A eugenia humanizada, decente, moralmente correta ou sábia é com certeza a melhor maneira para se acabar definitivamente com o domínio social e político da astúcia sob as demais faculdades ou estados mentais ''humanos'. Com a eugenia humanizada, que tenho proposto, o cidadão médio será muito menos dependente dos demais para entender a base da realidade e podendo assim galgar degraus mais qualitativos de compreensão factual por conta própria.
O mundo humano conspira a favor dos astutos ou manipuladores, de acordo com aquela hierarquia que propus, em que também elenquei os trabalhadores e os observadores como componentes essenciais desta proposta. O astuto compreende a hiper-realidade, de maneira invariavelmente relativa porém que se fará além das ilusões humanas mais comuns, e passa então a parasitar em cima dessa fraqueza que encontra-se predominante entre as massas. As massas ''precisam ser guiadas'' e ele, supostamente, sabe como fazê-lo. Ele lucra com a ignorância. Sendo mais criativo para ''sofisticar'' as ilusões humanas, seja por meio de poesias, pseudo-filosofias, literatura ou ciência ou apenas por ser mais dominante e ambicioso, o astuto talentoso terminará acima daqueles que dependem de suas crenças para que possam viver de maneira ''espiritualmente'' confortável. O astuto diz aquilo que os escravos mentais dependentes mais querem ouvir. Se elege a elite ''espiritual'' ou ''intelectual'' de suas massas escolhidas.
Enquanto que o sábio repele este trabalho sujo e sutil, o astuto o abraça como se fosse a sua profissão de nascença.
O astuto tem maior consciência do castelo de mentiras que se consistem as sociedades humanas e cinicamente se aproveita desta situação. O astuto é o predador lento, que vai explorando de maneira sutil e em doses homeopáticas os seus escravos mentais.
Basta repetir as bobagens fantasiosas que as massas mais se apegam, se possível ganhar pontos a mais melhorando-as, sofisticando-as, isto é, fortalecendo a crença enquanto que aumenta a dependência dos escravos mentais, se tais renovações semânticas ''positivas'' são sempre convidativas para qualquer grupo sedento por seu vício de se iludir sem saber que o faz.
Se a primeira de todas as desigualdades sociais é a desigualdade de conhecimento, prático, vital e/ou verdadeiramente filosófico, e se em sociedades democráticas, nos tornamos reféns da capacidade de julgamento das massas ou das pessoas intelectualmente medianas (e isso inclui todos os níveis de ''qi'') então devemos pensar seriamente em melhorar a capacidade de discernimento moral das mesmas para que possamos com isso começar de fato a pensar em uma verdadeira evolução social, redirecionando a ''humanidade'' para o caminho da verdadeira compreensão filosófica.
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