fracionamento desta tendência ou ao menos em um pretenso equilíbrio.

Prepotentes naturais, verdadeiros ou característicos, não são capazes de conterem os seus auto-sensos inflados e no quesito humildade intelectual tendem a capengar feio.

Portanto parece que pode-se nascer de um jeito mas graças à uma maior autoconsciência conter, redirecionar, enfim, mudar parcial porém decisivamente o caminho das águas.


Novamente, auto-estima não é arrogância, e baixa auto-estima não é humildade ainda que possam caber em lados iguais do mesmo espectro.

Eu não sou generalizadamente pré-potente e não ''me acho superior'' aos outros em alguns quesitos por simples achismo pré-conceituado. E isso não me faz agir de modo grosso, arrogante ou insolente com os outros, apenas se for racionalmente necessário. Todos esses fatores são importantes antes de nos conceituarmos como prepotentes ou não. O fato de me considerar proto-a-parcialmente superdotado ou talvez caracteristicamente, pelo menos no aspecto da ''criatividade'', também não é sinal de prepotência, a priore, especialmente quando eu tenho conhecimento o suficiente, acho que tenho, para que possa me avaliar desta maneira. 

Se eu me achasse superior em tudo, em relação aos outros, não tenha sombra de dúvidas que, se fosse ao menos intelectualmente honesto como eu tento ser, me daria valores muito altos de prepotência. 


terça-feira, 1 de agosto de 2017

Neurótico versus paranoico

Neurótico: Empatia (parcial, mais comum) excessiva sobre ''tudo''.

Paranoico: Empatia (parcial) excessiva especialmente em relação àquilo que os outros estão pensando sobre ele

Empatia: intra-pessoal (negativa, neutra, positiva), 


inter-pessoal (negativa,neutra, positiva),

impessoal (negativa, neutra, positiva... sistemizar pessoas a não-seres)

Neuroticismo

Empatia Inter e intrapessoal (baixa auto estima, intensa em ambas) 

Negativa [baixa auto estima em relação a si mesmo, em média (ou não) mas também em relação aos outros, isto é, ''baixa estima'' por eles = pessimismo]

Paranoia


+ Interpessoal (apesar de também basear-se em baixa auto estima centraliza-se no interpessoal, e talvez até possa ter alta auto-estima intrapessoal e/ou isso já ser característico, se eu defini o paranoico como um narcisista com baixa auto-estima) 

Negativa [especialmente em relação àquilo que os outros pensam dele ou inter-pessoal]

sábado, 17 de junho de 2017

Portador versus identidade...

Ele é portador de Autismo/ Eu sou portador de Autismo

Ele é autista/ eu sou autista

Existem sim diferenças entre essas duas afirmativas acima. No primeiro, podemos compará-lo ou por analogia com a transexualidade. O autista, ou qualquer outro tipo, que, por causa das condições mais adversas de sua condição prefere se identificar como ''portador do autismo'', a verá como um estorvo remotamente curável, pois não se identifica de maneira intrínseca e predominantemente positiva com essa sua faceta. Até poderíamos usar o fator ''auto-estima'' como um mediador entre aqueles que preferem se identificar como ''portadores'' do que como ''seres especificamente caracterizados'', isto é, ''ser autista'' ou qualquer outra macro-variável biológica. ''Ser portador'' também pode ser entendido como uma condição aceitada de desordem, tal como uma ênfase semântica na fricção entre aquilo que é determinado como normal e aquilo que não é.

Portanto, auto-declarados ''portadores de Autismo'' ou de qualquer outra condição, sentem como se a mesma fosse uma intrusa, que roubou-lhes aquilo que internalizaram como o ideal subjetivo ou como os seus ideais de operacionalidade vitalícia, de vivência, de existência. 

Por outra via os auto-declarados ''autistas'', ao contrário, especialmente se o sentimento for verdadeiro, sentem que essa faceta que apresentam fazem parte essencial de suas entidades [soma de todas as entidades], de modo que o autismo não será apenas uma faceta inconveniente. Novamente, os fatores autoestima + o grau de afetabilidade da condição parecem ser fundamentais para diferenciar este grau de simetria/assimetria identitária.

quinta-feira, 27 de abril de 2017

Os paranoicos são narcisistas com baixa auto-estima

O paranoico pensa que é o centro das atenções, porque gosta muito de si mas sabe [mesmo não estando totalmente correto sobre isso] que não é unânime nem perfeito, seja em relação ao seu aspecto físico ou psico-cognitivo. Uma das características do narcisismo é a vontade ou sensação de ser o centro das atenções, por acreditar que seja total ou consistentemente superior aos outros [apesar de tender a esconder esse sentimento] e por isso merecedor de todas as atenções e elogios [e de fato, esta sensação de superioridade, pode estar parcial a predominantemente correta, ainda que a mesma valha pouco, se para vencer na vida é necessário a ação, transformar potencial em realidade] ou ao menos de considerações.

No entanto, apesar de narcisista, o paranoico também tende a ter baixa auto-estima, novamente, por saber que não é unanimidade [positiva] ou superior, por desejar que assim fosse considerado pelos outros e por sentir que seja, ao menos pra si mesmo.


Queremos ou tendemos a querer que os outros nos reconheçam de acordo com as nossas próprias auto-impressões. Isto é, que não alimentemos expectativas erráticas, que não se construa uma assimetria entre aquilo que queremos passar e aquilo que os outros pensam sobre nós. Isso pode ser denominado de ''espectro da justiça intrapessoal''. Acreditamos que somos desta ou daquela maneira e gostaríamos, em sua maioria, que fôssemos assim reconhecidos, especialmente em relação ao que passamos sobre nós mesmos aos outros.

Este conflito entre baixa auto-estima [interpessoal] e narcisismo [ou alta auto-estima intrapessoal] pode ser considerado um fomentador importante para o estado ou vício mental da paranoia ou especialmente de seu potencial/vulnerabilidade. E sempre ressaltando que existe um espectro de racionalidade ou justificabilidade lógica e de irracionalidade, mesmo em relação a estados mais viciados da mente, como no caso da paranoia.

Portanto nós temos o nível de disposição para a paranoia [narcisista com tendência à baixa auto-estima] ou intrinsecabilidade e também o nível qualitativo das interações inter-pessoais de curto e de longo prazo, que interagem com os seres e dessas interações resultando em enfatizações comportamentais.

Paranoia racional, novamente...

 Outra possibilidade ou cenário, é a de que o paranoico (mais racional), ao ser mais agudamente detalhista/perfeccionista (que eu já comentei, sobre a intolerância à ambiguidade interpessoal) em termos intra e interpessoais, acabará se tornando mais alerta a erros genuínos de conduta [assim como também de exagerá-los] por parte das outras pessoas em relação a  si mesmo [mas também em relação aos outros].

Este tipo nasceu ou apresenta grande naturalidade para enfatizar por um mundo social perfeccionista, só que vive em uma realidade que está bastante aquém de suas necessidades [exageradamente necessitadas ou não] e portanto acaba desenvolvendo mecanismos de defesa ou colocando parte de sua personalidade em um estado mais defensivo do que receptivo às intempéries sociais que o rodeia. 

O paranoico tende a ser mais narcisista justamente por ser mais introspectivo, e geralmente de maneira mais desequilibrada, criando uma atomização ou um excesso de personificação das intenções e sinais externos, tal como se o mundo girasse em torno de si mesmo, como se ''tudo'' estivesse relacionado à sua pessoa, que fosse pessoal. Introspectivos tendem a ser mais narcisistas, não necessariamente da maneira estereotipada, mas tão ou mais auto-centralizado [e não necessariamente de maneira egoísta] que os tipos mais comuns. 

Mini trauma psicológico ou paranoia

O estado vicioso da paranoia também pode ser entendido como um mini-trauma ou mesmo mini-fobia, por manifestar-se de maneira característica, abrupta, especialmente nas situações que lhe são mais cabíveis, e por ser o resultado ou uma resposta mais defensiva em relação ao histórico de interações interpessoais, exageradamente negativas, ou não. A mente se acostuma a um estilo de resposta mais intensa e passa a executá-lo quase que por osmose, especialmente quando o indivíduo se encontrar exatamente nas situações que são mais propensas a desencadeá-la.

E por último, novamente, maior a intrinsecabilidade ou intensidade de uma característica comportamental, mais propensa de se manifestar por osmose/ ação primária do que como resposta/ reação secundária. Aquilo que já falei sobre comportamentos defensivos/mais extremos racionais e irracionais, em que os segundos seriam mais generalizados ou indiscriminados do que os primeiros, resultando justamente em maior chance para o cometimento de erros de conduta, que por sua vez, podem ser denominados de ''sinais de loucura''.

E por último, novamente, a paranoia racional, e não apenas a paranoia, mas qualquer comportamento racional, tende a dar-se com base no encaixe diversamente perfeccionista em relação ao tipo de interação, e de curto a longo prazo, isto é, busca reagir [e agir] de acordo com a natureza da ação ou da reação, de modo menos bruto ou direto, mas ainda assim, mais recíproco. Portanto, a racionalidade comportamental tende a ser dependente do ''humor ambiental'', enquanto que, o comportamento pendendo para a sub-lógica ou mesmo para a irracionalidade total, tende a principiar-se pela negação desta relação recíproca de ação e reação. 

O que leva uma pessoa à paranoia [interpessoal], especialmente a de expressões/intensidades mais brandas à medianas, parece ser a conjugação entre elevados níveis de narcisismo [não necessariamente do tipo mais estereotipado, que geralmente combina-se com níveis ''saudáveis' a altos de autoestima] e baixa autoestima. Se gosta muito, por isso se sente o centro das atenções, e não tolera desrespeitos reais, mas também os exagerados. Também se poderia pensar ou dizer que, as manifestações mais coesas ou racionalmente justificadas de paranoia, se consistiriam em ''mal-adaptações'', não necessariamente por suas naturezas intrínsecas, mas por causa da falta de encaixe entre a mesma e o estado qualitativo dos ambientes sociais humanos. É como ter uma criança academicamente superdotada em uma sala de aula normal, para crianças normais.