Viver de saudades
Junto e dentro de si
A alegria e a tristeza selvagens
Um oceano de lembranças
Na desolação de sentir
No deserto de ilusões
Revive a deusa sombria
Que brilha e ilumina a tudo
Um céu escuro, a Melancolia
O gênio da tristeza
A beleza de se despedir todo dia
De espreguiçar a vida,
braços abraçando o nada
Convidando-se
A Contemplar vil desgraça
Incerta dor
Que Chora em silêncio e sorri
Mas não sabe
O porquê de desabar
O ar é mais pesado
mais sentido
Cheirado
Regride aos sentidos
silencia aos ouvidos
Mais fino
Mais fundo
Puro animal o humano melancólico
maior contato com o existir
o íntimo que é intimado a não resistir
Mais perto de Deus
Mais ligado ao divino ser
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