Como eu já comentei ser inteligente 'e' racional é uma questão de sorte porque se nasce assim. O hibridismo mental humano se traduz no predomínio do instinto e a existência de um despertar da autoconsciência ainda em seus primeiros passos. Para a ''mente'' racional a ditadura do instinto sobre o comportamento encontra-se bem menos intensa e a "mente" ou "segunda consciência" terá maior influência sobre o comportamento resultando em uma maior reflexão quanto às próprias ações. A " mente racional" seria como uma mente mais amiga que, ao invés da ''primeira consciência'' (cérebro) nos fazer os seus escravos, isso mesmo, nós, o eu ou ''segunda consciência'' (a reflexão da consciência resultando no senso mais agudo de individualidade), ''ela'' nos ajudaria em nossas empreitadas por esta vida: a ''bússola da sabedoria'' ou ''bom senso''.
Em compensação a relação usual entre cérebro ou primeira consciência e mente ou segunda consciência, entre muitos seres humanos, funcionaria mais como uma espécie de ''fogo amigo'' em que o cérebro ''dominante'' 1 e pouco reflexivo poria o seu escravo, o eu (a morada da autoconsciência 2), em mais apuros, em mais caminhos errados do que de ajudá-lo.
A relação passiva do eu/autoconsciência sobre o poderio instintivo parece marcar o comportamento usual humano.
1= áreas mais antigas do cérebro
2= áreas mais novas do cérebro
A relação mais equilibrada do eu/autoconsciência em relação ao instinto parece marcar o comportamento usual dos seres humanos mais sábios.
Tal como eu já ''demonstrei'', usando duas metáforas: a autoconsciência como uma espécie de Rapunzel ou Branca de Neve e a consciência primária/instinto como uma espécie de vilã de contos de fada, ;)
e a autoconsciência/consciência secundária como uma criança pequena, aprendendo a andar, e a consciência primária/instinto/''cérebro'' como o pai desta criança.
Infelizmente a sorte continua sendo um fator de extrema importância para os seres humanos, em relação a vários aspectos, e isso não é bom pois revela o quão caóticas podem ser as ''nossas'' sociedades assim como também o próprio ser humano.
A sabedoria enquanto uma exponencial compreensão ''absoluta' da macro-realidade (que não se encontra em um nível atômico e com base em uma ''lógica epicêntrica do comportamento'', partindo do ser em direção ao seu ambiente de interação), que eu também já determinei como a evolução do ''homem comum'' (average joey), encontra-se deprimentemente escassa entre os seres humanos e de todas as razões corretas que poderíamos apelar a principal parece ser justamente a incompletude individual humana, especificamente em relação à base, à estrutura do comportamento (do pensar e do agir).
Voltando à ideia de ''forma e expressão'', nossos comportamentos na imensa maioria das vezes se limitariam a refletir às nossas respectivas formas/sistemas mente-corpo e são poucos aqueles que tomam aguda consciência sobre esta ''prisão' natural e buscam de alguma maneira entender e até mesmo ''lutar'' contra este estado de coisas.
A segunda consciência, se já não ''expliquei'' antes, se consistiria na soma entre o instinto e a razão, resultando na individualidade humana ou consciência reflexiva do eu.
Conclusão
O ''cérebro/mente'' sábio é amigo, enquanto que geralmente o ''cérebro/mente'' dos seres humanos tenderá a ser mais ''fogo amigo'' do que conselheiro.
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