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quarta-feira, 20 de julho de 2016

Entre a depressão bipolar e unipolar, o ponto g da razão dentro das tempestades emocionais humanas

O não-lugar da melancolia??

A catarse eufórica que também compõe a desordem bipolar se transforma em uma alegria mais serena ainda que se mantenha intensa e verdadeira/espontânea em relação aquela que geralmente prevalece entre os tipos psicológicos mais comuns. 

A extrema tristeza, desequilibrada e intensa, que se manifesta no transtorno bipolar, se torna um leve e doce desespero, e a angústia da incerteza existencial que encontra-se selvagem entre os bipolares, atinge um certo equilíbrio de intensidade, frequência e potencial perceptivo-qualitativo  entre os bipolarizados ou melancólicos. 

Portanto a melancolia parece se localizar entre a depressão unipolar e a bipolar, onde que o desequilíbrio emocional da segunda encontrar-se-á mais neutralizado, da mesma maneira que a extrema depressão emocional da primeira estará menos unilateralmente triste ainda que ambiguamente dominante.

Matemática rudimentar para explicar as 3 condições

Bipolares são em média 50% muito felizes/eufóricos e 50% muito tristes/depressivos...

O tipo psicológico comum apresentaria igual distribuição revelando a natureza fundamentalmente dualista da vida e da vida humana com certeza. O que o diferencia é a frequência e principalmente a intensidade visto que o típico bipolar vai muito para os extremos dos estados de humor enquanto que o tipo psicológico comum é menos propenso a sofrer com este desequilíbrio emocional, frequente e intenso, ainda que possam existir fatores ambientais protetores que o torne mais a salvo deste estado como por exemplo, por ser justamente um tipo psicológico demograficamente comum e portanto apresentando grande probabilidade de se sentir adaptado aos ambientes sociais humanos.

Os depressivos unipolares "seriam" ou chegariam a um estado em que, a tristeza intensa se torna predominante, provavelmente acima de 50% de acordo com esta proposta de matemática rudimentar pretensa e preguiçosamente auto-explicativa. É possível que exista também a euforia unipolar, um transtorno da mente em que o indivíduo chegaria a um estado de constante e intensa euforia. 

A melancolia por sua vez mais parece se assemelhar com uma condição emocional bipolar mas menos histriônica, em que ao invés da lógica dualista, de se alternar estados de euforia ou de tristeza, que encontra-se extremada entre os bipolares, as duas sensações serão simultaneamente constantes revelando o caráter emocional ambivalente da melancolia.

A melancolia enquanto um possível estado intermediário entre a depressão unipolar e o transtorno bipolar aparece como o ''ponto g'' ou exato de ótimo deste espectro, em que os excessos de ambas são reduzidos e condensados em estados emotivos mais mistos do que o dualismo extremo que caracteriza o transtorno bipolar ou a unipolaridade depressiva que caracteriza a depressão unipolar, a bipolaridade da melancolia faz-se emocionalmente mista ou ambivalente, como se os polos emotivos se mesclassem, quente e frio se mesclassem.


Saudade e melancolia: Sinônimos?



Eu já comentei que a saudade se caracterizaria pela união ou fusão entre tristeza e alegria, um sentimento ambivalente forte que nos faz sentir essas duas emoções contrastantes de maneira simultânea enquanto que o estado psicológico comum é a de que um dos opostos sejam bloqueados para que apenas um se manifeste, a dualidade comportamental, um dos pontos mais importantes da estupidez humana, a sua incompletude basal-perceptiva.

O melancólico é dos mais nostálgicos, e a constante e intensa sensação de passagem do tempo delineia com certa precisão descritiva este estado único, complexo e com grande potencial filosófico. 

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