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sexta-feira, 11 de julho de 2025

De novo, sobre a complexidade do humor

 Que eu já comentei em outros textos...


Léo Lins, humorista de stand up, foi preso por crime de pensamento. Foi preso por ofender grupos politicamente "protegidos'. Se tivesse ofendido apenas brancos, ricos, atletas e loiras, nenhuma abelha orwelliana da colmeia totalitária da "esquerda" teria se importado. Pelo contrário. É até provável que passariam a apoiá-lo como um novo "aliado" ou "camarada". Mas como ele não é mais um Duvivier vendido e domesticado por esses democratas anti-democráticos, passou a representar uma ameaça real ao poder cada vez mais invasivo desta colmeia.

Então, você poderia pensar que eu lido bem com humoristas como o Léo Lins, certo?? Mesmo eu fazendo parte de grupos que fazem parte do repertório típico de um humorista com o perfil do Léo, certo?? 

Mas não é bem isso que acontece, já que justamente por estar sempre na mira do deboche pago de tipos como ele, que eu nunca consegui, e acho que nunca conseguirei, naturalizar que uma pessoa possa trabalhar de ofender outras pessoas, ainda mais quando se tratam de ofensas dirigidas aos meus grupos de aderência mais natural, que me afetam a nível pessoal quando as escuto. Eu já problematizei o humor em textos anteriores. Já disse que tem que haver um certo controle; que o humorista deveria fazer humor autodepreciativo como maneira de parar de ofender outros, especialmente grupos "socialmente marginais"; que humoristas apresentam um viés para ofender certos grupos que outros, que o humor nunca se limita apenas à piada, ou que as pessoas o usam como incentivo ou inspiração para praticar abusos psicológicos, etc... No entanto, eu mudei de ideia, parcialmente. Não mudei de ideia quanto à aceitação da inevitável complexidade do humor em relação aos contextos social, cultural e moral, com os quais está sempre interagindo, de estar sempre debatendo criticamente sobre isso. Não mudei que, idealmente, deveria ou deve haver algum controle, e esse debate proposto seria uma maneira de controlar os seus limites. E que humoristas poderiam tentar o humor autodepreciativo ou priorizá-lo mais. Mas, desprezando o uso da violência física não-consentida (também incluindo qualquer tipo de chantagem envolvida) ou representação artística de humor que saia de todos os limites* minimamente aceitáveis, eu acredito agora que deve haver uma liberdade de criação mais irrestrita que restrita para o humorista, mesmo que faça suas piadas com grupos aos quais mais me identifico ou apresente um viés de preferência para o seu escracho. Mesmo que faça piadas ofensivas... A minha mudança relativa de opinião se deve por causa da percepção da conjuntura política atual, no Brasil e no mundo, em que existe uma crescente censura do politicamente correto da "esquerda" identitário-burguesa. Também porque nunca defendi que uma pessoa deva ser presa por dizer algo que me desagrada, pelo menos na instância do humor. Posso ter defendido que certos pensamentos e crenças não devam ser tratados como fatos ou referências científicas (o apelo ao bom senso), como, aliás, sempre tem acontecido. Mas nunca defendi por uma censura absoluta, especialmente para opositores ideológicos ou políticos...

* Dois casos que já comentei em que o humor saiu de todos os limites minimamente aceitáveis: de uma cena no filme Debi e Lóide (1994), em que fazem piada com um menino cego que tem um passarinho morto de estimação (sem saber que está morto justamente por causa de sua deficiência visual). E a "Casa dos Autistas", infame esquete do Comédia MTV, em que todos os autistas são retratados como "deficientes intelectuais", fazendo referência ao reality show do SBT, Casa dos Artistas...

quinta-feira, 4 de abril de 2024

O que a "esquerda" (para burguês lacrar) chama de "justiça"

 (Um "déjà vu" sempre necessário) 


Qualquer agressão física ou verbal a uma mulher, cometida por um homem, é misoginia ou tentativa de feminicídio

Qualquer agressão física ou verbal a uma pessoa negra, cometida por uma pessoa branca, é racismo 

Qualquer agressão física ou verbal a uma pessoa "LGBT", cometida por um heterossexual, é homofobia ou transfobia 

Qualquer agressão física ou verbal a um judeu e cometida por um gentio é antissemitismo

Qualquer agressão física ou verbal a um muçulmano e, especialmente, se cometida por um cristão ou por um gentio ocidental é islamofobia

Qualquer crítica ou comentário mais negativo, mesmo se ponderado ou baseado em evidências, dirigido a um desses grupos, é "discurso de ódio"

Qualquer denúncia vinda de indivíduos de um desses grupos, sem evidências do ocorrido ou baseada apenas na acusação, pode ser considerada como evidência de "crime' 

...

Querem transformá-los em grupos intocáveis, em vítimas compulsórias, e outros grupos em bodes expiatórios: heterossexuais, cristãos, homens, brancos...

Querem generalizar ou simplificar contextos de conflitos desprezando  seus níveis variados de complexidade. E, por acaso, tudo isso é realmente justo?? 

quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024

Uma mentira "do bem" contada mil vezes

 "Africanos escravizados foram os que construíram países como Brasil e EUA"


Um tipo de "falácia anti racista" ... que se baseia em racismo positivo (uma espécie de supremacia 'do bem': "apenas o grupo racial x que construiu este ou aquele país")

Mas mesmo se cada pedaço desses países tivesse apresentado significativa contribuição de mão de obra escrava, ainda não há construção sem projeto e a grande maioria foi pensada ou projetada e fiscalizada por homens brancos... 

Sim, a escravidão é um sistema objetivamente imoral, no sentido de irracional: desnecessário, excessivo, cruel. Mas isso não significa que a contribuição da mão de obra escrava em qualquer sociedade que já a adotou seja uniformemente absoluta, justamente pela necessidade de que existam arquitetos, engenheiros, artistas, projetistas... a maioria de não-escravizados.

Claro que pedreiros são sempre importantes, na construção de casas, prédios, no asfaltamento de ruas... A intenção desse texto não é de negar a contribuição desses grupos, inclusive os de contextos históricos problemáticos, mas de não negar a contribuição tão igualmente necessária da mão de obra especializada. 

sexta-feira, 23 de junho de 2023

Um exemplo visceral do porque que a "mídia" não é sua amiguinha...

 Um exemplo vindo dos EUA, mas serve para a maioria dos países ocidentais que, atualmente, sob o julgo do "politicamente correto" de "esquerda": 




''Daniel Friedman no Twitter: "Um bando de adolescentes estuprou e assassinou uma mulher aleatória em um parque público no meio do dia em Milwaukee. Um deles gravou um vídeo do ataque e postou no Facebook. O motivo pelo qual você não ouviu sobre isso é porque os agressores são negros e a vítima era asiática." 

"Kamare Lewis foi condenado a 26 anos depois de aceitar um acordo judicial que o salvou de enfrentar uma sentença de prisão perpétua por homicídio doloso. Ele terá direito à liberdade condicional antes dos 30 anos."

"A cobertura da mídia deste caso é extraordinária. Não há cobertura do incidente fora da mídia local de Milwaukee. Apenas algumas notícias incluem fotos de Kamare Lewis, e não há fotos de Kevin Spencer, que tinha 15 anos na época em que estuprou essa mulher até a morte."

"Se dois adolescentes brancos estuprassem e assassinassem uma mulher aleatória em plena luz do dia em um ataque com motivação racial em um parque público e postassem o vídeo da filmagem nas redes sociais, seria a maior história da América em meses.

Ouvíamos comentários intermináveis sobre o perigo que as mulheres de cor enfrentam sob a branquitude, o privilégio que os jovens brancos sentem de explorar os corpos de pessoas de cor e todo tipo de preocupação sobre o que há de errado com os homens brancos na América."

"Compare e contraste a cobertura da mídia de Kamare Lewis com a cobertura de Brock Turner, ou a cobertura do time Duke Lacrosse (eventualmente exonerado) ou a cobertura de Nicholas Sandmann (acusado de nada além de "sorrir").

Enquanto isso, o crime de Kamare Lewis é ignorado pela mídia nacional, e a maioria da mídia local evita assiduamente mencionar ou reconhecer sua raça. Pelo que vale, se a vítima fosse branca, também acho que teria havido mais cobertura, pelo menos entre a mídia de direita.''





Esse também é uma demonstração didática de como ou por que a extrema direita tem sido tão bem sucedida na política, especialmente a partir da década de 2010 ...

sexta-feira, 16 de setembro de 2022

Dois fatos menos conhecidos sobre o politicamente correto

 1. Não é apenas de esquerda


Politicamente correto é qualquer cartilha ideológica que está sendo imposta por um ou mais grupos a partir de meios de comunicação ou governo. E a direita conservadora tem imposto o seu politicamente correto desde há muitos séculos. Só agora que o de esquerda começou a se tornar tão ou mais importante. 

2. Não é sempre problematicamente doutrinário ou autoritário 

Especialmente se busca coibir opiniões maléficas ou falaciosas que incitam à prática de crueldade ou injustiças.

Politicamente correto não tem que ser necessariamente sinônimo de doutrinação com base em mentiras.

terça-feira, 31 de outubro de 2017

Biologicamente, politicamente e intelectualmente corretos

Naturalismo--realismo/amoralidade adaptativa-lógica: biologicamente correto/ lógica natural

Moralidade subjetiva/surrealismo/senso comum: politicamente correto [para a direita ou para a esquerda] / lógica cultural

Moralidade objetiva/hiper-realismo--filosofia/bom senso: intelectualmente corretosabedoria.

quinta-feira, 7 de setembro de 2017

Mais um delírio grátis: subconscientemente as mulheres aplicam...

... a si próprias, a sua estratégia reprodutiva de repreender o homem para que "nunca discrimine uma 'irmã'". Enquanto isso elas discriminam abertamente os homens que denominam como geneticamente inferiores ou inadequados. E isso parece se consistir em um reflexo evolutivo ou preconceito cognitivo

Aliás, percebam que de fato os preconceitos cognitivos SÃO  reflexos evolutivos ou produtos [operacionalidade estereotípica subconsciente] dos processos seletivos. 

Neste caso, eu não sei, mas já li que as mulheres tem sido, em média, muito mais selecionadas do que os homens, enquanto que o filtro seletivo masculino tem sido muito maior. Em outras palavras, elas tem casado e procriado mais, a nível individual, do que eles

A incidência de homens solteiros que nunca procriam tem sido maior do que a de mulheres solteiras que nunca procriam.

Logo, ''talvez'', essa tendência da mentalidade feminina, de proteger as ''suas irmãs', porém de não ter a mesma doçura em relação aos homens, possa ter algum vínculo, de se consistir em um produto evolutivo dessas tendências seletivas, ou também associado às tendências femininas mais receptivamente empáticas... ''menos em relação aos homens, em média''.

Empowered fat women#

Versus

Homens gordos precisam enmagrecer #

Ou

Homens gordos são feios e indesejáveis#

Ou pode ser apenas a mente feminina média domesticada pelo (((politicamente correto))) para desfavorecer o homem sempre que aparecer uma oportunidade.

segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Os "anti racistas' negam aos negro"s" [e a qualquer outro grupo] o seu próprio autoconhecimento ao menos em termos coletivos

... nega o seu potencial de emancipação.

Imagine que você é um cantor de fama local. Então em uma não tão bela noite você desafina feio porque decidiu interpretar algumas músicas do Ney Matogrosso, que exige o uso de falsete. Só que aí alguns dos seus amigos mais próximos, com pena de você, decidem enganá-lo, o elogiando. Apesar das críticas, você se convence que apenas os seus amigos que realmente apreciam o seu talento e continua, teimosa e inocentemente, a desafinar para a plateia. Os seus amigos mais próximos, por compaixão, decidiram mentir pra você. 

Mas em realidade eles teriam sido mais eficientes e conclusivamente corretos se não tivessem mentido sobre a sua tentativa fracassada de cantar em falsete. 

Agora aplique esse cenário ao mundo (((politicamente correto))) de atualmente. É o direito de "negro's'", "gays", não importa o grupo, saber o máximo possível sobre si próprios [em relação a essas identidades supra-enfatizadas], ao menos ou principiando por uma perspectiva coletiva, e negar-lhes esse direito, mesmo se fosse originalmente bem intencionado, se consiste em um verdadeiro crime moral, pois sem a consciência dos próprios defeitos ou vulnerabilidades, não há como evoluir.

quarta-feira, 5 de julho de 2017

Realmente não é lavagem cerebral mas treinamento

Eu conheço uma pessoa e acho que ela pode servir como exemplo generalizado do que vou falar agora, sobre a moralidade subjetiva do politicamente correto, doutrinação ou melhor, treinamento, isso mesmo que você ouviu. 

Pois bem, essa pessoa claramente demonstra sinais de sentimentos "homofóbicos' e "racistas'. No entanto ela foi auto-treinada ou se auto-doutrinou a vigiar os próprios pensamentos. Por exemplo, algum tempo atrás ela fez aquele sinal na pele para se referir aos "alunos problemáticos", quando ainda lecionava. Ela ainda luta para conter os seus sentimentos "homofóbicos' mas porque o treinamento ou o mini trauma via mídia (assistir no jornal nacional que "racismo' é crime ou que certa pessoa foi presa ou indiciada por "racismo') em relação à "homofobia' tem sido bem mais fraco do que em relação ao "racismo' então ela tem apenas seguido as suas instruções subconscientes. Existem também outros fatores que ajudam a explicar o porquê deste paradoxo. Por exemplo o fato de que a maioria dos negros são heterossexuais e normies como ela tende a criar laços de similaridades diga-se superficiais. Possibilidade que é mais difícil de se dar em relação aos homossexuais e neste caso em específico, mas creio eu, que é generalizável. 

Ela viu que o "racismo' é "crime", assiste na tv, nas novelas e em outros programas a mesma repetição, diga-se, trabalho de psicopatas de alto nível (de excremento), e a partir daí o seu cérebro faz aquela associação básica que também acontece com os cachorros, quando são treinados a obedecer certos comandos, a tal da gratificação por associação [aliás, nos auto-treinamos a todo momento]. O sistema de recompensa não é acionado apenas quando tem uma recompensa literal mas também quando não há punição. 

Essa pessoa foi psicologicamente treinada tal como um cachorro simpático. Isso não é lavagem cerebral que se caracterizaria literal e semanticamente por uma transformação significativa do comportamento e por outras pessoas. No entanto pode-se denominar o treinamento psicológico por gratificação como lavagem cerebral pontual, localizada ou parcial.

domingo, 11 de junho de 2017

O lado bom do preconceito

Surpreendente autoconhecimento forçado 

Hoje em dia a palavra preconceito foi alçada ao posto de mais novo pecado capital graças ao (((politicamente correto))). No entanto eu já comentei que o termo pré conceito pode ser efetuado tanto para o pré conhecimento/julgamento negativo quanto para o positivo. Isto é, que nós podemos pré julgar alguém tanto de maneira positiva, elogiando-o ou criticando-o, sem de fato, conhece-lo. 

Se tornou claro pra mim que também temos os nossos auto preconceitos [cognitivos], isto é, também tendemos a nos pré julgar, geralmente de maneira mais positiva do que negativa, e tendo como resultado em "racionalizações" de qualidade racional variada e portanto com maior aleatoriedade de erros e acertos nesses auto julgamentos. Geralmente exacerbamos as nossas qualidades em relação aos nossos defeitos. Logo tenderemos a bloquear ou no mínimo, a acharmos suspeito, a maioria das críticas oriundas de outras pessoas. Se todos nós fôssemos comportamentalmente e intelectualmente perfeccionistas de fato estaríamos mais certos com esta tomada comum de (auto) conduta [auto pré conceito predominantemente positivo] do que equivocados. O problema é que a maioria não é perfeccionista no comportamento interpessoal nem no intelectual e claro porque já começam errando consigo mesmos isto é em relação aos seus comportamentos intrapessoais, a serem auto-negligentes. Já se sabe que é mais fácil julgar o outro e mesmo de maneira minimamente correta do que a si mesmo. Mais fácil apontar o dedo julgador para o outro do que pra si mesmo. Então quando é o outro que o faz em relação a nós, talvez devêssemos prestar maior atenção ao invés de ligar o piloto emocional automático e sair disparando indignação porque quem está vendo sob uma perspectiva neutra mas ao mesmo tempo conhecedora/mais próxima, tem um ângulo melhor de visualização e também porque não está tomado pelo instinto direcionado para um certo conjunto enfatizado/teimoso de ações ideacionais e literais. 

Sim, se não fazemos/fizermos o dever de casa quanto ao autoconhecimento seremos surpreendidos com maior frequência com pré julgamentos e mesmo com julgamentos mais acurados sobre nós, realizados por outras pessoas, e sabemos o quão desagradável tende a ser este tipo de situação, quase sempre humilhante. Ainda que desagradável este é um lado "surpreendentemente' bom do ''preconceito'', especialmente aquele que, de fato, for o mais factualmente correto.


Outro fator interessante é que o preconceito muitas vezes consistirá ''apenas'' em uma abordagem empática mal-comunicada ou cruamente comunicada, por exemplo, quando o pai percebe que o filho pode estar indo para um caminho que considera polemicamente qualitativo e tenta persuadi-lo ou comunicar-lhe a sua desaprovação. Em outras palavras, quando o zelo pelo outro, pensando em sua melhoria, se dá de maneira abrupta. Este parece ter sido o caso de Schoppenhauer em seu famoso texto sobre as mulheres. Não é que ele as odiava, pura e simplesmente, mas que, ao observá-las sob uma lente mais honesta, sincera e focada em seus defeitos, buscou com isso condená-los, e não necessariamente ''a'' mulher em si mesma. 

Quem ama, ou quem se preocupa, muitas vezes, demonstrará o seu zelo de maneira crua e poderá ser identificada como ''ódio'' ou ''inveja'' ou ''mal agouro'', e na verdade é apenas uma maneira de se preocupar por aquele que sente ou sentiu afeição empática. O sentimento foi nobre, mas a ação foi ignóbil. 

quinta-feira, 11 de maio de 2017

O mundo atual; uma mistura de Orwell, Huxley, Andersen e Swift


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1984: Elite, classe profissional adestrada, proles, ''politicamente correto'', ''the Goldstein'' [ o eterno inimigo externo = o inimigo interno ], militarismo;

Admirável mundo novo: engenharia genética, classe profissional adestrada, diferenciação sócio-cultural [genética] significativa, 'liberdade sexual'';

A nova roupa do imperador: ideologias/religiões/culturas. Negando obviedades em prol do ''senso comum'', ''aparência social'' e conformidade [politicamente correto];

As viagens de Gulliver: [muitos] ''cientistas' malucos e tecnicamente atomizados entre si, gastando o dinheiro do contribuinte em teorias estúpidas, enquanto pessoas comuns estão a morrer de fome ou em situação social precária.

quinta-feira, 2 de março de 2017

Politicamente incorreto nutela e o de raiz

Apropriando de uma besteira brazuca típica de foicebuque...


O politicamente incorreto nutela confunde 


Respeito com repressão de pensamento 

Sinceridade com verdade 

Bullying com liberdade de expressão

Prefere xingar negros, judeus e homossexuais do que tentar entendê-los (bicho papão da extrema direita nazi fascistas)

O politicamente incorreto de raiz separa


 tentativa de destruir a liberdade de expressão de respeito

Não confunde


 Sinceridade com verdade 

Nem liberdade de expressão com bullying pois sabe que pra ser livre é necessário também ser responsável

Prefere entender negros, judeus e homossexuais mesmo em relação aos seus defeitos correlativos e mais característicos do que de xinga-los pensando que isso se consista no exercimento do direito à liberdade de expressão.

domingo, 25 de dezembro de 2016

Chaves e a sociedade conservadora

Desde que eu me tornei mais moralmente consternado que passei a rever com maior criticismo as minhas atitudes mesmo as que pareciam ser as mais inocentes. Por exemplo, tratar de maneira natural  ou acrítica o humor politicamente incorreto de dois dos meus seriados favoritos: Chaves e Chapolim. Eu fico desgostoso por usar este termo "politicamente correto/incorreto" pois passa a ideia de se consistir em um selo de qualidade no trato alheio enquanto que na verdade foi criado e tem sido usado para promover a capitulação pacífica e posterior extinção das populações ocidentais, nomeadamente os brancos caucasianos, via chantagens emocionais, isto é, as suas verdadeiras razões. Ainda que exista claramente uma boa lógica naquilo que o politicamente correto diz defender, esta lógica [moral] está sendo usada de maneira errada e com segundas intenções, moralmente falidas. Sem falar que o próprio termo em si já  é enganoso por ter uma palavra derivada de política. Podemos então pensar em um termo mais correto: comportamentalmente correto

Chaves e Chapolim foram feitos em uma época e em um país fortemente conservadores, então é pouco provável que não tivessem encarnado as características desta paisagem até mesmo para que pudessem ser aceitos pelo público. 

De acordo com que a minha consciência moral foi evoluindo eu fui percebendo o quão ofensivo Chaves e Chapolim poderiam ser. Os dois seriados mais parecem com filiais de ofensas e preconceitos metralhados pra vários ... mas não para todos os cantos. A minha queixa de sempre sobre o humor é que existem grupos que são naturais alvos de zombaria, tal como costuma acontecer nas escolas, enquanto que outros grupos tendem a ser não apenas "esquecidos" de passarem pela berlinda mas sequer tratados como passíveis de humilhação grátis


Por exemplo homossexuais versus heterossexuais. Por que diabos apenas os homossexuais ou não-heterossexuais que seriam passíveis de zombaria por parte dos humoristas e os heterossexuais não??? Será que é impossível fazer piada de heterossexuais?? Eu duvido. Acho que é possível sim. No entanto é extremamente raro ver algum humorista zombando dos defeitos que são muitos deste grupo. Logo o humor é claramente tendencioso e  direcionado para uma visão de mundo mais conservadora, só que mais voltada para o naturalismo, isto é, com base em pressupostos evolucionários, em que "desordens' humanas de todas as espécies são alvos preferencias de zombaria. 

Em Chaves e Chapolim a perspectiva conservadora é dominante tal como tem sido desde a muito tempo e só recentemente que começou a ser desastrosamente desafiada, e pra quê. A bondade metafísica cristã/conservadora ou simplesmente hipocrisia está bem representada no seriado, por exemplo, quando a personagem Dona Florinda, elitista e moralmente idiota, sempre cometendo injustiças contra o seu Madruga, se torna boazinha mas apenas nos feriados religiosos, convidando o Chaves pra comer em suas ceias de Natal e/ou tratando o seu algoz preferido de maneira decente, enfim.... 

As piadas sobre sexualidade e mais especificamente sobre não-heterossexualidade são lugar comum, bem típico entre conservadores que gostam de zombar daqueles que não se adaptam ao seu jogo telequete de cartas marcadas, de sincronia com a sua lógica naturalista e geralmente binária. Nos anos 70 e em um país como o México, ser homossexual ou era pecado ou era crime. É divertido fazer piada sobre homossexuais mas será que eles ligam?? Será que você ligaria se fizessem piada com você ou de maneira indireta e com grande frequência?? E se fosse praticamente um hábito cultural, você se importaria??


É apenas uma piada...

Em Chaves e Chapolim os animais não-humanos também não são bem tratados. É o Quico que mata o passarinho com estilingue, claro, que antes ele ''vivia' preso na gaiola. É o Chaves que atropela e mata o gato/animal do Quico. É o Chaves que come peixes de aquário ainda vivos. É a dona Florinda que odeia animais não-humanos. São as constantes comparações pejorativas com animais entre as personagens, como se o ser humano fosse uma criatura separada do reino animal. Tudo bem conservador

O mundo conservador [mas não apenas ele] também é um mundo de status, que valoriza os bens materiais e a posição social apesar de supostamente ser mais religioso, mais metafisicamente bonzinho. E este apego materialista conservador encontra-se presente em ambos os seriados, claro que com boas doses de crítica social, ainda que não consigam dissipar a atmosfera tipicamente conservadora que predomina em Chaves e Chapolim, e talvez esta fosse necessária até mesmo para que houvesse crítica, ''criticar o que''.

A hipocrisia moral conservadora encontra-se presente por exemplo pelo fato de Chaves, o garoto pobre e que está sempre com fome, viver ali e ninguém quase nunca o ajudá-lo, e em vários episódios fantásticos podemos ver com clareza esta bipolaridade que por um lado clama pelo senso de comunidade e por outro lado enfatiza no individualismo da família nuclear/"tradicional". Dona Florinda e seu herdeiro representam a elite conservadora (ainda que a maioria das elites pelo que parece tendam a agir de maneiras similares, isto é, de serem mais conservadoras), elitista, generalista em relação aos mais pobres, materialista e claro, moralmente idiota.


 Não há uma única personagem que represente ou o outro lado da força ou outro grupo dissidente. A ênfase na educação, um velho hábito conservador que tem sido bastante esquerdizado, também está presente por meio da personagem do professor Girafales e sua autoridade intelectual. Invenção de apelidos maldosos mesmo em relação à personagens "legais" , que não fazem mal pra ninguém, como a bruxa do... Senhorita Clotilde do 71, enfim, problemas na interação interpessoal, que são uma realidade generalizada entre os seres humanos, que em sua maioria são de conservadores, serão elementarmente encontrados em sociedades ou comunidades conservadoras como no caso da vila de Chaves e sua turma. Dona Clotilde não gosta de ser chamada de bruxa. Então, as crianças da vila deveriam parar de fazê-lo, correto* Mas deste jeito, não ''haveria graça''. Mais e mais notamos o quão sádico o humor pode ser, em sua essência. Eu acho o humor essencial e eu sou muito bem humorado, mas acho que deve se tornar recreativo e separado da sociedade, em seu cotidiano de interações reais, tal como o esporte está pra guerra. 

Hábitos pouco empáticos ou cuidadosos como fumar na frente dos outros, uma clara representação do comportamento tido como aceito, dos anos 70, pré "politicamente correto", também podem ser facilmente percebidos nos seriados. Parece que poucos seres humanos neste mundo tem o hábito da curiosidade lógica, de associar causas com efeitos e se questionarem quanto às suas validações factuais

O completo desprezo pelos animais domesticados que são criados como fonte de alimento também é ressoante nos dois seriados. 

Chaves e Chapolim marcaram eu não diria apenas a infância mas a vida de muita gente, inclusive a minha. Sou fã dos seriados e não me canso de vê-los sempre quando eu posso. As críticas que fiz sobre eles não mudarão minha estima incomensurável e gratidão que tenho por eles. Apesar de não cair no velho papo do "contexto histórico", de que em outras épocas certas atitudes universalmente reprováveis eram "aceitas" ou "tidas como comuns", eu entendo que no final Chaves e Chapolim não poderiam representar realidades perfeitas que por agora seriam irrealistas em relação à realidade humana que é complexamente imperfeita e contraproducente pra própria narrativa central de desordem social dos dois seriados mas especialmente do Chaves, novamente, sem esta desordem ainda haveria humor* Ainda haveria com o que criticar*


Chaves, especialmente, representa quase que perfeitamente o perfil comum das sociedades conservadoras, com todos os seus defeitos e qualidades ali presentes, e claro, pendendo mais para os defeitos. 

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Defeituoso ou deficiente? Demolindo a ideia popular que "(todos os) eufemismos escondem e distorcem a realidade"

A única explicação para o porquê de algumas ou muitas pessoas serem contrárias à polidez em conversações e uso de termos qualitativamente polêmicos é o caráter ou uma propensão ao sadismo/falta de empatia.

Um dia desses eu li em uma rede social a notícia de um candidato à cargo político prometendo doar o seu primeiro salário caso fosse eleito à "crianças defeituosas". A pessoa que postou a notícia não parece ter ficado no mínimo desgostosa com o termo usado e pelo que parece foi assim mesmo que ele, o candidato a cargo público, se referiu à essas crianças. 

Eu já debati o uso do termo ''especial'' para crianças com deficiência e concordei que apesar de fugir parcialmente da realidade por razões nobres e/ou filosóficas eu não vi qualquer outra razão mais significativa para evitar o seu uso porque o que importa é a associação entre a palavra ou símbolo e o seu significado. Se a maioria das pessoas compreenderem o uso deste termo ao associa-lo à "crianças"(adolescentes, adultos e idosos) com deficiência então não haverá a necessidade de se evita-lo porque a verdade factual da deficiência continuará em evidência, afinal não é tudo aquilo que é especial que será benignamente especial. Além de manter o significado o termo ainda resolve outro problema ao evitar termos estigmatizantes ou mesmo puramente grosseiros. 

Então eu me perguntei onde é que devem existir crianças perfeitas, bem porque elas  não parecem ser muito comuns não é? 


Imperfeição também é outro termo, muito próximo de defeito, que não é recomendado neste caso, e pelas mesmas razões. 

Deficiente é neutro, mais factual, tem praticamente a mesma intenção semântica que defeito, isto é, a ideia ou significado, e no entanto não é grosseiro, não soa grosseiro e não será interpretado grosseiramente  de maneira quase universal. Deficiente é um eufemismo perfeito pra esta situação ainda que também recomende o uso do termo especial. Talvez os dois possam ser usados ao mesmo tempo criando uma composição mais vencedora. A ideia de deficiente passa a ideia factualmente correta que o indivíduo portador de deficiência não pediu pra nascer ou ficar assim, tirando-lhe desnecessária e equivocada culpa por sua situação. A ideia de defeituoso por outro lado parece mais endógena, quase que colando à identidade fundamental do ser em questão, como se fosse indissociável de sua particularidade, isto é, de sua deficiência, e claro, tendo como esperado resultado em auto-culpabilização. 

Por que especial??

Ninguém pede pra nascer sem um braço ou com deficiência intelectual (na verdade a própria ideia de deficiência intelectual tem muito mais nuances em seu espectro qualificativo porque afinal de contas pessoas intelectualmente perfeitas são bastante raras... Seriam elas sábias??). O melhor que podemos fazer é o uso deste termo até porque a deficiência tende a moldar o comportamento das pessoas fazendo-as mais solidárias, empáticas e prestativas. Seria até interessante analisar se isso de fato tende a acontecer com grande frequência. Pra mim não faz mal nenhum em me acostumar com este termo contextualizado nesses casos. 

Novamente como conclusão, aquilo que já havia comentado antes. O que mais importa é o uso perfeccionista das palavras e seus significados nos mais diversos contextos e se houver a possibilidade de evitar o uso de termos chulos tanto melhor. Você não precisa ofender ninguém pra dizer verdades. Esta associação entre verdade e sentimentos ruins ou de apreensão precisa ser revisada e se possível modificada para que se possa tolerar as verdades ou factualidades de maneira menos histérica e mais correta.

Bicha ou homossexual?

Portanto voltando a conclusão do inicio  para fechar este texto. Quem deliberadamente usa termos pejorativos para se referir àqueles que julga como inferiores a si é provável de ser mais sádico. E mais, eu mesmo me vejo caindo na tentação de esfolar verbalmente os meus desafetos. Isso significa que também tenho que começar por mim mesmo a melhorar minhas abordagens.

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Da não-série: ''experts garantem que não existe inteligência emocional'' ''Eu tenho um 'irmão' whigger''



Resultado de imagem para dollynho meme

Fonte: memecrunch.com

Fala como ''nigger''
age parecido como um ''nigger'',
leia-se, extremamente desagradável,
é orgulhoso, super-autoconfiante, como um ''nigger'',
age como um eterno adolescente espinhento, mal educado, verbalmente agressivo e emocionalmente descontrolado...

só que é ''branco'' (bem, na verdade é um Decagonoroon, que pensa que é ''ariano'', nem na raça, muito menos no caráter).

Inteligência emocional não existe!!!

Bem, na minha casa de fato, e para alguns ''elementos'', isto non ecsiste!

(* o proto-nigger/wigger brazuca também é conhecido como ''dollyinho'' em redes sociais, que ou aquele que apresenta déficits em empatia, educação/bons modos, dentre outros atributos importantes. Os ''dollyinhos'' tendem a ser pró-capitalistas [ duas patas=ruim quatro patas=bom, socialismo=ruim capitalismo=bom], qualquer coisa-''fóbicos'', enfim, o perfil ''Stanley Kowalski'', em 'comportamento truculento', masculinamente infantil ... inútil).

Só porque a classe-zumbi do politicamente correto é composto por uma maioria de idiotas não significa que, portanto, tudo aquilo que está relacionado com o PC está errado, e eu já expliquei isso neste texto, e portanto deve (continuar a) ser  vandalizado.

Ah, muitos ''dolyinhos'' são ''programadores de computador'' e/ou ''gamers'', do tipo bizarramente tupiniquim que pincelei de maneira breve neste outro texto.



segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Eufemismos semanticamente precisos

Dizer a verdade é o mesmo que ser grosseiro??

Não.

A função da compreensão factual é entender sobre algo e não de ofender. A ofensa se consiste em uma intrusão emocionalmente equivocada e no final das contas tende a ter pouco efeito no mundo real.

O clássico caso dos brancos (broncos) nacionalistas que tem passado duas a três décadas falando mal porém de modo factualmente correto, a nível superficial, sobre os seus algozes, imaginários e reais, e no entanto a inércia tem prevalecido desde então. Tal como um divã em que cidadãos comuns da raça branca se prostram a confessar as suas frustrações e medos racionalmente coesos (e outros nem tanto) em sites e blogues direcionados a este público que parecem funcionar exatamente desta maneira e sem encontrar qualquer solução para os seus problemas. 

Falar mal ou "a verdade" não tem adiantado muito para os broncos nacionalistas. E então, o que fazer?

É justamente aquilo que falta, fazer.

Em tempos de mordaça politicamente correta tem-se demonizado os eufemismos como se fossem os reais culpados desta situação.

Categorizações não são apenas positivas mas também qualitativamente negativas. Por exemplo o caso dos seres que nascem com algum tipo de retardamento ou déficit em amadurecimento em alguma particularidade. Antes chamava-se um cadeirante ou portador de deficiência locomotora de "aleijado". Um termo abusivo, excessivo e moralmente estúpido. Aleijado é uma ofensa e não uma simples descrição categórica. É um excesso absolutamente inútil. 

No entanto alguns eufemismos podem ser  mais polêmicos por exemplo o termo "especial" especialmente para pessoas com deficiência mental. Ainda que no final pode-se aprender a associar o termo às condições deficitárias, pra muitos, também ocorre um abuso próximo a uma espécie de humor negro ou deboche porque apesar de todas as boas intenções uma deficiência mental, motora ou biológica continuará sendo uma deficiência. No entanto podemos recorrer à minha ideia quanto a amoralidade das palavras abstratas e portanto "especial" pode facilmente ser percebido neste contexto de uma maneira particularmente qualitativa e não como usualmente fazemos em outros contextos.

O fato é que eufemismos versus dizer a verdade é uma falsa dicotomia e portanto são perfeitamente cambiáveis. Não são como uma dicotomia ''água e óleo'', em que um não pode ocupar o mesmo espaço que o outro.

Para dizer a verdade "limpa" de considerações afetivas e portanto puramente cognitiva é necessário ser grosseiro ou mesmo insolente??

É habitué desde a muito comparar a população negra com primatas. Primeiramente todos nós somos primatas, isto é, um tipo de primata, ou ainda melhor, de animais. Segundo que de fato existem populações humanas que passaram por menos processos seletivos e continuaram olhando como os primeiros seres humanos. O negro subsaariano é metaforicamente falando como um barro enquanto que o branco europeu é como uma jarra. O barro é a matéria prima. A jarra é o produto modificado do barro. Ou outra metáfora, o negro é como a laranja. O branco é como o suco de laranja. Um foi menos modificado que o outro. Essas observações não deveriam ser encaradas de modo histérico pois não há nada de ofensivo olhar mais como um primata se assim somos todos e no final continuamos a continuaremos a ser seres vivos, enquanto continuidades biologicamente recombinantes e divergentes.


Não é ofensa parecer com um animal porque somos animais, primordialmente falando... 

Portanto existem dois fatores nesta situação 

Eufemismos não buscam mascarar a realidade necessariamente mas quando são usados sabiamente podem ser muito mais precisos do que qualquer ofensa disfarçada de "apenas dizer a verdade".


Ser sincero não significa necessariamente de ser factualmente correto. 

O bom uso do eufemismo obviamente visa criar a melhor composição de descrição factual sem a necessidade de excessos tanto para o lado afetivo ou empático que comumente resulta na mentira quanto para o lado cognitivo que usa a desculpa da descrição lógica para ofender de maneira gratuita, contraproducente e excessiva.

quarta-feira, 30 de março de 2016

Desmascarando as dificuldades de aprendizagem.... sim, de aprendizagem, mas para que*** E a desconexão da psicologia com o mundo real

A psicologia ama você.... trabalhador!! 


According to Orenstein (2016), “Students with learning disabilities typically have average or above average intelligence, but they have difficulty processing and retrieving information, which is why they don’t do well on tests in school.” 





Pessoas com real dificuldade de ''aprendizagem'' ... para o que realmente importa, leia-se, para o mundo real, o aqui e o agora.


Primeiros vamos separar o mundo matrix-laboral e o mundo real




Calminha Tayzinha!!! ;)

(((( muito estranho este ''experimento'' feito pela micro)))) 


A psicologia deveria estar analisando a relação HONESTA ou REAL entre o homem e a realidade que consegue perceber ou construir e estipulando as melhores maneiras com que esta dinâmica constante e de longo prazo pode se dar. Só que não, porque existe um filtro ideológico esquizofrênico (habitué) que distorce esta dinâmica muito básica e fundamental para a psicologia.

É verdade que existem transtornos de personalidade e condições sindrômicas ou pré-mórbidas, mas isso não significa que todo aquele que não estiver ''plenamente'' adaptado ou ''estabilizado'' (conformado) também será um ''doente mental''. O problema é que a ''psicologia'' deixa a entender que é justamente assim que acontece, isto é, se não é um bom trabalhador, feliz, conformado e ponderadamente consumista, então só pode ter algum tipo de problema mental ou desvio diversamente sutil de conduta ''apropriada'.

Algum tempo atrás eu escrevi um texto em que falava justamente sobre a ''inexistência oficial'' do oposto dos transtornos da mente, que por sua vez deseja indicar de mal ajustamento contextual (isto é, específico a certo ambiente) até a um mal funcionamento mais orgânico/intrínseco, isto é, que não é apenas uma resposta fenotípica, psico-somática que foi retida de uma combinação infeliz porém previsível de circunstâncias ambientais e bio-lógicas. Se existem desvios bio-lógicos de comportamento então por que é que não podemos pensar em relação ao seu oposto** E no que se consistiria** 

A psicologia mainstream despreza o fenômeno das religiões, ideologias e principalmente da ideologia dominante em prol de ''patologias'' politicamente incorretas que estão na ordem do dia.

A psicologia é contra o ''racismo'' ou a ''homofobia'', mas trata a religião ou a ideologia não apenas como ''tolerável'', porque muitas vezes serão tratadas como modelos ideais de ''normalidade''. A psicologia serve ao sistema ao invés de servir a si mesma, é um dos braços do polvo hegemônico que nos abraça em sua opressão filósofo-cida.

Se quer encontrar evidências quanto ao desfavor que a psicologia moderna presta à sociedade apenas visite sites como o da revista americana mais famosa no assunto, a ''Psychological Today''. Nós vamos encontrar uma relação mais do que indigesta entre psicologia e política e que não será em um sentido positivo, porque se poderia produzir uma complementaridade de caráter harmonioso, o que com certeza não é o que acontece.

O pequeno trecho em inglês logo no início do texto e especialmente a parte que foi grifada é reveladora por causa de sua simples e ao mesmo tempo profunda intencionalidade. A principal razão para patologizarmos as pessoas e no caso mais específico, a tdah, vagamente falando, é justamente porque elas não estão conseguindo acompanhar o andamento ''normal'' de ''aprendizado'' nas escolas. Em outras palavras, se não se encaixa ''perfeitamente'' ao modelo insosso e mentiroso do ''sistema educacional'' então deve tomar remédios para ser ''normalizado''. Estúpido e vil. 

A escola não é um parâmetro universal nem de comportamento nem de ''aprendizado'. A vida com certeza é. O que fazemos no mundo real é muito mais relevante para a inteligência, de uma maneira conceitualmente geral e portanto correta, do que apenas em relação à capacidade de apreender técnicas que são exclusivas para o mundo do trabalho.

Eu não duvidaria se muitos destes (eternos) estudantes acima não fossem de algum departamento obscuramente científico da psicologia, isto é, dentro das fronteiras desta (candidata) à ciência séria, nós vamos encontrar um monte de pessoas que ao invés de estarem sendo diagnosticadas com algum desvio de conduta intelectual que vai contra os verdadeiros ideais de comportamento racional, a priore, a verdadeira normalidade da espécie, na verdade eles estão sendo usados como peões ideológicos para continuar a manipular a cabeça das pessoas sobre essas pseudo-filosofias estúpidas, distrações que são usadas para manter as massas calmas, confusas, atomizadas e controláveis.

Os próprios psicólogos e psiquiatras, isto é, muitos deles, parecem ser uns dos que estão realmente com dificuldades de aprendizagem, de maneira que não caberia a eles o papel de definir quem é mais ou menos são.

No mundo real, isto é, no mundo em que vivemos, onde abstrações e literalidades não estão promiscuamente mescladas, é onde a perspicácia de um observador sábio será mais bem sucedida em sua constância perceptiva para entender o mundo e especialmente o mundo dos seres humanos, de uma maneira holisticamente inter-relacionada, isto é, notando os seus mecanismos de funcionamento, causas e efeitos primordiais, mas também sendo capaz de olhar mais de perto ou de maneira específica para que possa produzir retratos mais perfeccionistas porém simples dos eventos que seguem imparáveis em nossas vidas.

Eu não estou negando a existência da tdah, nem da necessidade de se entendê-la e de se produzir o melhor tratamento de ajuste ou adaptação aos portadores desta condição sindrômica ou mutante, mas na precisão de julgamento/justiça/sabedoria, que é o que mais falta às ''ciências mentais''.

Dificuldades de ''aprendizagem''... para a escola, mas e para a vida**

O exemplo histriônico da ''assistente virtual'' da Microsoft é interessante pois revelou a este mundo insanamente hipócrita um pouco da ''sabedoria de Stanley Kowalski'', bruta, extremamente tendenciosa porém realista e muito necessária.

Não concordo que ''Hitler estava (totalmente) certo...'' pelo que fez e como fez, especialmente a partir de sua tomada de poder na Alemanha, nos anos 30, e as consequências que ecoam até hoje e com possíveis desdobramentos igualmente desastrosos na/para a Europa e quiçá, para o mundo inteiro, mas por dentro dessas frases curtas e grossas, reside muito mais realismo e potencial de harmonia do que entre os demagogos politicamente corretos, experts na repetição estafante de mantras vagos sobre certezas absolutas dotadas de extrema superficialidade.