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sábado, 28 de novembro de 2015

O pensamento racional (destituído do pensamento sábio ou completo) e a paralisia em relação à dinâmica da dominação e submissão social




Por que ''algumas'' pessoas 'muito'' inteligentes podem ser tão ingênuas** 

Um exemplo pessoal


Reciprocidade empático-racional mecânica


''eles vão parar de conversar alto e de brincar''

......

Eu não vou revelar muito sobre meu cotidiano, é claro, mas irei pincelar de leve um pouco do que vivo para que possa usar este exemplo de vivência pessoal neste texto. Em minha casa, são dadas aulas particulares e um grupo de colegas adolescentes, dia sim, dia não, tem ido para a cozinha, bem ao lado da sala de estar, para estudarem para as provas finais do colégio ou então para o vestibular. 

Estes adolescentes, tal como bons exemplares de sua espécie, são faladores quase compulsivos e muitas vezes ultrapassam o BOM SENSO ou ATITUDE RACIONAL em relação ao volume da conversa.

Pessoas mais racionais ou que estão sendo menos influenciadas pelos hormônios principalmente nesta fase complicada da vida, aprenderiam ao longo do tempo a reduzir o volume da voz, nesta ou em outra situação similar que exigisse esta tomada de atitude

É problemático para os mais racionais (que necessariamente não quer indicar sabedoria ou a sua expressão completa) ter de repetir a mesma coisa, várias vezes, até que os outros (da situação) possam acatar os seus conselhos ou pedidos.

Pois bem, agora o exemplo de vivência pessoal. Me sinto mal em ter de pedir educadamente (ou não), todos os dias, para que o grupelho de adolescentes que vem estudar na cozinha de minha casa converse baixinho, por duas razões, primeiro, a timidez (e medo que falem mal de mim pelas costas), segundo, a obviedade racional (isto é, parar de agir errado ou estupidamente) e terceiro a expectativa para reciprocidade empático-racional mecânica

É recíproco ou espera-se que seja porque se idealiza que, racionalmente falando, o outro entenda que não há melhor solução além da que tiver sido (gentilmente) proposta.

É empático porque se consiste em uma abordagem retida em confiança e busca pela harmonização do ambiente de interação social. 

E é mecânico porque vem de maneira natural e para a maioria daqueles que forem mais racionais, neste sentido, também será natural acreditar que... uma hora ou outra...o outro caia em si e retribua coerentemente ao pedido ou atitude, isto é, que a recíproca seja verdadeira.

Analogia com a situação atual da Europa deste início de ''século XXI''.

Estamos vendo milhares de pessoas na Europa gentilmente se organizando para ''receber'' os ''refugiados'' dos conflitos (propositalmente criados) no Oriente Médio porque:

- é o racional a se fazer, ''se somos todos iguais'', ''a cultura é o que mais influencia no comportamento'', ''eles não tem pra onde ir, nosso país é rico e pode oferecer um local para que possam se -restabelecer-'', '' a ''Europa'' é em boa parte, culpada pelos conflitos'', ''outros países já receberam milhares de ''refugiados'' '',

- é o empático a se fazer porque ''eu poderia estar no lugar deles'', ''eles são pobres e vulneráveis'', ''somos todos iguais, humanos e irmãos'' (amem irmão! ;) )...

Então depois de muito pedir com gentileza para que parassem de conversar em voz alta, eu praticamente desisti de continuar a tomar esta atitude com a relativa constância/consistência de antes. Mas ainda continuo acreditando que eles irão em um belo dia se conter por conta própria. Esta ''falsa esperança'' de que mais cedo ou mais tarde ''as pessoas cairão em si'' e modificarão seus comportamentos inapropriados é compartilhada com grande inconsciência por muitas outras pessoas, que não são sábias. 

Eles querem que os ''refugiados'' venham para a Europa e que retribuam esta 'gentileza'' ou melhor, ''obrigatoriedade moral'. Só que a maioria dos ''refugiados'' não vão ser empática-racionalmente recíprocos. 

O pensamento puramente racional não será completo como o pensamento sábio, principalmente porque neutralizará a dedução (lógico) instintiva, essencial para farejar psicopatas.

Os europeus que forem mais orientados por suas emoções, agirão ''semi-instintivamente'', compartilhando o seu ego, ou empatia primária e esperando a reciprocidade, não importa de que magnitude e em que momento. Mesmo a mais desapegada das ações ainda será feita na espera ou expectativa por uma reciprocidade mais coerente. Os europeus que forem mais racionalmente orientados, por sua vez, agirão exatamente como eu, na situação pessoal relatada, isto é, farão aquilo que gostariam que fizessem por eles além das racionalizações unilaterais e superficiais exemplificadas acima.




O pensamento racional será paralisante dentro de um contexto em que emoção e instinto também forem muito importantes. É completamente racional ser generoso/bondoso, mas desprezando a natureza humana, também será suicida e futuramente ruim porque ao se desprezar o mal, lhe será conivente e colaborador a longo prazo.






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