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quinta-feira, 2 de fevereiro de 2023

Novo pensamento sobre as estratégias de seleção k e r

 A estratégia de seleção k se refere às espécies que apresentam desenvolvimento mais lento, menor fertilidade e mortalidade, maior cuidado parental e longevidade. Já a estratégia r se refere às espécies que apresentam desenvolvimento mais rápido, alta fertilidade e mortalidade, menor cuidado parental e longevidade. O primeiro grupo seria de espécies que estão há muito tempo especializadas em um mesmo ambiente e o segundo grupo de espécies pioneiras ou que estão colonizando novas áreas. 


Mas, eu penso que, o que mais importa para diferenciá-las não é o tempo em que estão em determinado ambiente e sim o quão adaptáveis estão nele. Então, não importa se uma espécie está há muito tempo em um mesmo ambiente se não tiver estabelecido uma relação mais favorável a si mesma ou se estiver menos dependente do seu meio, porque, se não for o caso, será justamente o meio em que se encontra que determinará de maneira mais invasiva sua adaptação e evolução, e é mais provável que a pressione em direção a uma estratégia r, em que tem menos espaço para o próprio desenvolvimento. Portanto o que importa, a priori, para determinar se uma espécie expressa uma estratégia k é o quão adaptável está ao seu meio (ou menos dependente) e não há quanto tempo ela está no mesmo, se ela pode ter apresentado um processo mais rápido de evolução.

A correlação entre estratégia k e ambientes "antigos" de adaptação, na verdade, seria mais em relação a ambientes estáveis ou que foram estabilizados, isto é, que estão sob maior domínio ou controle de uma espécie depois de um bom tempo passando por uma sucessão de pressões seletivas. Pois se o que mais pressiona as espécies a evoluírem é a necessidade de melhorar suas estratégias adaptativas, partindo do pressuposto de não estarem funcionando "perfeitamente", uma espécie em seu primeiro estágio evolutivo, digamos assim, seria pressionada pelo meio a se adaptar a curto prazo, priorizando sua perpetuação até por apresentar uma constituição mais simples que requer um desenvolvimento mais rápido, enquanto que uma espécie em um estado mais avançado de evolução prioriza a sua sobrevivência a médio e longo prazo, até por apresentar um desenvolvimento mais lento por causa de sua constituição mais individualmente complexa.

Como conclusão, novamente, se a estratégia k se relaciona com quanto tempo uma espécie está em um certo ambiente, a mesma correlação, talvez, seja mais fraca para uma espécie de estratégia r, se pode estar há muito tempo em um mesmo ambiente e continuar apresentando um padrão evolutivo mais primário, de alta fertilidade e mortalidade e baixa complexidade constitutiva.

terça-feira, 29 de novembro de 2022

A partir do ''timing'' sexual-reprodutivo, o que gera o intinto parental? E uma especulação sobre sua relação com a inteligência

 Eu comentei que todas as espécies sexuadas, incluindo a humana, apresentam um "timing" sexual-reprodutivo em que, quando chegam à maturação biológica, a mesma desencadeia uma grande necessidade de fazer sexo e que tende a resultar, quando consumado, na reprodução ou posterior geração de descendência. Eu disse que, especialmente as espécies não-humanas, não têm conhecimento quanto à causalidade entre o ato sexual e a concepção e/ou procriação, que apenas indivíduos de nossa espécie que podem ter esse conhecimento prévio ou antes da prática do ato, tornando possível desenvolver um ímpeto reprodutivo, um desejo consciente, porém variavelmente impulsivo, de gerar descendência sabendo que a cópula feita de modo "tradicional" tende a resultar na gestação. Então, a partir disso, surge a percepção de que estão ocorrendo mudanças no corpo, especialmente pela fêmea e, dependendo do nível de inteligência de cada espécie, de identificá-la pelo que é. Pois, após o parto, emerge o instinto de cuidar da prole. Só que também depende da espécie, em que algumas serão mais cuidadosas e outras não. Geralmente, o nível de cuidado parental depende da quantidade de descendentes que foi ou é tradicionalmente gerada. Isso significa que, quanto mais potenciais descendentes são gerados por cada gestação, menor o cuidado parental. Claro que é uma regra e é provável que existam exceções. 


Mas quais seriam causas do cuidado parental?? 

Em relação aos seres humanos, a explicação é a nossa inteligência, nossa capacidade de perceber e compreender logicamente, que também varia de indivíduo para indivíduo. Então, o meu palpite para explicá-lo em relação às outras espécies é que, especialmente para a fêmea, a maturação biológica não apenas atiça o seu desejo sexual, mas também um desejo mais instintivo de cuidar de "bebês" ou indivíduos recém-nascidos, ainda mais quando os tem. Geralmente, esse desejo é direcionado para os recém-nascidos da mesma espécie ou grupo social, por proximidade genética. Mas, exemplos de cuidado parental entre espécies diferentes abundam. 

Então, a maturação biológica gera o desejo sexual que resulta na reprodução de descendentes e que, dependendo da espécie, provoca um desejo variável e instintivo de cuidar da prole. 

Como já é conhecido, espécies com maturação mais lenta (seleção ou estratégia K) são mais propensas a gerar menos descendentes e a cuidar mais deles até que atinjam a vida adulta. Já as espécies com maturação mais rápida (seleção ou estratégia R) são mais propensas a gerar muitos descendentes e a não cuidar deles até porque, os que sobrevivem, amadurecem mais cedo (existem exemplos de espécies em que quase todo processo de amadurecimento orgânico acontece durante o período gestacional). No meio natural, observa-se que a seleção R é comum em nichos novos ou vazios, em que é "mais importante" gerar muitos descendentes "visando" o povoamento dos mesmos; que a seleção K é mais comum em nichos já ocupados e, portanto, mais competitivos, em que é "mais importante" gerar menos descendentes e cuidar melhor deles para que cheguem à vida adulta e possam, eles mesmos, se reproduzirem. 

Nós, seres humanos, pertencemos à categoria de espécies com maturação mais lenta, ainda que isso possa variar de indivíduo e grupo. 

Portanto, o instinto parental é determinado pelo tempo programado de maturação de cada espécie e que é refletido, dos progenitores à sua prole, também por proximidade genética, por reconhecimento instintivo de vínculo ou intimidade biológica (uma possível explicação, mais literal, do que esse vínculo ou proximidade se consistiria é a de que, em especial, os progenitores das espécies sexuadas e não-humanas que apresentam um padrão reprodutivo de seleção K "considerariam" ou perceberiam sua prole como uma extensão de si mesmas, daí o maior cuidado, tal como uma auto projeção. Já nos casos de cuidado parental minimamente consciente entre espécies distintas, haveria uma maior generalização dessa extensão ou auto projeção). 

No entanto, eu acho que a melhor explicação para o porquê desses tipos de estratégia é a de que, no caso da seleção R, ambientes novos tendem a ser naturalmente mais inóspitos e, por isso, "selecionam" por constituições orgânicas mais simples, como se representassem um estágio mais primário de trajetória evolutiva tradicional ou diretamente influenciada pelo meio. Já, os ambientes há mais tempo ocupados (geralmente há milhares de anos, no mínimo) apresentam espécies mais evoluídas ou com maior sofisticação quanto ao desenvolvimento e ao comportamento, em que a qualidade da prole é mais importante que a sua quantidade; um estágio mais evoluído, pelo menos nesse sentido de sofisticação.

Inteligência?? 

Pode ser que indivíduos humanos com menor capacidade cognitiva global sejam, em média, mais parecidos com os de espécies não-humanas de maturação rápida, refletido pelo menor tempo de amadurecimento, especialmente o cerebral, e o padrão oposto para os de maior capacidade cognitiva global. Ou que uma menor capacidade cognitiva global, que não é o reflexo de algum processo tacitamente epigenético ou de mutação, seja, por si mesma, uma consequência causal de uma maturação biológica mais rápida. E, novamente, a mesma relação entre uma maior capacidade global e maior tempo de amadurecimento, orgânico, incluindo o cerebral. 

É possível pensar que a existência de uma diversidade moderada de níveis qualitativos e quantitativos de inteligência entre os seres humanos, reflita uma diversidade moderada de níveis individuais de maturação.

*Importante não confundir a tendência de precocidade intelectual entre os academicamente superdotados com a de precocidade comportamental daqueles que tendem a ter "menores" capacidades cognitivas. Pois uma evidência de que não se tratam exatamente do mesmo tipo de precocidade é pela idade com que se iniciam na vida sexual: os comparativamente menos inteligentes bem mais cedo que os mais, pelo menos no cenário atual. Em outras palavras, enquanto que os mais academicamente inteligentes tendem a ser mais intelectualmente avançados em relação à sua faixa etária, os menos academicamente inteligentes tendem a ser mais comportamentalmente precoces, a atingindo seus níveis máximos de maturação mais cedo, isto é, as condições básicas para uma vida adulta "tradicional": a priori,  sobrevivência, competição e procriação (daí uma maior tendência entre eles de começarem a ter filhos na adolescência e/ou de tê-los mesmo sem apresentarem as condições financeiras mais adequadas). 

quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

Fitness reprodutivo ou biológico** Diferenças raciais e de sexo..

Como eu fui informado, ou me informei algum tempo atrás, os homens tem sido mais selecionados em relação aos seus fitness REPRODUTIVOS, isto é, quanto à capacidade reprodutiva, enquanto que as mulheres, em média, tem sido mais selecionadas em relação aos seus fitness BIOLÓGICOS, isto é, em relação à saúde de maneira geral.

Resultado: as mulheres adoecem menos e vivem por mais tempo, em média, do que os homens. Interessante pensar que os homens continuam férteis por longo tempo, ao contrário da mulher, em média. 

Tais diferenças também podem ser observadas entre as macro-raças humanas, já que, como eu já especulei, as diferenças sexuais vem antes que as diferenças psicológicas, que vem antes que as diferenças raciais. 

Parece-me que, os leste asiáticos tem selecionado mais pelo fitness biológico do que pelo reprodutivo, e com isso eu não estou querendo dizer que eles simplesmente NÃO TEM selecionado também pelo segundo, claro que eles tem, mas de maneira menos enfática. Resultado: mais aspectos psicológicos e fisiológicos [aparência e funcionalidade do organismo] atrelados ao fitness biológico tem sido selecionados e expressados neste grupo do que em outros.

Continuando com este espectro, muito famoso entre ''hbd's'', parece que os brancos caucasianos tem selecionado de maneira mais equilibrada tanto por um maior fitness reprodutivo quanto por um maior fitness reprodutivo, enquanto que, por fim, os negros africanos tem selecionado mais/sido selecionados para a capacidade reprodutiva.

E, maior o fitness reprodutivo mais prevalente a psicologia-R se tornará, que, ''a meu ver'' [ou não tanto apenas ''a meu ver''], não se limitaria apenas ao nível ou tipo de cuidado com os filhos, mas também ao próprio comportamento geral dos progenitores, sendo estes mais impulsivos, competitivos e portanto mais ''negligentes' no cuidado parental.

quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Big Five e seleção k/r

Qual traço que é mais k e qual que é mais r?? 

Em ordem [estimada] de prevalência 

R = desenvolvimento rápido = comportamento rápido, mais dinâmico, social//sexual, tomada de riscos = mais instintivo 

Extroversão
Psicoticismo
Agradabilidade
Abertura para a experiência



Mais mistos

Abertura para a experiência
Agradabilidade


K = desenvolvimento lento = comportamento lento, mais deliberado, mais responsável, mais formal/menos sexual = instinto amalgamado

Conscienciosidade
Introversão
Estabilidade emocional
Neuroticismo 

sexta-feira, 24 de novembro de 2017

Ambientes mais perigosos a longo prazo podem selecionar por maiores capacidades cognitivas mecanicistas...

Se o ambiente não é perigoso ou difícil a longo prazo então tenderá a selecionar por atributos sociais//dos indivíduos, porque de qualquer maneira acabará exigindo por maior cooperação mas também ou principalmente por maior competitividade reprodutiva/social, ou capacidades cognitivas mentalistas. E reprodução~ R

Também talvez devêssemos pensar que, 

maior a competição social//sexual dentro de uma população, maior a seleção por atributos psicológicos [''do' indivíduo, de sua personalidade] do que por atributos cognitivos [''do' indivíduo em relação ao ambiente, em suas capacidades intelectuais extrospectivas].

Exemplo: africanos subsaarianos

Se o ambiente é perigoso ou difícil a longo prazo então tenderá a selecionar por atributos adaptativos do indivíduo em relação ao seu ambiente resultando por exemplo em maiores capacidades cognitivas mecanicistas. E reprodução ~ k

Exemplo: eurasiáticos 

Ou também com base do nível de biodiversidade inter e intra espécies...

Ambientes muito frios/ difíceis a longo prazo reduzem a diversidade fenotípica [maior pressão seletiva] e consequentemente aumentam a homogeneidade podendo resultar em maior cooperação de grupo particularmente em espécies mais sociais se todos serão mais parecidos ou menos diversos aumentando o desejo de cooperação.


Por lógica ou não, ambientes muito difíceis a longo prazo tenderão a forçar a espécie (social) para uma maior cooperação ou irá direciona-la para objetivos em comum,  é aquelas: ou cooperamos ou perecemos.  OU, aquilo que falei acima, ambientes muito complicados reduzem a diversidade fenotípica e em espécies sociais, que precisam cooperar entre si para sobreviver, isso poderá resultar em um aumento da cooperação, talvez em especial por causa desta redução na diversidade...

Em compensação uma menor dificuldade ambiental para a adaptação e a espécie poderá buscar por atributos mais em si mesma em termos de comportamento [mentalista] do que em-relação-ao ambiente [mecanicista], principalmente se houver maior competição interna.

É aquelas

Competição da espécie contra o ambiente, buscando sobreviver = maior seleção de atributos biológicos melhor atrelados à essa tarefa.

Competição individual, interna, ou mesmo, ''da espécie contra si mesma'' + alguma necessidade ainda muito importante/mas fracionada de luta contra o ambiente, buscando sobreviver = seleção mista de atributos biológicos tanto para competir sexualmente ou socialmente quanto para se adaptar ao ambiente.


A personalidade//inteligência emocional ou introspectiva (não universalmente ideal/mais desenvolvida mas contextualmente ideal) é uma das principais armas na competição sexual e em um cenário menos rigoroso será mais selecionada do que a cognição ou inteligência extrospectiva. E também reduz a seleção de cooperadores/beta, ou mantém este tipo em proporção menos frequente, e aumenta a seleção a de competidores/alfa.

OU ...