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quarta-feira, 26 de outubro de 2016

O idiota moral e o déficit de atenção empática


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Fonte: A thing

O idiota moral tem consciência pobre de seu espaço existencial bem como também  dos espaços existenciais dos outros seres. Por ter um modo de interpretação da realidade subconscientemente centrado em si mesmo e com autoconsciência/autoconhecimento deficiente o idiota moral demonstra pouco respeito consciente pelos demais. O idiota moral neuro-típico [também] é incapaz de perceber as intencionalidades e/ou necessidades dos outros e a partir deste não-reconhecimento passa a operar tal como um ser inconvenientemente infantil, instintivo/impulsivo/automático em relação às suas vontades mesmo as mais triviais, sem delinear corretamente o seu espaço/respeito em relação ao outro, tanto em termos não-verbais (espaciais) quanto em termos verbais
Tal como um ser inconveniente que invade os espaços existenciais alheios sem qualquer cerimônia.

Portanto além de desenvolver um conhecimento moral cristalizado demasiadamente fraco ou prevalentemente equivocado, como eu já havia comentado, o idiota moral também caminhará para agir de modo consistentemente intrusivo, inconveniente, transbordante em relação aos demais, tendo pouca consideração para com os mesmos (e não precisa ser psicopata pra agir desta maneira, até porque o idiota moral, sem levar em conta este tipo, será mais característico quando ainda demonstrar certo, ralo e/ou confuso conhecimento moral enfático).


Tendemos a ser assim com: pessoas que não gostamos e/ou que somos forçados a conviver, por exemplo, aqueles parentes de grande intimidade geralmente de irmãos. 

Novamente me vem à mente a metáfora dos porcos espinhos de Schoppenhauer e o papel lastimável da "família" na produção de conflitos humanos. De fato conhecemos as pessoas como elas realmente são apenas na intimidade e geralmente aquela ''perfeição'' forçada que vemos predominar em ciclos/círculos sociais, simplesmente passa a escassear quando convivemos com a maioria delas (e elas em relação a nós). A tal máscara da sanidade, termo criado para se referir especialmente aos abnormais ou anormativos, da década de 50 (assim como também em relação àqueles com desordens mentais mais auto-prevalentes), parece se encaixar não apenas aos tipos desgostosos dos conservadores, mas também para qualquer tipo de indivíduo que finja ser algo que não é, na vida macro-social (incluindo os próprios), e convenhamos que todos nós costumamos ser mais ou menos assim. A questão principal não seria bem ou apenas a existência de contrastes da personal social em relação à persona da intimidade ou nosso verdadeiro eu, que por diversas razões, tendemos a desenvolver, mas o quão moralmente contrastantes estão as duas e quão desenvolvida está a sabedoria em cada um de nós.

Conscienciosidade empática e relação com "extremismos" ideológicos 

Idiotas morais parecem ser mais propensos a serem puxados por crenças que além de serem factualmente erradas também estão moralmente equivocadas. No entanto também é possível vê-los aos bandos em subgrupos mais lógicos, geralmente de conservadores, naturalistas, que exibem preconceitos cognitivos minimamente racionais sobre a natureza do comportamento e realidade humanas. 

Mas como sempre, o idiota moral ao entender a moralidade de maneira equivocada, teimar em sua estupidez por não ser capaz de superar o próprio ego, em qualquer ideologia que escolher, caminhará para transforma-la em sua pocilga de estimação. 

Quão prevalente é o idiota moral??

Somos todos ao menos um pouco de idiotas morais mas eu tenho a impressão de que os prevalentemente idiotas morais serão muito mais comuns do que gostaríamos.

''A cultura/moralidade é subjetiva.... Cortar o clitóris de uma menina é subjetivo...'' 


Dizem os idiotas morais.

Novamente como conclusão. Como detectar um idiota moral.

Falta de bom senso/harmonia/proporcionalidade comportamental ou racionalidade comportamental que geralmente se consiste em uma das causas principais para a


- falta de respeito em relação aos outros, não tão paradoxalmente, especialmente àqueles que não merecerem,

- constantes contradições morais, fala uma coisa e faz outra. Incapaz de monitorar o próprio comportamento e portanto sendo incoerente com grande frequência. Tende a seguir extremismos ideológicos. Possivelmente por causa de uma memória moral fraca (déficit em sabedoria), cai com extrema frequência nesses tipos de contradições. Se, via reconhecimento de padrões morais, desenvolve fraca rede de princípios e fatos desta natureza, então caminhará para entrar em contradições e claro que não apenas no campo ideacional.


Muitos sábios podem agir como idiotas morais mas é aquela máxima 


" ladrão que rouba ladrão..."

 Um sábio que passa a agir como um idiota moral racionalmente justificado com um verdadeiro, terá 100 anos de perdão, até mesmo porque o fará provar do próprio veneno.

Mesmo a histeria emocional pode ser racionalmente justificável, desde que direcionada de maneira factualmente/moralmente correta...

e na verdade, como eu já falei algumas vezes, o neuroticismo racional se consistiria em um dos estados mentais mais saudáveis, justamente por sua vigília factualmente correta em relação aos problemas de comportamento e/ou operacionalidade mental humanos, e mesmo, poder-se-á dizer que o mesmo será característico aos sábios verdadeiros.

Percebe-se portanto como conclusão que o idiota útil tende a se manifestar com base na completa falta de bom senso por meio da desproporcionalidade comportamental ou desatenção empaticamente ideacional/espacial, ao invadir ou vandalizar espaços existenciais sem qualquer pingo de refletância sobre as suas atitudes, pois como seres estupidamente instintivos, encontrar-se-ão menos evoluídos em suas capacidades de sentir empatia em relação aos demais e buscar por respostas apropriadas e esta maltrapilha realidade torna-se mais evidente para as pessoas com as quais o idiota moral não sente a necessidade de ter respeito e mesmo quando deveria fazê-lo e é muito comum que se manifestem em cores ainda mais foscas de empatia e racionalidade para os que convivem diariamente com eles.


Desconfie, a priore, de sorrisos e simpatia em círculos macro-sociais: festas, eventos, ambientes públicos, de trabalho...

Podem ser expressões de máscaras bem postas às faces, escondendo a verdadeira capacidade emotiva e interpessoal dessas ou daquelas pessoas. Elas podem ser idiotas morais...

Portanto nem todo idiota moral se fará evidente para aqueles com os quais convive pouco. Nossas reações comportamentais em ambientes públicos tendem a esconder o verdadeiro nível da capacidade mentalista humana, que tende a ser muito mais fraca/menos desenvolvida do que pensamos. 

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