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domingo, 30 de outubro de 2016

A metáfora do trem e o processo de raciocínio: Criar/descobrir, aprender/apreender, julgar... Criatividade, inteligência e sabedoria


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Fonte: Blog do Ferrorama

O processo contínuo e hierarquicamente lógico do pensamento parece principiar pela criatividade ( perceptividade ), passar pela inteligência ou aprendizado e terminar pela sabedoria ou julgamento.

Em condições ideais o ser humano será harmoniosamente criativo, inteligente e sábio, isto é, a fluidez do processo de seus pensamentos se fará de maneira operacionalmente correta. No entanto tal processo faz-se predominantemente equivocado para a maioria dos seres humanos.

Tal como vagões de trem enfileirados o pensar perfeccionista ou ideal parte-se de uma coerência em que a criatividade, intimamente relacionada com o subconsciente desdobrar-se-á primeiramente como o primeiro vagão visto que é a mesma que ''reinventa'' a realidade, dando material pra ser processado pela inteligência (apreendido) e pela sabedoria ( julgado). O aprendizado final dá-se quando a informação já tiver sido criada ou capturada (neo percepção pessoal ou subjetiva), processada, reconhecida, apreendida e por fim julgada. 

Por que a criatividade ou seria melhor perceptividade vem primeiro que inteligência e sabedoria?? 

A criatividade, como disse acima, inventa ou descobre novas perspectivas de vivência ou desdobramentos literais e úteis da matéria e portanto pode-se dizer que inteligência e sabedoria encontram-se sob o seu domínio, neste âmbito de análise comparativa. 

Os mais perceptivos são mais propensos a ter novas ideias ou pensamentos. Mesmo aqueles que não tiveram a ideia ou que foram a fonte original da ideia ou do pensamento, também ampliarão suas percepções por tempo curto a indeterminado, tal como se fossem os pensadores originais que produziram as ideias ou pensamentos. Subjetivamente falando, isto é, a partir deste conceito de subjetividade, a criatividade se fará notória a partir da percepção pessoal e portanto quando um indivíduo internaliza uma ideia ou pensamento que é nova pra si, então ele estará sendo subjetivamente criativo ou secundariamente criativo, ao se contagiar por uma nova maneira ou método de se compreender e vivenciar a realidade. 

Todos nós vamos descobrindo o mundo e a partir disso vamos ampliando as nossas percepções quando expostos à novas situações e em especial quando somos expostos a novos métodos de se entendê-las ou de se vivenciá-las. Por isso que a "criatividade" ou seria melhor a perceptividade aparece como um elemento primordial, anterior ao aprendizado "ou" apreensão/inteligência e julgamento [ moral]/sabedoria.

Percebe-se

 analisa-se 
e julga-se

A informação quando é processada em condições ideais a partir desta linha de operacionalidade convergente, adquirirá feições, mais próximas da realidade particular da qual foi endereçada, ou mesmo se dará fulminantemente certeira, espelhando perfeitamente esta realidade.


E tal idealidade de processamento, de acordo com certas características mais específicas, caminhará para culminar na sabedoria.

Apesar de ser a sabedoria que dá ou não o veredito final e que em condições ideais inevitavelmente o fará, é a perceptividade que será como o trem que puxa os vagões mas que só manterá o seu ritmo ou o aumentará dependendo da resposta ou do julgamento, claro que estou a falar em condições ideais porque em condições sub ideais ou comuns o mais provável é que o julgamento sábio seja pouco acessado e que parta-se para a ação a partir da apreensão ou raciocínio inconclusivo, tomado equivocadamente como correto. A sabedoria ou julgamento holístico e moral pesa prós e contras, analisa todas as perspectivas que forem sendo encontradas, enfim, faz uma espécie de varredura potencialmente "completa' sobre as informações, ideias e/ou pensamentos que forem de fato escrutinados. É por isso que a verdadeira razão é a priore apartidária por natureza pois não pode se prender a um dos lados de averiguação, se tem como meta a imagem maior, o todo, que for possível de ser capturado, porque busca saber antes de agir, de saber se vale apena.

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