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Nível filosófico/existencial -- racionalidade -- sabedoria
O principal debate entre lógica e razão é o quão próximo ou distante da natureza se está.
O pensamento naturalista é basicamente a adaptação do pensamento característico e absolutamente predominante no reino dos seres vivos não-humanos nas próprias sociedades humanas.
O pensamento filosófico/existencial é um avanço neste sentido, mais distante do pensar naturalista, e mais próximo de fronteiras ainda a serem desbravadas pela experimentação existencial humana.
A lógica e a ciência aparecem como peças, ideacional/teórica e ativa/prática do pensar naturalista enquanto que a razão/racionalidade e a filosofia são meios para se produzir e se possível se vivenciar o pensar filosófico.
Lógica e ciência permanecem submergidas dentro do mundo paralelo de distrações humanas, alimentado-as, para que as sociedades humanas continuem a existir, ao menos da maneira como que tem existido.
Razão/racionalidade e filosofia (a verdadeira) são fulminantes ao criticarem todas as distrações humanas que forem sendo descobertas até chegarem a um nível filosófico, que está além da natureza, que ao invés de obedecê-la cegamente, se transforma em um espelho, refletindo-a e se refletindo, em busca de respostas, de verdadeiros sentidos.
A ciência é sempre pragmaticamente prática, ou tem sido assim, enquanto que a filosofia é terminantemente idealista, ainda que a verdadeira filosofia tenda a ser idealista de modo realista, ou hiper-realista.
A filosofia usufrui do máximo possível do alcance perceptivo natural humano, enquanto que a ciência, quando não se encontra conurbada com a primeira, funcionará como uma reparadora do mundo humano.
O pensar filosófico é fulminantemente realista
O ciclo da vida para uma mente parcialmente reflexiva é o ciclo das distrações para que a vida tenha um propósito e para que as sociedades continuem a "progredir". Etapa por etapa, ciclo por ciclo, da infância à adolescência, da "vida adulta" até a velhice, para que no final se descubra que somos todos enganados para acreditar que tudo o que fizemos/fazemos fez/faz algum sentido definitivamente conhecido ou seguramente significativo.
Reconhecer não é conhecer
O sábio -- filósofo pula todas essas etapas e chega fulminante onde a maioria demora uma vida para descobrir
Os véus da ignorância vão se desfazendo para cada etapa da vida do animal humano.
E para o humano animal basta-lhe rasga-los de uma vez só ou mesmo em poucas investidas.
Como um talentoso jogador de golfe, para o sábio e o filósofo (quando não coabitam o mesmo ser) são poucas jogadas para acertar o buraco da incerteza existencial, isso quando não acerta logo na primeira tacada...
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