Antes, as novelas brasileiras quase não tinham personagens LGBTs. Os que existiam, quase sempre faziam parte dos núcleos de humor. Pois era assim que muitos brasileiros conseguiam aceitar LGBTs na mídia, apenas se fossem para lhes causarem risadas, diga-se, especialmente se fossem suas próprias sexualidades a fonte principal para as piadas.
Minha lista de blogs
sexta-feira, 7 de março de 2025
Lacração é ruim. Mas as novelas antigas do Manoel Carlos...
sexta-feira, 26 de julho de 2024
Mais um exemplo de pseudo jornalismo e como seria se fosse um verdadeiro jornalismo/Another example of pseudo journalism and what it would be like if it were true journalism
"Mulheres negras são vítimas desproporcionais de estupro no Brasil"
segunda-feira, 10 de junho de 2024
O afrocentrismo é ainda mais insano que a supremacia branca/Afrocentrism is even more insane than white supremacy
Afirmação de supremacia racial ABSOLUTA de qualquer grupo é sempre insana. Um tipo de afirmação extraordinária sem evidências extraordinárias. Mas algumas são bem mais insanas que outras. Por exemplo, a "midiaticamente famosa" supremacia branca, uma ideologia em que povos de raça branca europeia são colocados em um pedestal de supremacia absoluta em relação à outras populações, está muito aquém de uma análise ponderada dos fatos, justamente por exagerar os feitos do "homem branco", desprezando ou racionalizando os "feitos negativos" (numerosos, profundos e de impacto global), e por também fazer pouco caso sobre os feitos históricos de povos de outras etnias ou raças. No entanto, a supremacia branca não se baseia em nada, se, de fato, os europeus e seus descendentes espalhados pelo mundo também têm sido historicamente responsáveis por grandes realizações em todas as áreas: artes, ciências, filosofia... E ainda mais específica e literalmente, sua classe de criativos geniais (ainda que, para manter uma sociedade complexa, exige-se uma classe obediente e eficiente de trabalhadores). Já o afrocentrismo, uma versão subsaariana e negra de supremacia racial, se baseia basicamente na apropriação desses e de outros feitos e, francamente falando, também em um exagero sobre os próprios feitos ou realizações civilizacionais, diga-se, muito mais tímidos do que se comparados com os de outros grupos raciais ou étnicos, como os indianos e os asiáticos do extremo oriente... No entanto, até temos visto a adoção de narrativas afrocentristas pela "mídia", por exemplo, pelo pseudo documentário "Cleópatra", da Netflix, que retrata a famosa rainha do Egito, grega nascida em terras egípcias, como uma mulher negra...
Afrocentrism is even more insane than white supremacy
Claims of ABSOLUTE racial supremacy by any group are always insane. A kind of extraordinary claim without extraordinary evidence. But some are much crazier than others. For example, the "media-famous" white supremacy, an ideology in which people of the white European race are placed on a pedestal of absolute supremacy in relation to other populations, falls far short of a considered analysis of the facts, precisely because it exaggerates the achievements of the "white man", disregarding or rationalizing the "negative ones" (numerous, profound and with global impact), and for also making light of the historical achievements of people of other ethnicities or races. However, white supremacy is not based on anything, if, in fact, Europeans and their descendants spread across the world have also historically been responsible for great achievements in all areas: arts, sciences, philosophy... And even more specific and literally, its class of creative geniuses (although to maintain a complex society requires an obedient and efficient class of workers). Afrocentrism, a sub-Saharan and black version of racial supremacy, is basically based on the appropriation of these and other achievements and, frankly speaking, also on an exaggeration of one's own civilizational achievements, let's say, much more timid than if compared to those of other racial or ethnic groups, such as Indians and Far Eastern Asians... However, we have even seen the adoption of Afrocentric narratives by the "media", for example, by the pseudo documentary "Cleopatra", on Netflix , which portrays the famous queen of Egypt, a Greek born in Egyptian lands, as a black woman...
terça-feira, 14 de maio de 2024
Quanto vale um jornalista, atualmente??/How much is a journalist worth these days?
Ou talvez desde sempre...
quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024
Uma mentira "do bem" contada mil vezes
"Africanos escravizados foram os que construíram países como Brasil e EUA"
segunda-feira, 8 de janeiro de 2024
Mais uma lista de provocações necessárias
1. Outra contradição [absoluta] de "esquerda"
sábado, 21 de janeiro de 2023
Qual é uma das falácias mais praticadas por grupos político-ideológicos??
É a falácia da evidência suprimida ou incompleta (cherry picking).
quarta-feira, 2 de novembro de 2022
Crônicas do Telebosta 2000: "o PT inventou a corrupção no Brasil"
"Foi o único responsável pelo aumento da violência e da degeneração moral no nosso armado país!! Porque antes o Brasil era maravilhoso, bem conservador, tradicional...
sexta-feira, 1 de janeiro de 2021
Ainda sobre o(s) problema(s) do ativismo antirracista...
...bem como de outros ativismos
Será que a maioria dos ativistas antirracistas realmente sabe como ajudar a resolver os problemas crônicos das comunidades periféricas [ou populações ''negras'] ??
Mulheres negras e pardas são desproporcionalmente atingidas pela violência doméstica, que não é resultado do ''racismo estrutural'' ou do ''privilégio branco'', mas de falta de caráter ou de controle emocional dos seus parceiros, parentes... enfim, de homens, em sua maioria, negros e pardos, que as agridem e/ou matam.
Homens negros e pardos são desproporcionalmente vitimados pela violência e que também não pode ser absolutamente creditado ao "racismo estrutural" ou ao "privilégio branco" porque a maioria dos seus algozes são outros homens, negros e pardos...
Rivalidades acirradas entre gangues, crimes de honra e/ou, de maneira geral, maior incidência de masculinidade tóxica, são os fatores mais importantes que explicam os altos índices de violência observados neste segmento demográfico.
Portanto, o problema, essencialmente falando, não é a raça, tal como pensam os racistas, ou o fato de serem homens, tal como pensam as feministas radicais, ou o fato de serem pobres, tal como pensam muitos ativistas de esquerda...
No entanto, tem sido o modus operandi de ativistas antirracistas culpar apenas as circunstâncias socioeconômicas desfavoráveis, causadas pelo capitalismo, mas principalmente o racismo, porque acreditam na narrativa de que "negros estão sofrendo um verdadeiro genocídio orquestrado pela polícia ou pelo Estado"e argumentar diferente disso se transformou numa espécie de "heresia politicamente incorreta" com direito a ser precipitadamente julgado como uma pessoa insensível e cruel.
É lógico que viver na pobreza, relativa ou extrema, aumenta o risco de que mais jovens acabem caindo no mundo do crime. Ainda assim, o que percebemos é que a maioria dos jovens pobres, de todas as raças, busca sobreviver com dignidade a essas condições que têm sido praticamente impostas pelas "elites" econômica e política (especialmente as "conservadoras"). Portanto, outros fatores, além da pobreza ou da desigualdade, devem ser levados em consideração, e o psico-cognitivo parece ser um dos mais importantes justamente por apresentar um padrão constante, que independe das circunstâncias ou da classe social...
Com esse e outros textos que já produzi e que não são condescendentes aos equívocos cometidos e constantemente retroalimentados por frentes progressistas, eu tenho como única intenção tentar ajudá-las em suas autocríticas pois é justamente esta incapacidade que tem sido uma das principais responsáveis pelo avanço da ultradireita no cenário político atual. Porque não adianta culparem apenas algoritmos e fake news pela perda de credibilidade das esquerdas perante ampla parcela da população, em vários países ocidentais, quando, conscientes ou não disso, agem com base no raciocínio de que os fins justificam os meios, se os meios usados distorcem fatos, perpetuam injustiças e aumentam ao invés de diminuírem os problemas existentes...
Mas, então, como (começar a) solucioná-los???
Porque a maioria dos progressistas acredita que a índole não é o fator mais importante para explicar as nossas condutas morais, logo, propõem como medida de longo prazo para solucionar o problema da violência, por uma educação de qualidade, se acreditam que a correlação entre menor escolaridade e propensão ao cometimento de crimes de colarinho azul, é uma causalidade. Também propõem pelo fim das desigualdades sociais porque acreditam ou usam o argumento de que a pobreza causa essa propensão.
Sim, eu concordo totalmente com o fim das desigualdades, especialmente das extremas, por serem injustas, mas, como fazê-lo??
Pois mesmo se houvesse uma repentina e planejada melhoria na qualidade de vida dos moradores de comunidades carentes, por exemplo, substituindo suas moradias, geralmente precárias, por casas seguras e bonitas, asfaltando as ruas, promovendo o saneamento básico e equipando suas escolas com o que tem de melhor, que são medidas louváveis, desejáveis e necessárias, ainda é muito provável que não eliminariam essa tendência para o comportamento agressivo ou para a masculinidade tóxica de muitos homens "pretos e periféricos" porque o "elefante branco nesta sala" continuaria a ser a índole.
As abordagens possivelmente mais eficientes para diminuir, podendo até reduzir de maneira significativa, a criminalidade nessas comunidades e elevar a qualidade de vida de suas populações, associadas à essa promoção de melhorias estruturais citadas, seriam condenadas como práticas de "eugenia", vagamente falando, pela maioria dos progressistas porque, a priori, como medida branda, seconsistiriam no massivo incentivo ao planejamento familiar, especialmente das famílias mais pobres e, como medida muito mais contundente, no rastreamento de linhagens polimórficas de onde nascem a maioria desses indivíduos, não apenas de homens negros de classe social "baixa" (basal), que desde cedo ou que, ao longo da vida, vai demonstrando fraqueza de caráter: incapacidade de empatia e racionalidade, de se colocar no lugar do outro, de aprender a conter impulsos e a pensar nas consequências das próprias ações... e posteriores isolamento social ou internação em instituições especificamente designadas (idealmente pensadas e constituídas), esterilização... e no caso dos tipos mais complicados, como não existe nenhum remédio que, definitivamente, controle impulsos predatórios, até mesmo a castração química poderia ser viável. Tudo para evitar que cometam atos cruéis livremente mas também que não sejamos forçados a "praticá-los" com eles como último recurso de defesa ou contenção. No entanto, a adoção dessas medidas sem também propor mudanças mais profundas nas estruturas socioeconômicas responsáveis pelas desigualdades extremas, mais se parecerá como uma higienização das classes trabalhadoras pelas "elites" e lembrando que todas as classes sociais deveriam passar pelos mesmos processos, especialmente no caso de medida mais contundente de combate à criminalidade... de todos os tipos (??).
O incentivo massificado ao planejamento familiar claro que, associado à melhoria das condições sociais, seria, a priori, a medida mais adequada, já que combateria de frente o problema malthusiano das famílias mais pobres, em que o número de bocas para alimentar de um núcleo familiar típico excede ao seu poder de compra, por exemplo, em relação à cesta básica. Desprezando que famílias muito pobres já apresentam, em média, características [predominantemente intrínsecas] que as desfavorecem perante a competição imposta ou típica de sociedades capitalistas, como uma menor capacidade cognitiva.
Só que, para a grande maioria dos progressistas, as minhas palavras soarão como às de mais um fascistinha de merda que odeia pobre e preto, de um racista//nazista que, na verdade, só quer diminuir essa população, de um eugenista esnobe e "punitivista". Talvez esnobe eu também seja se somos um pouco de tudo, inclusive de adjetivos não muito virtuosos. Mas, se quisermos realmente pensar na resolução de boa parte dos problemas que afligem essa e, em menor ou maior grau, todas as populações humanas, temos que pensar seriamente e isso inclui propor medidas bem menos brandas ou abstratas que eles tendem a preferir. Ah, sobre redução populacional, mediante o estrago da nossa pegada no meio ambiente, eu sou totalmente favorável pela diminuição da população humana, de maneira geral, bem como de todas as nossas ações que alimentam esse ciclo de destruição e desequilíbrio...
Tem uma hipótese evolutiva que eu acho muito lógica para explicar o problema da correlação positiva entre comportamentos explicitamente violentos, ser homem e pertencer à classe social "baixa", não apenas um problema comum às populações negras... que é a de que ambientes sociais precários podem aumentar a pressão seletiva por homens com tipos de personalidade mais combativas e, portanto, potencialmente agressivas ou tóxicas, ao invés de selecionar pelos mais pacíficos, principalmente se não tiver nenhum mecanismo de contenção da fertilidade desses mais agressivos. Uma maior proporção de homens jovens, competitivos, individualistas, territorialistas e tóxicos ocupando o mesmo território = mais violência. É verdade que, por causa da complexa natureza humana, tendemos ao polimorfismo e, portanto, nem todo filho de peixe, peixinho será. Ainda assim isso não significa que os nossos padrões de hereditariedade e transmissão biológica inter-geracional serão completamente aleatórios se podemos reparar tendências lógicas, por exemplo, de que filhos de pais "mais inteligentes'' tendem a puxá-los neste aspecto, que não se limita ao mesmo e que não é reflexo absoluto da criação dada por eles. Eu já comentei em outro texto, distante, que as esquerdas têm demonizado o termo eugenia como se só pudesse ter serventia para o mau uso ou de ser sinônimo de nazismo. No entanto, da mesma maneira que conseguimos ter algum controle sobre o meio natural também precisamos ter sobre o antrópico. O grande desafio seria de construir meios de controle eficientes, justos e humanitários, que não têm sido a regra. Uma demonstração de que não temos controle adequado ou ideal sobre a qualidade do meio antrópico é justamente pelo predomínio de tipos sociopáticos no topo da pirâmide social resultando na normalização de injustiças, corrupção e alienação. Se é verdade que traços psicológicos e cognitivos não são apenas produtos do meio, que não nascemos como "folhas em branco", que podemos prever ou perceber padrões de comportamento anti social desde a tenra infância assim como também um espectro de diversidade de tendências, então, pode ser possível nos anteciparmos para que corruptos não mais abundem na política e desvirtuem a sociedade de um caminho constante de melhorias estruturais ou que tipos violentos prosperem em domínio territorial, fertilidade diferencial, currículo de crimes contra inocentes e desarmonia social em áreas urbanas.
Mas, volto a dizer com a absoluta certeza de que a maioria dos progressistas condenaria o conteúdo deste texto e o seu autor, o que me faz concluir que um dos maiores entraves para o sucesso político e cultural das esquerdas no mundo ocidental está nelas mesmas pois têm demonstrado uma incapacidade praticamente natural de aceitarem que cometem equívocos graves, que não são apenas erros estratégicos, por exemplo, de conseguirem admitir que "aqueles fascistas" e também as ditas "massas" não estão errados sobre absolutamente tudo, tal como pensam, inclusive ou especialmente sobre alguns dos pontos que polemizam mais..
Para não cometer nenhuma injustiça, destaco aqui, no final do texto, os pontos defendidos por ativistas antirracistas que estão ou que considero como os mais certos e algumas ressalvas. Rapidamente... de que o racismo realmente precisa ser combatido, de que as pessoas devem ser julgadas por suas características intrínsecas e não superficiais. Mas que também precisa ser plenamente compreendido pois não basta dizer que qualquer ofensa verbal é racismo, no mesmo nível de gravidade de ações que excluem ou vitimam injustamente indivíduos por causa de suas raças. Ou que não existe racismo contra brancos bem como diferenças legítimas entre preferência e preconceito, que precisamos desenvolver esses tópicos com mais profundidade e justiça pois é assim que começaremos a, de fato, dialogar, conciliar e conceder não apenas com outros progressistas mas também com o máximo de pessoas que conseguirmos alcançar, enfim, com a pluralidade ideológica que geralmente caracterizam as populações humanas.
De que as autoridades precisam começar a resolver o problema da superlotação e/ou falta de organização de penitenciárias, com muitos casos não-julgados incluindo de inocentes e de tipos que cometeram crimes "menores', e que só estão mantidos em cárcere por serem pobres, especialmente.
Truculência policial generalizada no lido com moradores de comunidades carentes; proliferação de milícias corruptas...
Como conclusão e dica para quem lê os meus textos sobre política e concorda com os meus apontamentos, de que precisamos ser muito mais diretos com as massas progressistas (e o mesmo para as conservadoras) questionando-as sobre o que de fato querem, se querem derrotar as direitas, especialmente a ultradireita, que tem avançado muito ou perigosamente nas últimas décadas, não só "por derrotar" mas tendo total consciência do que significa sua perpetuação no poder, ou se estão mais preocupadas em alimentar os seus egos famintos e gulosos... e com a elevada chance de ainda não conseguirmos extrair da maioria deles repostas satisfatoriamente honestas..
quinta-feira, 3 de dezembro de 2020
Por que as elites neoliberais ADORAM as pautas identitárias??
A partir do momento em que as pautas identitárias largamente substituíram as pautas trabalhistas na luta por justiça social, a luta de classes deu lugar à de identidades. Em outras palavras, o importante debate sobre as desigualdades sociais a partir de uma perspectiva de classe, passou a ser eclipsado por uma frágil coalizão de frentes alienadas entre si, a feminista, a Lgbt, a antirracista, a ambientalista.. então, invés de irem agregando mais lutas e mantendo em destaque a principal delas, os progressistas têm trocado umas por outras. Ao invés de uma narrativa unificada, coerente e forte, várias pequenas narrativas autocentradas que lutam sozinhas e que, com frequência, se excedem, normalizando equívocos e contradições.
Como consequência, a culpa pela desigualdade social, bem como de outras mazelas, saiu das costas das "elites" política e econômica, especialmente das "conservadoras", e foi parar principalmente nas costas dos "brancos", que foram transformados nos "maiores vilões da história da humanidade".
Mas, quais brancos??
Segundo muitos ativistas antirracistas, todos!! Porque todos os brancos supostamente se beneficiariam de um privilégio branco... se desprezam o fato de que, apesar de injustiças históricas massivas (escravidão) e isoladas (discriminação racial legítima), privilégios de raça estão intrinsecamente associados à classe social, do contrário, brancos pobres e de classe média não seriam explorados por "suas elites".
E para piorar mais um pouco, as pautas identitárias também passaram a ser cooptadas pelas elites neoliberais, porque têm sido úteis no fomento de desunião, animosidade e alienação entre as pessoas comuns, ao invés de uni-las em prol da justiça social.
É aquele rico que diz que a culpa da desigualdade é do branco e não do rico. E ainda posa de ''bonzinho'' na frente das câmeras.
Com a ausência de uma perspectiva dominante de classe, pautas identitárias, como o antirracismo, passam a focar em excesso em suas próprias áreas, resultando em abordagens e medidas que geralmente culpam os sujeitos errados, visando combater injustiças, mas substituindo-as por outras.
Por exemplo, de se separar até 30% de vagas de emprego público para negros e pardos, deixando brancos, sem privilégio branco, em clara desvantagem, com perdão do trocadilho.
O verdadeiro problema não é um suposto complô que favoreceria massivamente brancos sobre negros e pardos no mercado de trabalho, especialmente para os cargos públicos, se os seus processos seletivos se baseiam na aplicação de provas de admissão, que são meios predominantemente justos, porque não discriminam por raça, gênero ou orientação sexual.
O verdadeiro problema é sempre ideológico, sendo que a raça tem sido usada como um de seus maiores símbolos. Porque o que está subjacente é o autoritarismo/ o abuso de poder, a opressão, a exploração, enfim, a perpetuação desta "mentalidade de cadeias alimentares" que, apesar do desproporcional protagonismo histórico de europeus e descendentes nessa "modalidade", não tem preferência identitária. O problema não é uma pessoa ser branca mas usar a sua raça como símbolo estético de opressão prática. Por isso que a melhor maneira de combater as desigualdades raciais é combatendo as sociais, até para não cairmos na falácia da "proporção perfeita", de que a maioria se não todas as profissões/ocupações precisam apresentar uma composição étnica ou de gênero proporcional ao peso demográfico de cada população, desprezando diferenças de proclividades potencialmente mais intrínsecas entre os diferentes grupos humanos.
Aqui, enumero alguns dos problemas que considero como os maiores responsáveis pela precarização do padrão e da qualidade de vida das classes média e trabalhadora, especialmente no Brasil (claro, provocados por essas ideologias "conservadoras"):
- a quantidade insuficiente de vagas para uma demanda maior que, junto com a progressiva mecanização de diversos setores, inevitavelmente resulta no aumento do desemprego;
- a valoração extremamente desigual dos salários,
- a carga tributária injusta que pesa mais sobre quem tem menos,
- o aumento do custo de vida;
- a instabilidade do emprego,
- a normalização do abuso nas relações entre patrão e empregado
e a ineficiência programada, associada ao enxugamento do Estado na assistência à população, em prol da expansão do setor privado, sempre visando o bem ($$) de todos, é claro...
As desigualdades raciais e de gênero apenas seguem essa mesma tendência.
Portanto, o problema não é que, supostamente "brancos" estão ocupando lugares que deveriam ser de negros e pardos, graças a um "racismo estrutural' intacto, resultando nas desigualdades salariais, por exemplo. Mas que faltam vagas de emprego para todos ou ao menos para um número potencialmente maior de candidatos. O mesmo para as universidades. Que as diferenças salariais entre classes sociais sejam tão grandes. Que a carga tributária penalize mais "remediados" e "pobres". Que o custo de vida tenha aumentado tanto por causa da explosão criativa no setor empresarial e consequente crescimento do preço dos produtos, diga-se, uma explosão sem controle. Que a oferta de empregos seja menor que a procura...
E também é interessante observar que, diferente da percepção popular sobre o tamanho do Estado brasileiro, na realidade ele é muito menor se comparado com alguns dos países que apresentam os melhores indicadores sociais, tal como os nórdicos.
Um Estado menor emprega menos e fiscaliza menos. O problema do Estado não é o tamanho mas a ineficiência provocada por tipos corruptos que dominam a sua hierarquia de funcionários. Bastaria acabar com a mamata especialmente no topo e colocar gente de caráter e inteligência que o Estado deixaria de ser sinônimo absoluto de ineficácia e corrupção.Eu já comentei que o Estado é o equivalente ao esqueleto do corpo humano, por ser a estrutura que mantém o organismo social.
As causas para as desigualdades raciais são muito parecidas com as das desigualdades sociais; são multifatoriais e não serão resolvidas com maior representatividade de "minorias' nos centros de poder ou cotas em empregos públicos, se o que mais importa é a capacidade específica, a vontade e a idoneidade do sujeito para o cargo que almeja ocupar e não raça, gênero ou orientação sexual. Rever os métodos usados para a disputa de vagas também deveria estar em debate, como eu já comentei, de se buscar por critérios mais objetivos como no caso do processo seletivo para exercer a profissão de advogado... se a capacidade de memorização de leis é realmente o critério mais importante para quem pretende julgar e aplicar a justiça (de preferência, com justiça) ou se também não seria melhor que fossem avaliados os níveis de racionalidade e caráter dos candidatos...
É perfeitamente válido e necessário combater o racismo, a lgbtfobia, a misoginia, o especismo dentre tantas outras mazelas, mas com leituras ou análises precisas para construirmos abordagens realmente eficientes que não busquem substituir uma injustiça por outra ou que apenas atenuem os sintomas se esquecendo da doença. É evidente que não existe uma real dicotomia entre pautas identitárias e trabalhistas se são complementares. Mas, a partir da hegemonia das pautas identitárias e consequentes excessos, tem-se fabricada uma dicotomia artificial entre elas e resultando na rejeição de uma importante parcela da população quanto às esquerdas, abrindo caminho, tanto para a contínua e perversa hegemonia da "centro-direita" no poder quanto para o avanço da ultradireita nos espaços políticos, que só têm se fortalecido graças aos erros das esquerdas e sua capacidade subdesenvolvida de autocrítica.
quinta-feira, 29 de outubro de 2020
Não é a raça, é a masculinidade tóxica...
O tamanho do meu nariz não causa a minha timidez. A cor da minha pele não é responsável por minha irritabilidade...
O racismo é cientificamente inválido, porque os racistas estão sempre tentando estabelecer relações de causalidade entre traços físicos e mentais. No entanto, ainda existem correlações diversamente robustas entre essas variáveis e isso mostra que eles não estão errados em tudo, tal como a grande maioria dos progressistas (liberais ou marxistas) pensa.
Por exemplo, tem-se percebido uma desproporção de homens negros em atividades, explícita e/ou oficialmente criminosas, em comparação à homens brancos e "amarelos" (leste asiáticos). São dados estatísticos, compilados anualmente e que não são encontrados apenas no Brasil ou nos EUA. Aliás, vale dizer que, só pelo fato de existir uma constância de padrões correlativos de comportamento em dois países de dimensões continentais, já é um indício de que podem ter causas mais profundas.
Se pobreza ou desigualdade social fosse o único fator para uma maior incidência de comportamentos explicitamente violentos em certos segmentos da sociedade, então, a grande maioria dos "pobres" assim seria ou agiria.
Se raça fosse o único fator responsável por essa desproporção de comportamentos anti-sociais em certas populações, então, não existiriam indivíduos de outras raças atuantes em sua prática.
Existe um fator que apresenta um padrão significativamente robusto de causalidade com violência e/ou agressividade em homens: a masculinidade tóxica, que se consiste na expressão psicológica e cultural, exagerada, de comportamentos identificados como "masculinos" (insensibilidade, autoconfiança, dominância, anti-intelectualismo...). Pois parece que ela tem se manifestado de maneira ainda mais intensa em populações e/ou comunidades negras, justamente o resultado dessa maior presença de homens tóxicos e sua influência perniciosa sobre elas.
Aqui, ao invés de negar ou tentar distorcer essas estatísticas, tal como tem sido o costume entre humanistas para que, artificialmente, se submetam aos os seus ideais, eu busquei por sua causa mais intrínseca e/ou constante.
É plausível pensar que a pobreza aumenta o risco de que indivíduos possam acabar no mundo do crime. No entanto, o fato de ter uma maioria em circunstâncias sócio-econômicas parecidas que não segue o mesmo caminho, nos sugere que personalidade, índole e inteligência também são fatores relevantes//óbvios para explicar essa situação.
quarta-feira, 27 de novembro de 2019
A diferença entre doutrinação e educação (alerta de radioatividade para a galerinha da ''esquerda-lacração'')
sábado, 27 de julho de 2019
Diferenças raciais em inteligência, ou melhor, diferenças histórico-civilizatórias...
Maçãs e laranjas.
A maioria dos africanos são oriundos de comunidades de caçadores coletores e agrícolas.
Em compensação, a maioria dos leste asiáticos e dos europeus, historicamente, vêm de sociedades agrícolas e urbanas, sendo que as de caçadores coletores, correspondem a uma minoria entre eles.
Posso até pensar num processo de transições sócio-cognitivas semelhante à ''transição demográfica''.
Imagine as etapas de transição demográfica, a primeira, em que o crescimento da população é equivalente ao da taxa de mortalidade; a segunda, em que a taxa de mortalidade cai; a terceira, em que é a taxa de natalidade/crescimento demográfico que cai; e a quarta, em que a mortalidade aumenta [por causa do envelhecimento demográfico].
Pois então podemos ou eu posso ''criar'' a transição sócio-cognitiva, em que primeiro nós temos uma comunidade de caçadores coletores, com [comparativamente] baixa complexidade cultural ou cognitiva; então, segundamente, temos uma comunidade agrícola, mais sedentarizada, com média complexidade cultural e cognitiva [requerida]; terceiro, uma sociedade proto-civilizada, que já exige elevada complexidade cultural e cognitiva, e por fim, uma civilização completa.
Os africanos, de maneira geral, jamais chegaram a alcançar o nível máximo de civilização, mas conseguiram chegar ao terceiro, sendo que seu epicentro de desenvolvimento cultural e cognitivo tem sido entre os caçadores coletores e os agricultores sedentários, primários, ou ''neolíticos''.
É tal como tentar comparar igualmente a pirâmide etária entre Nigéria e Japão...
sábado, 10 de março de 2018
Traços "masculinos' e distribuição de maior intensidade entre as macro raças
EM MÉDIA
Negros africanos
Cognitivo: Não-verbal/espacial e quantitativo
EM MÉDIA
Leste asiáticos
Demográfico: Variação psicológica [''tipicamente masculina''] ...
EM MÉDIA
Brancos caucasianos
terça-feira, 6 de março de 2018
Desconstruindo mais uma burrice da mente simplória e confusa do esquerdotado... "Raça é cor de pele"
E os albinos negros???
quinta-feira, 1 de março de 2018
As pessoas que discriminam...
"Não gosto de gay porque eu não gosto, tenho nojo" [mas invento qualquer coisa para parecer que eu tenha outra razão, menos crua, por exemplo, a ''religião''].
"Não gosto de negro porque [em média] cometem mais crimes, são mais desrespeitosos"...
sábado, 24 de fevereiro de 2018
Mais algumas [ou não] diferenças entre homofobia e racismo
Desrespeito merecido (negros) versus desrespeito não merecido (homossexuais)
Desrespeito: faltar ao respeito, criticar de maneira negativa, sobre algum ou muitos aspectos de certo indivíduo ou grupo. Crítica geralmente enfatizada pelo lado faltoso ou entrópico .. de natureza puramente funcional ou moral (comportamental e idealmente funcional).
Lembrando a diferença entre medianizar e generalizar...
Negros: EM MÉDIA, mais propensos a serem de DISCRIMINADORES [negativos]...
Homossexuais: EM MÉDIA, mais propensos a serem de DISCRIMINADOS [negativos]...
Em termos de contexto imediato ou de convivência cotidiana...
sexta-feira, 19 de janeiro de 2018
Tentando re-explicar a lógica primária
Mas...
Não são todos aqueles com câncer de pele que tem a pele muito clara... E muitos destes, mesmo em ambientes ensolarados e quentes, ainda não desenvolverão câncer de pele ''apenas' porque a tem mais clara.
O albinismo de fato é a condição que mais se relacionaria com uma grande vulnerabilidade para o câncer de pele.
Só que mesmo para essa condição talvez AINDA fosse possível selecionar albinos mais resistentes à luz solar.
Um exemplo predominantemente insosso, eu sei, eu tentei...
A primeira correlação lógica/que faz algum sentido, que parece mais evidente, eu tenho denominado de ''lógica primária''. Faz sentido em um primeiro olhar, mas pode não ser auto-explicativa ou factualmente conclusiva.
Um outro exemplo que com certeza é muito mais elucidativo é o da correlação entre baixos valores sócio-econômicos e o histórico de escravidão para a população afro-descendente especialmente nos países americanos. Um clássico caso de lógica primária é o de associar a história de opressão com esses baixos valores sociais e econômicos, sem falar de outras variáveis como a criminalidade.
Faz muito sentido à primeira vista, mas...