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terça-feira, 3 de novembro de 2015

Por que tantas pessoas cognitivamente inteligentes são tão ingênuas (ou tolas)*** Domesticação e selvageria



Racionalidade (ênfase em tudo aquilo que é lógico via reconhecimento de padrões)

Emoção (ênfase em tudo aquilo que é emocional, o padrão mental é quase sempre enfatizado para o lado emotivo, a reação é sempre ou na maioria das vezes emotiva/emocional, o instinto projetado ao invés do instinto típico ou ''egoísta'')

Instinto (ênfase ou disposição natural para a própria sobrevivência via captura ''egoísta'' de padrões ou que visam a auto-conservação pragmática/lógico-impulsiva)


''aquilo que você não conhece,  geralmente será interpretado e vivido de maneira errada''


Disposições agudas ou enfatizações comportamentais podem se dar de 4 maneiras:

- predominantemente instintivo;
- predominantemente emocional;
- predominantemente racional e
- apropriado à situação, adaptabilidade consciente ou integrado (espectro da sabedoria e da criatividade adaptativa/evolutiva)


Seres humanos mais mentalmente domesticados são mais vulneráveis à ''lavagem cerebral'' ''ou'' ''treináveis'', exatamente como acontece com os animais não-humanos que estão no mesmo estado, enquanto que os seres humanos mais instintivos serão menos propensos à ''educação/treinamento/adestramento''.

Gratificação de longo prazo é quase que o equivalente à educação que os treinadores dão aos 'seus' cachorros ou a qualquer outro animal não-humano.


Os tipos mais emocionais e racionais serão mais impressionáveis e os mais enfaticamente emotivos serão os menos propensos a pensar na própria sobrevivência, apesar de não serem de suicidas propositais. Ou, talvez o farão de maneira contraproducente ao serem naturalmente dispostos à rendição dos seus caprichos emocionais. A emoção, a meu ver, parece ser como a um instinto reduzido, porque também tende a se dar de maneira abrupta e ''involuntária', é uma resposta instintiva só que não se baseia no resguardo da própria sobrevivência. As emoções frias seriam mais íntimas do instinto puro enquanto que as emoções mais quentes seriam um pouco mais distantes. O ''instinto compartilhado'' ou resposta emotiva empática é a capacidade para desejar o resguardo vital de outros seres além de si mesmo. 

A emoção também poderia ser compreendida como ''ecos'' do instinto, reações mentais imediatas, sem pensamento reflexivo, só que não se projetará sempre com base na ação, enquanto que o instinto quase sempre se expressará pela ação, porque pensamento e ação serão simultâneos. 

Os tipos híbridos obviamente que serão os mais comuns e aqueles que forem exageradamente direcionados/dispostos para enfatizar um padrão reativo, isto é, os muito emotivos, muito racionais ou muito instintivos, é provável que poderão ser diagnosticados com algum tipo de transtorno de personalidade, como o transtorno bipolar (emotivo/emocional), autismo (racional) e a psicopatia (instintivo).

Os mais potencialmente adaptados ou mais globalmente inteligentes, os sábios e outros tipos menos nobres como os astutos, saberão se comportar corretamente em momentos apropriados, produzindo uma sincronicidade comportamental coesa, reagir de maneira integrada, emotiva, racional e instintiva.

O aumento da inteligência cognitiva ou técnica, parece estar relacionada com a domesticação, se os animais não-humanos mais domesticados, são melhores para aprender novas regras do que os animais não-humanos mais ''selvagens'', que respondem de maneira instintiva e sabemos que o instinto não é aprendido. 

Como eu já comentei algumas vezes no velho blogue Santoculto, nós podemos mensurar a inteligência dos animais domesticados quanto à disposição para o comportamento pró-social mas principalmente quanto à capacidade de aprender novos comportamentos via associação/gratificação, tal como oferecer um biscoito a um cachorro e ele deitar no chão e se fingir de morto. 

Em compensação, a inteligência dos animais não-domesticados é quase sempre mensurada com base em suas habilidades adaptativas, que dependem dos ambientes em que estão para que possam funcionar perfeitamente. Em resumo, animais domésticos tem suas habilidades cognitivas mensuradas quanto à sua docilidade enquanto que os animais não-humanos terão suas habilidades cognitivas mensuradas/observadas justamente pelo inverso da docilidade, isto é, de sua capacidade de se resguardar/defender-se e de completar o ciclo de sua vida apropriadamente e isso quer indicar, replicar/passar os genes adiante via reprodução.

O aumento da inteligência humana tem se dado através da domesticação via civilização, se já somos mais naturalmente neotênicos em comparação aos outros primatas. A domesticação reduz o tamanho do cérebro e induz a comportamentos naturalmente ''infantis'' ou imaturos, com suas respectivas vantagens e desvantagens. A neotenia completa precisa tanto da retenção da juvenilidade comportamental quanto do aumento do cérebro. No entanto, ao enfatizarmos a domesticação comportamental, nós estaremos criando futuros escravos naturais, que serão mentalmente dependentes dos tipos mais instintivos. É o equivalente a cortar as asas de um pássaro. 

Portanto, a priore, pode-se constatar parcialmente que existe uma relação entre maior inteligência, técnica ou cognitiva, principalmente, e domesticação, apesar da redução abrupta do tamanho do cérebro humano médio, em comparação às espécies mais antigas como os neandertais, porque também parece ter havido uma sofisticação morfológica no mesmo, compensando (ou não) a sua diminuição absoluta. Esta maior sofisticação é provável de se relacionar com a maior complexidade do comportamento social dentre outras vantagens.  Se os animais domesticados mais inteligentes são melhores para o adestramento/''aprendizado'' do que os outros de mesma situação, então, em média, os seres humanos mais inteligentes, dentro de um contexto evolucionário onde que a domesticação tem sido uma das características mais selecionadas ou docilidade/respeito à autoridade/hierarquia/conformismo, serão melhores para conter seus impulsos instintos visando gratificações oferecidas pelo estado assim como também de aprenderem/reterem novas informações, só que não serão totalmente/originalmente utilizadas para si mesmos, mas para atender as demandas do sistema/fazenda em que vivem. 


''Qi maior que Eistein''




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