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sexta-feira, 13 de janeiro de 2023

Por que eu não sou um leitor assíduo??

 Porque eu sou muito imaginativo 


Portanto, pelo menos em relação aos livros de ficção, não tenho necessidade de ler as estórias dos outros para atiçar minha imaginação ou me distrair se estou sempre produzindo as minhas com a mesma.

Porque eu sou muito introspectivo 

Da mesma maneira que acontece com a imaginação, a minha introspecção também ocupa uma fração considerável do meu tempo, impedindo que me dedique à leitura de livros grandes.

Porque eu sou muito distraído e curioso

Concentrar minha atenção na leitura de apenas um livro por determinado período parece impossível. Nem para ver vídeos curtos na internet, se eu também não consigo ver apenas um por vez. 

Porque eu sou, eu mesmo, um escritor

E, pelo menos para mim, me motiva mais a escrever, a produzir ideias, pensamentos, artigos, prosas e poesias, do que apenas ler os dos outros. 

Porque eu sou essencialista 

Eu tenho uma forte tendência de "ir direto ao ponto" ou de buscar o cerne da questão e, ler livros exige tolerância, de ir acompanhando cada capítulo, deixando que a estória se desenrole por si mesma.

Eu sou o tipo que não se importa que me digam como termina a estória de um livro ou de um filme.

Porque eu tenho interesses especiais e dominantes

Se ler livros grandes, que não estão necessariamente relacionados com os meus interesses intelectuais ou literários, não é, para mim, uma motivação intrínseca. 

Porque eu sou intolerante 

Qualquer "coisinha" que eu considere imoral ou inaceitável de estar em um livro, ainda mais se tiver o humor como suposta intenção, eu o paro de ler na hora. Por exemplo, teve um livro do Dostoiévski, O Idiota, que eu comecei a ler e não consegui continuar porque, logo no início da estória, o autor usa uma situação de extrema crueldade com um cachorro para "fazer rir".  

domingo, 18 de setembro de 2022

O problema estratégico da baixa tolerância das esquerdas em tolerar um maior espectro de opiniões e sua principal razão

Estratégias ideológico-idealista e pragmático-realista



"Esperar que a montanha venha até você ou ir até à montanha??"


Pois as esquerdas em todo mundo ocidental têm adotado a mesma estratégia ideológico-idealista, que se consiste na tentativa de convencimento ou atração pela demonstração de persistência, convicção e/ou resiliência de crença em ideias, ideais e/ou pontos de vista que estão sendo defendidos, mas que também tende a resultar na teimosia e arrogância de se acreditar que estão sempre certos e, como consequência, de se tornarem bem pouco tolerantes com qualquer divergência de opiniões, mesmo se forem opiniões que favoreçam o lado progressista, se direta ou indiretamente...


Por esse tipo de estratégia, espera-se que os outros se convençam quanto à força de seus argumentos, ideias e ideais, sem se importar com o que eles pensam ou de onde estão vindo, enfim, sem "lugar de fala" pra forasteiros, apenas "de escuta"...


Já a estratégia pragmático-realista consiste exatamente no oposto, de também considerar o que os outros estão pensando, de analisar seus  pontos de vista de maneira imparcial, inclusive os que estão muito dissonantes aos seus, de estar aberto a aceitar que possam estar mais certos sobre alguns ou mesmo muitos dos seus pontos de vista, de poder ampliar sua tolerância com opiniões divergentes, e se adaptar a eles, de ir até eles, do que esperar que venham até você. Por essa estratégia, é possível até adotar opiniões ou posicionamentos outrora de outros grupos e convertê-los às suas crenças ideológicas, de ir ocupando esses espaços ao invés de se entrincheirar nos seus. Aqui, esses termos são variações dos que cunhei em um outro texto similar: estratégias ou táticas de trincheira e de ataque frontal. Pois se ambas, direitas e esquerdas, usam mais a primeira, está claro que as esquerdas têm se enveredado bem mais nela, mediante sua crescente imobilização quanto à possibilidade de aceitarem novas ideias e tolerarem discordâncias não-absolutas, enfim, de considerarem pontos de vista fora de seus perímetros originais.


Um exemplo altamente polarizado e polemizado: políticas de imigração


As esquerdas tendem a defender por um mundo sem fronteiras, especialmente em relação aos países capitalisticamente desenvolvidos, pois acreditam que "todos" têm o direito de ir e vir, ainda mais se forem refugiados ou imigrantes vindos de países pobres; que é civilizado, no sentido de empático, um país rico ser generoso com os "pobres do mundo", até como maneira de compensar seu provável passado de colonialismo e/ou contínua expropriação de riquezas naturais dos países subdesenvolvidos para desenvolver suas indústrias e empresas.


As direitas defendem por um mundo, tal como ele sempre foi, dividido politicamente por fronteiras e que, são os países, especialmente suas populações nativas, que devem ter a autonomia de decidir como querem organizar suas políticas de imigração...


Neste sentido, por mais nobre possa ser o posicionamento das esquerdas, as direitas estão com mais razão, principalmente porque não adianta, por exemplo, a Europa receber alguns milhões de africanos, se a maioria deles continuarão na África, vivendo em condições precárias, além do risco de que sobrecarreguem os estados europeus e piorem a capacidade dos mesmos de absorver imigrantes. Por isso, o ideal seria de permitir alguma imigração, mas investir no desenvolvimento socioeconômico e ecologicamente sustentável dos países mais pobres, até como maneira de estancar seus fluxos de emigração que, inclusive, costumam prejudicá-los, ainda mais quando são os mais tecnicamente qualificados que estão os deixando. Percebam que um posicionamento anti imigração ou mais moderado sobre o tópico, originalmente de direita, pode ser adotado por progressistas e, de certa maneira, convertidos aos seus ideais.


Esse é um exemplo importante já que é o que mais tem ajudado no avanço da extrema direita, principalmente na Europa. Mas, enquanto as esquerdas não desenvolverem uma precisa e constante autocrítica, aliada à humildade de reconhecerem quando não estão mais certas, continuarão "batendo perna" com os seus ideais e, diga-se, afogando nas ondas de ultra-conservadorismo que prometem continuar invadindo as "regiões costeiras" de muitos países em que elas têm conseguido avanços anteriores... se a estratégia mais logicamente inteligente é a de ampliar o máximo possível a tolerância por opiniões e posicionamentos, sem ter que sacrificar os seus ideais mais caros, de ir ocupando espaços ao invés de se cercar em trincheiras, deixando que outros cantos sejam ocupados por seus oponentes e que estes ganhem mais apoiadores, isso quando ou se as esquerdas já não estão devorando a si mesmas com suas polícias implacáveis de pensamento, algo que parece estar acontecendo, vide o caso das rusgas entre muitas feministas radicais e o ativismo trans.



Em suma, as esquerdas parecem preferir afundar pelos seus ideais do que "dar o braço a torcer" e reconhecerem no que não estão certas, moral e/ou intelectualmente. O que mais tem ajudado a (extrema) direita é o ego inflado de muitos esquerdistas, especialmente de suas elites intelectual e política. 

segunda-feira, 19 de junho de 2017

Teoria: autistas e vizinhos psico-biológicos são mais propensos a serem hipo sociais [também] por duas possibilidades

- Baixa tolerância por pontos de vistas ou sistemas pessoais pretensamente factuais destoantes dos seus;

- Porque as pessoas que não exibem desordens explícitas ou maior variação fenotípica tendem a rejeitar aqueles que as exibem porque os seus ''sistemas imunológicos mentais'' os interpretam como ''pessoas de 'baixa' qualidade biológica'' [me lembro de já tê-la especulado].