Minha lista de blogs

Mostrando postagens com marcador proporcionalidade comportamental. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador proporcionalidade comportamental. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 4 de abril de 2017

A metamorfose em busca de uma melhor precisão semântica... da moralidade à benignidade proporcional

Moralidade = moralidade objetiva == proporcionalidade comportamental = benignidade comportamental proporcional 

De epicentro virtualmente não-existente ou muito vago [moralidade] a um epicentro, de fato [benignidade comportamental proporcional].

domingo, 12 de março de 2017

Lógica, racionalidade, sabedoria e o espectro da ação e reação.... Lei da proporcionalidade comportamental: Mais rápida para a lógica e mais lenta porém apurada para a sabedoria...

+ Nível de realismo

Novamente, a ideia de completude perceptiva.

A lógica parte e se finaliza quase pelo instinto, ou de maneira predominante.

Racionalidade e sabedoria principiam pelo instinto mas a partir de então continuam a pensar, e portanto a questioná-lo, se aquilo que concluiu sempre será o certo.

A lógica pouco desafia o instinto pois permanece em níveis muito similares ao dos seres vivos não-humanos, isto é, moralmente simplista ou pragmaticamente utilitário.

Ao contrário do que tem se acreditado, os seres vivos não-humanos estão muito mais atomizados da realidade do que o ser humano, ainda que evidentemente existam tipos [demograficamente predominantes) de nossa espécie que apenas repetirão a regra no reino da vida não-humana.

Atomizados por seus instintos, os seres vivos não-humanos agem com base em suas necessidades existenciais mais agudas, e portanto percebem o mundo de maneira hiper-egoísta ou hiper-centrada. Evidente que a realidade não é apenas ou especialmente aquilo que percebemos dela ou de acordo com que a interpretamos. No entanto esta é a regra quase ou absoluta do reino dos seres vivos não-humanos e também da maioria dos seres humanos. 

O instinto nos atomiza de uma compreensão mais profunda e abrangente da realidade (aquilo que se relaciona e que não se relaciona diretamente a nós) porque com ele, centralizamos as nossas percepções em nós mesmos, ao contrário da sabedoria que principia pelo ser, mas que não termina por ele. E na verdade o próprio aprofundamento na introspecção tende a mostrar-se impossível em um cenário de hegemonia instintiva no organismo ou ser vivo. 

Portanto a ideia proto-filosófico de que os seres vivos não-humanos são mais realistas que os seres humanos, a meu ver, não se sustenta, porque na verdade eles estão ainda mais atomizados do que nós, dragados por seus instintos. O que nos passa a impressão de serem mais realistas é justamente pelo fato de estarem sempre lutando diretamente por suas vidas, enquanto que a inteligência humana tem conseguido reduzir este embate direto, esta luta apressada e constante pela sobrevivência, maximizando ainda que porcamente as nossas seguranças quanto ao desafio da vida.

É interessante pensar que isso possa ser comparado ao famoso eufemismo pós-moderno e urbano que está presente no Brasil em que, é comum chamar uma mulher trabalhadora, negra ou parda, pobre e com vários problemas tradicionalmente atrelados à sua condição social, de ''guerreira''. No entanto, talvez, se ela fosse menos instintiva, como geralmente acontece nesses casos, ela não teria constituído família tão cedo em sua vida, que com certeza responde por muitos dos seus desafios diários e que por sua vez lhe faz ser chamada de ''guerreira''. Ela de fato ''se vira nos 30'', e isso é admirável. No entanto, não será ''preventivamente'' admirável, mas paliativamente falando. O mesmo acontece com os seres vivos não-humanos [e também com a maioria dos seres humanos) que ''se adaptam'' de maneira paliativa/ curto prazo, por serem mais instintivos e menos deliberados em suas capacidades analíticas.  

Muitos poderiam dizer que uma mulher urbana e ''guerreira' como esta será mais realista do que um pensador como eu. No entanto, na verdade estamos falando de níveis de auto e consciência ou conhecimento em relação ao contexto social, econômico e cultural em que se vive. Por saber que o sistema em que vivo é extremamente corrupto e injusto eu titubeio em me adaptar a ele de maneira ''normal''. Em compensação esta ''guerreira'' desde sempre aceitou as regras do sistema, mesmo à revelia, e a sua vontade instintiva, delineando as suas atitudes, a colocou em uma situação que se assemelha à regra no reino natural não-humano, de tentar sobreviver a cada dia. 

Quando o nível de atomização à realidade se reduz passamos a agir ou a buscar agir de maneira mais proporcional, ao invés de distorcida, ou que é fortemente influenciada pelo instinto. Nos tornamos mais íntimos da realidade, e se formos mais introspectivos e mentalistas, então passaremos a ter a proporcionalidade comportamental como regra de ouro em nossas interações. 

A lógica, apossada pelo instinto não-social, busca emular o suposto realismo da cadeia alimentar não-humana, se esquecendo que eles, os outros seres vivos, estão ainda mais atomizadas da realidade, menos íntimos dela. A ação e reação em um cenário lógico, não obedece à sua lei física, pois o instinto distorce a macro-compreensão factual, centralizando-a em si mesmo, ao invés de partir de si mesmo. A auto-projeção é inevitável, o que não é inevitável é a possibilidade de se bloqueá-la ou de se tentar entendê-la. Maior a racionalidade e sabedoria maior é a simetria de interação entre o ser, humano, e o seu ambiente de vivência, porque será menos atomizado desta relação franca, e menos centrado em si mesmo. É como se, metaforicamente falando, existisse um relógio da realidade, fora dos seres vivos, e relógios, dentro de nós. Em um cenário instintivo, o relógio interno, nossos relógios, marca uma hora que é diferente do relógio externo, da realidade. Em um cenário racional/ a sábio, os relógios interno e externo marcam horas e minutos muito mais parecidos, mais próximos. As formas de vida mais primitivas, dentro desta tentativa de visualização metafórica da relação do ser com o seu ambiente de vivência, apresentariam os relógios internos mais dissociados do relógio externo da realidade, único e universal. 

Se uma pessoa age de uma certa maneira comigo, eu, racionalmente, retribuirei. Se eu fosse mais instintivo então eu provavelmente reagiria de acordo com as minhas possibilidades reativas, tendo a regra de ouro apenas como uma dessas possibilidades. Os mais lógicos tendem a acessar os seus instintos não-sociais e a reagirem também com base naquilo que eles emanam ou lhes determinam. Os mais sociais acessarão os seus instintos sociais. Novamente, as chances que aconteça uma proporcionalidade comportamental serão maiores para o primeiro caso, especialmente se os dois elementos em interação forem da mesma natureza. 

Tal como acontece na natureza, por causa de uma grande intimidade com a realidade, sábios e [verdadeiramente) mais racionais apenas reagirão ou ao menos pensarão primordialmente em agir de maneira proporcional, enquanto que com uma carga instintiva muito pesada, esta simples proporção será pouco provável de ser plenamente requisitada e efetuada, porque dependerá das atribuições feitas pelo instinto. Percebam que o instinto funciona como uma barreira, um pedágio entre o ser e o seu campo de vivência, de interação e de compreensão factual. Este filtro, em um cenário hipoteticamente ideal, não existirá ou será de excelente qualidade, no caso dos mais racionais e sábios.

Um exemplo. Você foge de uma zona de guerra ou de um país em frangalhos para viver em um país de primeiríssimo mundo, com tudo ao seu dispor, casa doada pelo governo, um monte de pessoas querendo te ajudar a se adaptar e ainda por cima algumas delas querendo se casar com você, especialmente se lhes forem de bom grado. Estão te oferecendo mel e ouro e no entanto, porque você não é racional, simplesmente renega tudo isso, não por ser abnegado, mas porque os seus impulsos instintivos interpretam por eles mesmos que toda esta bondade na verdade se consiste em uma oportunidade para parasitar, para fazer o que quiser, por exemplo, estuprar mulheres, cometer atos ilícitos, etc... Você também pode ser dragado pelo besteirol religioso e re-interpretar aquilo que parece instantaneamente fácil de se perceber, de uma maneira bastante distorcida e ainda por cima contraproducente pra si mesmo. 

O instinto excessivo com o seu piloto automático não nos faz pensar na realidade para buscar entendê-la e tirar o melhor proveito dela, porque a única verdade que existe neste cenário é aquela que está sendo determinada por ele. 

O racional e o sábio apresentam grande potencial de adaptação exatamente por emularem a lei física da ação e reação ainda que ''um passarinho não faz verão'' e portanto em um ambiente coletivo, os indivíduos sozinhos não fazem nada, não são capazes de fazerem nada, sem antes terem movido as massas. 

Portanto é isso. O único realismo que realmente existe só pode ser acessado por agora pelo ser humano porque todos os outros seres vivos encontrar-se-ão sobrepujados por seus instintos, distorcendo esta relação franca e mais aprofundada entre o ser e o ambiente de vivência. 

terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Sabedoria também é saber o momento certo

Eu me lembro muito bem na escola acho que na terceira ou quarta série quando uma colega de classe (da qual eu nutria interesses tímidos) em um jogo promovido pela professora me sorteou e como resultado teve que escrever algo sobre mim numa folha de papel e depois me enviar. Eu não me lembro direito quem foi que eu peguei e o que eu escrevi, mas sei quem foi que me sorteou e o que ela escreveu porque aquilo me impactou a ponto de se tornar lembrança cristalizada. Ela escreveu que eu sou um garoto legal que sabe a hora certa pra brincar e pra prestar atenção na aula. Sim, ela disse isso em palavras. Sim ela foi bastante precisa em sua observação. Eu me lembro de ter concordado totalmente com os seus dizeres. E hoje eu vejo que apesar de não ser perfeito eu tenho mesmo esta tendência de saber o momento certo.

Outro exemplo


Palavrões ou palavras chulas?? Apenas em momentos mais quentes. É ''sexy'' bancar o ''machão de linguajar chulo'' apenas no momento certo (geralmente na cama) e com a pessoa certa. 

Pode parecer incrível constatar isso mas é verdade. As pessoas geralmente nascem com falta de ''semancol'' e erram bastante na hora de ter a reação ou a percepção certa das ''coisas''.

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Uma classe especial de ''ser humano''... por que os ''gamers'' brasileiros são tão odiados ao redor do mundo* Bms e suas mutações

Completa falta de bom senso e educação...

Se existe uma certeza entre muitos gamers (jogadores compulsivos de vídeo game) ao redor do mundo é que o gamer brasileiro tende a ser dos mais mal educados. Eu que tenho, infelizmente, um ''querido'' irmão que é ''gamer'' (e brasileiro, é claro) que o diga. Esta tem sido a costumeira reclamação daqueles que são aficionados por vídeo games ao redor do globo, novamente, de que os brazucas, em média, sejam os mais mal educados, desordeiros, mal perdedores, mal ganhadores, infantis, enfim, tudo aquilo que pessoas racionais e ambientadas nesta terra de Vera Cruz tendem a relacionar ao comportamento-padrão dos ''bm's'', dos ''brasileiros médios''. Eu já fiz um texto, no velho blogue sobre os bm's, e estou para postar uma continuação de minha saga nesta ingrata análise de um povo que, geralmente ou desproporcionalmente falando, é dos mais pífios na sacrossanta habilidade do pensamento e ação racionais.

Em relação ao comportamento a racionalidade também pode ser entendida como ''proporcionalidade comportamental'', de se comportar, agir e reagir, de maneira proporcional à ação sofrida (emulando o comportamento habitual das existências inanimadas, por exemplo, o atrito de duas pedras, e fenomenológicas, por exemplo, o ciclo da água, da evaporação à precipitação). Se ''as pessoas'' forem educadas comigo, eu retribuirei. Se fulano me ajudou em um momento difícil da minha vida, eu retribuirei. Em compensação, a racionalidade não se consiste apenas em ser razoável, que para alguns pode ser entendido como ''ser bonzinho''. A proporcionalidade comportamental também tem o seu lado mais agressivo, e funciona da mesma maneira, isto é, proporcional. Se ciclano me insulta, depois de ter apelado pela razão, e sem ter sucesso, eu posso retribuir a delicadeza. No final existe a necessidade de se ter o mínimo de conhecimento antes de se começar a fazer algo, por exemplo, criar lobos em sua hipotética fazenda, sem ter observado o seu comportamento bem como também ''mensurado'' riscos e benesses. Além desta necessidade de se conhecer o solo antes de pisar nele, também é importante agir de modo proporcional e tendo a racionalidade como mediadora de nossas ações, que pesa pra ver se vale apena fazer isso ou aquilo, basicamente uma espécie de ''método científico'' mas sem instrumentos de mensuração, tendo apenas o bom senso como bússola.

Só que essa lei da proporcionalidade comportamental não parece estar muito bem compreendida pelos seres humanos e em algumas hemorragias demográficas, como o Brasil, esta realidade encontra-se ainda mais maltrapilha do que o habitual, que já não é uma maravilha. 

O brasileiro médio, isto é, de 30 a 70% da população, que eu estou estipulando e que muito provavelmente variará de região pra região, costuma ser destituído de capacidades racionais mínimas e esta é uma das razões para ser este pardieiro, como costuma-se dizer e erroneamente, ''terra de índio''. Eu pensei que os aficionados por vídeo games, que os pesquisadores e blogueiros da ''comunidade'' HBD dizem deterem ''altos qis'', fossem mais racionalmente inteligentes, mas esta não parece ser a realidade, talvez um padrão universal, mas segundo o que tenho lido, sobre a má fama dos gamers brasileiros ao redor do/deste mundo, uma realidade verossímil no Brasil.

Marmota psico-cognitiva made in Brazil

Nós temos uns 200 países oficialmente reconhecidos pela ONU e o Brasil, ''justo o Brasil'', parece estar na lista negra dos piores ''jogadores [internacionais] de vídeo game'' em todo mundo, no que diz respeito à educação ou proporcionalidade comportamental [para com os outros]. O pessoal só quer jogar vídeo games e o gamer brasileiro médio tende a levar pro lado pessoal. 

Interessante que isso me passou a impressão de que esta correlação ''jogar vídeo games'' x ''ser um estúpido, de ter mentalidade infantil'' parece se consistir em um padrão apenas para alguns países, dentre eles o Brasil.

Talvez a mistura de um estilo ''machão latino-americano'' (truculento, sincero demais, que confunde testosterona com inteligência e falta de educação com dizer a verdade, tem baixos índices de empatia e é super-confiante, sem ter provado pra si mesmo que pode ser) + características cognitivamente masculinas de quem tende a gostar de jogar vídeo games até à idade adulta, tais características que parecem ser universais, desde a Coreia até o Peru, seja a principal razão, causa ou culpada pela existência deste tipo local que faz muitos dos mais racionais/emocionalmente maduros desistirem da humanidade. 

Excesso de auto-confiança, arrogância, capacidade embotada para lidar com as outras pessoas, e/ou simplesmente falta de bom senso/proporcionalidade comportamental, histeria emocional, enfim, uma maneira egocêntrica e testosterônica de 'entender' e interagir com o mundo exterior, o ''lógico bruto'', caracterizam esta turminha do barulho com idade emocional estacionada nos 16 anos [em média]. Pra você, caro leitor, que ''adora de coração'' bandos de adolescentes se arrastando pelas ruas depois das aulas, imagine conviver com um eterno adolescente e dos mais característicos, com todas essas características (defeitos) que foram rapidamente enumeradas acima, no início deste pseudo-parágrafo**

A má fama internacional dos gamers brasileiros, em média, se consiste, como conclusão, apenas em uma reverberação ou eco do típico comportamento dos brasileiros médios, que pode ser subtraído ou reduzido a apenas uma única palavra: irracionalidade.



segunda-feira, 19 de setembro de 2016

O lado obscuro do espectro do Autismo: pedantismo intelectual a níveis inaceitáveis

''Você precisa me amar, diferente não é inferior... não sou muito diferente de ti''

A propaganda positiva sobre a neurodiversidade e mais especificamente sobre o autismo nos diz que os neurodiversos, em especial os autistas, não são menos, ou inferiores em relação aos neurotípicos, mas apenas diferentes, deixando implícito uma ''atípica'' ou não-literal ideia de igualdade. Nada de tão escandaloso nisso, e até concordo de maneira substancial. O problema é que, enquanto na teoria é tudo lindo, na prática, sempre nela, na prática, as ''coisas'' podem não corresponder com grau aceitável de fidedignidade a realidade que a teoria está mostrando. A teoria diz que os autistas são sempre ou na maioria das vezes discriminados, concordo; que é necessário estabelecer pontes de respeito em relação ''ao grupo'' , e mais precisamente aos indivíduos que pertencerem a este grupo, não há nada de pouco razoável nesta proposta.

Novamente, na teoria é tudo lindo, como nos ''Ursinhos Carinhosos'', todos educados, racionais, bondosos, companheiros, ávidos para ajudar uns aos outros, tal como em uma comunidade Amish ou menonita só que com a bandeira do arco íris no lugar de uma cruz. 

Mas na prática, pelo que parece, existe uma correlação (positiva) entre absoluta falta de humildade intelectual e espectro do autismo, que faz da teoria, mais realista apenas nas propagandas positivas da neurodiversidade, do que na realidade, no dia a dia, ainda que não possa generalizar sem conhecer, se ter me aprofundado mais.

E eu que sou esta ''Elke Maravilha'' (que a não-existência ou sei lá o quê a tenha confortável em seus braços infinitos) em termos de intelecto, por ser espalhafatoso, interessante, eu diria mais, muitas vezes excessivo, costumo causar polêmica mais uma multiplicidade de sentimentos e impressões entre aqueles com os quais eu tenho ''interagido'', e mais especificamente, debatido pela ''web'' adentro. 

Eu já me deparei com vários autistas, duas blogueiras, uma texana feminista e outra, igualmente feminista e com uma teoria interessante sobre o autismo, enquanto uma versão não-domesticada do ser humano; com debatedores avulsos em uma super-famosa rede social, que não vou falar o nome, para não fazer merchandising (até parece, kkkk); com debatedores no Wrong Planet, quando eu tinha perfil e comentava com certa frequência e por fim, com um debatedor em um blogue ''hbd''.

Em todos esses casos eu tive muitos problemas de respeito mútuo. Primeiro, por minha causa, mas creio eu, especialmente por causa deles, isto é, na maioria das vezes eu apenas reagi de modo proporcional aos abusos cometidos por eles contra a minha pessoa. E em todos esses casos eu tive problemas justamente por causa das divergências ideológicas ou políticas, porque a maioria deles eram de uber-esquerdistas. Portanto, o esquerdismo parece estar em partes subjacente a esses desencontros e agressões quase gratuitas.

 A mente ilógica me fascina, me assusta e me enoja. Aquele que nega obviedades parece uma caricatura real pra mim, um ser próximo de uma esquizotípia atuante e influente, incapaz de ACEITAR, eu não diria exatamente de entender, mas de ACEITAR que certa obviedade é óbvia ou que parece muito óbvia para ser simplesmente negada, mesmo que ainda não esteja em nível de emersão factual em sua respectiva macro-superfície/realidade, isto é, que ainda não possa ser definida como uma ''verdade absoluta''.

Na propaganda, o autista, generalizadamente falando, é transformado em vítima absoluta, que só quer ser aceito pela sociedade ou tratado com o mínimo de respeito, e eu concordo totalmente, acho que é muito válido que muitos se não a maioria deles mereçam ser respeitados, eu que estou na mesma situação de esmolar um mínimo de respeito ou proporcionalidade comportamental que o diga, os entendo completamente, eu sinto na pele aquilo que sentem.

No entanto, para merecer respeito é preciso respeitar e para respeitar é preciso de: racionalidade, no mínimo, e sabemos que em seu máximo se tornará sabedoria. Eu já falei sobre um dos muitos mitos ou generalizações vagas e populares sobre os autistas e uma delas é a de que sejam mais racionais que os não-autistas. Não são, em média é claro. Especialmente se a maioria for composta de esquerdistas seculares, do tipo que consegue aceitar uma carga racionalmente intolerável de contradições, que não são apenas gritantes mas também perigosas, do tipo que compra resumos distorcidos da realidade tal como se representassem a mesma em toda sua obviedade factual. Quem despreza o valor da vida e a necessidade de se enfatizar em seu redor, tendo-a como prioridade máxima, como maneira de bloquear possíveis conflitos desnecessários e potencialmente sanguinolentos, como fazem a maioria dos esquerdistas, mas também qualquer grupo onde a estupidez for proporcionalmente prevalente, atuante, pulsante ou determinante, tenderá a ser perigoso, até mesmo pra si mesmo e não preciso me alongar em demasia que esta periculosidade se irradiará para todos aqueles, humanos ou não, que compartilharem e/ou dependerem de sua responsabilidade, sim, porque compartilhamos, quer queiramos ou não a responsabilidade do outro e de nós mesmos. Temos dois tipos de assassinos: o consciente sociopata e o inconsciente estúpido e definitivamente, a estupidez não está totalmente concentrada no lado esquerdo de uma curva de sino, mas se espalha democraticamente, desde os ''de'' qi mais baixo, até aos ''de'' qi mais alto. E a estupidez ou irracionalidade não se restringe aos neurotípicos, que nos dias de hoje tendemos a ver como sinônimo para estúpidos, porque também se irradia folgadamente ''mesmo'' nos poros mais recônditos da neurodiversidade, e paradoxalmente (ou não) em seu epicentro autista. 

Os autistas em média não são melhores para perceber padrões em uma macro-escala ou macro-realidade, que os faria de fato mais racionais-a-sábios, porque exibem tendência universal para este talento só que em ramos muito mais específicos. Novamente o velho e corriqueiro exemplo do autista que é especializado em história da França, mas que não acredita que a imigração (em massa) irá transformar -a- destruir a história e ''legado'' cultural deste país, sem falar justamente naquilo que falei acima, no desprezo que essas movimentações demográficas em massa costumam causar a milhões de indivíduos, humanos e não-humanos, que geralmente pagam caro pela loucura e estupidez infinitas destes pseudo-intelectuais e seus ''dominadores mentais''.

O lado obscuro do autismo é que, por de trás desses cartazes coloridos estampando rostos autistas, simpáticos, ansiosos por interações interpessoais construtivas, temos na prática, pelo que parece, uma elevada proporção deles que estão anos-luz de serem ''intelectualmente humildes'', uma das características mais importantes para a verdadeira racionalidade e eu tenho percebido na pele, ainda mais por força do destino assim como também por minha irresistível preguiça de fazer algo que não esteja de acordo com as minhas obsessões, enfim, com a minha vontade, de ter decidido comentar em vários blogues dentre outras praças da anglosfera com o meu inglês do bairro da Moca, macarrônico, caricato, porém, minimamente entendível, mais a minha característica 'ousadia' de sempre primar por pontos de vistas que casem perfeitamente com a realidade factual mais agudamente perceptível e que ao menos metade desta realidade encontrar-se embrulhada, escondida e pintada de cores distintas daquelas que as caracterizam de maneira natural, mais uma vez, enquanto um ser ''absolutamente'' racional, a priore, sempre buscando ligar os pontos verdadeiramente factuais da macro-realidade (que não está a nível de átomo), seguindo por padrões, totalmente indiferente a quaisquer ''correções políticas'', religiosa ou pedantemente naturalista a ideológica ou pedantemente racionalista, tal como o rico que se passa por pobre e testa a amizade e sinceridade das pessoas com as quais tem convivido, tenho constatado da pior maneira possível quanto à realidade desta correlação, das mais irritantes de todas, entre uma esquálida humildade intelectual e o espectro do autismo. 

Assim como parece acontecer com a grande maioria dos esquerdistas, algo parecido parece acontecer com muitos autistas que, embebidos por uma falsa percepção de superioridade intelectual, e amplificada via mitologia moderna do autismo, de que (todos) os autistas sejam: (muito) mais racionais, razoáveis e afiados na apreensão de fatos, enquanto que, eles não são, em média, muito mais racionais, e a maioria pareça mesmo ser até muito similar à maioria dos ''esquerdistas (auto-declarado) seculares'', mestres em racionalizações espertas de pontos de vistas moralmente contraditórios ou predominantemente incoerentes. Tal como os direitistas modernos que tomam equivocadamente a dicotomia agudamente dualista da ''água e do óleo'' para si próprios e passam a se verem como (muito) superiores em intelecto em relação aos seus ''algozes' do outro espectro político/ideológico, muitos autistas fazem o mesmo tomando a dicotomia ''autista 'racional'/neurotípico 'irracional -- socialmente influenciado'' além do racionalmente permitido e passam com isso, com esta incompletude auto-analítica, a espalharem com doses nada homeopáticas de pedantismo intelectual os seus achismos ou incompreensões inconscientes. 

E ao contrário da amistosa propaganda de que (muitos deles) só querem ser aceitos e compreendidos, uma possivelmente elevada proporção ''deles'' mais parece querer impor e se possível por meio de usos psicológicos, pasmem, continuamente usados por muitos neurotípicos que são mais [ cognitivamente ] inteligentes. E como eu já falei em outras cercanias:

nada mais neurotípico do que confundir factoides com fatos e brigar com os outros que estiverem mais factualizados / factualmente corretos, isto é, teimando na própria estupidez.