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sexta-feira, 13 de janeiro de 2023
Por que eu não sou um leitor assíduo??
domingo, 18 de setembro de 2022
O problema estratégico da baixa tolerância das esquerdas em tolerar um maior espectro de opiniões e sua principal razão
Estratégias ideológico-idealista e pragmático-realista
"Esperar que a montanha venha até você ou ir até à montanha??"
Pois as esquerdas em todo mundo ocidental têm adotado a mesma estratégia ideológico-idealista, que se consiste na tentativa de convencimento ou atração pela demonstração de persistência, convicção e/ou resiliência de crença em ideias, ideais e/ou pontos de vista que estão sendo defendidos, mas que também tende a resultar na teimosia e arrogância de se acreditar que estão sempre certos e, como consequência, de se tornarem bem pouco tolerantes com qualquer divergência de opiniões, mesmo se forem opiniões que favoreçam o lado progressista, se direta ou indiretamente...
Por esse tipo de estratégia, espera-se que os outros se convençam quanto à força de seus argumentos, ideias e ideais, sem se importar com o que eles pensam ou de onde estão vindo, enfim, sem "lugar de fala" pra forasteiros, apenas "de escuta"...
Já a estratégia pragmático-realista consiste exatamente no oposto, de também considerar o que os outros estão pensando, de analisar seus pontos de vista de maneira imparcial, inclusive os que estão muito dissonantes aos seus, de estar aberto a aceitar que possam estar mais certos sobre alguns ou mesmo muitos dos seus pontos de vista, de poder ampliar sua tolerância com opiniões divergentes, e se adaptar a eles, de ir até eles, do que esperar que venham até você. Por essa estratégia, é possível até adotar opiniões ou posicionamentos outrora de outros grupos e convertê-los às suas crenças ideológicas, de ir ocupando esses espaços ao invés de se entrincheirar nos seus. Aqui, esses termos são variações dos que cunhei em um outro texto similar: estratégias ou táticas de trincheira e de ataque frontal. Pois se ambas, direitas e esquerdas, usam mais a primeira, está claro que as esquerdas têm se enveredado bem mais nela, mediante sua crescente imobilização quanto à possibilidade de aceitarem novas ideias e tolerarem discordâncias não-absolutas, enfim, de considerarem pontos de vista fora de seus perímetros originais.
Um exemplo altamente polarizado e polemizado: políticas de imigração
As esquerdas tendem a defender por um mundo sem fronteiras, especialmente em relação aos países capitalisticamente desenvolvidos, pois acreditam que "todos" têm o direito de ir e vir, ainda mais se forem refugiados ou imigrantes vindos de países pobres; que é civilizado, no sentido de empático, um país rico ser generoso com os "pobres do mundo", até como maneira de compensar seu provável passado de colonialismo e/ou contínua expropriação de riquezas naturais dos países subdesenvolvidos para desenvolver suas indústrias e empresas.
As direitas defendem por um mundo, tal como ele sempre foi, dividido politicamente por fronteiras e que, são os países, especialmente suas populações nativas, que devem ter a autonomia de decidir como querem organizar suas políticas de imigração...
Neste sentido, por mais nobre possa ser o posicionamento das esquerdas, as direitas estão com mais razão, principalmente porque não adianta, por exemplo, a Europa receber alguns milhões de africanos, se a maioria deles continuarão na África, vivendo em condições precárias, além do risco de que sobrecarreguem os estados europeus e piorem a capacidade dos mesmos de absorver imigrantes. Por isso, o ideal seria de permitir alguma imigração, mas investir no desenvolvimento socioeconômico e ecologicamente sustentável dos países mais pobres, até como maneira de estancar seus fluxos de emigração que, inclusive, costumam prejudicá-los, ainda mais quando são os mais tecnicamente qualificados que estão os deixando. Percebam que um posicionamento anti imigração ou mais moderado sobre o tópico, originalmente de direita, pode ser adotado por progressistas e, de certa maneira, convertidos aos seus ideais.
Esse é um exemplo importante já que é o que mais tem ajudado no avanço da extrema direita, principalmente na Europa. Mas, enquanto as esquerdas não desenvolverem uma precisa e constante autocrítica, aliada à humildade de reconhecerem quando não estão mais certas, continuarão "batendo perna" com os seus ideais e, diga-se, afogando nas ondas de ultra-conservadorismo que prometem continuar invadindo as "regiões costeiras" de muitos países em que elas têm conseguido avanços anteriores... se a estratégia mais logicamente inteligente é a de ampliar o máximo possível a tolerância por opiniões e posicionamentos, sem ter que sacrificar os seus ideais mais caros, de ir ocupando espaços ao invés de se cercar em trincheiras, deixando que outros cantos sejam ocupados por seus oponentes e que estes ganhem mais apoiadores, isso quando ou se as esquerdas já não estão devorando a si mesmas com suas polícias implacáveis de pensamento, algo que parece estar acontecendo, vide o caso das rusgas entre muitas feministas radicais e o ativismo trans.
Em suma, as esquerdas parecem preferir afundar pelos seus ideais do que "dar o braço a torcer" e reconhecerem no que não estão certas, moral e/ou intelectualmente. O que mais tem ajudado a (extrema) direita é o ego inflado de muitos esquerdistas, especialmente de suas elites intelectual e política.
segunda-feira, 19 de junho de 2017
Teoria: autistas e vizinhos psico-biológicos são mais propensos a serem hipo sociais [também] por duas possibilidades
- Porque as pessoas que não exibem desordens explícitas ou maior variação fenotípica tendem a rejeitar aqueles que as exibem porque os seus ''sistemas imunológicos mentais'' os interpretam como ''pessoas de 'baixa' qualidade biológica'' [me lembro de já tê-la especulado].