... é justamente ela que define a reflexão...
Eu já falei muitas vezes sobre as semelhanças significativas entre os psicopatas, especialmente os de alto funcionamento, e os sábios. Os psicopatas, por estarem desprovidos de empatia afetiva, terminam por compreender o mundo de maneira puramente cognitiva, impessoal e claro tendo os efeitos absolutamente perniciosos que já são popularmente conhecidos. Como máquinas de calcular os psicopatas se tornam naturalmente habilidosos na compreensão do comportamento humano, acima da média, e em como tirar proveito egoísta das fraquezas alheias que são percebidas. Eu também comentei que as pessoas tendem a ter diferentes abordagens ideacionais e reativas, em que alguns começam pela empatia afetiva antes de principiar pela empatia cognitiva e como diz aquele ditado: ''a primeira impressão é a que fica''.
Então quando deixamos de pensar com base na empatia afetiva, o ''pensar-sentir'', então caminhamos para sermos mais puramente lógicos e potencialmente de proto-psicopatas, conscientes de que a lógica se consista na última e única possibilidade verdadeiramente cabível, quase que como psicopatas, a única diferença é que não aplicamos a lógica de maneira predatória ou conscientemente parasita.
A empatia afetiva portanto é parte essencial para o pensar completo, racional a sábio. A partir de seu uso, deixamos de pensar tal como calculadoras maquinando friamente custos e benefícios, tecendo estratégias egoístas, e passamos a pensar no todo, isto é, em nós, em nossas inter-relações com o nosso espaço, com os seres, humanos e não-humanos, de interação, enfim, expandindo nossa consciência tornando consciente ou relevante O OUTRO.
Sem a empatia afetiva não haverá peso das ações, das situações ou mesmo das ''coisas'' que estamos observando, analisando ou interagindo e portanto não haverá racionalidade, muito menos sabedoria.
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