Ação primária (causalidade comportamental universal)
x causa y
Reação secundária (correlação comportamental)
x porque (x,y,z) causa y
Mais uma maneira para falar sobre epicentro conceitual/semântico...
O que é esquizofrenia**
A maioria deve ter alguma noção minimamente correta sobre o que se consiste a esquizofrenia.
O que a esquizofrenia causa**
Também podemos ter alguma noção minimamente correta sobre o que a esquizofrenia quase sempre causa em seus portadores. No entanto, podemos nos confundir na hora de separar os efeitos diretos e as correlações. Alguns comportamentos são basicamente a manifestação dos seus conceitos.
A esquizofrenia causa o comportamento violento*
Apesar da correlação positiva entre esquizofrenia e comportamento violento, a esquizofrenia em si não tem como um de seus efeitos direitos ou ação primária a violência e portanto se consiste em uma correlação. Neste caso, a violência se consistirá em uma possível reação secundária da esquizofrenia, isto é, daquele que for esquizofrênico.
Todos os sintomas ou traços mórbidos que determinam, que definem a esquizofrenia poderão ser denominados de ''ações primárias''.
Deste modo nós poderemos reduzir o estigma social daqueles que sofrem de qualquer transtorno mental que não seja epicentricamente anti-social e sem precisar apelar pela ''compaixão'' que muitas vezes mais atrapalhará do que ajudará ao colocar-se como ''inimiga da verdade factual''. ''Mentiras' brancas podem ser úteis desde que sejam corretamente alocadas dentro de uma certa estratégia mas sem afetar a compreensão factual.
A ação primária é uma causalidade intrínseca ou universalidade.
A reação secundária é uma correlação, quando ao invés da causalidade intrínseca ou direta entre o ser e a sua expressão, ocorre uma causalidade indireta ou apenas correlação.
Portanto, por exemplo, alucinações ou mania de perseguição se consistem em produtos diretos/ações primárias da esquizofrenia ou do espectro maior da esquizofrenia. São os sintomas ou traços que definem uma ''construção comportamental'', como a esquizofrenia.
E qualquer tipo de comportamento violento que for praticado por um indivíduo esquizofrênico não terá como causa primária a sua condição, mas uma combinação de variáveis logicamente relacionadas conspirando para este ou aquele fim, como mostrei acima,
x porque (x,y,z) pode causar ou causa y
Como tudo pode ser transformado em um espectro então é possível encontrarmos uma condição de ''causa e efeito'' intermediária entre a causalidade intrínseca e a correlação.
No caso dos transtornos de personalidade anti-social e mais especificamente da psicopatia, a relação entre esta condição e o comportamento violento não será nem totalmente causal, como no caso da esquizofrenia e das alucinações (dentre elas as alucinações ideacionais como ''mania injustificada de perseguição''), nem totalmente correlativo, ou mais distanciado do seu epicentro, porque existe grande probabilidade que um indivíduo psicopata aja de maneira violenta em algum momento de sua vida ou mesmo de maneira constante. A psicopatia não tem como causalidade intrínseca a violência, mas se aproxima em demasia de se consistir em um sintoma, em uma ação primária, direta. Uma das razões para esta situação pode ser encontrada na própria natureza do ''ato violento'' assim como também da natureza humana em que causalidades comportamentais absolutamente predatórias costumam ser bastante raras.
A ação primária é uma manifestação da intrinsicabilidade, pois se consiste na expressão direta da forma.
A reação secundária se consiste na expressão indireta, possível da forma.
Também podemos diferenciá-las de acordo com o grau de probabilidade em que a ação primária apresentará grande a quase-absoluta chance de se manifestar, por exemplo, os sintomas que caracterizam a esquizofrenia, e em contraste com a reação secundária, novamente por meio exemplificado da correlação entre a esquizofrenia e o comportamento violento, em que as probabilidades de que x cause y, diretamente, serão menores e dependerão de outras variáveis. O comportamento se divide então em ações primárias, isto é, em expressões intrínsecas do ser, e reações secundárias, em que, ao interagirem com o seu meio, os seres caminharão para reagirem, isto é, modificando de alguma forma as suas ações primárias ou expressões intrínsecas, tendo como resultado produtos secundários aos comportamentos essenciais, que se iniciam pelos movimentos involuntários dos organismos, passam pelas ações primárias até chegarem às reações secundárias.
Pode-se dizer que x se expresse em X1, ou que a esquizofrenia se expresse por meio de alucinações assim como também que possa ter como reações secundárias o comportamento violento.
O ser humano por ser dos seres vivos mais geneticamente recombinantes/individuais e complexos tende a crer que possua o ''livre arbítrio''. Parece livre arbítrio mas é apenas a sua ''complexidade' e vinculada ao seu ''arbítrio'', isto é, à sua capacidade de escolha limitada às suas características intrínsecas, que estão mais individualmente complexas do que as características de outros seres vivos, sem falar na própria autoconsciência que já apareceria como uma espécie de uma fator a parte que compõe a sua personalidade.
Voltando à lógica da hierarquia epicêntrica do comportamento, o mesmo encontrar-se-ia absolutamente vinculado ao seu epicentro, forma ou organismo. Quanto mais distante do epicentro, do núcleo, maiores serão as combinações extrínsecas ao ser, resultando em comportamentos mais complexos, diversos e dotados de maior influência ambiental, do cenário em que todos os seres vivos encontram-se subordinados ainda que intrinsecamente mais livres.
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