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sexta-feira, 7 de outubro de 2016
Perceptividade é melhor que QI
fonte: esporte.hsw.uol.com.br
O meu conceito de ''ação/expressão'' da inteligência, que já mostrei em outros textos, se consiste em: ''uma constância na providência de julgamentos minimamente corretos'', porque este encontra-se subjacente a cada ação inteligente (geralmente lógica, mas que não é racional).
Agora tive a ideia de um ''novo'' conceito de/para a ''forma/o que é'' da inteligência. E se consiste numa única e solitária palavra: PERCEPTIVIDADE.
A perceptividade alia-se perfeitamente à providência de julgamentos minimamente corretos porque, quem percebe mais, provavelmente irá julgar melhor, do que aquele que percebe menos.
A perceptividade se consiste na pura capacidade de percepção, que é o corpo da inteligência.
Outra vantagem de se usá-la é que a percepção pode ser qualitativa (e constantemente) PONTUAL, intermediária a GENERALIZADA. Portanto, ao invés da generalidade de avaliação que os testes cognitivos geralmente se tendenciam, abre-se um leque avaliativo de análises (que em relação à propriedades que são parcialmente redutíveis à valores quantitativos como a inteligência, parece ser o melhor meio de entendimento) em que a capacidade cognitiva mais saliente será corretamente analisada de acordo com a sua expressão ou natureza, se for pontual, então será, a priore, constatada deste jeito, ou se for intermediária, ou se for generalizada... Portanto, algumas pessoas podem ser [superficialmente a consideravelmente] ''boas a muito boas'' em ''tudo'', intermediárias, ''boas a muito boas'' em alguns aspectos [pontual] e piores em outros. Já sabemos que todo mundo, por apresentar forças e fraquezas, será bom, mediano e ruim, em alguma coisa. O diferencial será o grau de marginalidade ou centralidade desta força ou fraqueza. Por exemplo, em termos psiquiátricos, a esquizofrenia pode ser entendida como uma fraqueza central, justamente por afetar algumas elementaridades de nossas mentes, que são decisivas para a mínima funcionalidade das mesmas.
Portanto, para a ação/expressão, a inteligência é o ''julgamento [a priore] minimamente correto'' enquanto que para a forma/o que é, a inteligência, a meu ver, pode ser reduzida à uma única palavra: perceptividade, pois quem, percebe melhor (ação primária/intrínseca), julga melhor (reação secundária/combinação ou produto da ação primária em interação com o seu meio), de maneira pontual (quando se é muito bom em um número limitado de tarefas) ou generalizado (quando se é muito bom em ''tudo'').
O critério ou filtro QI limita a inteligência a si mesmo, ao invés de DELIMITÁ-LA, de lhe prover as suas fronteiras, de lhe dar o seu corpo, enquanto que a perceptividade, ainda que também um critério, se toda análise parte ou fundamenta-se em critérios, mas que não será exatamente um filtro tendencioso, e como eu tenho falado muitas vezes, mais irrealista, do que muitos pensam. Perceptividade e julgamentos corretos não substituem a inteligência, pois as definem, de sua forma à suas ações que melhor lhes caracterizam.
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