Eu já comentei em muitos textos sobre escola/educação o porquê de ser tão cético aos supostos poderes mágicos da(s) mesma(s) na promoção do aumento de inteligência dos alunos.
O professor e o sistema educacional acreditam que a maioria dos alunos sairão do colégio como polímatas, conhecedores de cada ciência humana que foi lhes foi ensinada. Mas na verdade ao invés do ideal(izado) ~ 90% de conhecimento memorizado e aprendido a realidade é significativamente mais falha visto que sejamos sinceros guardamos uma média de 30% e olhe lá do que é ensinado durante todo o período escolar. Cadernos, livros sempre atualizados, estojos com canetas, canetinhas coloridas, lápis, borracha, enfim uma parafernália que me parece muito supérflua e excessiva se foi projetada com base nas esperanças tolas do sistema escolar e de seus funcionários de que promovam de maneira direta, imperativa talentos e rendimentos e não na realidade nua e crua, de que a influência do professor tenda a ser substancialmente mais limitada seja na melhoria ou piora do "desempenho" dos seus alunos do que ele mesmo tende a acreditar. Motivações intrínsecas, estilos psico-cognitivos diferentes e a inteligência genotípica contribuem ostensivamente para o desempenho dos estudantes durante o período escolar. Por estarem em fase de desenvolvimento mental (biológico) criou-se a ideia de que o professor, como uma espécie de substituto dos pais, possa ser o principal responsável pela melhoria ou piora do comportamento e da "inteligência' de seus alunos. Por um lado os professores podem tirar uma boa carga de responsabilidade de suas costas. Por outro lado eles se verão em maus lençóis ao perceberem o quão limitada são as suas influências, se esquecendo que na lei da ação e reação a natureza dos elementos de interação é fundamental e respondem por boa parte das respostas ou reações em relação aos estímulos que estão a sofrer impacto. Portanto, por exemplo, um aluno que for mais cognitivamente inteligente e consciencioso é provável que apreenderá mais rápido e melhor que os outros. Em outras palavras, a participação do professor no "aumento' de inteligência (fenotípica ou "cultural") deste (tipo de) de aluno será muito mais indireta e portanto menos determinante do que muitos tendem a pensar.
Os esforços excessivos que são concentrados na educação parecem ter se esquecido do meio ambiente pois produz muito lixo e lixo supérfluo pois se aprendemos (apreendemos) tão pouco então não faz sentido por exemplo cada aluno ter uma mini biblioteca de livros anualmente atualizados/fabricados se a grande maioria dos estudantes darão pouca a nula importância aos mesmos, se no final não aprenderão apenas ou unicamente por causa deles mas por si mesmos, quando se interessarem pela matéria, quando os seus cérebros gostarem do que está sendo passado no quadro negro.
Se não bastassem as invenções escolares "necessárias" a fantástica criatividade humana também adora inventar em excesso resultando no incremento do lixo humano que é produzido e por puro capricho. Um exemplo muito interessante é o corretivo.
Vamos nos ambientar melhor. Você tem uma criança hipotética em idade escolar com os seus cadernos e livros, sua mini biblioteca anualmente atualizada. Então esta criança que se tornará um adolescente quando escreve errado em seu caderno e de caneta ela pegará o seu corretivo e corrigirá o erro. Vejamos. O caderno que depois de usado virará lixo juntamente com o corretivo e a caneta. Ela usará o seu corretivo até acabar e então comprará outro. O mesmo para o caderno e a caneta. O mesmo para lápis e borracha. Apenas uma criança já terá um mini lixão que acumulará durante toda a sua vida escolar. Imaginemos milhões delas fazendo o mesmo e a quantidade de lixo que será acumulado. Sem lápis e borracha ela não aprenderia o vocabulário?? Um giz não poderia solucionar parcialmente esta situação? Sem cadernos e livros será que um ser humano apreenderá menos que o de costume todo conhecimento a que é exposto durante a sua vida escolar?? Mas o verdadeiro aprender não é o apreender. Não basta expormos outrem a certo conhecimento e esperar que sua memorização se traduza subsequentemente em verdadeiro aprendizado, em saber como que aquele conhecimento funciona, reconhecer os seus padrões, as suas estruturas. A escola é um dos grandes engodos de nossa era, super valorizada e no entanto não sabemos mesmo ou temos a impressão de que o verdadeiro método científico não tem sido usado para mensurar e analisar o grau de eficiência do sistema escolar para a melhoria objetiva e precisa da inteligência fenotípica ou "cultural" dos alunos. É fato que sem forçarmos jovens humanos a ficarem de frente a um quadro negro e convence-los por linhas tortas que isso é importante pras suas vidas é possível que teríamos uma situação ainda pior. No entanto eu estou a criticar mais especificamente as frivolidades inventadas por seres humanos que terão como derradeiro fim os lixões urbanos. Eu acredito com veemência que não é preciso todo este material escolar para que um ser humano possa apreender ao menos 10% do conhecimento a que for exposto durante a sua vida escolar. Sem este lixo que na minha opinião é supérfluo eu acredito que teríamos o mesmo resultado que usualmente temos com toda esta parafernália. Que me perdoem as papelarias mas esta sandice precisa parar.
E uma das principais razões para este excesso, isto é, de se acreditar que lápis, muitos cadernos e livros irão tornar os seres humanos mais inteligentes, é justamente porque o sistema escolar enfatiza a memorização pretensamente acumulativa de ''todo'' o conhecimento multifacetado que ''ensina'' ao corpo discente. Sabemos que no final, ao contrário da promessa de que sairemos polímatas, na verdade na maioria dos casos, aprendemos bem menos que a metade que foi ensinada, especialmente em matérias escolares que são mais (contextualmente) difíceis, por exemplo, química e física.
Deveríamos jogar fora boa parte dessas ilusões [ideológicas, de todas as matizes encontráveis] que povoam e influenciam de sobremaneira o sistema escolar, e não apenas no ocidente nauseabundo, de fato buscar saber o quão efetiva é a educação na fixação de conhecimento útil e valoroso, repensar em suas prioridades que são predominantemente técnicas (literalmente falando, isto é, na pretensa apreensão de técnicas ou conhecimentos) e possivelmente começar a acabar com as aulas massivas em que os estudantes gastam as pontas dos seus lápis ou as tintas de suas canetas, para depois descartá-los aos milhões, assim como também os seus cadernos e os livros, que os colégios geralmente descartam, para supostamente aprender (apreender) o que está sendo passado no quadro negro, enfim, de se pensar o quão necessário é todo este lixo, se é realmente supérfluo, pois não restam dúvidas que, em uma macro-escala quantitativa, eles estão engordando o tamanho dos lixões urbanos... e pra quê mesmo*
O problema da Reciclagem
Reciclamos mas e depois??
Ao invés de reduzir o problema do lixo a reciclagem parece que contribui para aumenta-lo. Pega-se um material jogado no lixo o recicla ele será usado e depois descartado novamente.
O ideal seria que não tivesse sequer a necessidade de se reciclar o lixo.
A reciclagem esta cheia de boas intenções mas não é efetiva mesmo que comece a ser praticada em larga escala. O mais importante não é reaproveitar o lixo mas reduzir de preferência o mais supérfluo como eu já comentei antes, sobre a inutilidade das embalagens para uma quantidade significativa de alimentos sem falar naqueles que são apenas exageros alimentícios por exemplo a enorme quantidade de biscoitos industrializados.
Não restam dúvidas que a criatividade humana sem qualquer sabedoria se transformará em um estorvo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário