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quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Criativo primário versus criativo secundário ... recobrando minha velha ideia de ''criativo contínuo'' e ''criativo descontínuo''

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fonte: definición.de


Faz um tempo que falei sobre as possíveis diferenças de dois tipos de criativos: o contínuo e o descontínuo. O primeiro, como o próprio adjetivo nos diz, seria aquele que apresenta além de uma capacidade lógico-divergente acima da média, também uma personalidade aderente ao seu tipo de cognição. Outros poderiam denominá-lo de ''criativo completo'', por sê-lo tanto em sua cognição quanto em sua personalidade. Este tipo encarnaria todos os famosos estereótipos que as pessoas criativas tendem a apresentar tais como: excentricidade, transtornos de humor e a impressão de estarem mais desligados ''deste mundo'', justamente por terem maior e constante contato com os seus mundos internos, imaginativos. O segundo tipo seria aquele que exibe ''apenas'' traços lógico-divergentes em sua cognição (criativo cognitivo bruto), o tipo que exibe qualquer tipo de personalidade que está dentro do espectro da neurotipicalidade ou que ao menos não se mostre ''excêntrica'', com falta de senso comum, ou mesmo como parece acontecer com frequência entre os criativos contínuos, com falta de bom senso.

Então por meio de minha recente ideia, isto é, de minha proposta de subdivisão simples do processo de raciocínio, do pensamento à ação, em que defini o primeiro, isto é, o pensamento, em sua forma mais pura e características, como ''capacidades cognitivas primárias'', que seriam mais genotípicas, mais intrínsecas ao ser, e as suas ramificações psico-cognitivas (verbal, espacial, lógico-quantitativo, lógico-divergente/criatividade) como ''capacidades/características cognitivas secundárias'', resolvi relacionar essas duas construções que propus com o intuito pedante de tentar entender o porquê desta possível realidade.

Por que alguns tipos de criativos são predominantemente lógico-divergentes em seu dia a dia, isto é, denotando personalidade criativa e outros não*

Provavelmente porque os primeiros já exibem forte tendência para o pensar criativo, isto é, tendo a criatividade como papel central em suas vidas, enquanto que os segundos, os criativos descontínuos 'ou'' secundários, teriam disposições naturais, transformadas em talentos, literalmente/ativamente criativos a culturalmente criativos, que eu expliquei neste texto, só que se relacionariam a uma ou mais de uma das ramificações (capacidades cognitivas secundárias) da cognição humana, isto é, criatividade verbal, lógico-quantitativa, espacial, etc

Ainda que se possa dizer que o pensamento indefectivelmente influa na criatividade também dos tipos descontínuos ou secundários, da mesma maneira que temos tipos homossexuais mais pontuais em sua homossexualidade, isto é, que exibem um grau de intrinsicabilidade mais fraco, ou pontual, e que temos os tipos homossexuais que são bem mais sexualmente invertidos, seja no caso do masculino ou feminino, em que a própria personalidade se veja fortemente atrelada a esta condição mais ambígua ou sexualmente invertida (os mais afeminados no caso dos homossexuais masculinos, as mais emasculadas no caso das lésbicas), a mesma situação de pontualidade versus generalidade acontecerá para os dois tipos de criativos, mediante esta perspectiva, em que os descontínuos serão mais pontualmente criativos, enquanto que os contínuos serão generalizadamente criativos, e portanto exibirão maior carga de intrinsicabilidade ou de predominância e/ou intensidade de 'uma' característica em relação ao ser que a ''hospeda''. 

E vale ressaltar que a constância criativa pode ou não influir na magnitude das ideias criativas e pelo que parece muitos gênios historicamente determinados do passado e do presente foram e são de criativos descontínuos ou de ''mais/apenas cognitivos'', visto que mesmo um excesso de criatividade pode reduzir a capacidade lógica do seu hóspede. 

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