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quarta-feira, 4 de novembro de 2015

A evolução de uma espécie é a evolução de uma matrix e as variáveis arcaico-epigenéticas que desligam o senso de realidade alternativa de gênios e sábios



Gênio dentre outras virtuosidades (predominantes) tendem se expressar fundamentalmente pela individualidade.

A evolução de uma espécie também se consiste na evolução/melhoramento de uma cultura mental cêntrica, isto é, que enfatiza natural/mecanicamente as próprias perspectivas existenciais em detrimento da realidade por si mesma ou que a envolve. Em outras palavras, todas as espécies apresentam alta inibição latente, ao se encontrarem instintivamente concentradas em seus próprios modos de vida naturais, interpretando o mundo de acordo com os seus respectivos alcances/potenciais perceptivos.

Todas as formas de vida apresentam as suas respectivas matrizes (culturas instintivas), isto é, o alcance idiossincrático e limitado de suas mentes em relação à percepção da realidade que os/nos envolve. Portanto, a evolução de uma espécie reverberará simultaneamente na evolução de uma matrix, segura, cheia de certezas retidas de seu potencial perceptivo e não em relação ao absoluto perceptivo, o grau máximo de percepção. E este processo obviamente que tende a se dar a nível coletivo. Isto é, na macro-escala, mesmo os seres humanos, todas as espécies evoluem de maneira orquestrada tal como foi visualmente exemplificado acima. 

A espécie humana é singular por causa de sua extrema capacidade evolutiva, comparativamente falando, isto é, sua inteligência. A característica que define/separa a humanidade é a autoconsciência amplificada ou potencial retardado de resposta instintiva. Entre o pensar e o agir, nós podemos refletir nossos pensamentos e modificar as nossas ações. Mas a maior parte de nossa espécie permanece subjugada pela macro-evolução ou ''evolução das massas''. Nós pertencemos às massas, as constituímos, somos a sua forma e o seu movimento. Estamos, em média, híbridos da vontade consciente e da vontade subconsciente, que não se dá por pensamento reflexivo, mas instinto. Na micro-escala de vivência, nós, enquanto indivíduos, somos a parte baixa da hierarquia fenomenológica da evolução e/ou da adaptação. Nós recebemos sub a/ou inconscientemente, todas as diretrizes evolutivas, e isso prova parcialmente que o livre arbítrio completo se consiste em uma ilusão. Estamos subjugados. Somos herdeiros involuntários, produtos, frutos. E refletimos com grande realismo nossas disposições naturais para comportamentos de massa. 

Mas nem todos os seres humanos que estarão sincronizados para com o mundo antropocêntrico, nossa matriz natural, onde que talvez muitos se não todos os comportamentos humanos poderão ser previstos com grande margem de acerto. 

O senso de ''individualidade'', causado por modificações de natureza epigenética, ainda durante a formação do feto, ou mesmo, já na concepção da vida, tem um papel fundamental para muitos dos mais poderosos fenômenos da mente humana, como a genialidade e a sabedoria. 

Novamente a metáfora literária retida do clássico ''Admirável Mundo Novo'', onde que nós podemos ver representado com clareza as diferenças entre os tipos humanos mais cognitivamente inteligentes DAQUELES que são os mais intelectualmente inteligentes, respectivamente, os tipos ''alfa e beta'', e os outliers perceptivos/existenciais.

A capacidade mental dos tipos alfa e beta, é principalmente de natureza cognitiva, isto é, que se manifesta com base no potencial para apreender/aprender tarefas que visam a sustentação das civilizações onde vivem. 

A capacidade mental dos outliers/outsiders perceptivo-existenciais, se baseia principalmente no pensamento crítico-analítico ou perceptivo, relacionando-se intimamente com a sabedoria, ou a base de todos os tipos de cognição que caracterizam a diversidade mental humana.

Outliers perceptivo/existenciais, por causa de suas naturezas epigenéticas, poderão herdar diversos defeitos biológicos, que juntamente com grande capacidade de pensamento crítico-analítico, os far]ao mais desligados do transe coletivo e orquestrado que se consiste a matrix humana, o antropocentrismo, que se diversifica nas mais diversas expressões culturais onde quer que o bicho homem estiver vivendo. 

O filtro da realidade deste tipo será praticamente inexistente, tornando-o prolífico em sua capacidade de perceber obviedades ou de espezinhar detalhes que passam despercebidos pelas pessoas comuns e que costumam ser identificados como ''insights criativos''. Eles veem a realidade, de fato, enquanto que boa parte das pessoas, inclusive os tipos alfa e beta, os mais cognitivamente inteligentes, tenderão a verem versões personalizadas (e que estarão de acordo com a sua classe ou subgrupo bio-cognitivo) da realidade. 

O senso de realidade alternativa que produz  todos os tipos de comportamento de massa, ou comportamento induzido por similaridades bio-cognitivas, se encontrará desligado em mentes mais errantes em toda a sua composição orgânica, justamente por causa destas mutações a mais que os fazem transcender a regra e ser capaz de vê-la sob uma perspectiva privilegiada. A relação entre gênio, dentre outros virtuosidades e transtornos mentais é significativa, especialmente quando estivermos lidando com a genialidade existencial-perceptiva, porque é um peso, uma responsabilidade muito grande perceber, entender muito mais do que os outros. Além disso, a dúvida existencial essencial/fundamental, que aterroriza a todos nós, seres cientes dela, se fará ainda mais realista para mentes mais intelectualmente prodigiosas, tendo como lugar/produto comum a melancolia


Os virtuosos são realistas, individuais (e não necessariamente individualistas), honestos e/ou sinceros


... e boa parte de seus insights serão derivados da realidade que podem ver tão bem. Em outras palavras, a maior transgressão evolutiva humana não é a de se trancar dentro de uma bolha bio-cultural cêntrica, mas justamente a de estourar qualquer ''realidade alternativa'' e primar pela observação e vivência in loco de toda a fenomenologia que nos envolve e que nos submete aos seus caprichos.
Todos nós temos padrões mentais ou de pensamento e ação que serão constantes. Tal como eu já falei superficialmente em textos anteriores, as reações poderão ser predominantemente instintivas, emocionais ''ou'' racionais (geralmente, seremos em sua maioria de híbridos reativos, mas tenderemos a ter respostas habitualmente unilaterais/enfatizadas para um dos 3 tipos).

Sinceridade e honestidade não são exatamente a mesma coisa, porque enquanto que a sinceridade se manifesta sem a necessidade de uma abordagem empática, a honestidade se fará irredutivelmente por meio do pensar sobre o outro, o instinto compartilhado/refletido (ou instinto do resguardo vital de si mesmo e do próximo) e sofisticado.
No entanto, o sincero será mais propenso a entender a realidade do que o honesto, ou aquele que tem uma disposição/naturalidade/dom comportamental para este tipo de reação. O sábio dentre outros virtuosos tenderão a ser os dois.
A ''simples'' percepção da realidade pode te fazer mais criativo e sábio, percebam que o ''simples'' ato de primar pela verdade impessoal porém equilibrada/harmônica, se consiste em um dos diferenciais que insulam o espectro das virtuosidades e das excepcionalidades humanas da paisagem coletiva/comum, orquestrada, previsível, binária e adaptativamente psicótica, por desprezar a realidade/verdade. 





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