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sexta-feira, 18 de julho de 2025

Quem realmente é o mais inteligente com as palavras??

 A inteligência linguística não se expressa apenas por um vocabulário extenso e convencionalmente impecável, se se trata de uma estética de convenção. Também não se expressa apenas pela facilidade para aprender novos idiomas, se, apesar de suas muitas vantagens, ainda não é o mais importante (vale dizer que um vocabulário extenso na língua materna tende a estar relacionado com essa mesma facilidade). Porque o mais importante da linguagem humana, assim como para qualquer outro sistema de comunicação desenvolvido e usado por qualquer outra espécie, são: as capacidades de se comunicar (tanto no sentido de transmitir uma informação como de entender o que está sendo transmitido quando se encontra em uma posição de ouvinte ou receptor), e a de maximizar a compreensão que se pode ter sobre a realidade vivida e alcançável, unicamente possível por esse processo de associação entre símbolo e informação. Portanto, o mais inteligente, em termos linguístico-essenciais, é aquele que melhor usa um sistema de comunicação, em um sentido mais objetivo (a priori, independente da capacidade dos outros em compreendê-lo), pois mesmo indivíduos dotados de um vocabulário mais amplo e sofisticado ainda podem usar a linguagem de modo não-ideal e, na verdade, parece que estão mais propensos a fazê-lo, não como um meio para a comunicação objetiva ou efetiva e a compreensão factual, mas para priorizar finalidades estéticas ou artísticas, mais pessoais ou sociais, inclusive de acreditarem no oposto do que estão fazendo, quando estão, de fato, usando suas capacidades verbais com essas mesmas finalidades citadas, negligenciando as duas funções mais importantes da linguagem. Isso pode ajudar a explicar a possível ou aparente correlação entre apresentar um vocabulário mais extenso e de se estar mais propenso a acreditar e se aprofundar em pseudociências, especialmente as que se vinculam às ciências humanas, até mesmo como um efeito colateral de se dar muita ênfase na estética do que à essência da linguagem, já que essas pseudociências costumam ser construídas justamente com base na ilusão estética de um refinamento superficial e excessivo do uso da palavra, mascarando sua natureza intrínseca, de falsificação do conhecimento legítimo. Mas também é importante destacar que uma deficiência em capacidade racional não é apenas uma deficiência cognitiva, já que aspectos não-cognitivos, como a personalidade, também influenciam em como pensamos e interpretamos o mundo. No entanto, ainda é interessante esse contrassenso que parece comum entre aqueles que dominam o uso da palavra, mas não em sua aplicação mais importante. Deve ser por serem, em média ou desproporcionalmente, mais hábeis no uso estético da palavra, e não em seu sentido mais funcional ou direto, comentado aqui, de comunicação e compreensão factual (ou filosófico-científica), mediadas pelo autoconhecimento (capacidade verdadeira/possível e específica de compreensão). 

quarta-feira, 25 de abril de 2018

Você não precisa saber o seu qi [ou fazer um teste cognitivo para estimá-lo] se você pode analisar o seu desempenho na escola e em sua vida, de maneira geral, para estimar as suas capacidades cognitivas

Comece por aqui mesmo. 

Escreva uma redação e peça para uma pessoa da área analisa-la. 

Se quiser, escreva mais de uma redação, escolha o tema e mande brasa. Primeiramente será analisado a sua ortografia, primeiro proxy para o vocabulário. Se você escreve 'bem", regular ou "ruim'. Logo depois a sua gramática também será avaliada para ver se você pontua corretamente e/ou compreende mais ou menos outras regras, por exemplo, a conjugação das palavras em diferentes tempos. O nível de coerência do seu texto será outro fator importante, ainda que isso em partes também possa revelar um pouco da sua personalidade, transcrita. O seu nível de conhecimento sobre o assunto também será analisado. Neste caso adentraremos em uma arena mais arenosa já que o nível de compreensão factual geralmente não é muito requisitado em um teste cognitivo especialmente quanto aos assuntos mais importantes geralmente relacionados às humanidades e às ciências naturais. No mais os testes cognitivos até hoje não se aprofundam muito nesses aspectos, portanto o seu desempenho técnico já será potencialmente suficiente para julgar a sua inteligência verbal. 

Maior e mais correto (isto é, de acordo com as normas) for o seu vocabulário, maior será a sua inteligência verbal ou parte dela.

 Neste caso não haveria a necessidade primária de compara-lo com outras pessoas já que esses aspectos são universais, porque se fossem mesmo absolutamente relativos então não seria possível julgarmos o desempenho individual por si mesmo, até mesmo porque toda comparação advém de regras previamente estabelecidas. Parece elementar de se supor que, maior e mais correto (de acordo com as regras) o vocabulário, melhor, a priore. 

domingo, 5 de novembro de 2017

Aprendizado OU comando?? Exemplo: Vocabulário

O modo como escrevemos é uma convenção subjetiva porém socialmente reforçada. Aqueles que escrevem ''errado' com frequência e sem consciência são geralmente penitenciados por suas negligências involuntárias quanto à norma culta. Sendo uma convenção ou algo que é definido como socialmente e tecnicamente correto, e dependendo da "gravidade" do erro, o que mais importa não é como escrevemos as palavras mas a sua função essencial que é a comunicação e a transferência de ordens/comandos ou conhecimentos. 

As palavras são meios para se alcançar à uma finalidade. 

Pra mim a robustez e o tamanho do vocabulário e claro a partir da norma culta consistem em manifestações de comandos que algumas pessoas são melhores para memorizar, diga-se, tendenciosamente de modo subconsciente, do que em legítimo conhecimento. Não estou dizendo que o conhecimento da palavra e do seu conceito não se consistam em um conhecimento legítimo mas que a norma culta por ser uma convenção não é de fato aquilo que poderíamos categoricamente atribuir o valor de conhecimento mas de comando ou ordem. A norma culta pode até apelar para um possível valor estético mas talvez a impressão que temos, que uma forma de escrever seja pior do que a outra, nada mais seria do que a reflexão de nossos próprios comandos internalizados, mais um fato subjetivo do que um fato, de fato. Até mesmo a matemática, tida com frequência como mais importante, na verdade também consistiria em uma manifestação da domesticação cultural e intelectual humana que a priore não tem nada de errado. 

Portanto ao invés de atribuirmos ao tamanho e qualidade do vocabulário um valor exclusivamente intelectual [assim como também todos os outros acessórios/ingredientes culturais como os símbolos numéricos] tal como pura manifestação de inteligência, talvez devêssemos vê-los como expressões psico cognitivas de processos seletivos para a "auto"-domesticação humana...

quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Incongruências da língua portuguesa: puderam ou pudérão*

Em minhas ajudas nas aulas particulares aqui de casa eu tenho sido exposto à mentes distintas da minha bem como também em como que processam, interagem e entendem a realidade, especificamente os conhecimentos que estão sendo ensinados (melhor dizendo, re-passados, pois se consistem em aulas de reforço). Me parece claro o torpor, o desinteresse forçadamente interessado e a dificuldade para compreender elementos abstratos básicos por parte de muitas dessas mentes. Claro, além da idade (em sua maioria de adolescentes), essas mentes também tendem a ser menos espertas, em termos cognitivos. No entanto eu tenho percebido a partir delas algumas incongruências e que não emanam diretamente de si mesmas, ainda que se consistam em ''erros subjetivos''. E a que me impactou e que meu cérebro decidiu lançar de novo em minha ''área de interesse'' se relaciona justamente com a subjetividade da língua ou do vocabulário.

Um padrão comum tem sido o erro em relação a esta classe de palavras: puderam, fizeram, olharam, escovaram, puxaram...

Ao dizermos essas palavras de maneira absolutamente correta, isto é, obedecendo à verdadeira combinação de sons, os resultados serão:

puderAM, olhaRAM, escovaRAM, puxaRAM.

No entanto por CONVENÇÃO o jeito ''correto'' de se dizê-las e escrito de maneira literalmente correto, como que se convencionou a dizer, se faz assim:

puDÉRÃO, OlhÁRÃO, escovÁRÃO, puxÁRÃO.

Escrevemos de um jeito (puderam) e falamos de outro (pudérão).

Mais de dois estudantes que ''fazem aula particular'' aqui em casa, que eu lembre, cometeram esses ''erros'' escrevendo ''puderão'', quando deveriam ter escrito ''puderam''.

Eu constatei comigo mesmo que eles não estão errados. De fato, eles estão apenas colocando no papel a maneira com que dizem(os) essa classe de palavras. E tenho quase certeza que essas incongruências não se limitam apenas a este exemplo, mas que encontra-se presente por todo vocabulário da língua portuguesa.

No final, como breve ou rápida conclusão, eu acredito que o ideal, neste caso, seria o de escrever de acordo com o que se fala. Alguns podem pensar nesta minha proposta como um exagero em relação a uma particularidade inútil, e eu estou vendo a mesma enquanto uma maneira de reduzir esta pseudo-subjetividade, pois de fato, falamos de um jeito e escrevemos, errado, de outro jeito, e muitas pessoas com menores capacidades ''verbais'' (mais especificamente, de vocabulário) de fato escrevem de acordo com que falam...

e ''surpresa'', elas não estão erradas. Menos convenções estúpidas, por favor.




domingo, 24 de julho de 2016

Analogia sobre a facilidade humana para aprender a falar uma língua e a de aprender a ler, escrever, expandir o vocabulário e entender o significado das palavras

O ser humano parece que foi moldado para o rápido aprendizado da linguagem visto que a menor exposição à mesma, em especial nos primeiros anos de infância, tende a resultar em seu aprendizado praticamente a nível instintivo. Da mesma maneira que somos geralmente velozes para aprender uma língua durante os primeiros anos de vida, também somos, porém mais diversamente assimétricos e portanto menos universalmente homogêneos, para aprender capacidades mais específicas da mente humana. Existe a ideia de que a criança aprende rápido por ter um cérebro mais criativo. No entanto, um cérebro mais plástico (e ainda em formação) necessariamente não quer indicar ou resultar em criatividade. Eu já me questionei se isso é verdade em um texto que fiz sobre o assunto. Por exemplo. O caso mais famoso de "criança feral", da Ucrânia. Atualmente, a até então menina que agia como um cachorro por (supostamente) só ter convivido com cachorros durante os seus primeiros anos de vida, parece ter aprendido muito bem a linguagem humana já adulta. Parece "hardware" a nossa capacidade para aprender uma língua mas especialmente se for a nossa primeira língua ou "materna". Em compensação parece mais difícil para o ser humano médio aprender mais de uma ou duas línguas. O cérebro infantil, provavelmente por ser muito mais plástico, torna a possibilidade de aprendizado veloz muito mais viável. Ao longo do tempo esta plasticidade que pode resultar na criatividade vai se ossificando tornando o cenário infantil bem mais difícil de se prolongar por "toda" vida, em especial para os não-poliglotas. 

Claro que esta realidade parece se encaixar perfeitamente com a 'minha' ideia da ''metáfora dos elásticos, da corrida com obstáculos...'' enfim, todas as minhas tentativas de explicar essas diferenças. Isto é, se há ''mais espaço no cérebro'' para aprender mais de uma língua então o indivíduo, em especial aquele que tiver este tipo de cérebro, quando exposto (minimamente falando, isto é, sem grande necessidade de incentivos constantes ou intensos para esta tarefa) à possibilidade de aumentar o seu número de línguas aprendidas, o fará sem grande dificuldade. Isso quer indicar que o seu ''elástico'' ou potencial--facilidade para continuar neste caminho, isto é, superar com facilidade os obstáculos, será muito maior. Talvez nenhum ''aprendizado'' se sustentará por toda uma vida se não estiver diretamente/intrinsecamente relacionado com as suas potencialidades/facilidades individuais. 

O cérebro adulto do ser humano médio carregado de aprendizados tende a se tornar progressivamente menos plástico e portanto menos apto para aprender novas torrentes de habilidades ou técnicas.

 Também parece existir a noção popular que o aprendizado do vocabulário encontra-se bem mais influenciado por circunstâncias ambientais do que por exemplo o aprendizado da matemática. Pode ser parcialmente verdade mas eu tenho a impressão que esta é uma noção superficial e que portanto tenha mais nuances do que a sua conclusão.

Da mesma maneira que o aprendizado da linguagem especialmente da primeira linguagem parece ser "hardware" entre boa parte dos seres humanos o potencial para aprender a verbaliza-la por meio da escrita também parece ser " parcialmente hardware" mas menos universal e portanto mais assimétrico/desigual do que a primeira. Isto é,  o potencial para o aprendizado do vocabulário precisa da exposição mínima do mesmo para que possa ser ao menos conhecido. A partir desta primeira etapa, nas escolas, as crianças humanas apresentarão diferentes níveis ou facilidades para aprende-lo,  desenvolve-lo, de um nível simples para um nível complexo. Um cérebro zero-bala, fresco, sem qualquer memória ambiental (e 100% preenchido por ''memória genética/genotípica''). Podemos nos comparar aos carros e os carros recém saídos da fábrica seriam como as crianças recém nascidas. Assim como cada carro já apresenta as suas próprias características de fabricação o mesmo acontecerá com qualquer criatura orgânica. Nascemos com um modelo de possibilidades cravado em nossos genes, em nosso código genético. E claro que o ambiente terá um papel, porque não existe vida sem cenário. 

O desgaste da vida ou  o envelhecer também é se "contaminar" de "memórias ambientais" ou lembranças. Assim como acontece com os carros que ''nascem'' zero-quilômetro e ao longo do tempo vão se acumulando de ''memória ambiental''.


A memória ambiental e em como que a gerenciamos define os nossos comportamentos, e essas ''memórias'' funcionam como gatilhos para as ações que delas se originam.

Eu não concordo que a inteligência verbal seja menos genética que a inteligência não-verbal, porque na verdade esta primeira também é um tipo de inteligência não-verbal. A inteligência verbal esconde ou omite aquilo que de fato é. As palavras são como roupas para o corpo, e se é o corpo aquilo que veste, então as palavras não podem ser o fim em si mesmas, mas o corpo, o fim e também o começo, que em um mundo honesto ou apenas analiticamente honesto serão os mesmos. 

As palavras representam categorias de tudo aquilo que existe, enfim de tudo. A priore aquele que compreende melhor as palavras seria um conhecedor mais afiado do mundo, mas isto tem sido provado parcialmente inconclusivo visto que existe uma grande proporção de pessoas verbalmente inteligentes que ao invés de atenderem à expectativa desta lógica proposta, em que as palavras vestem a realidade, que lhe dão simbologia associativa entendível, fixam uma ideia por meio da comunhão da palavra ou símbolo com a existência de algo que está sendo observado e aceito como existente, caminham para o caminho oposto. Em um mundo povoado por humanos, outra população se fará numerosa e complementar ao número de humanos, e será a de distrações. O mundo humano tomou a sua própria confusão voluntária, em especial para compreender o mundo abstrato, enquanto ''subjetividade'' ou ''complexidade'', mas que na plena verdade factual/física se consiste na continuidade da concretude, só que agora por meio daquilo que o mundo concreto emana ou expressa (abstrações), ao invés de apenas a observação e compreensão factual instantânea via percepção sensorial + interpretação da mente (verdade objetiva).

Para entender a realidade do comportamento humano e de sua natureza transcendentalmente híbrida, há de se focar no espectro instinto-domesticação, que simplesmente define o ser humano em suas muitas pluralidades comportamentais. Os mais instintivos, que já nascem cientes de si, de suas identidades, tendem a compreender o mundo sob o mesmo ponto de vista que é operacionalmente similar a idêntico a de outras formas de vida que não foram domesticadas e portanto tendem a agirem de acordo. Entender pelo instinto também é entender o mundo natural por si mesmo, melhor do que o domesticado, humano ou não. No entanto, a compreensão apenas instintiva ainda será altamente tendenciosa, ainda que o ser humano tenha se desenvolvido a ponto de ser entendido como ''nascido para compreender de modo inicialmente equilibrado a verdade objetiva ou realidade imediata/sensorialmente direta, por si mesma''.

A redução do instinto também significa a redução da auto-consciência irreflexiva ou intuitiva, isto é, sem grande ou mesmo qualquer reflexão quanto a si mesmo e no entanto de ainda ter um autoconhecimento ''primitivo'' (primário), sobre quem é. Por um lado abre espaço para o aprendizado de novas técnicas/realidades assim como também para o contestamento da realidade ''natural'', isto é, para a reflexão. Por outro lado reduz o reconhecimento intuitivo ou não-verbal da realidade ''natural'', concreta ou da (continuidade da) verdade objetiva. A domesticação parece que corta a evolução da percepção humana que em condições normais evoluiria ou caminharia para a ''zona habitável da sabedoria''. A redução do instinto reduz também o auto-centrismo (e egoísmo) e nos ajuda a entender aquilo que somos só que de maneira impessoal, por exemplo, a de que apesar de sermos nós, o ''eu'' se consiste em uma construção de si mesmo, e não necessariamente em uma coisa absolutamente integrada, se é pouco provável que tal coisa exista, e se de fato toda coisa que aparenta integridade física nada mais é do que um sistema, uma construção, com suas partes inter-ligadas. O ''eu'' absoluto é impossível assim como também um ''livre arbítrio'', o seu completo oposto. No entanto, a domesticação nos torna menos cognitivamente espertos/socialmente não-verbais e mais naturalmente servis. Criticamos, questionamos, enquanto domesticados humanos, em especial do tipo ''outsider'', mas sem a sabedoria, este tipo de padrão de comportamento/expressão se torna incompleto.

Como eu propus em um texto anterior, o sábio seria justamente aquele que combina perfeitamente instinto (calculismo lógico) com domesticação (docilidade/emoção). 

O aumento da capacidade de aprendizado, isto é, de apreender algo além de si mesmo, enquanto o ''eu instintivo'' ou simplesmente instinto, tende a se relacionar com maiores capacidades cognitivas como a verbal. Isso pode nos ajudar a entender o porquê de tantos verbalmente inteligentes não serem, de acordo com a lógica acima, conhecedores natos do corpo ou realidade que as roupas ou palavras vestem. Eles sabem mais das ''roupas'' do que de anatomia, ;)

O sábio é justamente aquele que melhor pode compreender a realidade humana, em especial, em toda sua base plural de camadas categóricas, do instinto não-verbal à própria realidade das invenções simbólicas humanas como as palavras. O sábio é aquele que consegue prover esta união dos dois mundos que a humanidade encontra-se dispersada. O tamanho do vocabulário nem sempre significará o seu entendimento prático, isto é, ver nas palavras que estão sendo usadas com utilidade vital, por meio de seus significados mais puros e portanto corretos, e usando-os como peças para o entendimento e harmonização ou maximização da construção de um mundo objetivamente perfeita, que mais se relaciona com o instinto e com a emoção, a aplicação decisiva e absolutamente correta da filosofia na vida humana. Novamente, esta parte que está um pouco fora do assunto principal do texto contribui enquanto uma continuidade do texto sobre instinto, inteligência e domesticação.

O instintivo sabe apenas de sua verdade biológica, de maneira literal, desde quando nasce e cresce integrado, coeso à esta sua alienação natural. O domesticado, em específico o humano mas também os muitos tipos de outsiders, podem entender a verdade além da biológica, ainda que a maioria deles não o fará de modo precisamente sábio, ao se verem mais abertos para novas ideias, do que o instintivo, inclusive àquelas de tom mais filosófico e portanto holisticamente profundo. E o sábio, novamente, se consiste nesta perspectiva intermediária altamente vantajosa, uma espécie de vigor híbrido perceptivo entre as duas ''espécies'' transcendentalmente opostas.

Como eu já devo ter falado antes neste e no velho blogue do ''santoculto'', a inteligência verbal, ou melhor, a capacidade técnica de ler, escrever, desenvolver o vocabulário e compreender o significado das palavras, esconde a verdadeira natureza deste tipo de cognição que também é obviamente ''não-verbal'', e se relaciona à compreensão sensorial e percepção/interpretação mental, humanamente equilibrada, da verdade objetiva, em sua base, em suma, na compreensão da realidade, e a continuidade desta compreensão do mundo físico, em direção ao mundo abstrato ou  expressões/ondas vibratórias que emanam da concretude plural (quantitativa ou matemática) ou qualitativa.