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quarta-feira, 3 de maio de 2017

Recessivo, ..... , Dominante

De acordo com uma das leis do gradualismo, que eu usei para especular sobre a origem da vida em um texto recente e que ''inventei'' agora, quase tudo aquilo que existe, varia ''em si mesmo'' e portanto exibe um espectro próprio. Por isso eu pensei que, talvez, possa ser usada para sabermos onde que a tal ''epigenética'' de fato se localizaria... 

Bem, nós temos os genes recessivos, que não se expressam ou que não se tornam fenótipos .... e temos os genes [contextualmente] dominantes ou fenotípicos, que se expressam. Mas será que também não teríamos expressões intermediárias, entre a dominância e a recessividade* Já parece evidente que tenhamos mesclas entre as expressões, por exemplo, em relação às cores intermediárias dos olhos.

 Por isso que eu pensei [sim, ''pensei''] nos genes ''metamórficos'', que, ao contrário do binarismo ''recessivo versus dominante'', se localizariam no meio deste espectro, podendo se manifestar, só que mais dependente das condições ambientais...


A estatura por exemplo. Com o advento da ''dieta moderna'', hiper-calórica, mas também por causa de uma ''melhor' alimentação, de maneira geral, as populações humanas que tem sido expostas a essas mudanças, tem aumentado de estatura média, de geração em geração. As gerações mais novas tem ficado cada vez mais altas se forem comparadas com as gerações mais velhas, em média. Se não tivermos qualquer seleção intensa para uma maior estatura, se temos muitos pais de estatura mediana dando à luz a filhos que, ao crescerem, se tornam mais altos que eles, então algo está acontecendo, e que apenas a teoria darwiniana não pode explicar de maneira plenamente satisfatória.

 Primeiro, são os pais que, por terem sido expostos à boas dietas desde a infância, tem de alguma maneira obscura, ao menos pra mim, se modificado geneticamente, resultando em um aumento de chances de passar essa mudança não-fenotípica/que não foi plenamente expressada em si mesmos, para os seus filhos* Isso é possível de acontecer* Ou será que, são os filhos que nascem com ''genes metamórficos'' e que, ao serem expostos a toda sorte de hábitos propícios ['melhor'' alimentação, maior prática de exercícios] acabam se desenvolvendo mais em estatura* Claro que, se existem tais ''genes metamórficos'', então eles terão sido herdados pelos seus pais. O aumento da estatura que tem ocorrido em muitos países, parece refletir um fenômeno mais generalizado. Aí cabe a pergunta: algum processo seletivo tem acontecido para resultar neste aumento de estatura ou foi, pura e simplesmente a melhoria nas condições de vida que tem proporcionado este aumento* Pelo que parece, a estatura se consiste em um traço ambientalmente maleável para a maioria dos seres humanos.

Nós já sabemos [ou não] que existem famílias, em que, a maioria das pessoas são altas, desde as gerações anteriores, mesmo em épocas de ''vacas magras'' e que também existem famílias em que, o oposto é a regra, isto é, que a maioria dos seus componentes são de baixa estatura, e que este traço tem se manifestado à gerações. E talvez também tenhamos famílias em que, ao contrário de um predomínio de genes que aumentam ou que reduzem a estatura, de acordo com a média local, existe um cenário muito mais heterogêneo, com, sei lá, expressões híbridas, tanto com genes para alta estatura quanto com genes para baixa ou média estatura, e que, de fato, as condições ambientais, tal como uma exposição precoce à uma dieta altamente energética, são importantes mediadoras para o resultado final: a estatura mais alta dessas pessoas. E partindo do pressuposto que os genes para maior estatura parecem ser mais ''masculinos'' ou '' mais propensos de serem passados por via patrilinear'', se os homens são em média mais altos que as mulheres. 

Tal como nós temos os estados da água: sólido, líquido e gasoso, sendo que o estado líquido é o que se pode chamar de, estado híbrido [ou talvez não, enfim] mas com certeza o mais metamórfico, o mesmo pode ser dito sobre o ''estado dos genes'', em que, nós temos os genes recessivos e os genes dominantes, mas também os genes metamórficos, que podem ou não se manifestar, que podem ou não se manterem recessivos. O exemplo das mudanças na dieta, na melhoria da qualidade/padrão de vida, nos países ricos, mas também em outras nações, e consequente aumento da estatura média, parecem estar nos mostrando que algumas expressões genéticas, ao contrário da ''dobradinha'': genotipicamente recessivo e dominante, podem se expressar, mas apenas de acordo com as condições ambientais, isto é, que podem ser alimentadas ou mesmo, parcialmente direcionadas, enquanto que, para algumas populações ou grupos [famílias, por exemplo] a mesma variação de traço já será mais fixa, que independe das condições ambientais para se expressar.   

Basicamente: algumas pessoas nascem com potencial para se tornarem altas, desde que uma série de condições ambientais favoráveis a este caminho sejam mantidas. Elas nascem com a ''expressão-potencial'', enquanto que outras pessoas nascem ''geneticamente predestinadas'' para se tornarem altas, e mesmo em situações extremas, ainda alcançarão elevada estatura, mesmo que não alcancem o seu potencial máximo de expressão deste traço.

Alguns são mais epigenéticos/dependentes do ambiente para expressarem certa variação de traço enquanto que outros serão mais ''genéticos'' em relação ao mesmo traço, isto é, o expressarão independente das condições ambientais. 

O mesmo pode ser dito por exemplo em relação ao sobrepeso, que pode ser denominado de ''vulnerabilidade'' ou ''fator de risco'', assim como também o diabetes. Alguns nascem diabéticos enquanto que outros apresentam uma ''vulnerabilidade epigenética'' para se tornarem diabéticos. Alguns nascem acima do peso, com ''ossos horizontalmente largos'', enquanto que outros apresentarão uma ''vulnerabilidade epigenética'' pra se tornarem acima do peso. 

Também seria interessante pensar se a epigenética também não poderia afetar as nossas expressões de comportamento ou características psicológicas, claro, dependendo do nível de fixabilidade ou de intrinsecabilidade do traço. Por exemplo, o nível de ansiedade [social]. 

Enfim, mais uma especulação e sensação de já ter falado sobre isso...

sexta-feira, 28 de abril de 2017

Princípio do gradualismo para "explicar" a origem da vida

Estruturas complexas dificilmente podem se formar de maneira abrupta 

Pré vida


Eu já comentei ou devo ter comentado que a vida foi forjada com base em uma espécie de pré seleção natural de elementos que a tornaram possível de ser. Portanto antes da vida devem ter existido pré vidas ou estruturas intermediárias entre o inanimado e o animado, o elo perdido da vida, tal como acontece com a evolução das espécies.


Assim como ''aconteceu'' com o universo, a sua origem se deu quando elementos, que antes, encontravam-se separados, se uniram, o gerando. Quando os elementos que não podem ocupar o mesmo espaço, passam a ocupar o mesmo território de espaço, entrando em um estado de convergência e cooperação ou estruturalização, quando os elementos terminam por se organizar para sustentar uma mesma estrutura em comum. 

Poder-se-ia pensar, novamente, se, o fenômeno da seleção natural, que também pode ser denominada de ''método de tentativa e erro'', não se manifestaria também entre os elementos não-orgânicos, e em especial, nos elementos pré-orgânicos ou que, encontram-se separados uns dos outros, mas que, estão presentes em cada forma de organismo ou vida. 

Enfim, é isso, mais um delírio ou ''chute calculado''.