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quinta-feira, 28 de dezembro de 2023

Camadas de verdade//realidade ou níveis abstratos

 Nível mais real: 


Todos os elementos e fenômenos físicos e/ou químicos...

Você, eu, seres humanos, seres vivos, planetas, chuvas, raios, água...

Recorte ou abstração de elementos reais (abstração primária pela linguagem). 

Nomeação e categorização de elementos reais. 

Nível abstrato mais real: 

Todas as nossas emoções e (outras) reações orgânicas.

Sentir alegria ou tristeza, frio ou calor...

Nomeação e categorização de derivação de elementos reais. 

Recorte dos recorte ou abstração da abstração (abstração secundária). 

Nomeação e categorização de derivação, primariamente, de elementos orgânicos.

Nível mais abstrato: 

Todos os conceitos que inventamos ou que não existem no mundo real tal como nós existimos e que são menos reais ou mais abstratos que as nossas reações: "racismo", "preconceito", "justiça", "nomes" de "cidades", de "pessoas"...

São especificações ainda mais particulares de especificações reais. Por exemplo, o sentimento de ódio ou desprezo e que pode ser classificado como "racismo" ou "preconceito"

Recorte do recorte do recorte ou abstração da abstração da abstração (terciária).

Nomeação e categorização de derivação da derivação de uma abstração primária ou de elementos reais. 

quarta-feira, 20 de julho de 2016

A inteligência cognitiva não é racionalidade... A ideia de epicentro semântico

As palavras abstratas, para que possam ser plenamente compreendidas precisam ser entendidas de maneira objetiva, emulando as palavras concretas, isto é por meio da intrinsicalidade ou epicentro semântico. 

A racionalidade é um termo centrado naquilo que defini como "princípio da sabedoria". A racionalidade é um degrau a menos de perfeição perceptiva. Isso significa que nem todo racional será sábio, mas todo sábio verdadeiro será racional. 

O epicentro semântico da palavra inteligência é muito amplo e diversificado.  Podemos dizer também que nem todo inteligente será sábio, mas que todo sábio será inteligente. O conceito mais central ( ainda que não seja único) da inteligência é a capacidade de adaptação pois se relaciona umbilicalmente com a conservação da vida ou sobrevivência e claro que em nossos ambientes sociais muito complexos (ou confusos) adquire muitas facetas, ainda que o seu significado continue onisciente, a auto-conservação da vida.  


A inteligência é fundamentalmente lógica pois parte de uma compreensão factual pragmática ou friamente utilitária. A adaptação utilitária /lógica ou "apenas aquilo que funciona"  é a finalidade da inteligência enquanto que a finalidade da sabedoria é a harmonia. A inteligência pode ou não ser harmônica pois atitudes inteligentes podem ou não serem egoístas. Portanto não é incomum que pessoas epicentricamente inteligentes possam ter momentos de sabedoria.  Esta é uma impossibilidade para a sabedoria por causa de seu caráter extremamente holístico e objetivo. A inteligência analisa fria, correta ou logicamente. A sabedoria é uma expansão perceptiva porque pensa em todos os pormenores possíveis ou que forem capturados. 

A inteligência em sua manifestação mais expressiva via criatividade, por exemplo, produziu as cidades humanas que foram pensadas específica e sistematicamente, chegando a um resultado perceptivamente deficiente ao não levar em conta a natureza circundante ou mesmo ao tratá-la como ''inimiga do progresso''. A sabedoria por sua vez pensa em todos os envolvidos antes de chegar a qualquer conclusão. A inteligência pode ser imoral, isto é, com o intuito proposital de provocar problemas, ou amoral, tal como se fosse um crime culposo, sem a intenção de prejudicar, quando estamos ingênua ou tolamente culpados


A sabedoria nunca será imoral ou amoral.

O epicentro semântico se consiste na técnica da perfeição semântica ao interpretar termos abstratos de modo semanticamente correto, novamente, emulando a maneira com que associamos as palavras com elementos concretos, com ''coisas''. Parte-se da ideia que sem uma comunicação clara e eficiente a humanidade se perderá seja por meio da inércia ou por meio da entropia destrutiva.





A inteligência humana é super estimada e mal compreendida, isto é, a idealizamos confundindo-a com a sabedoria. Os dois conceitos são muito distintos ainda que expressem a mesma ideia central. 

Da mesma maneira que eu separei o termo lógico e racional, eu o faço novamente e analogamente à inteligência e sabedoria.

Sábios são raros. Inteligentes [ cognitivamente inteligentes ] são comuns mesmo em países como o Brasil.



O ser humano mais do que os outros animais é capaz de se micro-adaptar individualmente às circunstâncias. Por exemplo, a invenção da roupa mais o domínio do fogo foram de grande valia para que a humanidade pudesse se adaptar à regiões de clima frio. Na natureza os animais não humanos são mais propensos a perecerem quando as circunstâncias mudam rapidamente porque eles já tendem a seguir um cronograma limitado de estratégias para sobreviver. 

Basicamente, as formas de vida não -humanas são inconscientemente teimosas, tentando quase sempre as mesmas estratégias mesmo quando as condições ambientais mudam e portanto exigem ''atualizações de abordagem''. Por isso que muitas entram em extinção ou são substituídas por suas versões mais micro-adaptadas.

A capacidade adaptativa a nível sofisticado ou basicamente o auto- arbítrio, a capacidade ou mesmo a simples possibilidade de se pensar na escolha, o simples fato de ter em mãos uma paleta limitada de escolhas já faz do ser humano uma espécie única. 

A limitação é a si mesmo visto que por agora não podemos transcender a nós mesmos, para isso deveríamos ser como ''metamorfoses ambulantes''. Geralmente as escolhas humanas são feitas a nível subconsciente, esbarrando em ideias intuitivas de grande valia. Talvez os seres humanos mais evoluídos possam ser bem mais reflexivos e conscientes de suas ações.

O pensamento lógico é uma mistura de intuição com lógica, uma espécie de intuição lógica pre-conceitual, a partir do primeiro eu, nós enquanto animais instintivos que apenas expressam as nossas tendências (forma&expressão) pelo comportamento, sem grande esforço reflexivo, isto é, julgando as próprias ações, e o segundo eu, o nosso senso potencialmente/inicialmente racional, que analisa as nossas ações. O julgamento não chega a ser racional ou inteiramente racional porque tende a ocorrer a dominância de nosso primeiro eu ou simplesmente ego, se a racionalidade poderia ser entendida como ''recessiva''. Por isso que a lógica funciona mas não é holisticamente perceptiva porque a sua finalidade é a utilidade funcional e nada mais.

Em compensação na racionalidade é o segundo eu que domina  o primeiro eu, ao providenciar julgamentos bem mais holísticos e progressivamente afastados do ego que resultaria na lógica ou racionalização egoísta.

Na sabedoria a diferença é ainda maior por não se consistir caracteristicamente na mitigação ou resolução de problemas mas em suas prevenções. A priore ou em mundo perfeito, a sabedoria funciona como o primeiro (e último julgamento) que analisa o ambiente antes que ''criatividade'' e ''inteligência'' possam agir. Tal como um grupo de caçadores coletores se deslocando para um novo ambiente, o sábio é o primeiro que analisa o ambiente de maneira crítica, antes que criatividade e inteligência possam se assentar. 


A sabedoria por ser uma balança crítico-analítica funciona como o olhar holístico, de fora do ambiente, analisando certa ação, afastada do seu criador criativo e do seu sustentador inteligente.  

Geralmente tem funcionado assim, o criativo cria, o inteligente sustenta e o sábio analisa como uma terceira ou quarta pessoa, a partir de uma perspectiva neutra, em relação ao ego. O criativo é o tipo psico-cognitivo mais egocêntrico. O sábio é o menos.

Através dessas separações semanticamente corretas poderemos finalmente separar o conceito muito vago e complexo da inteligência do conceito que tenho tentado dar precisão, a sabedoria. E lembrando que a racionalidade ainda não será sabedoria.

domingo, 10 de julho de 2016

Palavras e pensamento reflexivo

Quando vemos uma "coisa" nós tomamos conhecimento sobre a existência desta coisa, especialmente se for parte da verdade objetiva/concreta. No entanto sem as palavras é provável que memorizaríamos 'apenas'' as impressões ou memórias não-verbais, porque primeiramente assim o fazemos, memorizamos, ou seria melhor, internalizamos impressões corretas e/ou vagas da realidade que nos rodeia sem símbolos associativos ou palavras. 

As palavras funcionam como identificações associativas (cavalo= aquele animal) primariamente reflexivas dessas impressões não-verbais. Isto é, identificam as "coisas" por associação e ainda refletem a impressão de onde se originaram (impressão: Reconhecimento de um certo animal. Palavra: Este animal=cavalo).

 Vemos que o cavalo é um cavalo, e a palavra [parece que] nos ajuda a fixar esta impressão aguda que o nosso sistema sensorial é capaz de construir, diga-se, de maneira bastante equilibrada, se formos comparados às outras formas de vida. Percebam que os outros animais também são capazes de reconhecer as características de um cavalo, incluindo o próprio cavalo, mas como são impressões (reconhecimento não refletido ou lógico-diretamente percebido) ou que não são importantes para as suas diretrizes evolutivas de espécie, então esta compreensão factual primária será superficial. No entanto os animais, dentre outras formas de vida, ainda são capazes de desenvolver um conhecimento mais amplo sobre os seus predadores, presas ou qualquer outro ser que esteja em constante contato, em especial se conseguirem desenvolver armas ou adaptações biológicas em relação às suas investidas instintivas predatórias, parasitárias, mutualistas ou cooperativas . 

No entanto tal reconhecimento não se aproxima daquele que o ser humano é capaz de produzir, mesmo o ser humano menos inteligente, mediante o seu grau extremamente elevado de sofisticação balanceadamente perceptiva [em relação à verdade objetiva ou concretude imediata], porque ao invés de ser compreendido por associação é provável que se dará de modo "complementaridade co-evolutiva" [ a ''metade'' da laranja, ;) ], isto é, de se consistir em uma sobreposição de características de duas ou mais espécies que evoluíram conjuntamente, resultando na cadeia alimentar, por exemplo de sinais sensoriais primários (evoluídos) direcionando-os para as suas presas ou fugindo do seu predador mais comum (a mesma relação de conexão que pode existir entre mães e filhos). 

Por causa de nossa "bússola" perceptiva mais equilibrada e especialmente em relação ao reconhecimento da verdade primária ou objetiva, podemos reconhecer e internalizar com maior requinte de detalhes as concretudes ou existências não-abstratas. 

Provavelmente os cérebros das outras espécies encontrar-se-ão significativamente atrelados às diretrizes evolutivas das mesmas cabendo pouco espaço para a internalização de 'superfluidades". 

Nós somos talvez os únicos que podemos internalizar superfluidades e mesmo ao ponto de as considerarmos mais relevantes que as prioridades fundamentais. A maioria das outras formas de vida é provável que nunca internalizarão qualquer superfluidade, porque seria perda de tempo e perigoso pra elas.

A evolução da inteligência humana é provável de ter tido como efeito colateral essa nossa capacidade de internalizar (e fixar via linguagem) impressões díspares em termos de utilidade evolutiva e este excesso pode ter contribuído tanto para a canalização potencialmente equivocada do pensamento abstrato como as já alardeadas superfluidades ( por exemplo frivolidades oriundas de ''religião'', ''cultura'' ou ''ideologia''), assim como também a ''querida'' criatividade.


O que veio primeiro a linguagem ou a aptidão para se adquiri-la??



Como eu penso, a linguagem é uma abstração, obviamente em uma não-coisa literal. Nós é que, como os seus "deuses", lhe demos vida por necessidade psico-cognitiva. Isto é, ''evoluímos''  sem a linguagem até certo ponto da pré história em que nossos cérebros adquiriram a avançada capacidade de reconhecer de maneira mais profunda e equilibrada a realidade ou parte fundamental da mesma.


 Portanto a linguagem foi um produto genial de todas as populações humanas em que houve a emergente necessidade de sofisticação dos grunhidos que nossos antepassados pré históricos usavam para se comunicar. Tal como a roda ou o domínio do fogo. Primeiro aconteceu o aumento cerebral significativo e complementar sofisticação neurológica. Depois surgiu a necessidade de organizar os pensamentos cada vez mais sofisticados e sinais corporais ou grunhidos já não davam conta do recado. Interessante notar que todas as populações humanas de todos os continentes parece que tenham evoluído de maneira independente, para mais ou para menos, em direção a esta capacidade ou aptidão, desenvolvendo estratégias para sanar esta crescente demanda pela sofisticação eficiente na comunicação social e no reconhecimento da realidade percebida e interagida. Tal como aquelas pessoas de hoje em dia que são mudas, se esforçando muitas vezes de maneira exagerada para se comunicarem, evoluímos de grunhidos e sinais corporais ou comunicação não-verbal para a linguagem verbal que com certeza tornou a comunicação muito mais eficiente. A necessidade é a alma da criatividade.

Seguimos o subconsciente porque ele predomina em nós. O consciente, provavelmente um produto das áreas mais recentes de nossos cérebros, ainda está dando os seus primeiros passos evolutivos, rastejando diante da eficiência brilhante de nosso subconsciente, que evoluiu juntamente com as neo-sofisticações "culturais" como a linguagem. De acordo com o espectro do inconsciente ao consciente, a maioria dos animais são predominantemente "inconscientes", isto é, a possibilidade de se reconhecerem de modo significativo, simulando-se de fora do seus corpos, de suas identidades existenciais, metaforicamente falando, como se pedissem uma segunda opinião sobre si mesmos, o princípio da consciência,  é muito pouco provável de acontecer. 


Eles sabem aguda e "cegamente' quem eles são. Mas não há auto- reflexão para pensar em melhorar a si mesmos. Eles reconhecem as suas características por meio da essencial "clausura natural" e partem para a vida. Estão jogados à própria sorte. Mas muitos seres humanos também estão se as sociedades que "construímos" nada mais são do que réplicas pedantemente sofisticadas e parcialmente apaziguadas do cenário de cadeia alimentar que predomina no meio natural. 


Quão dependente da palavra está o pensamento reflexivo?? Maior inteligência verbal maior autoconsciência??



Como falei acima as palavras fixam nossas impressões ou memórias não-verbais internalizadas transformando-as em "coisas" (palavras). Quando desejamos recobrar algo nós utilizamos as palavras intrincadas ou associadas às memórias não-verbais (memória por si mesma) que também podem ser recobradas via voz interior. Eu sou parcialmente desconfiado quanto ao grau de dependência do pensamento reflexivo humano em relação à linguagem. Se a necessidade veio primeiro, e parece óbvio que sim, então eu acredito que, mesmo sem a presença de uma linguagem o pensamento reflexivo continuaria existindo. É provável no entanto que se daria de modo mais desordenado se sem essas "coisas" ou associações simbólicas, internalizaríamos"impressões" ou memórias não-verbais e vendo como que o ser humano moderno encontra-se dependente e ou confiante nas palavras de fato haveria reflexão mesmo sem a linguagem ordenada, mas provavelmente seria menos eficiente ainda que mesmo com as mesmas, a maioria, senão a grande maioria de nós, permanece menos sábio no seu uso mais racional, por causa da pontual e muitas vezes decisiva influência de nosso subconsciente, produto que é paralelo à emergência da autoconsciência incompleta, predominante entre os humanos.


O pensar racional é o pensar eficiente, isto é, ser factualmente entendível, capturando logo de início o bojo correto da realidade que estiver sendo percebida, sem filtros culturais que quase sempre são problemáticos, mas também constante e muitas vezes, paradoxalmente falando, mais lento,  se a reflexão por si mesma já será um processo mais lento do que o pensar instintivo, isto é, pensamento/ação.

quinta-feira, 7 de julho de 2016

Palavras abstratas são associações de elementos des-integrados, palavras concretas ou por associação concreta, são obviamente, integradas ou substancializadas

Pelo espaço e tempo

pelo concreto e pelo abstrato


 As palavras abstratas são representações associativas de elementos que estão ou que são dessubstancializados e/ou des-integrados. Por exemplo, o termo emoção. Emoção é uma palavra abstrata que se refere à expressão multifacetada do estado de ânimo ou frequência vibratória de um ser, isto é, de um organismo. A emoção não é uma ''coisa'', isto é, um fenômeno-substância, substancializado, físico ou integrado. 

Novamente forma & expressão. As palavras concretas tendem a representar as formas das substâncias ou as substâncias por si mesmas, enquanto que as palavras abstratas tendem a representar as expressões ou comportamentos das formas ou elementos des-integrados e portanto des-substancializados. Uma vida, um objeto natural/ artificial inanimado, ou no caso da composição dos cenários, por exemplo, a atmosfera terrestre. Tudo aquilo que simplesmente é, e que compõe a verdade objetiva/concreta ou super-lógica, isto é, a realidade que percebemos de maneira imediata, a percepção inescapável da concretude.

As palavras abstratas desejam emular a natureza das palavras concretas, pois buscam se reunir em um corpo ou em uma aglomeração de similaridades substancializadas ou sistêmicas para que possam produzir as ''concretudes'' ou ''conceitos concretos'', como se fossem peças a serem reunidas em um quebra-cabeças enquanto que as palavras concretas apenas associam simbólica e conceitualmente à ''quebra-cabeças naturais'', as concretudes. Por exemplo, dar o mesmo valor concreto que a pedra tem à emoção, como se a segunda também fosse da mesma natureza existencial que a primeira [ tratar do mesmo jeito].  No entanto a pedra também exibe uma frequência vibratória rente à gravidade e que talvez também possa ser entendida como a sua expressão, o comportamento do existir-inanimado ou a reação essencialmente direta e nunca a ação por si mesma, ainda que emita vibrações por causa de sua luta contra a gravidade.

As abstrações podem ser pluralidades, se na verdade existe apenas o indivíduo que é representado pelo número 1, baseado em uma perspectiva hiper-real ou em expressões/comportamentos que emanam das concretudes. Ideia é um exemplo de expressão oriunda de uma concretude orgânica/ser humano, uma vibração complexa oriunda da concretude da mente humana. 

Nações é um exemplo de abstração plural. Multidão, povo, qualquer coletivo, ainda que também esteja falando de concretudes, também pode ser entendido como uma abstração.