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quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Todo o introvertido começa "autista" nas interações mas se torna quase neurotipico quando consegue ter confiança substancial em suas amizades e uma prévia (ou não) sobre pensamento vertical e horizontal



Quando estou conhecendo uma pessoa ou se não tenho grande intimidade com ela eu costumo controlar a minha gagueira recorrentemente"residual". Em compensação, com quase todos aqueles em que nutro uma grande confiança eu costumo relaxar significativamente e não fico muito preocupado se estou gaguejando, em especial se não for repreendido por causa disso. Da mesma maneira que nos tornamos mais relaxados para sermos nós mesmos de acordo com que avança o grau de intimidade interpessoal também é o costume ou hábito reduzir o cuidado de tratamento em relação ao outro, que é uma constante quando temos de lidar com desconhecidos ou marginalmente conhecidos. Pompas e cerimônia vão para os ares quando nos tornamos essencialmente íntimos validando a metáfora dos porcos espinhos de Schoppenhauer.

Os extrovertidos não se diferenciam dos introvertidos apenas porque são mais efusivos ou expansivos mas principalmente por causa de suas autoestimas geralmente acima da média e tendendo a desconfiar pouco das intenções dos outros assim como também exagerando as próprias forças. Eles tendem a trabalhar as suas interações interpessoais com base na superfície ou aparência daqueles que passam por suas vidas.

Em compensação, os introvertidos tendem a ser bastante desconfiados e eu diria mais, quase 'autistas' em termos de timidez forçada pela confusão na leitura da mente, geralmente extrovertida, nas primeiras etapas de interação interpessoal com desconhecidos e especialmente aqueles que terão potencial para uma maior constância ou frequência de interações, isto é, de longo a indeterminado prazo. Claro que esta tendência será mais provável de se dar ao nível da micro-adaptação, porque o extrovertido médio tende a ser mais cínico e entendido em relação à subjetividade social, afinal de contas as culturas humanas, em especial a ocidental, praticamente refletem o jeitinho todo especial de ser de uma boa parte deles: frívolo, que privilegia aparência ao invés da essência, competitividade, desprezo pela sabedoria, sadismo, etc...


 Extroversão não é necessariamente sinônimo de ingenuidade nem a introversão de desconfiança, fato que será o mais provável de se dar a nível intrapessoal, isto é, o extrovertido, tomado por sua confiança exagerada sobre si mesmo, acreditando de fato saber quem é, tal como a um sábio, se porá a interagir com base em seu auto-resumo enquanto que o introvertido parece ser mais vulnerável a agir de maneira ingênua quando estiver interagindo a nível inter-pessoal, isto é, em relação aos demais, em especial, quando a maioria desses demais forem de extrovertidos. 

Interessante observar que o introvertido tende a discriminar as pessoas com base em seus valores qualitativos e que portanto tal tarefa não pode ser efetuada sem um estudo mais minucioso e personalizado de cada pessoa que interage com ele. Claro, são deduções generalistas e com certeza existe uma grande diversidade de tipos (formas) e abordagens (expressões) mas com uma tendência de similaridade subjacente ou enraizada, isto é, a origem do pensar e agir de ambos tendem a ser respectivamente homogêneas aos grupos psicológicos cabíveis mas os resultados serão diversos por causa da diversidade da mente humana em perceber e construir o seu mapa de realidade que neste caso será subjetivo ou potencialmente equivocado se existe apenas uma realidade a ser entendida e que está onisciente a todos os ambientes de existência-ação.

O introvertido demonstra maior capacidade de regulação ou controle de quem se tornará parte essencial de sua caminhada e de quem não será ao passo que o festivo extrovertido terá critérios menos ponderados e qualitativos ainda que dependendo das circunstâncias fenotípicas (a natureza do ser e do ambiente em comunhão interativa) a introversão poderá ser mais problemática do que lógica e superior a extroversão, que de fato é ao menos a partir de um viés essencial ou intrínseco (precaução é sempre melhor que assumir riscos, introversão > extroversão).

Em sua base conceitual a introversão adere a ideia primordial de qualidade que parece desprezar via dualidade os valores de quantidade. O introvertido prefere a qualidade para quase tudo enquanto que o extrovertido é quase sempre movido pela quantidade (popularidade) e isso pode nos ajudar a entender um pouco o porquê de serem muito mais propensos a serem materialistas bem como também a julgarem as pessoas com base em seus "sucessos" mundano-tecnocrático ou monetário do que por aquilo que ''são'' ou a partir deste viés de consideração analítica.


O problema dos critérios qualitativos de escolhas pessoais é que são dependentes da qualidade das informações que alimentam nossas transcendências sendo que para muitas personalidades mais complexas e que geralmente serão de introvertidos e ambivertidos nós vamos esperar vulnerabilidades que são resultados diretos desta maior complexidade de julgamentos via critérios qualitativos ou uma maior vulnerabilidade de assimetrias de operacionalidade basal ou de pensamento/para o entendimento, que geralmente resultará em algo diversamente diferente da sabedoria. Portanto, construções semanticamente ricas sobre a realidade social porém fracas em lógica parecem ser produtos relativamente comuns que muitas mentes mais complexas costumam comprar ou produzir. O fraco pelo pensamento profundo também tende a sacrificar paradoxalmente a percepção holisticamente realista de muitos introvertidos. Outra possibilidade é que o excesso de confiança intrapessoal, um mal comum aos introvertidos (confiança interpessoal, comum aos extrovertidos, estes que tendem a confundir os dois níveis enquanto que os introvertidos comuns podem ser mais propensos a exagerar as suas habilidades intrapessoais, que inevitavelmente terminam se conurbando com nossa ''memória ambiental'', aquilo que guardamos ''do ambiente, de nossas vivências'' e o que entendemos disso)


Pensamento horizontal versus vertical 



O pensamento vertical ou profundo 

Os introvertidos são mais propensos a serem de pensadores profundos e por serem mais influenciados por suas transcendências trans-verticais  estão mais vulneráveis de interpretar equivocadamente o mundo primitivo e raso (horizontal) que os engloba, de acordo com os seus modos possível ou comumente mais avançados.



O pensamento horizontal ou superficial

Os extrovertidos podem ser mais propensos ao pensamento horizontal ou holístico, produzindo as famosas generalizações de natureza social, que não estão erradas pelo menos durante o momento em que são desenvolvidas. 


Os extrovertidos tendem a ser mais socialmente perceptivos, dotados de naturezas mais mamíferas. Mas como falei ao longo deste texto uma das prováveis razões é a de que os ambientes sociais em que vivem tendem a refletir os seus tipos de mente.




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