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terça-feira, 21 de maio de 2024

Sobre o problema da medicalização excessiva, com dois exemplos: autismo e transexualidade/About the problem of excessive medicalization, with two examples: autism and transsexuality

 Anos 90: "Filho de fulana é mais tímido, introvertido... prefere brincar sozinho do que com as outras crianças e tem um vocabulário avançado"


Diagnóstico típico: "ele parece ser uma criança 'normal'. Só é um pouco diferente dos outros". 


Ano 2024


Diagnóstico: "ele deve ser autista"


Problematização: por um lado, é problemático sempre atribuir diferenças cognitivas e psicológicas à norma local ou padrão à psiquiatria. Por outro lado e, por causa das próprias irregularidades constitutivas das sociedades humanas, às vezes é necessário apelar para um diagnóstico médico visando um suporte extra aos indivíduos que se vêem negativamente afetados por suas diferenças em atrito adaptativo aos seus meios social e econômico ( que eu já comentei, minha proposta de categorização e diferenciação diagnóstica: transtorno contextual). 


Anos 90: "aquela menina gosta de 'coisas de menino'... não se veste como as outras meninas de sua faixa etária"


Diagnóstico típico: "ela só é uma menina diferente. Pode ser coisa da idade, de sua personalidade ou de sua orientação sexual e nada mais que isso"


2024: 


Diagnóstico: "ela deve ser trans"


Problematização: crianças com severa disforia de gênero existem. Mas nem toda criança que é inconformista ao seu gênero tem disforia, porque não é toda menina que gosta de coisas de meninos ou vice-versa que se sente ou que gostaria de ser do sexo oposto. Por isso, é necessário ter muita cautela nesses casos, para não fazer julgamentos prematuros que podem ter sérias consequências a médio e longo prazo na vida dos envolvidos (na verdade, mesmo no caso de crianças com disforia grave de gênero, candidatas ideais à legítima condição de transexualidade, ainda não é racionalmente recomendável que sejam incentivadas a se identificarem como trans ou mesmo submetidas à intervenções médicas visando uma suposta transição sexual, por serem crianças e pelos efeitos notórios e potencialmente negativos dessas intervenções em mentes e corpos que estão em fase de desenvolvimento).


90s: "So-and-so's son is more shy, introverted... he prefers to play alone than with other children and has an advanced vocabulary"


Typical diagnosis: "He seems like a 'normal' child. He's just a little different from the others."


Year 2024


Diagnosis: "he must be autistic"


Problematization: on the one hand, it is problematic to always attribute cognitive and psychological differences to the local norm or standard on psychiatry. On the other hand, and because of the very constitutive irregularities of human societies, it is sometimes necessary to appeal to a medical diagnosis in order to provide extra support to individuals who find themselves negatively affected by their differences in adaptive friction to their social and economic environments (which I I have already commented on my proposal for categorization and diagnostic differentiation: contextual disorder).


90s: "that girl likes 'boy things'... doesn't dress like other girls in her age group"


Typical diagnosis: "she's just a different girl. It could be her age, her personality or her sexual orientation and nothing more than that"


2024:


Diagnosis: "she must be trans"


Problematization: children with severe gender dysphoria exist. But not every child who is gender nonconforming has dysphoria, because not every girl who likes boy things or vice versa feels or would like to be the opposite sex. Therefore, it is necessary to be very careful in these cases, so as not to make premature judgments that could have serious consequences in the medium and long term in the lives of those involved (in fact, even in the case of children with severe gender dysphoria, ideal candidates for the legitimate condition of transsexuality, it is still not rationally recommended that they be encouraged to identify as trans or even subjected to medical interventions aimed at a supposed sexual transition, as they are children and due to the notorious and potentially negative effects of these interventions on minds and bodies that are in the development phase. ).



quarta-feira, 22 de março de 2023

Como separar uma crítica ao ativismo radical trans da transfobia??

 Muito simples. Primeiro, aceite que a disforia de gênero é real, que existem pessoas que se identificam mais com o sexo oposto do que com o de nascimento, diga-se, de maneira profunda. Pois só de você aceitar a existência dessas pessoas já é um grande passo para rejeitar a transfobia. Segundo, reconheça que pessoas trans são, acima de tudo, trans. Isso significa que, por exemplo, mulheres trans são mulheres trans e não mulheres cis e nem homens cis, pois se fossem, então, não seriam trans... uma lógica que parece bem óbvia. Terceiro, reconheça que a regra para a identificação sexual acontece pela biologia, pelo sexo de nascimento, em outras palavras, que pessoas trans são a exceção, até para evitar a falácia de falsa equivalência de se acreditar que, a regra de uma minoria vale para ou é a mesma para uma maioria. Assim, você irá evitar o endosso integral de narrativas radicais do ativismo trans que, de maneira geral, almejam impor que pessoas trans são como as cis. Quarto, aproveitando que falei sobre exceção e regra, digo que, se para toda regra existem exceções, então, o mesmo se aplica para os direitos trans. Por exemplo, de que essas pessoas têm o direito de se reconhecerem como quiserem, de serem respeitadas, mas também precisam ter deveres e, um deles, é o de respeitarem espaços alheios, especialmente das mulheres cis. Como resultado, eu acho bastante complicado que atletas trans possam participar normalmente de competições com atletas cis. Acho que o ideal seria criar uma categoria particular ou mista em que atletas trans possam competir uns com os outros e mesmo com atletas cis que queiram participar. E, por enquanto, acho que essa também é a solução mais plausível quanto à discussão sobre o banheiro público que podem usar. Enfim, não parece ser difícil separar uma coisa da outra...

quinta-feira, 2 de agosto de 2018

O ''transexualismo'' é a rejeição da homossexualidade em prol do binarismo sexual...

...em outras palavras, é o oposto do movimento gay que se baseia justamente na aceitação do homossexual quanto à sua própria natureza..

terça-feira, 26 de junho de 2018

Dois tipos de gays/masculinos e femininos

Os que gostam do mesmo sexo e os que, além ou afora disso, gostariam ou se sentem como se fossem o outro

Eu tenho algumas fricções sobre o meu "gênero', por exemplo, quando era criança, já achei que ser mulher fosse melhor do que ser homem. Constatei isso ao ver o tratamento que davam à minha prima e em relação ao que era dado a mim. Percebi que ser homem era mais difícil do que ser mulher, pelo menos em alguns aspectos. Me lembro que já desejei ter uma vagina. Mas, graças à... minha natureza, e talvez, capitaneada por minha percepção, consegui evitar este excesso ou, como diz a minha mãe, "invenção de moda".


 Eu disse que tenho, porque continuo a ver a mulher de maneira bem mais positiva do que o homem, ainda que não o faça de modo analfabeto, isto é, hiper-binário. Eu também disse que o tenho porque na minha imaginação os protagonistas são sempre mulheres, quase todos os personagens que já inventei são elas. E quase todo personagem inventado é uma atuação, de me pensar como se o fosse, e em todos os meus casos, como se as fossem. Não entendo porque sou assim, mas isso ainda não significa que não goste de ser o que sou, homem. Gosto tanto, que quando procuro pelo amor, pelo desejo mais profundo de nossa existência, literalizado pelo sexo, eu busco por um vulto, um espelho, para que eu possa tocar em outro corpo, como se fosse o meu, sem sentir como se já o tivesse feito, de fazer cócegas em mim mesmo, em outro. Portanto, nesta balança de auto-identidade e de outro-identidade, eu vos digo que eu sou hipo-transexual em meus pensamentos e sentimentos, pois tenho algo a ver com isso, com essa vontade de ser outro sexo, e re-enfatizo pelo hipo, pois tenho a quase absoluta certeza que jamais farei ''a transição'', até porque eu me adoro sendo homem. Não há nada que me faça pensar que esteja no "corpo errado". Em termos de outro-identidade, em que depositamos desejos e/ou expectativas, eu sou homo com H maiúsculo, pois de fato amo o mesmo que a mim, mais diversificado, másculo e/ou até mesmo mais variado neste sentido, mas não mais que uma extensão do meu narcisismo, não que isso seja de todo ruim, se pensarmos neste ismo como algo moralmente neutro, até que o contexto prove o contrário, ou confirme a existência de um lado saudável do auto-amor, mesmo associado ao Narciso.

terça-feira, 12 de setembro de 2017

A imoralidade da transexualidade: "nasci no corpo errado"...

...se comparado com as pessoas que nasceram MESMO no 'corpo'' errado, e nada podem fazer por agora a não ser aceitar o destino que lhes foi imposto.